31 maio, 2009

Finalmente, o FIBDB...

Beja. Estava prometida à muito a visita ao Festival de BD que anualmente se realiza nesta cidade. Foi este ano e foi ontem. Na boa companhia do Bongop rumei ao coração do Alentejo. A viagem pela planície foi bastante agradável (dispensamos bem o IP8) e o tema de conversa na viagem foi como não podia deixar de ser sobre banda desenhada. Falou-se muito e sobre muita coisa: sobre séries, autores, editoras, blogues, compras, vendas, figuras e figurões! Nem falo sobre as coisas que ficamos a saber durante um almoço!!




Cidade de Beja. 30º graus à sombra. Casa da Cultura. Este amigo também se juntou à festa. Centramo-nos no núcleo principal do Festival, até porque o calor definitivamente não convidava a passeatas pela cidade e os horários de abertura do festival nos restantes pólos (Biblioteca Municipal, Museu Jorge Vieira e Museu Regional) mostraram-se bastante tardios sobretudo para quem vem de fora. Verdade seja dita, também nunca fui adepto da descentralização de eventos nos festivais. Cá por mim, não havia núcleo principal mas sim um núcleo único.



Logo à entrada, um pequeno espaço comercial, bastante parco na oferta. Adorava saber como é que vamos de stocks nas nossas editoras? É que a avaliar pelo que eu (não) vi à venda, presumo que as vendas de algumas séries já tenham ultrapassado todos os patamares mínimos! Ainda assim aproveitei para comprar o “Blankets” por influência daqui. O facto de o autor estar presente, juntou o útil (autografo do autor) ao agradável (+500 páginas de bd)!





O ambiente do festival é bastante agradável, apesar de se mostrar algo alternativo, digo eu! Os autores estrangeiros não tem trabalhos editados em Portugal e alguns dos autores portugueses alinham claramente nesses riscos ditos alternativos. Se as exposições provam que talento não nos falta, e então para quando uma aposta séria em bd a sério, bem sustentada em termos de argumento e de desenho, comercialmente viável, a exemplo do que se produz lá fora? Tome-se por exemplo o “Blankets” de Craig Thompson!

Relativamente às exposições, gostei bastante do trabalho (sobretudo da aplicação de cor) de Deniz Deprez, autor que não conhecia (a imagem em baixo à esquerda foi roubada daqui) e do excelente traço de Gary Erskine (em baixo, à direita), não obstante o “diz que é uma espécie de Batman” que me desenhou no livro de sketch’s. Cruzo-me com caras já conhecidas de outros festivais, porque isto da bd corre-nos no sangue!

As sessões de autógrafos decorrem em tempo razoável. Pela negativa, só mesmo por omissão, e pelas razões referidas anteriormente, o facto de ter falhado as mostras de Hugo Teixeira, Luminus Box, Venham +5 e Voyager na Biblioteca Municipal.



Para a posterioridade, fica aqui o registo de um dia bem passado, num festival simpático e em excelente companhia. O FIBDB tem as portas abertas até ao próximo dia 14 de Junho e uma vasta programação paralela. Aproveitem!

30 maio, 2009

Mundo Tintim

Museu Hergé
No próximo dia 2 de Junho, é aberto ao público um novo espaço destinado a dar a conhecer a vida e a obra do criador de uma das bandas desenhadas mais conhecidas do séc. XX, o belga Georges Remi, mais conhecido pelo pseudónimo de Hergé. Dispondo de três andares e nove salas de exposições, num total de 3600 metros quadrados, o novo Museu Hergé dará a conhecer desenhos, pranchas originais, objectos pessoais, documentos e fotografias, com destaque natural para a sua criação maior: Tintim. Assim poderão "penetrar no mundo de Hergé, descobrir a sua vida, o que amava, as suas viagens, os animais de que gostava, a sua paixão por carros e sobretudo "o homem multifacetado" que ele era, disse na conferência de imprensa Laurent de Froberville, o director do Museu Hergé. Tintim, a criação maior de Hergé, "o artista do século XX", estará naturalmente "omnipresente", mas segundo aquele responsável, o museu quer ir "mais além de Tintim" para dar a conhecer "a obra de Hergé em toda a sua amplitude, que inclui muitas outras personagens, para além das suas criações como desenhador gráfico ou publicitário", e "submergir no seu processo criativo". Falta referir que este novo museu fica situado em Louvain-la-Neuve, nos arredores de Bruxelas.

fonte: Diário de Notícias on-line



Tintim no cinema
Noutras latitudes, encontra-se em filmagens o primeiro filme de uma série dedicada a Tintim. Steven Spielberg e Peter Jackson são os produtores, com o primeiro a realizar o filme inicial, cujo título oficial é «The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn» e que deverá estrear nos cinemas no Natal de 2011. A adaptação filmada em 3D, que tem como tema uma caça ao tesouro, é baseada numa das mais conhecidas aventuras de Tintim, que se encontra divida pelos álbuns «O Segredo do Licorne» e «O Tesouro de Rackham o Terrível». Já há nomes confirmados para o filme. Jamie Bell será o jovem repórter Tintin e vai enfrentar o terrível Red Rackham, interpretado por Daniel Craig. Do elenco fazem parte Simon Pegg e Nick Frost no papel da dupla de detectives Dupont e Dupond, e ainda Gad Elmaleh, Toby Jones e Mackenzie Crook.


Tintim na Rússia
A Rússia foi talvez o último país do mundo aonde chegaram os livros de Tintim, não obstante este herói da BD ter tido a sua primeira aventura precisamente no "País dos Sovietes". O primeiro e, por enquanto, único livro de aventuras de Tintim chegou aos leitores russos apenas em 2004 e chama-se "Os Charutos do Faraó".
Os especialistas russos em história da banda desenhada não têm dúvidas de que este enorme atraso na chegada das aventuras de Tintim à Rússia se deveu ao primeiro álbum de Hergé "Tintim no País dos Sovietes" (1929), obra que esteve proibida na União Soviética por ser considerada "anticomunista" e que pelo mesmo motivo continua a não chegar às mãos dos leitores chineses.
Georges Remi (Hergé) coloca os seus heróis, Tintim e Milú, no período revolucionário em que os comunistas instauravam o poder pela força, tendo-se baseado na obra "Moscou sans voiles", de Joseph Douillet, diplomata belga que viveu e trabalhou durante nove anos na Rússia soviética. Alguns episódios do primeiro álbum de Hergé são uma ilustração exacta de episódios descritos por Joseph Douillet, como, por exemplo, "as eleições democráticas" na aldeia com uma pistola apontada à cabeça. Sendo o diplomata belga um anticomunista, os estudiosos russos de banda desenhada europeia consideram aí residir uma das causas da "falta de qualidade" dessa obra.
"Não obstante a abordagem extremamente pormenorizada [da situação na Rússia soviética], a primeira experiência falhou, pois deu origem a uma banda desenhada bastante primitiva que contém numerosos disparates", como a existência de um agente da polícia política soviétiva OGPU que adora bananas, considera Elena Bulakhtina, reconhecendo, porém, que "há lugares divertidos".
Opinião semelhante tem Mikhail Khatchaturov, chamando a atenção para o facto de "Tintim no País dos Sovietes" ter sido "o único volume da série das Aventuras de Tintin que não foi posteriormente trabalhado e que, durante muito tempo, não foi reeditado".
"Só recentemente ele voltou a ser publicado, muitos anos após a morte do autor, e por isso agora surge orgulhosamente no catálogo da série como o número um", sublinha Khatchaturov.
Não obstante o comunismo ter caído na União Soviética/Rússia há quase 18 anos, Tintim continua a ser desconhecido entre o grande público russo, ao contrário de outros heróis da banda desenhada como Astérix. "Os Charutos do Faraó" foi a primeira e única das aventuras de Tintim a chegar à Rússia com uma edição de cinco mil exemplares, o que é extremamente pouco para um mercado livreiro tão imenso como é o russo.
Tintim parece ter-se irremediavelmente atrasado na sua chegada à Rússia, mesmo sem sovietes.

fonte: Público on-line

28 maio, 2009

Os 125 anos do Zoo


O Zoo de Lisboa está de parabéns pela comemoração de 125 anos de existência. Associado a esta efeméride, saiu hoje juntamente com o jornal Público numa edição em parceira com a ASA, uma proposta bedéfila traduzida no álbum “Jardim Zoológico – 125 Anos”, da autoria, argumento e desenho, de José Garcês, dedicado a espécies em vias de extinção. São cinco curtas histórias sobre cinco espécies animais: o gorila ocidental das terras baixas, o gorila da montanha, o jaguar, o tigre de Sumatra e o tigre da Sibéria.

A utilização da banda desenhada como veiculo na transmissão de uma mensagem revela-se aqui bastante pedagógica, uma vez que o objectivo do álbum passa por dar a conhecer o habitat natural destas espécies e identificar os perigos reais que põe em causa a sua sobrevivência e, simultaneamente sensibilizar o leitor para a importância e contributo dos Zoo’s enquanto instituições cuja função principal passa também pela preservação, conservação e reprodução de espécies selvagens ameaçadas de extinção.

Ainda que as histórias sejam apresentadas de uma forma bastante resumida, focando apenas o essencial, com ausência de uma sequência narrativa, a arte de José Garcês no desenho de animais compensa, e o propósito subjacente a este álbum, transformam-no numa interessante proposta de leitura.

Jardim Zoológico – 125 Anos
Autor: José Garcês, desenho e argumento
Álbum único, cores, capa mole
Editora: ASA/Público, 1ª edição de Maio de 2009

A minha nota:

23 maio, 2009

V Festival Internacional de BD de Beja

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É já daqui a uma semana que se inicia o V Festival de BD de Beja. Entre os dias 30 de Maio e 14 de Junho, a bela cidade de Beja, volta a ser capital da Banda Desenhada em Portugal. São 15 dias de tudo o que um festival bedéfilo pode oferecer. A programação apresenta-se bastante diversificada, e inclui exposições individuais e colectivas de mais de 70 autores, lançamentos, sessões de cinema, workshops, conferências, sessões de autógrafos. Para uma melhor detalhe sobre estas e outras informações relacionadas com o festival, recomendo uma visita ao site oficial que já está disponível aqui.

17 maio, 2009

Leitura: W.E.S.T.

Começo aqui esta uma rubrica de séries incompletas a fim de recuperar algumas colecções, que se traduziram em propostas interessantes de leitura e cujos primeiros álbuns foram editados em Portugal mas que por razões que a própria razão (provavelmente) desconhece a sua continuação parece ter caído no esquecimento das nossas editoras.

Para iniciar, resgato do silêncio a série “W.E.S.T.”, uma colecção com a chancela das Edições ASA, cujo 1º álbum “A Queda da Babilónia” foi editado já no longínquo ano de 2005.

Misturando factos reais com ficção, é um acontecimento verídico – o desastre de comboio ocorrido em 22 de Outubro de 1895 na estação de Montparnasse, em Paris – o ponto de partida deste WEST, as iniciais de Weird Enforcement Special Team, uma task-force de 4 homens que é reunida para investigar uma sinistra conspiração que atenta contra os Estados Unidos, e que aparentemente está por detrás de uma série de injustificadas mortes de um conjunto de influentes pessoas, que tinham em comum o facto de pertencerem a um misterioso Clube Century. A acção desenrola-se numa América dos inícios do século XX.

Gostei bastante da elaborada narrativa, que muito apresenta sem muito revelar – assinada pela dupla Xavier Dorison e Fabien Nury, complementada com o bastante sóbrio e expressivo desenho do francês Christian Rossi, colorido em aguarela de tom sépia adequado – que constrói uma teia envolvendo sociedades secretas, forças ocultas e sinistras conspirações, o que complica a história o suficiente para que à medida que a leitura avança, ficamos nós leitores, presos pela curiosidade dos desenvolvimentos seguintes.

A desilusão chega com o final do álbum, mas não por culpa da história em si, mas sim porque encontrando-se a série dividida em ciclos, e correspondendo este álbum a primeira parte de um díptico, a sua conclusão acontece invariavelmente no 2º álbum “O Clube Century”, que ainda não foi editado em Portugal, mas cuja edição mais que se justifica, mais não seja para completar o arco.

Na série original, a editora francesa Dargaud prepara-se para lançar o 5º álbum, de uma colecção composta pelos seguintes títulos:

- 1. La chute de Babylone
- 2. Century Club
- 3. El Santero
- 4. Le 46e état
- 5. Megan

Fica aqui a minha parte feita, e parafraseio Fernando Pessoa, para lembrar que no que a WEST diz respeito, “O por-fazer é só com a ASA”.

WEST – 1. A Queda da Babilónia
Autores: Rossi, Dorison, Nury
1º Álbum, Cores, capa dura
Editora: ASA, 1ª edição de Maio de 2005

A minha nota:

14 maio, 2009

V Festival Internacional de BD de Beja

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Para além dos variados autores que estarão presentes no V Festival de BD de Beja, dos quais tenho aqui dado noticia (para saber + basta clicar na etiqueta FIBDB em baixo), também as exposições fazem parte do ambicioso programa do festival. E parte das propostas mais interessantes e promissoras no campo da Banda Desenhada nacional encontram-se no seio de projectos colectivos. Três exposições - dezenas de proposta diferentes:

All-Girlz (com Ana Biscaia, Ana Freitas, Andreia Rechena, Carla Pott, Cláudia Dias, Inês Casais, Joana Pereira, Joana Sobrinho, Kati Zambito, Marta Monteiro, Rosa Baptista, Sara Franco, Sara Mena Gomes, Sofia Verdon e Sónia Oliveira); Venham + 5 (com Agonia Sampaio, Carlos Apolo Martins, Carlos Bruno, Diego Blanko, Diogo Campos, Inês Freitas, João Lam, Ken Niimura, Kike Benlloch, Lobato, Luís Guerreiro, Maria João Careto, Paulo Monteiro, Pedro Brito, Pedro Ganchinho, Pedro Rocha Nogueira, Susa Monteiro, Véte e Zé Pedro); e Voyager (com Diogo Campos, Diogo Carvalho, Luís Belerique, Luís Maiorgas, Nelson Nunes, Phermad, Ricardo Reis e Rui Ramos).

Muitos destes autores estarão presentes em Beja nos dias 30 e 31 de Maio…

09 maio, 2009

Nova colecção de BD pelo Público

A parceria ASA/Público prepara-se para uma nova colecção, desta vez, dedicada a heróis da banda desenhada que há muito desapareceram dos habituais escaparates. São personagens clássicos publicados à muito pela extinta revista Tintin (edição portuguesa) e que são agora resgatados ao tempo para a Colecção Clássicos da Revista Tintin.

As propostas de leitura dadas por esta nova colecção, composta por 12 álbuns duplos (alguns triplos), é bastante diversificada, e passa desde da ficção científica (com Luc Orient), ao western (com Buddy Longway), do desporto automóvel (com Michel Vaillant), ao exotismo (com Bernard Prince), do policial (com Ric Hochet) à aventura (com Lester Cockney) e não esquecendo os mais novos (com Clorofilia), entre outros.

Uma verdadeira colecção para “saudosistas” com a aliciante de publicar em álbum histórias ainda inéditas em Portugal, pelo preço de € 6,90 cada álbum.

Destaco o álbum de Bernard Prince (publicação em 24 de Junho) que inclui as histórias “A Fortaleza das Brumas” e “Objectivo Cormoran” que possibilitará aos coleccionadores preencherem o vazio que existia nos álbuns publicados anteriormente em Portugal, que saltava do n.º 10 para o 13 (na numeração original). As aventuras referidas correspondem assim aos álbuns n.º 11 e 12.

COLECÇÃO CLÁSSICOS DA REVISTA TINTIN (Títulos e datas de lançamento):
  1. 20 de Maio - Luc Orient - Os Dragões de Fogo / Os Sóis de Gelo
  2. 27 de Maio - Clorofila - Contra os Ratos Negros / Clorofila e os Conspiradores
  3. 03 de Junho - Jonathan - O Sabor do Songrong / Ela ou Dez Mil Pirilampos
  4. 10 de Junho - Michel Vaillant - O 8.º Piloto / Suspense em Indianápolis
  5. 17 de Junho - Rock Derby - Os Tubarões do Ringue / Os Ladrões de Bonecas/Pânico no Paraíso
  6. 24 de Junho - Bernard Prince - A Fortaleza das Brumas / Objectivo Cormoran
  7. 01 de Julho - Clifton - Meu Caro Wilkinson / O Rapto
  8. 08 de Julho - Vasco - O Ouro e o Ferro / O Prisioneiro de Satanás
  9. 15 de Julho - Spaghetti - Spaghetti e os quadros a Óleo/Encontro de Ciclistas / Spaghetti em Paris
  10. 22 de Julho - Ric Hochet - Uma armadilha para Ric Hochet / Ric contra "O Serpente"
  11. 29 de Julho - Buddy Longway - O Vento Selvagem / O Manto Negro
  12. 05 de Agosto - Lester Cockney - A Ruptura / Oregon Trail 



08 maio, 2009

Novidades da BDMania e da VitaminaBD

Não uma, não duas, não três, mas sim quatro lançamentos em simultâneo. É verdade, as “irmãs” Vitamina BD e BDMania, numa inédita acção, acabam de lançar de uma só vez, quatro álbuns de BD, que farão de certeza a delícia de muitos leitores de BD. Assim temos:



  • A conclusão da saga O Diabo dos Sete Mares (Hermann & Yves H.) com a edição da segunda parte desta história fantástica de piratas, tesouros, maldições e zombies, da autoria de um dos grandes mestres da BD europeia.

  • Do outro lado das nuvens - 1. Duelos (Hautiére & Hugault) - o primeiro volume (de uma série de dois) apresentando uma história passada antes e durante a 2ª Guerra Mundial, com a aviação como tema de fundo. Do autor de O Último Voo.

  • Universal War One : A Torre de Babel (Bajram) – o 5º e penúltimo número desta incrível história de ficção cientifica. A conclusão está prevista para Outubro deste ano!

  • Astonishing X-Men: Imparável (Whedon & Cassaday) - o 4º tomo e conclusão do épico run da "dupla fantástica".

Boas leituras para o fim-de-semana!

Novidades da BDMania e da VitaminaBD

Não uma, não duas, não três, mas sim quatro lançamentos em simultâneo. É verdade, as “irmãs” Vitamina BD e BDMania, numa inédita acção, acabam de lançar de uma só vez, quatro álbuns de BD, que farão de certeza a delícia de muitos leitores de BD. Assim temos:



  • A conclusão da saga O Diabo dos Sete Mares (Hermann & Yves H.) com a edição da segunda parte desta história fantástica de piratas, tesouros, maldições e zombies, da autoria de um dos grandes mestres da BD europeia.

  • Do outro lado das nuvens - 1. Duelos (Hautiére & Hugault) - o primeiro volume (de uma série de dois) apresentando uma história passada antes e durante a 2ª Guerra Mundial, com a aviação como tema de fundo. Do autor de O Último Voo.

  • Universal War One : A Torre de Babel (Bajram) – o 5º e penúltimo número desta incrível história de ficção cientifica. A conclusão está prevista para Outubro deste ano!

  • Astonishing X-Men: Imparável (Whedon & Cassaday) - o 4º tomo e conclusão do épico run da "dupla fantástica".

Boas leituras para o fim-de-semana!

V Festival Internacional de BD de Beja


Continua o desfile dos autores que vão estar presentes no Festival Internacional de BD de Beja. A comprovar que a banda desenhada europeia respira vitalidade por todos os poros, anuncia-se a presença de (mais) dois grandes autores: Alberto Vázquez e Lorenzo Mattotti.

Alberto Vázquez é um dos talentos emergentes da moderna banda desenhada espanhola (em 2007 ganhou o Prémio do Público para o Melhor Desenho com El Evangelio de Judas, em Barcelona). Depois de expor o seu trabalho um pouco por todo o lado, de Buenos Aires a La Paz, passando por Nápoles, chega agora ao nosso país, para deslumbre dos olhares mais exigentes.

Lorenzo Mattotti, é um ”gigante” da banda desenhada mundial, um dos autores mais significativos do nosso tempo. A exposição que traz a Beja constitui uma ocasião rara para observar de perto um autor incontornável, dono de um traço único e de uma poética muito pessoal.

Os autores estarão presentes em Beja nos dias 30 e 31 de Maio…

04 maio, 2009

Vasco Granja (1925-2009)

Faleceu Vasco Granja.

Foi através do seu programa televisivo, que entre milhares de outros filme de animação de origem da Europa de leste, cujos nomes dificilmente ficariam na memória, toda uma geração teve contacto com personagens como Bugs Bunny, Mr. Magoo ou ainda a Pantera-Cor-de-Rosa.

No entanto, gostaria aqui de destaca aqui a sua prolifera actividade como divulgador da banda desenhada em Portugal. Aliás, o próprio termo “banda desenhada” foi utilizado pela primeira vez por Vasco Granja num artigo publicado pelo “Diário Popular” em Novembro de 1966. Vasco Granja foi editor do fanzine "Quadrinhos", director da 2ª série da edição portuguesa da revista "Spirou" e ainda o último director da revista Tintim. A Vasco Granja deve-se ainda a publicação de "Corto Maltese", pela Bertrand, na qual trabalhou como coordenador de edição de BD.

Vasco Granja foi também figura determinante no arranque do Festival Internacional de BD da Amadora, que o homenageou com o Troféu de Honra em 1996.

Um obrigado a um nome grande da BD portuguesa!

03 maio, 2009

Pela ASA em 2009

Uma passagem pela (concentrada) Feira do Livro de Lisboa e na habitual falta de novidades bedéfilas nas bancas, procurei saber outro tipo de novidades e fiquei a saber que a editora ASA tem previsto para a publicação em 2009.

Assim, entre as habituais reedições (de Lucky Luke), podemos esperar seguintes títulos inéditos:

Da série «Borgia»:
Finalmente a continuação desta excelente série da dupla Jodorowsky/Manara, logo com a publicação dos volumes 2 e 3, “O Poder e o Incesto” (um dos meus 12 desejos para 2009) e “As Chamas da Pira”, respectivamente.

Da série «As Cidades Obscuras»:
A continuação de uma série que já passou por diversas editoras e que chega agora á ASA.
O álbum a publicar é “A Teoria do Grão de Areia” – tomo 1, de Schuiten e Peeters, que corresponde ao 10º na colecção original.

Da série «Bilal»:
Depois da conclusão da tetralogia de “O Monstro”, a ASA aposta no mais recente título deste autor: “Animal Z”.

Estranha-se no entanto a falta de aposta naquelas séries “penduradas” e porventura comercialmente mais conhecidas tal como Blueberry, Alix ou Thorgal, às quais eu ainda acrescentaria XIII ou Bouncer, mas claro está são opções!

O Sandokan inacabado de Hugo Pratt

Photobucket

Quando Alfredo Castelli, autor e estudioso de banda desenhada, revelou ter descoberto há pouco mais de um ano 64 pranchas originais de uma versão incompleta das aventuras de Sandokan desenhadas por Hugo Pratt em 1971, o mundo da BD reagiu como se tivesse sido encontrado um tesouro.

Hoje, quando a primeira edição destas duas histórias inacabadas - Tigri di Mompracem e La Riconquista di Mompracem - se prepara para chegar às livrarias italianas (a versão em francês só é lançada no Outono), a expectativa é ainda maior. Sobretudo porque Castelli, que está envolvido nesta publicação com a chancela da editora italiana Rizzoli Lizard, revelou apenas a primeira das pranchas desenhadas por Pratt, o criador do indomável e romântico Corto Maltese e do pragmático Sgt. Kirk.

Basta uma pesquisa rápida na Internet para perceber que há muitos leitores de BD que esperam ansiosamente "as novas aventuras" da personagem criada pelo escritor Emilio Salgari (1862-1911) e que, na versão de Pratt, tem a sua história contada pelo guionista Mino Milani.

Segundo o El País de ontem, e a avaliar pela primeira das 64 pranchas originais - a única que Castelli acedeu a mostrar -, o aspecto do Sandokan de Pratt nada tem a ver com o da versão cinematográfica e televisiva celebrizada pelo actor indiano Kabir Bedi. Nestas duas tiras já conhecidas, o autor italiano prefere representar o príncipe malaio - um homem corajoso que se insurgia contra a tirania britânica, tinha uma namorada chamada Marianna e um amigo português - sem barba, sentado numa cadeira de vime numa pose muito semelhante às que podemos encontrar no próprio Corto Maltese.

O Sandokan de Pratt-Milani foi uma encomenda do Corriere dei Piccoli, o célebre suplemento infantil do diário italiano Corriere della Sera. Quando revelou a sua descoberta, que só pensou em publicar depois de receber autorização da Cong SA, a sociedade que detém os direitos da obra de Hugo Pratt, Castelli explicou aos jornalistas que a obra se manteve inédita porque o autor italiano não conseguiu cumprir os prazos de entrega que os editores do Corriere dei Piccoli tinham estipulado.

Johnny Depp, o actor que dá vida a Jack Sparrow, o desarmante corsário dos filmes da série Piratas das Caraíbas, disse já ter ido buscar inspiração a Sandokan para compor a sua personagem. Poderá vir a ser Depp o autor do prefácio do Sandokan de Pratt na edição francesa.

fonte: jornal Publico on-line

02 maio, 2009

V Festival Internacional de BD de Beja

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A organização do Festival de BD de Beja continua (e bem) a privilegiar este excelente canal de comunicação que é a internet. Na última newsletter recebida foi então confirmado o que já havia sido aqui objecto de comentários, ou seja, a presença do autor Gary Erskine...

Nos últimos vinte anos passaram pelas mãos de Gary Erskine séries notáveis como Judge Dredd, Hellblazer, The Authority ou Justice Society of America, entre outras. Um autor polivalente que ultimamente nos tem mostrado o seu talento com Dan Dare, escrito por Garth Ennis e publicado com o selo da Virgin Comics.

O autor estará presente em Beja nos dias 30 e 31 de Maio…