25 setembro, 2008

DVD: "Homem de Ferro"

Deambulava eu pelos misteriosos caminhos da rede, quando sou surpreendido pelo anúncio do lançamento em DVD do excelente filme “Homem de Ferro” que ainda em Maio último percorria as salas de cinema nacionais. A novidade aqui não é o lançamento, mas sim a EDIÇÃO ESPECIAL DE COLECCIONADOR, cuja embalagem é a mascara do Homem de Ferro. Reparem só no pormenor:


Dois discos e traz como extras , conforme publicitado: Cenas cortadas - Eu sou o Homem de Ferro: Documentário "Making Of" de 7 partes - O Invencível Homem de Ferro - Armado: Os efeitos visuais do Homem De Ferro - Screen Test de Robert Downey Jr. - Os métodos do actor - Fotografias e muito mais!

Digam lá se não figura bem na prateleira de uma qualquer videoteca?

24 setembro, 2008

A caminho do FIBDA'2008...

...falta exactamente um mês para o inicio do 19º Festival de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA). Para já pouco se sabe, só mesmo que irá decorrer entre os dias 24 de Outubro e 9 de Novembro, no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, subordinado ao tema "Tecnologia e Ficção Cientifica" e é tudo! Na falta de programa, podemos sempre especular sobre o que poderia acontecer para o FIBDA'2008 ser um grande festival. Não vou para aqui criar grandes expectativas, até porque já se sabe "que quanto mais se sobe, maior é a queda". O tema escolhido é um bom tema e bem aproveitado pode mostrar-se bastante ambicioso. Na faltam na banda desenhada exemplos de histórias e personagens de muita qualidade que podem proporcionar excelentes exposições. Desde dos clássicos “Dan Dare” e “Flash Gordon”, passando por “Valerian”, “John Difool” ou “Metabarões”, sem esquecer o mais recente “Universal War 1”, como exemplo de bd's publicadas entre nós, a oferta é muita e variada. A presença de qualquer um dos autores destas últimas histórias faria justiça à referência de "Internacional" que o nome do festival ostenta. E claro está, que existirão outras bd's nunca cá publicadas que poderão igulamente proporcionar otimas exposições. E exemplo do que acabei agora de referir, talvez seja dado pela presença, ao que apurei parece confirmada, do italiano Tanino Liberatore. Ainda que desconhecido entre nós, é autor de "RanXerox", uma BD ultra-violenta cujo principal personagem é um andróide feito de partes de máquinas de fotocópias da marca Rank Xerox (promete!!!). Este autor, para além de enquadrar perfeitamente na temática do festival, é coerente com a politica do FIBDA, ou seja, convidar autores praticamente desconhecidos e/ou sem qualquer obra publicada entre nós. Por vezes, as consequências são situações embaraçosas como as que tenho vindo a observar nos últimos anos, quando estes ilustres desconhecidos passam horas sentados nas sessões de autógrafos sem que ninguém lhes solicite o mais pequeno desenho. Com Tanino Liberatore, acredito que seja excepção, até porque, pelos exemplos que pesquisei no Google, o sua arte parece-me muito boa. Mas, confesso que preferia conhecer alguns dos autores que habitam nas prateleiras da minha bedeteca! Claro está que parte importante no sucesso de um festival, pelo menos na minha opinião, é as NOVIDADES. Sempre defendi que todo e qualquer festival de BD deve assumir-se como comercial. Obviamente, estando em Portugal, onde subsistem duas ou três editoras de BD, não se pode esperar muito. Na ASA (Leya) a maior, mais não seja pela qualidade de títulos que detém no seu catalogo, mas certamente não a melhor editora de BD, aparentemente as novidades são... DE PROFUNDIS, de Miguelanxo Prado, cujo lançamento já tinha sido anunciado para Setembro e a re-re-re-redição (ufa!) da colecção “Blake e Mortimer”!!! Convenhamos que é muito pouco para o que se espera desta editora de BD naquele que é só o maior festival de banda desenhada em Portugal! Assim, conto com a Vitamina BD e por um sinal de vida da Devir (José Carlos Fernandes?) para fazer compras. O resto é o habitual escoar de stocks a preços de saldos!!! Engraçado e talvez um factor de atracção e divulgação do FIBDA, fosse a invasão de Lisboa ou quiçá da cidade da Amadora por milhares de pequenos estrumpfes ou "smurfs", integrado no Euro Tour comemorativo do 50º aniversário destes pequenos duendes azuis, que tem visitados os mais variados festivais por essa Europa fora. Será que se lembram de nós? E vocês caros leitores, o que esperam do FIBDA’2008?

22 setembro, 2008

Blake e Mortimer.... OUTRA VEZ!

Com o final da colecção «Blueberry» a aproximar-se, o jornal Público em parceria com a ASA, fez anunciar que irá lançar uma nova colecção de BD, com início em Outubro, desta vez dedicada à série «Blake e Mortimer».
 
Uma colecção toda encadernada, capa dura, lombada de tecido, etc., etc. tudo muito bonito não fosse o pormenor desta série já ter sido anteriormente editada (pela Editorial Íbis/Editorial Verbo), reeditada (pela Bertrand), re-reeditada (pela Meribérica) e ainda re-re-reeditada (pelo Jornal Record). Aliás acho mesmo que não existe outra série em Portugal que tenha sido objecto de tantas reedições. E depois disto tudo será que existe por aí algum bedéfilo que ainda não tenha esta colecção? E com a crise e tanta gente que se queixa de pagar mais três ou quatro euros por um qualquer álbum de capa dura, será que é uma lombada bonita que justifica pagar cerca de € 7,90 por um álbum que facilmente se encontra em qualquer feira do livro que se preze a metade do preço? É impressão minha ou parece que em termos de produção de BD andamos a andar para trás? Com tanto material inédito para publicar, não seria altura da ASA olhar para a frente e dirigir a sua atenção no sentido de reparar a “herança” da Meribérica e completar colecções? Com tantos títulos em carteira é preciso andar a publicar "mais do mesmo"? Papel que podia ser aproveitados para, por exemplo, colecções ainda inéditas em Portugal!
 

 

13 setembro, 2008

Como organizar?

Um dos motivos pelo qual pouco tenho escrito aqui, deve-se ao facto da minha bedeteca pessoal ter atingido o ponto de saturação. Os álbuns e revistas de BD acumulavam-se em pilhas desorganizadas pelos cantos desta assoalhada transformada em escritório adaptado para bedeteca. Alguns álbuns pura e simplesmente não os encontrava. Com as últimas aquisições de mês passado, a integridade de algumas edições mais antigas começou a ficar em causa. A solução passava por optimizar o espaço disponível, ou seja, 10 prateleiras, cinco com um comprimento de 55 cm cada e outras cinco com 75 cm, para várias centenas de álbuns.
 
O princípio subjacente é "o espaço é um bem escasso", até porque não disponho mais prateleiras e por outro lado pretendia uma bedeteca funcional. E como organizar?
 
Se a primeira fase, a triagem, foi relativamente fácil, até pela questão do formato: franco-belga para um lado, americana/inglesa para o outro e a portuguesa fica aqui; a segunda, de arrumação nas prateleiras, revelou-se um verdadeiro jogo de paciência. Depois de separação, comecei pelo óbvio. Pela sua natureza e formato, as colecções "Série Ouro" e "Clássicos da BD" do Correio da Manha ocupam na perfeição uma prateleira de 75. Com espaço ainda para os nove volumes das "Obras-primas da BD Disney". Optimização perfeita! A BD americana/inglesa, em formato tpb, também se resolveu bem. Super-heróis e outras histórias convivem bem em duas prateleiras exclusivas, com a vantagem de sobrar espaço (pouco) para futuras aquisições. Quanto á BD portuguesa, colecções mais antigas não incluídas, o volume é reduzido. As edições de autores portugueses são dominadas, basicamente, por José Carlos Fernandes e Luís Louro. Meia prateleira de 55 cm e o caso ficou arrumado! Pelo seu elevado número de álbuns e pela diversidade de personagens, autores e géneros, o problema surgiu na BD franco-belga. Arrumo por ordem alfabética das personagens (Alix, Asterix, Blake & Mortimer,...), por género (western, ficção-cientifica, histórico,...), por autor ou por editora? Pessoalmente gostava de organizar por autor numa perspectiva de evolução histórica. Mas depois temos aqueles autores (por ex. Van Hamme) de vários personagens (Thorgal, Largo Winch, etc) ou então a mesma personagem por vários autores (Blake e Mortimer) ou ainda autores de diferentes géneros (Giraud/Moebius). E histórias há que nem as sei situar. E depois há aquela eterna questão: argumentista ou desenhador? E o que fazer com aqueles que se assumem ora como argumentistas ora como desenhadores em diferentes séries (Giroud)? E se fosse por editoras, ficava bem colocar depois do "ALIX" (das Edições 70) o "Torpedo 1936" (da Futura)? E os tamanhos? O que dizer dos 31,5 cm de altura da série “Bouncer” da ASA comparado com os 29 cm da série “Blueberry” da Meribérica. Porque onde cabe a Meribérica não cabe a ASA. Quem diria que dois centímetros faziam toda a diferença! Com tantas condicionantes, adoptei o critério... de não ter critério. Arrumei, tendo em conta os formatos, as personagens, numa lógica mais ou menos respeitadora da época onde decorre a acção, tentando não separar muito álbuns do mesmo autor, mas não obrigatoriamente por esta ordem. O resultado final é o Tintim a seguir ao Asterix, o Corto Maltese “entalado” entre o Alix e o Spirou, o Jeremiah entre o Valerian e o XIII, entre outros. Primeiro estranha-se depois entranha-se! Uma das consequências desta arrumação, foi uma pilha enorme de sobras de BD, que irei colocar à venda num futuro próximo num qualquer site de leilões on-line. Já agora, como é que vocês organizam a vossa bedeteca?