28 abril, 2008

BD no Cinema: Batman

Em contagem decrescente para o dia 18 de Julho, continua a promoção do filme "The Dark Knight", desta vez com a divulgação de cinco novos posters (os últimos quatro foram revelados em exclusivo pelo site brasileiro Omelete), desta vez descentralizados da figura do Joker. Para aumentar a expectativa juntamente com os seis já anteriormente divulgados!




















15 abril, 2008

Mundo de Aventuras



Ao receber hoje pelo correio, um lote de revistas do "Mundo de Aventuras", adquirido recentemente, vieram também recordações da minha infância, quando com os meus 10, 11 anos descobri o mundo da banda desenhada. E se revista houve que contribuiu para essa descoberta, foi sem sombra de dúvidas o "Mundo de Aventuras". E posso dizer sem exagero que eu não lia, eu “devorava” as aventuras de tal forma, que bastava olhar para a capa da revista para saber qual a história publicada. Assim, numa de nostalgia, resolvi reproduzir aqui integralmente, até para memória futura, o texto (revisto) escrito, aquando da minha colaboração com o desactivado portal BDesenhada.com, sobre essa saudosa revista que foi o "Mundo de Aventuras".

Numa altura em que escasseiam revistas de banda desenhada de publicação regular em Portugal, e as que existem(?) lutam desesperadamente por se manter “à tona da água”, proponho um regresso ao passado, para uma leitura sobre talvez um dos mais importantes projectos editoriais da banda desenhada que se fez em Portugal, não só pela sua longevidade mas também porque ajudou a criar gerações de bedéfilos, que semanalmente acompanhavam um mundo novo de aventuras. Pessoalmente, esta publicação, na sua segunda série, é para mim uma das mais fortes referências bedéfilas da minha juventude.

Começou por ser publicado semanalmente à quinta-feira, inicialmente num formato de grandes dimensões (280x400) e chamava-se “O Mundo de Aventuras”. Tendo como primeiro director Mário de Aguiar, surgiu nas bancas portuguesas pela primeira vez no dia 18 de Agosto de 1949, com um preço de capa de 1$50, e logo na sua primeira folha dava início a uma história, uma aventura de um piloto de aviação chamado “Luís Ciclon”, cujo nome português foi curiosamente importado de Espanha para personagem “Steve Canyon” (nome original), criada por Milton Caniff, autor que ganhou notoriedade com a criação das aventuras de “Terry e os Piratas”.

Ao longo de quase 38 anos, o “Mundo de Aventuras” trouxe-nos os grandes clássicos da banda desenhada americana, permitindo descobrir personagens como o “Fantasma” de Lee Falk, “Rip Kirby” de Alex Raymond, “Príncipe Valente” de Harold Foster, “Cisco Kid” de José Luís Salinas, “Johnny Hazard” de Frank Robbins ou o já referido “Luís Ciclon” de Milton Caniff, para além de publicar banda desenhada europeia como “Garth” de Steve Dowling ou “Kit Carson” de Rino Albertarelli, entre muitos outros.

O aparecimento posterior de outros projectos, de igual qualidade, nomeadamente as revistas “Cavaleiro Andante” (em 1952) e “Tintin” (em 1968), que publicavam essencialmente banda desenhada de origem franco-belga, levaram que o “Mundo de Aventuras”, propriedade da sociedade Aguiar & Dias (Agência Portuguesa de Revistas), sofresse ao longo dos anos, alterações de vária ordem, sendo das mais visíveis as relacionadas com a sua dimensão, que passou do formato inicial de “jornal” para o formato final de “livro” e a publicação de histórias completas, sendo que antes estas encontravam-se repartidas por vários números. A título de curiosidade acrescenta-se que a partir do número 81, publicado em 1 de Março de 1951, o título deixou cair o “O” passando a designar-se apenas “Mundo de Aventuras”.

A partir da década de 50, na sequência da implementação de medidas de auto-regulamentação por parte de editoras americanas de banda desenhada, com a criação do famoso selo da “Comics Code Authority”, o “Mundo de Aventuras” torna-se em Portugal, a primeira publicação a adoptar estas orientações, passando a excluir séries consideradas como não juvenis. A censura, então vigente no nosso país, encarregou-se do resto, dedicando-se a truncar textos e vinhetas, chegando mesmo a tornar obrigatório que as personagens estrangeiras adoptassem nomes portugueses. Assim, “Rip Kirby” transformou-se em “Ruben Quirino”, “Prince Valiant” passou a “Príncipe Valente”, “Johnny Hazard” a “João Tempestade”, “Flash Gordon” a “Capitão Relâmpago”, “Big Ben Bolt” a “Luís Euripo”, Brick Bradford” a “Brigue Forte”, entre muitos outros caricatos exemplos.

O “Mundo de Aventuras” entre o período compreendido entre 1949 e 1987 passou pelo que se convencionou designar por duas séries. A primeira com início no primeiro número terminou em 20 de Setembro de 1973 com a publicação do número #1252. A segunda série, cuja numeração começou de novo no número #1, teve início em 4 de Outubro de 1973 e terminou no dia 15 de Janeiro de 1987, com a publicação do número #589, o número final.

Como actualmente já não existem projectos deste calibre, resta a memória e para aqueles que possuem revistas desta magnifica colecção, o prazer de ler e reler grandes aventuras, grandes clássicos da banda desenhada, em português.

Publicado originalmente no portal BDesenhada.com em 11-12-2006.

10 abril, 2008

O sucesso tambem se mede no preço...

Um comentário do Grimlock no post relativo ao novo álbum de Blake & Mortimer, chamou-me a atenção para o aparente sucesso de vendas que está a ser esta nova aventura, que se encontra no top de vendas da FNAC. No entanto não pude deixar de reparar que o preço de venda praticado pela FNAC também acompanhou o ritmo das vendas. Senão vejamos, enquanto no dia 27 de Março, paguei € 12,60 na loja do Chiado, o álbum encontra-se agora à venda no site pelo preço FNAC € 13,05 (já inclui um desconto de 10%). Não há dúvida que BD começa a ser um óptimo investimento, porque em pouco menos de duas semanas, a minha aquisição já valorizou 4%!

02 abril, 2008

Uns extraordinários € 764.218

foi o valor pelo qual foi vendida, no passado dia 29 de Março num leilão de páginas e desenhos originais de banda desenhada, uma pintura original a guache de Hergé datada de 1932 para a capa do álbum “Tintin na América” (ver imagem ao lado).

Este alucinante valor constitui um record absoluto no que respeita a valorizações de originais de banda desenhada!

Entre as centenas de lotes a leilão, para além de Hergé, encontravam-se ainda vários desenhos originais de Giraud (Blueberrry), Franquin (Spirou e Fantasio), Jacobs (Blake e Mortimer), Hugo Pratt (Corto Maltese), Morris (Lucky Luke) entre muitos outros, o que originou um volume de vendas total de € 3.441.896!!!