30 outubro, 2006

Pélezinho por Maurício

Novo Asterix em mirandês

A editora ASA, depois de ter tido um grande sucesso de vendas com a edição de “Asterix, o Gaulês” em mirandês, encontra-se já a trabalhar na produção de um segundo livro. Em fase final de tradução, a aposta agora vai para “O Grande Fosso”, que em mirandês se chamar-se-á “L Galaton” e deverá estar disponível ao público durante o próximo ano.

De recordar que esta iniciativa encontra-se integrada num projecto de divulgação de línguas minoritárias, sendo o mirandês uma das contempladas. Apesar de constituir a segunda língua oficial de Portugal, depois do reconhecimento pela Assembleia da República em 1998, apenas é falada por um universo de pouco mais de 12 mil pessoas.

26 outubro, 2006

FIBDA’2006 (9) – Maurício de Sousa

Confirmado! Conforme já consta na programação oficial do FIBDA, o mais conhecido autor de banda desenhada brasileiro, Maurício de Sousa vai estar presente nas sessões de autógrafos do próximo fim-de-semana, dias 28 e 29 de Outubro, a partir das 15 horas no Fórum Luís de Camões, na Brandoa.

Também estarão presentes os seguintes autores:
Sérgio Salma, Aleksandar Zograf, Grof Balasz, Tomaz Lavric, Étienne Davideau, Aurelia Aurita, Frédéric Boillet, Filipe Abranches, Sergei, Grupo Blazt, Ángel de La Calle, Filipe Andrade e Filipe Pina.

24 outubro, 2006

FIBDA'2006 (8) - Fotos III

Os "artistas" do primeiro fim-de-semana do FIBDA

Frank Giroud, autor do projecto "O Decalogo".

















Lucien Rollin, desenhador do VIII volume de "O Decalogo", intitulado "Nahik".






















Jean-Claude Denis, um excelente desenhador, que apenas tem um álbum editado em Portugal, intitulado "Alguns meses em Amélie".




















Detalhe do desenho de Jean-C. Denis

FIBDA'2006 (8) - Fotos II

Detalhe da exposição "O Decalogo"






















Os baús dos autores portugueses

FIBDA'2006 (8) - Fotos I

Vista da exposição "Mundo BD" no piso -1

Logo à entrada!





















































Um "cheirinho" de bd americana, com o desenho de Mike Deodato Jr.

21 outubro, 2006

FIBDA’2006 (7) – Primeiras impressões

Brandoa (Amadora) é neste momento a capital da bd em Portugal. A primeira nota vai para o novo espaço, o Fórum Luís de Camões. Interiormente, finalmente um sítio que dispõe das condições mínimas exigíveis para um festival deste gabarito, espaços amplos de fácil circulação, arejados e bem iluminados, boa localização das zonas comerciais/autógrafos. Exteriormente, a localização não me parece ser das melhores. Para quem não se deslocar em automóvel, chegar ao festival não é tarefa fácil, principalmente se tiver a chover. Parece que a organização iria colocar à disposição dos visitantes um vai-vém para assegurar a ligação entre o Fórum e as estações de metro da Falagueira, Alfornelos e a estação de comboios da Reboleira. Confesso que não se já está a funcionar.

Nota negativa vai para incompreensivel falha que é a falta do programa do festival para distribuir pelos visitantes. “Talvez para a semana” disse-me a simpática rapariga da recepção. É sem dúvida uma organização “à portuguesa”!

Um festival periférico, num país periférico, numa cidade periférica, numa freguesia periférica”, o director do festival dixit, já se faz sentir ao nível dos visitantes. Das 17 às 19 horas, assim por alto, e não deviam estar mais de cem visitantes em todo o espaço do festival.

Se por um lado, não abona nada de bom em favor do festival, por outro lado, para os bedéfilos era extremamente fácil visitar as exposições e/ou obter autógrafos. Curioso é como já vamos conhecendo algumas caras, apenas porque ano após ano repetimos a presença no FIBDA. Fico com a triste sensação que somos sempre os mesmos e que novos leitores não há.

Como não podia deixar de ser, na zona dos autógrafos, os autores que monopolizavam as atenções eram da escola franco-belga (porque será?), nomeadamente Frank Giroud, autor do projecto “O Decálogo” (editado em Portugal pela ASA) e Lucien Roolin, desenhador do VIII volume desta colecção. O José Carlos Fernandes, como habitualmente, destacava-se entre os autores portugueses. Todos estes autores repetem a presença amanha (Domingo).

De novidades, não vi nada de novo por parte da ASA (falha ou o festival não são três dias?), mas em compensação as novas editoras, a BdMania e KingPinComics, parece-me que não se podiam queixar da afluência aos seus stands.

Como toda a acção se passou na zona comercial, não tive oportunidade de visitar o espaço das exposições. Fica marcada visita para amanha e se possível com algumas fotos.

18 outubro, 2006

FIBDA’2006 (6) – Lançamentos

A poucos dias do início do 17º FIBDA, já se encontra disponível o programa dos lançamentos a decorrer durante o festival. O maior destaque vai para o (re)nascimento da editora Devir, que após uma longa ausência regressa com dois lançamentos agendados:

- “Homem-Aranha e Gata Negra/Novos X-Men 8 Final”
- ”Black Box Stories – Volume 1 (Tratado de Umbrografia)” de JC Fernandes

De realçar, o aparecimento da nova editora KingPinComics, com também dois novos lançamentos:

- “Super Pig n.º 1”
- “C.A.O.S. Livro Um”


O programa completo dos lançamentos pode ser conferido na imagem abaixo, enquanto o programa completo das festas pode ser consultado aqui.

Photobucket - Video and Image Hosting

16 outubro, 2006

Tex Willer

É o nome de um novo blogue de banda desenhada, que prima pela originalidade pelo facto de, tal como o nome indica, só tratar exclusivamente de Tex Willer, uma personagem do western americano, que apareceu pela primeira vez em 1948, pela dupla italiana Giovanni Luigi Bonelli (argumento) e Aurelio Gallepini (desenho).

O facto de não existir qualquer publicação regular editada em Portugal sobre esta personagem, não foi impedimento para os autores deste blogue em criar um espaço de divulgação das aventuras de Tex Willer em português. Os votos que a vossa paixão consiga contagiar alguma editora lusa!

15 outubro, 2006

“300” na BD vs. Cinema

Já aqui foi referido o lançamento oficial do trailer de "300". Na sequência desse lançamento houve quem se desse ao trabalho de fazer uma comparação entre o desenho original da bd e algumas das cenas do filme. O resultado é que o filme promete ser uma obra-prima da banda desenhada. É simplesmente espantoso e pode ser apreciado aqui

 

Nova editora de BD em Portugal


O assunto já não novo e os rumores são tema de discussão em fóruns da internet. Na sua edição de hoje, o semanário SOL revela numa pequena notícia, do surgimento de uma  nova editora, chamada BDMANIA, que na prática é uma extensão editorial da loja de BD já existente em Lisboa e Porto. Refere ainda que as primeiras apostas vão para os super-herois da Marvel, não identificando personagens nem séries, e para o anti-heroi Groo, do autor espanhol Sérgio Aragonês. Para já nada é definitivo e certezas, se calhar, só mesmo durante o FIBDA. Mas onde há fumo….

Nova editora de BD em Portugal


O assunto já não novo e os rumores são tema de discussão em fóruns da internet. Na sua edição de hoje, o semanário SOL revela numa pequena notícia, do surgimento de uma  nova editora, chamada BDMANIA, que na prática é uma extensão editorial da loja de BD já existente em Lisboa e Porto. Refere ainda que as primeiras apostas vão para os super-herois da Marvel, não identificando personagens nem séries, e para o anti-heroi Groo, do autor espanhol Sérgio Aragonês. Para já nada é definitivo e certezas, se calhar, só mesmo durante o FIBDA. Mas onde há fumo….

10 outubro, 2006

FIBDA'2006 (5)

"O 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA), que começa dia 20, vai privilegiar as «periferias» da nona arte, afirmou hoje o director do FIBDA, Nelson Dona.

Intitulada «17 graus periféricos e o resto do mundo», a edição deste ano do festival exclui a banda desenhada predominante anglo-americana e franco-belga e dá lugar a artistas de outros pontos do planeta como a América Latina ou o mundo árabe.

«Somos um festival periférico numa cidade periférica, portanto há que tirar partido disso e chamar as periferias para o festival», sublinhou Nelson Dona na apresentação oficial do FIBDA 2006.

Numa das exposições centrais do FIBDA serão divulgados autores de cerca de 20 países da América Latina, entre os quais Alberto Breccia, Quino, Carlos Trillo e Carlos Casalla.

De África serão apresentadas obras de países como Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Moçambique, Togo e Madagáscar, e do mundo árabe é revelada banda desenhada da Argélia ou de Tunísia.

Os países de Leste também estão representados no FIBDA com autores da Albânia, Croácia, Hungria, Roménia, Sérvia e Bulgária.

Haverá espaço ainda para a nova «mangá» (banda desenhada japonesa) e para a banda desenhada vinda de Espanha, através de David Rubim, Ángel de la Calle e Lorenzo Gómez.

Sendo a 17ª edição, o FIDBA seleccionou trabalhos de 17 autores portugueses pós-1960, para uma mostra de banda desenhada nacional que inclui autores como João Fazenda, Alain Corbel, Nuno Saraiva, Rui Lacas, Ricardo Ferrand, Miguel Rocha ou Filipe Abranches, que desenhou o cartaz do FIBDA.

Este ano o festival volta a mudar de lugar, com o núcleo central a decorrer em dois pisos de estacionamento do Fórum Luís de Camões, na Brandoa, Amadora.

No total é uma área expositiva de 3.500 metros quadrados, um espaço amplo que, segundo Nelson Dona, deverá ser a casa do FIBDA nos próximos anos.

Apesar das «limitações ao nível orçamental», como alertou hoje o presidente da autarquia, Joaquim Raposo, o orçamento do FIBDA aumento de 174 mil euros para 250 mil euros, mas a contabilização de custos finais ainda não está fechada.

Nelson Dona afirmou que «não haverá grandes estrelas do mundo anglo-americano ou franco-belga» presentes do festival. (sublinhado meu)

Destaque para a presença no primeiro fim-de-semana do FIBDA do francês Frank Giroud, autor do argumento e coordenador do projecto «Decálogo», com dez tomos desenhados por vários artistas e cujos originais estarão expostos no festival.

Maurício de Souza, autor da «Turma da Mónica», repete presença no FIBDA, estando também confirmados, entre outros, Lorenzo Gomez, JP Stassen, Ángel de la Calle, Sérgio Salma, Frédéric Boilet e Lailson Cavalcanti.

A organização do festival atribui anualmente oito prémios em áreas como álbum português e estrangeiro, argumento, desenho e fanzine.

Para melhor álbum português competem «História de Faro em BD», de José Garcês, «Morgana e o Poço Misterioso», de José Abrantes, «O Leitão Azul», de Pedro Leitão, Salazar, «Agora na hora da sua morte», de Miguel Rocha e João Paulo Cotrim, e «Super heróis da História de Portugal vol II», de António Gomes de Almeida e Artur Correia.

Para melhor álbum estrangeiro concorrem sete obras: «A Conspiração», de Will Eisner, «Blacksad», de Canales e Guarnido, «Bórgia, tomo 1», de Manara e Jodorowsky, «Cidade de Vidro», de Paul Auster, Paul Karasik e Mazzucchelli e «O Senhor Texugo e a Senhora Raposa», de Brigitte Luciani e Eve Tharlet.

Além das exposições no Fórum Luís de Camões, o FIBDA terá outras exposições na galeria municipal Artur Bual, Roque Gameiro, Centro Nacional de Banda Desenhada, Estação de Metro Amadora-Este e Recreios da Amadora.

A um ano de atingir a maioridade, o 17º Festival Internacional de Banda Desenhada na Amadora decorrerá de 20 de Outubro a 5 de Novembro."

in Diário Digital / Lusa

O Estado da Arte

Comecei hoje uma relação de colaboração com o portal BDesenhada.com. Para além de continuar com as "notas", serei também o responsável pela coluna editorial “O Estado da Arte”, onde escreverei crónicas sobre o panorama bedéfilo português. Acredito que matéria não me faltará, só espero que inspiração e tempo também não.

A dez dias do início do 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, a primeira crónica, que versa precisamente sobre o FIBDA, já pode ser lida aqui.

07 outubro, 2006

DVD “Uma História de Violência”

Ontem no cinema, hoje em dvd. Talvez um dos filmes do ano, mas seguramente um dos melhores que vi este ano, “Uma História de Violência” de David Cronenberg, baseado na graphic novel “A History of Violence” de John Wagner (argumento) e Vince Locke (arte), já se encontra disponível em venda directa.

Apesar de ser bastante mais suave que o livro, o filme conta a história de Tom Stall, um pacato comerciante e chefe de família que um dia se vê confrontado com um passado que quis esquecer e que obriga a reagir, é um filme de emoções e limites humanos. Até onde pode um homem ir para se proteger a si e aos seus?

Talvez pelo facto do realizador, desconhecer aquando da entrega do guião, que se tratava de uma adaptação de uma banda desenhada, possibilitou que a abordagem se centrasse nas personagens, nos seus conflitos e consequências. “Uma História de Violência” é um excelente registo de cinema. Obrigatório na nossa videoteca.