31 outubro, 2009

20º Amadora BD – Vencedores dos PNBD 2009

Numa cerimónia que decorreu nos Recreios da Amadora, foram hoje anunciados os vencedores dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada. Destaco talvez aquela que foi para mim uma grande surpresa, não obstante a grande admiração que tenho pelo trabalho de JC Fernandes, mas desculpem-me a franqueza que me custa a “engolir” o álbum “A Metrópole Feérica – Terra Incógnita” como um álbum de BD, muito menos como o “Melhor Álbum Português”. Já aqui tinha escrito. Apostava claramente na “Fórmula da Felicidade”, mas a votação oficial assim não o considerou. O mesmo se aplica para as categorias de “Melhor Argumento” e “Melhor Desenho”. Na categoria de “Melhor Álbum Estrangeiro”, confirmou-se a vitória de "A Teoria do Grão de Areia", de Schuiten e Peeters. De resto pouco há a assinalar de relevante. Ficam então aqui a listagem dos vencedores:

MELHOR ÁLBUM PORTUGUÊS
A Metrópole Feérica – Terra Incógnita vol 1, de José Carlos Fernandes e Luís Henriques, Tinta da China

MELHOR ARGUMENTO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
José Carlos Fernandes, A Metrópole Feérica – Terra Incógnita vol 1, Tinta da China

MELHOR DESENHO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
Luís Henriques, A Metrópole Feérica – Terra Incógnita vol 1, Tinta da China

MELHOR ÁLBUM DE AUTOR ESTRANGEIRO
Teoria do Grão de Areia, Schuiten e Peeters, Edições ASA

MELHOR ÁLBUM DE TIRAS HUMORÍSTICAS
Cão Fedorento, Mike Peters, Gradiva Publicações

MELHOR ILUSTRAÇÃO PARA LIVRO INFANTIL
Canta o Galo Gordo, Cristina Sampaio, Editorial Caminho

CLÁSSICOS DA 9ª ARTE
A Marca Amarela, Edgar P. Jacobs, Edições ASA/Jornal Público

FANZINE
Venham + 5, Paulo Monteiro, Bedeteca de Beja

30 outubro, 2009

Salúquia - A Lenda de Moura em Banda Desenhada

Apesar de não ser muito normal, a verdade é que este ano tem sido marcado pelo um número invulgar de interessantes edições em banda desenhada promovidas por municípios, que reconhecendo na banda desenhada uma linguagem acessível e sua importância como veiculo de divulgação cultural, aproveitam para dar a conhecer de uma forma gráfica parte do seu património histórico.

É neste contexto que o álbum “Salúquia - A Lenda de Moura em Banda Desenhada” se enquadra.
Na génese deste projecto, está o desafio que a Câmara Municipal de Moura lançou a 16 autores consagrados de BD (15 desenhadores e um argumentista), na sua grande maioria já homenageados nas várias edições do Salão Moura BD, para que a partir do pequeno texto sobre a “lenda da Moura Salúquia”, recontassem a história da cidade, com toda a liberdade artística que o próprio texto permite. O resultado, são 15 pequenas histórias reunidas neste álbum, que o torna obviamente bastante enriquecedor sob um ponto de vista histórico-cultural, muito bom num ponto de vista artístico e por vezes delicioso num ponto de vista narrativo, atendendo às várias abordagens seguidas por cada autor.

É certo que o facto de autores clássicos como Eugénio da Silva, José Antunes, José Garcês, Augusto Trigo, Baptista Mendes, Pedro Massano, José Ruy e José Pires terem optado, dentro do seu estilo, por um registo fiel à lenda, implicou desde logo uma narrativa sem surpresas, – o desfecho final é conhecido – mas que não em nada diminui o interesse do leitor se atendermos à qualidade das pranchas apresentadas.
Dentro do registo humorístico, encontramos Artur Correia, Luís Afonso, Catherine Labey, Zé Manel e José Abrantes, que abusaram toda a liberdade criativa que este género comporta, o que permitiu por exemplo entre outros alterar o desfecho final da história, transpô-la para os nosso tempos ou mesmo inspirar um crossover com um conhecido super-herói. Aqui a imaginação não teve limites, com resultados finais, por vezes muito hilariantes.

Em resumo, gostando de ler sobre história e lendas de Portugal, gosta-se do álbum. O que é o meu caso. A edição está bem cuidada, apresenta na capa uma ilustração de Carlos Alberto Santos e na contra-capa outra ilustração esta da autoria de Isabel Lobinho, e valoriza e bem um património imaterial cumprindo exemplarmente com os objectivos a que se propunha, pecando só pela sua tiragem reduzida (1500 exemplares) e distribuição local.

Com bedéfilo só tenho que aplaudir estas iniciativas e desejar que se multipliquem e referir que “Salúquia” está nomeado na categoria de “Melhor Álbum Português” nos PNBD do 20º Amadora BD, que amanha serão entregues.

Saluquia - A Lenda de Moura em Banda Desenhada
Autores vários
Álbum único, cores, capa mole
Edição Câmara Municipal de Moura, Junho de 2009

A minha nota:


Como nota final fica o agradecimento a Carlos Rico pela oferta do álbum.

29 outubro, 2009

50º Aniversário de Asterix

Photobucket

"Estamos no ano 50 antes de Jesus Cristo. Toda a Gália está ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia habitada por irredutíveis gauleses resiste ainda e sempre ao invasor. E a vida não é fácil para as guarnições de legionários romanos dos campos entrincheirados de Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum..."

E com bastante humor tendo sido sempre assim nos últimos 50 anos. Desde que a dupla de autores Albert Uderzo e René Goscinny criaram para o primeiro número da revista francesa "Pilote" (saído em 29 de Outubro de 1959), a primeira aventura de “Asterix, o Gaulês”.

Mais que caçar javalis e bater nos romanos, as histórias de Asterix e do seu inseparável companheiro Obelix são dotadas de um humor inteligente e de uma crítica e caricatura mordazes. É verdade que nestes 50 anos há histórias mais bem conseguidas (assinadas por Goscinny) que outras (assinadas por Uderzo), mas o que é de destacar hoje é a popularidade e a universalidade destes heróis cujas aventuras se encontram traduzidas para mais de 107 línguas (incluindo o Português) e dialectos (incluindo o Mirandês).

Apesar do falecimento de Goscinny em 1977, Uderzo assumiu a continuação das aventuras dos irredutíveis gauleses, e este ano, para celebrar o 50º aniversário, editou o 34º álbum da colecção intitulado “O aniversário de Astérix e Obélix - O Livro de Ouro".

Preparando o futuro de Asterix, Uderzo autorizou a continuação das aventuras das suas personagens após a sua morte, tendo sido igualmente já apresentados os novos desenhadores da série, os irmãos Frédéric e Thierry Mébarki.

Mas hoje já se sabe, é dia de festa ali para os lados da Gália, numa aldeia habitada por irredutíveis gauleses. No grande banquete de comemoração não faltará javali como prato principal e talvez desta vez um bardo a cantar. Por Tutatis, reparem lá bem nos céus da Gália!

27 outubro, 2009

As "notas" esmiúçam o Amadora BD – parte I

Dou hoje inicio a um conjunto de textos que reflectem o meu olhar crítico e interessado sobre essa realidade que é o festival de BD da Amadora. Terminada que foi a fase FIBDA entramos na era do AMADORA BD. Afinal já são 20 anos de experiência. Mas nome novo, vícios velhos, conforme se verá.

O meu estado após o 1º fim-de-semana é cansado! Poderá o leitor pensar que passeei-me pela Mina, que visitei a Venteira e que dei um salto à Falagueira, numa de acompanhar a politica de descentralização das exposições do festival. Esqueçam. Qual Galeria Municipal Artur Bual ou o Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem. A não ser que estejam munidos de um GPS e dotados de uma enorme paciência para andar de um lado para o outro dentro do concelho da Amadora ou definitivamente as exposições fora do núcleo central não são para o visitante-não-residente-na-Amadora do festival visitar. É a minha primeira critica ao festival. Uma vez que sou de Lisboa, fico-me exclusivamente pelo que se passa no Fórum Luís de Camões.

Entrada. Piso 0. Uma área ampla, reúne na zona central as diversas mostras da exposição principal, ladeada por corredores espaçosos decorados com os bonecos que a organização convidou os visitantes a desenhar no site oficial. A vista fica para mais tarde. Desço ao piso -1. O primeiro espaço está destinado à área comercial. Stands arrumados lateralmente e a zona central está estranhamente tomada por aquela estranha estrutura mal parida que tão mal serviu os autores nas sessões de autógrafos do festival no ano passado e que este ano estranhamente ainda por lá continua. Obstruí uma zona de lazer, de encontro e de movimento de pessoas. Sigo então por um único corredor central e tenho acesso às restantes exposições do festival, em salas individuais. Parecem pequenas galerias de arte. Espaços muito bem conseguidos.


A verdade que ainda não percorri demoradamente todas as mostras do festival. Vi algumas. Gostei bastante da exposição dedicada a Lepage “Muchacho", onde facilmente se constata o talento em aguarela deste autor e destaco a mostra colectiva dos autores polacos. Os seus nomes são impronunciáveis mas os seus desenhos são muito bons. Anoto já que estão previstos autores polacos para o último fim-de-semana do festival. Vamos lá a ver se nos saem os talentosos. Gostei também de ver Maurício de Sousa “50 anos de quadradinhos” composta por bastantes e variadas pranchas da Turma da Mónica, onde podemos por exemplo observar os primeiros desenhos da personagem Cascão e homenagens por outros autores.


No lado oposto, e não falo em termos físicos, temos qualquer coisa dedicada aos “50 anos de Asterix”. Entendo que uma exposição de BD é essencialmente uma mostra de arte… desenhada! Se por vezes lá surge um boneco ou qualquer outro objecto em exposição também não vem mal ao mundo, mas agora fazer uma exposição comemorativa de uma das série mais vendidas em todo o mundo, sem uma prancha de BD exposta, sem uma pequena biografia dos autores Uderzo e Goscinny, sem uma única referência ao papel de Adolfo Simões Müller que publicou, pela primeira vez em Portugal, nas páginas de O Diabrete as aventuras de Astérix, mas carregada de bonecos de policloreto de vinilo e depois anunciar isto como um dos destaques do festival é como vender “gato por lebre”. Acreditem, este show-room de pvc's é completamente desprovido de qualquer interesse. Uma nulidade completa. Não vale nem dois minutos da nossa atenção (pelo menos da minha)!


O meu cansaço deve-se essencialmente às “maratonas” que são as sessões de autógrafos. Foi um fim-de-semana carregado de autores portugueses e salpicado com alguns autores estrangeiros. Lepage, nesta categoria, nas suas duas horas de disponibilidade dominou as atenções. Os objectivos, leia-se desenhos autografados, são alcançados! Ficam assim as primeiras impressões, sabendo que muito haverá ainda para falar nas próximas crónicas. Não consigo resolver o problema que tenho com a minha maquina, pelo que também fica para depois uma crónica mais fotográfica.





25 outubro, 2009

20º Amadora BD: Primeiras impressões…

Muitas caras conhecidas. Um festival bem "arrumado", tanto no primeiro piso com a exposição central espalhada por várias salas amplas que se ligam entre si como no piso inferior onde um único corredor central dá acesso às restantes mostras em salas individuais. Umas exposições muito bem conseguidas e outras nem por isso. Muito boa a numerosa presença dos mui talentosos autores portugueses numa concorrida sessão de autógrafos. Algumas compras. Fotografias, desenhos e o Amadora BD mais esmiuçado numa crónica aqui mais para o final do dia!

créditos: o desenho aqui do lado é da autoria de Osvaldo Medina.

23 outubro, 2009

Começa o 20º Amadora BD

Começa hoje o 20º Amadora BD. Todos os anos marco o evento no calendário e presença na festa. É os grandes nomes da BD portuguesa e internacional, as novidades, o convívio com a comunidade bedéfila, cujos rostos ao longo destes anos já se tornaram familiares, e que durante os próximos três fins-de-semana se reúne sob o mesmo tecto, que me move.

Este ano, mostro curiosidade com a exposição dos “50 Anos do Astérix”, os “50 anos de carreira do Maurício de Sousa” e a revelação "Osvaldo Medina". Quanto aos autores, e começando pelos estrangeiros, confesso que esperava mais nomes da escola franco-belga, mas impôs-se a habitual matriz plural do festival, o que por vezes também não é mau, quando revela agradáveis surpresas de outras latitudes. E digo que depois do excelente Esteban Maroto na edição do ano passado, segue-se mais um autor espanhol, Alfonso Azpiri. O amigo Bongop revelou o seu talento aqui e aqui. Surpresa?

Pessoalmente, destaco as presenças de Cameron Stewart, o Maurício de Sousa é quase "prata da casa" do FIBDA, de François Boucq, que me deve um desenho no 4º álbum da excelente colecção “Bouncer” que me escapou aquando da sua presença em 2005 e de David Lloyd, que é só “o” desenhador de uma das minhas obras preferidas “V for Vendetta” e acho que também andará por lá um polaco que até desenha umas coisas. Quanto aos portugueses Osvaldo Medina, Jorge Miguel, Ricardo Tércio, Nuno Plati e os clássicos José Ruy e José Garcês tem a minha preferência.

Resumindo, a partir de hoje e nos próximos tempos muita BD observada, conversada, comprada, lida e comentada no Fórum Luís de Camões e esmiuçada aqui no blogue. Mas logo à noite “siga para Amadora”!



Começa o 20º Amadora BD

Começa hoje o 20º Amadora BD. Todos os anos marco o evento no calendário e presença na festa. É os grandes nomes da BD portuguesa e internacional, as novidades, o convívio com a comunidade bedéfila, cujos rostos ao longo destes anos já se tornaram familiares, e que durante os próximos três fins-de-semana se reúne sob o mesmo tecto, que me move.

Este ano, mostro curiosidade com a exposição dos “50 Anos do Astérix”, os “50 anos de carreira do Maurício de Sousa” e a revelação "Osvaldo Medina". Quanto aos autores, e começando pelos estrangeiros, confesso que esperava mais nomes da escola franco-belga, mas impôs-se a habitual matriz plural do festival, o que por vezes também não é mau, quando revela agradáveis surpresas de outras latitudes. E digo que depois do excelente Esteban Maroto na edição do ano passado, segue-se mais um autor espanhol, Alfonso Azpiri. O amigo Bongop revelou o seu talento aqui e aqui. Surpresa?

Pessoalmente, destaco as presenças de Cameron Stewart, o Maurício de Sousa é quase "prata da casa" do FIBDA, de François Boucq, que me deve um desenho no 4º álbum da excelente colecção “Bouncer” que me escapou aquando da sua presença em 2005 e de David Lloyd, que é só “o” desenhador de uma das minhas obras preferidas “V for Vendetta” e acho que também andará por lá um polaco que até desenha umas coisas. Quanto aos portugueses Osvaldo Medina, Jorge Miguel, Ricardo Tércio, Nuno Plati e os clássicos José Ruy e José Garcês tem a minha preferência.

Resumindo, a partir de hoje e nos próximos tempos muita BD observada, conversada, comprada, lida e comentada no Fórum Luís de Camões e esmiuçada aqui no blogue. Mas logo à noite “siga para Amadora”!



19 outubro, 2009

20º Amadora BD – Sessões de autógrafos

A organização do Amadora BD acaba de divulgar a programação das sempre concorridas sessões de autógrafos. Um contacto directo com autores portugueses e estrangeiros, que como é hábito, realizam-se sempre nos três fins-de-semana do festival, no Fórum Luís de Camões. Aqui fica para os interessados o programa completo:

1º Fim de Semana
24 de Outubro
15h - Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, José Ruy, Rui Lacas, António Jorge Gonçalves, Hugo Teixeira
16h - Carlos Sampayo, Oscar Zarate, Miguel Angel Martin, João Mascarenhas, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, José Ruy, Rui Lacas, António Jorge Gonçalves, Filipe Pina, Hugo Teixeira
17h - Carlos Sampayo, Oscar Zarate, Cameron Stewart, Karl Kerschl, Ramon Perez, Miguel Angel Martin, David Soares, Mário Freitas, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, João Mascarenhas, José Ruy, Rui Lacas, António Jorge Gonçalves, Filipe Pina, Hugo Teixeira
18h - C.B. Cebulski, Carlos Sampayo, Oscar Zarate, Cameron Stewart, Karl Kerschl, Ramon Perez, Miguel Angel Martin, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, João Mascarenhas, João Lemos, Nuno Plati, Ricardo Tércio

25 de Outubro
15h - Emmanuel Lepage, C.B. Cebulski, Carlos Sampayo, Oscar Zarate, Filipe Pina, João Lemos, Nuno Plati, Ricardo Tércio, Hugo Teixeira, Jorge Miguel
16h - Emmanuel Lepage, Cameron Stewart, Ramon Perez, Karl Kerschl, C.B. Cebulski, Carlos Sampayo, Oscar Zarate, Pedro Leitão, João Mascarenhas, Rui Lacas, Filipe Pina, Nuno Plati, João Lemos, Ricardo Tércio, Hugo Teixeira, Jorge Miguel
17h - Cameron Stewart, Ramon Perez, Karl Kerschl, Miguel Angel Martin, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Ricardo Cabral, Pedro Leitão, João Mascarenhas, Rui Lacas, José Garcês, Filipe Pina, Hugo Teixeira, Jorge Miguel
18h - Cameron Stewart, Ramon Perez, Karl Kerschl, Miguel Angel Martin, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, Ricardo Cabral, João Mascarenhas, Rui Lacas, José Garcês, Filipe Pina

2º Fim de Semana
31 de Outubro
15h - Achdé, Rui Lacas, José Garcês, Hugo Teixeira
16h - Giorgio Fratini, Korky Paul, Achdé, Maurício de Sousa, François Boucq, Rui Lacas, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, Filipe Pina, Filipe Andrade, José Garcês, Hugo Teixeira
17h - Giorgio Fratini, Korky Paul, Achdé, Maurício de Sousa, François Boucq, Rui Lacas, Osvaldo Medina, Mário Freitas, Filipe Pina, Filipe Andrade, Nuno Duarte, José Garcês, Hugo Teixeira, Kei Suyiama, Nonaka Toshiki

1 de Novembro
15h - François Boucq, Rui Lacas, Ricardo Cabral, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, Yosh, Natália Batista, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, António Jorge Gonçalves, Jorge Miguel
16h - Giorgio Fratini, Achdé, François Boucq, Rui Lacas, Ricardo Cabral, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, Yosh, Natália Batista, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, António Jorge Gonçalves, Jorge Miguel
17h - Giorgio Fratini, Korky Paul, Achdé, Maurício de Sousa, François Boucq, Rui Lacas, Pedro Leitão, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, Yosh, Natália Batista, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins,
18h - Giorgio Fratini, Korky Paul, Maurício de Sousa, Pedro Leitão, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas

3º Fim de Semana
7 de Novembro
15h - David Lloyd, Ricardo Cabral, José Ruy, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, José Garcês, Matthias Lehmann, Batem
16h - Javier Isusi, David Lloyd, Rui Lacas, Ricardo Cabral, José Ruy, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, António Jorge Gonçalves, José Garcês, Matthias Lehmann, Batem, Zbigniew Kasprzak, Grazyna Kasprzak
17h - Javier Isusi, Rui Lacas, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, Ricardo Cabral, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, José Garcês, António Jorge Gonçalves, Pedro Leitão, Hugo Teixeira, João Mascarenhas, Matthias Lehmann, Batem, Zbigniew Kasprzak, Grazyna Kasprzak
18h - Javier Isusi, Rui Lacas, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, Pedro Leitão, Hugo Teixeira, João Mascarenhas, Matthias Lehmann, Batem, Zbigniew Kasprzak, Grazyna Kasprzak


8 de Novembro
15h - Ricardo Cabral, João Mascarenhas, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, Hugo Teixeira
16h - François Schuiten, Javier Isusi, David Lloyd, Rui Lacas, Ricardo Cabral, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, João Mascarenhas, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso, Gisela Martins, Hugo Teixeira, Luís Henriques, Matthias Lehmann, Batem
17h - François Schuiten, David Lloyd, Javier Isusi, Rui Lacas, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, Ricardo Cabral, Rui Ricardo, Filipe Pina, Filipe Andrade, Hugo Jesus, João Mascarenhas, Luís Henriques, Matthias Lehmann, Batem
18h - François Schuiten, David Lloyd, Javier Isusi, Rui Lacas, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte, Mário Freitas, Luís Henriques, João Mascarenhas, Matthias Lehmann, Batem

Para quem possa preferir a programação em formato .pdf bast clicar aqui.

13 outubro, 2009

20º Amadora BD - Conferências

Uma das componentes do Amadora BD são as conversas sobre banda desenhada com os autores portugueses e estrangeiros convidados do festival. E assim, não fugindo à regra, este ano o Auditório do 20º Amadora BD prepara-se para acolher as seguintes conferências/debates:




Dia 24 de Outubro
15h - “Soluções de Mercado Parte I” com Osvaldo Medina e moderação de Pedro Mota e Mário Freitas
16h – “Soluções de Mercado Parte II” - Webcomics, com Cameron Stewart, Rámon Pérez e Karl Kerschl
18h - “A BD para além do Traço Parte I” - A Importância da Cor, com Emmanuel Lepage e moderação de Pedro Mota

Dia 25 de Outubro
17h – “A BD para além do Traço Parte II” - O Trabalho em Colaboração, com Carlos Sampayo e Oscar Zarate e moderação de Pedro Mota
18h - “A BD para além do Traço Parte II” - O Editor, com C.B. Cebulski e moderação de Pedro Mota e Mário Freitas

Dia 31 de Outubro
16h - “Mangá e Anime” - Mangá Europeu, com Yosh, Natália Batista, Rita Marques, Cristina Dias, Manuela Cardoso e Shoot to Kill e moderação de Pedro Mota
18h - “Mangá e Anime” - Anime, com Prof. Kei Suyiama e moderação de Pedro Mota

Dia 1 de Novembro
15h - "A Bruxa Mimi e Korky Paul", com Korky Paul e moderação de Pedro Mota
16h - "Mauricio", com Mauricio de Sousa e moderação de Pedro Mota

Dia 7 de Novembro
17h - Conversa com David Lloyd e moderação de Pedro Mota

08 outubro, 2009

O “Livro de Ouro” de Asterix


É esta a capa do novo álbum de Asterix, o 34º da colecção, cujo lançamento em simultâneo em 19 países, entre os quais se encontra Portugal, está agendado para o próximo dia 22 de Outubro.

A edição de “O aniversário de Astérix e Obélix - O Livro de Ouro" marcará o ponto alto da festa do 50º aniversário, que se comemora a 29 de Outubro, desta irredutível personagem criada por René Goscinny e Albert Uderzo.

20º Amadora BD - Autores Presentes

Com o aproximar-se da data de inicio do 20º Amadora BD, vão sendo conhecidos mais detalhes do programa de festas. Relativamente a autores estrangeiros presentes para sessões de autógrafos, deixo aqui os nomes confirmados por fim de semana. Ressalvo ao leitor que a lista encontra-se ainda incompleta e uma vez que se encontrará em permanente actualização, ficará o respectivo link ("autores presentes") residente aqui no topo da coluna do lado direito.

Vamos então aos nomes:


1º Fim-de-Semana (24 e 25 de Outubro)
Cameron Stewart (Canadá)
Karl Kerschl (Canadá)
Ramón Pérez (Canadá)
Miguel Angel Martin (Espanha)
Emmanuel Lepage (França)
Carlos Sampayo (Argentina)
Oscar Zarate (Argentina)
C.B. Cebulski (EUA)

2º Fim-de-Semana (31 de Outubro e 1 de Novembro)
Giorgio Fratini (Itália)
Agim Sulaj – Cartoon (Albânia)
Korky Paul (Zimbabwe)
Mauricio de Sousa (Brasil)
Achdé (França)
Kei Suyiama – Prof. e Realizadora de Anime (Japão)
Yosh (Suécia)
Natália Batista (Suécia)
François Boucq (França)

3º Fim-de-Semana (7 e 8 de Novembro)
Javier Isusi (Espanha)
Alfonso Azpiri (Espanha)
David Lloyd (Inglaterra)
Zbigniew Kasprzak (Polónia)
Grazyna Kasprzak (Polónia)

05 outubro, 2009

20º Amadora BD - Página Oficial

O site oficial do 20º Amadora BD que anteriormente tinha falado, já se encontra finalmente disponível aqui.

Ainda que à data seja parco em informação, a página apresenta como novidade um convite (“let's play”) para que cada visitante construa, com as várias ferramentas disponibilizadas e com alguma imaginação, uma personagem, a partir de desenhos (cabeça, feições, tronco e pernas) pré-elaborados pelo autor Rui Lacas.

Depois de construído o “boneco” basta submete-lo para que apareça nas páginas de um álbum de BD. Posteriormente, todas as páginas do álbum serão impressas num enorme tela que estará em exibição no piso 0 do festival.

O meu "boneco" já lá está:

nome: verbal
idade:
desconhecida
profissão: bedéfilo

Fica aqui o convite aos visitantes deste blogue para participarem!

actualização: As personagens devem ser criadas e incluídas no site até ao próximo dia 13 de Outubro (dez dias antes da inauguração do Festival) poderão ser vistas por todo o público numa grande tela no Fórum Luís de Camões. Mais, todos os participantes entram gratuitamente no Festival com um(a) acompanhante: para tal, basta imprimir a personagem criada, entregá-la na bilheteira e identificar-se. Recebe nesse momento dois convites para entrada no 20º Amadora BD 2009.

02 outubro, 2009

E o que dizer sobre os PNBD....

Começo com uma declaração de interesses: sou um comprador, leitor e coleccionador compulsivo de BD, com principal interesse em livros e álbuns publicados em português. Excluo daqui o universo de “ilustração” porque tal como o nome indica não se trata de BD e o universo de “tiras humorísticas” porque salvo raros exemplos não compro este género de publicação. Escrevo este blogue por paixão à 9ª arte. Fica o aviso: o texto que se segue é longo!

(Re)começemos então. No post que antecede este, escrevi sobre a apresentação do 20º Amadora BD, e não referi, propositadamente, acrescento agora, os candidatos aos Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD) deste ano. Não falei antes porque queria falar agora. Se anos há que a coisa passa despercebida porque a produção bedéfila não foi qualitativamente suficiente, noutros anos há lugar a graves omissões que em nada contribuem para o prestigio de um festival. As nomeações para os PNBD deste ano são o reflexo desta última situação. O tema é recorrente aqui no blogue, mas este ano penso que se justifica fazer uma reflexão mais a aprofundada sobre o funcionamento dos PNDB.

Nelson Dona, director do Amadora BD, na apresentação que fez no passado dia 30, classificou os PNBD como os “óscares” da BD em Portugal. Poderá parecer exagero, mas se atendermos que se intitulam de “prémios nacionais” e que o seu universo são “todos os álbuns / livros de BD publicados em português por uma editora portuguesa” editados num determinado período, até poderíamos concordar com tal epíteto. Aqui abro um parêntesis, para fazer um mea culpa, pela oportunidade que perdi (por esquecimento) em abordar a questão do PNBD, com o director do festival na conversa que tive com ele a seguir à apresentação do festival. Porque na verdade, entendo que os PNBD, pela sua falta de pluralidade, pouco merecem o prestígio e o mérito que geralmente associamos aos “óscares”. Eu, no máximo, chamar-lhes-ia, vá lá uma espécie de “globos de ouro”, uma vez que tal como no programa televisivo, também aqui, em algumas categorias, há vencedores antecipados.

A atribuição dos PNBD é feita em três fases: Candidatura, Nomeação e Votação.

O problema, a meu ver, dos prémios, reside logo na primeira fase, na candidatura.

De acordo com as normas de participação, o processo “obriga” a cada editora e/ou autor(es) a enviar seis exemplares da sua obra, para leitura do júri de nomeação. Ora o não cumprimento deste formalismo tem como consequência imediata a não inclusão da obra no concurso. Atente-se que a edição não chegou sequer a ser objecto de qualquer avaliação, foi excluída pela simples preterição de uma mera formalidade que, a meu ver, poderia ser facilmente suprida se o próprio júri, sabendo da existência de uma obra que valorize a produção bedéfila nacional tomasse a iniciativa de adquirir pessoalmente a obra em questão e de a nomear à votação.

Está identificado o problema. O universo elegível dos PNBD deixou de ser “todos os álbuns / livros de BD publicados em português por uma editora portuguesa” para passar a ser “todos os álbuns / livros de BD publicados em português por uma editora portuguesa que tenham sido objecto de envio ao júri (são seis exemplares, sff)”. Uma pequena alteração que faz toda a diferença. Como nem todas as (pequenas) editoras estão para satisfazer este capricho, de uma assentada, a edição nacional que já é curta, é reduzida, para efeitos de concurso, a uns prémios nacionais, a menos de metade. A pluralidade e representatividade dos PNBD desapareceram. Pergunto a quem interessa uns prémios assim?

Claro está que pode argumentar, que o douto júri necessita de conhecer profundamente todos os álbuns a concurso para que possa prenunciar em consciência. Curioso que o mesmo não se exige a quem decide, ou seja, quem vota para o vencedor. Mas atente-se à constituição do júri de nomeação, e pego só em dois nomes num total de cinco: Luís Salvado (jornalista e especialista bedéfilo) e Carlos Gonçalves (coleccionador e amante da 9º arte). Basta ver as credencias destes dois elementos do júri – um jornalista especialista e outro coleccionador – para que se possamos concluir que não serve de desculpa, o simples facto de um editora ou autor não ter enviado um exemplar da sua obra, para que o Júri possa alegar não ter conhecimento da mesma e por esse facto a nomear a concurso. Lembro que na realidade portuguesa, infelizmente, a produção bedéfila não é assim tão abundante que seja difícil saber o que se vai publicando por ai. Se eu, que sou um simples leitor de BD, conheço não só as obras que estão nomeadas mas também muitas que não estão, então o que dizer de um jornalista especialista ou de um coleccionador?!

Repare-se que não reprovo as editoras/autores que remetem os seus seis exemplares ao júri, considero apenas que esta obrigação se devia transformar numa mera opção do editor, digamos uma “espécie” de marketing junto do Júri. Os PNBD, podiam e deviam, até porque usufruem da notoriedade que o FIBDA lhe empresta, na qualidade de maior festival de banda desenhada que se realiza em Portugal, e segundo dizem, um dos maiores da Europa, servir para premiar tudo o que de melhor se edita em Portugal, e não para serem usados como promoção de algumas obras de algumas editoras em detrimento de outras, estas por omissão.

Consequência do exposto anteriormente é o júri dos PNBD não ter considerado a concurso, edições que pela sua omissão, em nada credibilizam, não só o próprio júri, mas também os prémios e por arrastamento os seus vencedores. Decerto que outras obras de qualidade haverá em iguais circunstâncias, mas da minha parte, escolhi três exemplos, a meu ver flagrantes, que ilustram bem a falta de bom senso com que se revestem os PNBD.

Nas categorias de Melhor Álbum, Melhor Argumento e Melhor Desenho para álbum português, não tenho nada a referir porque penso que o pouco que se editou de autores portugueses, encontra-se nomeado. Fico apenas com a dúvida se o álbum “Camões - De vós não conhecido nem sonhado?”, de Jorge Miguel, da editora Plátano, não consta nas nomeações:
1. Porque não enviou os exemplares da ordem?
2. Porque a data do depósito legal é de Agosto de 2008?
3. Porque foi considerado que não tinha qualidade suficiente?

A categoria de Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira, é por ordem de arrumação, a primeira vítima da política de candidaturas aos PNBD. Na comunicação distribuída pela organização, surge a indicação de um lacónico “não houve livros a concurso”.

À primeira vista, poderia-se pensar que: não houve autores portugueses a publicar no estrangeiro? Houve, felizmente que houve autores portugueses que publicaram obra no estrangeiro, mas o problema foi que a MARVEL americana esqueceu-se de enviar seis exemplares de “Avengers Fairy Tales” do Ricardo Tércio, para apreciação do Júri. E assim o Tércio falha a nomeação e o FIBDA falha clamorosamente na divulgação que era merecida, e que lhe competia, da obra de um talento português que singrou num dos maiores e mais competitivos mercados bedéfilos do mundo. Tudo porque o júri não tinha conhecimento! A ironia das ironias é que o editor americano de Ricardo Tércio, C.B. Cebulski é um dos convidados deste ano do FIBDA!

Já não quero aqui falar das obras de JC Fernandes publicadas em França e na Polónia, até porque o autor já não deve ter espaço para mais prémios, e decerto que concordará que os mais novos também merecem um “lugar ao sol”.

Na categoria de Melhor Álbum de Autor Estrangeiro, para mim a categoria-rainha dos PNBD, porque se trata daquela, que reúne talvez o maior número de publicações, é onde considero haver uma das maiores injustiças deste ano dos PNBD. O júri nomeou os seguintes álbuns:

+ Câncer Vixen, Marisa Acocella Marchetto, Edições ASA
+ O Cachimbo de Marcos, Javier Isusi, Edições ASA
+ O Homem de Washington, Achdé e Gerra, Edições ASA
+ O Principezinho, segundo a obra de Antoine Saint-Exupery, Johann Sfar, Editorial Presença
+ Teoria do Grão de Areia, Schuiten e Peeters, Edições ASA

Numa primeira análise, verificamos que 80% das obras nomeadas são de uma única editora. Pluralidade? Não existe. Poder-se ia então pensar que só existe a ASA como editora de BD no mercado português. Não, felizmente que não. Então o que se passou para “Matteo” da Vitamina BD, que foi reconhecido pela critica estrangeira como uma excelente obra, não figurar ao lado de “A Teoria do Grão de Areia” (este sem oposição um verdadeiro vencedor antecipado) como obras do ano? Aconteceu que a VitaminaBD falhou a entrega dos seis exemplares e por isso foi alvo da política da omissão que reveste estes prémios. Mas então o álbum não presta? Não, o álbum é excelente!

Relativamente às categorias de Melhor Álbum de Tiras Humorísticas e Melhor Ilustração para Livro Infantil, não me prenuncio. Leiam a minha declaração de interesses no inicio deste texto.

Na categoria de Clássicos da 9ª Arte, repete-se a história há anteriormente contada: 80% das obras nomeadas são de uma única editora. Pluralidade? Não existe. Poder-se ia então pensar que só existe a ASA como editora de clássicos da BD no mercado português. Não, felizmente que não. Então porque razão o clássico Lance, do editor Manuel Caldas não se encontra entre os nomeados, sabendo-se do excelente trabalho que foi efectuado no sentido de recuperar e editar integralmente todas as pranchas dominicais, publicadas entre 1955 e 1960, devidamente restauradas? A razão foi que o júri considerou que "Clorofila", de Raymond Macherot é de longe um clássico superior ao "Lance", de Warren Tufts (passe a ironia!). Agora a sério, o "Lance" foi também objecto da política absurda de candidatura para os PNBD.

Quanto à categoria de Fanzine, também aqui pouco se me oferece dizer, porque se trata daquelas publicações que dificilmente chegam ao conhecimento do grande público, eu incluído. Dos cinco nomeados, apenas conheço dois. E está tudo dito.

Resumindo, é sabido que se publica pouco em Portugal, o que não impede que por vezes se publique material de qualidade. Mas isso não interessa absolutamente nada para o FIBDA. Num acto, que eu quase classifico de censura, parte da (pouca) edição de BD em português é ignorada porque há um regulamento de uns prémios ditos nacionais que assim o diz.

Pronto, da minha parte fica o contributo com esta reflexão, se numa altura que o FIBDA aposta tudo na consolidação da sua imagem como um grande festival de BD, pergunto se se justifica uma mudança no regulamento dos PNBD, se o modelo actual contribui para uma divulgação do melhor que se publica em Portugal, se os vencedores dos prémios são justos vencedores, se os prémios não seriam de facto "óscares" se não existissem os condicionalismos prévios castradores?

É certo que é a organização do festival, o seu júri, os votantes a atribuírem os prémios, mas também vos digo, não há ninguém que faça melhor juízo do que nós próprios enquanto compradores e leitores de bd, porque no definitivo acto de comprar somos nós em ultima instância que decidimos se o livro ou álbum vale ou não o dinheiro que custa. E aqui não há prémios que valham!

Para finalizar deixo então aqui, a lista que faltava, dos nomeados aos PNBD do 20º Amadora BD, que na minha opinião não será dos melhores, mas sim dos “eleitos” pelo júri deste ano:

* MELHOR ÁLBUM PORTUGUÊS
+ A Essência – O Menino Triste, de João Mascarenhas, Qual Albatroz
+ A Fórmula da Felicidade, de Nuno Duarte, Osvaldo Medina e Ana Freitas, KingPin Books
+ A Metrópole Feérica – Terra Incógnita vol 1, de José Carlos Fernandes e Luís Henriques, Tinta da China
+ Epifanias do Inimigo Invisível, de Daniel Lima, Ao Norte
+ Salúquia, a Lenda de Moura em Banda Desenhada, vários autores, Câmara Municipal de Moura

* MELHOR ARGUMENTO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
+ Daniel Lima, Epifanias do Inimigo Invisível, Ao Norte
+ João Mascarenhas, A Essência – O Menino Triste, Qual Albatroz
+ José Carlos Fernandes, A Metrópole Feérica – Terra Incógnita vol 1, Tinta da China
+ José Ruy, Mirandês, História de uma Língua e de um Povo, Âncora Editora
+ Nuno Duarte, A Fórmula da Felicidade, KingPin Books

* MELHOR DESENHO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
+ João Mascarenhas, A Essência – O Menino Triste, Qual Albatroz
+ Jorge Nesbitt, Sétimo Selo, Ao Norte
+ José Ruy, Mirandês, História de uma Língua e de um Povo, Âncora Editora
+ Luís Henriques, A Metrópole Feérica – Terra Incógnita vol 1, Tinta da China
+ Osvaldo Medina (cor: Ana Freitas, Gisela Martins e Jorge Coelho), A Fórmula da Felicidade, KingPin Books

* MELHOR ÁLBUM DE AUTOR PORTUGUÊS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Não houve livros a concurso

* MELHOR ÁLBUM DE AUTOR ESTRANGEIRO
+ Câncer Vixen, Marisa Acocella Marchetto, Edições ASA
+ O Cachimbo de Marcos, Javier Isusi, Edições ASA
+ O Homem de Washington, Achdé e Gerra, Edições ASA
+ O Principezinho, segundo a obra de Antoine Saint-Exupery, Johann Sfar, Editorial Presença
+ Teoria do Grão de Areia, Schuiten e Peeters, Edições ASA

* MELHOR ÁLBUM DE TIRAS HUMORÍSTICAS
+ Cão Fedorento, Mike Peters, Gradiva Publicações
+ Dilbert, Ideias Luminosas, Scott Adams, Edições ASA
+ Pierced, Jerry Scott e Jim Borgman, Gradiva Publicações

* MELHOR ILUSTRAÇÃO PARA LIVRO INFANTIL
+ As Duas Estradas, Bernardo Carvalho, Planeta Tangerina
+ Sabes, Maria, o Pai Natal não existe, Luís Henriques, Editorial Caminho
+ Canta o Galo Gordo, Cristina Sampaio, Editorial Caminho
+ O Tapete Voador da Mimi, Korky Paul, Gradiva Júnior
+ O Livro Inclinado, Peter Newel, Orfeu Negro
+ A Incrível História da Menina Pássaro e do Menino Terrível, Susanne Janssen, OQO

* CLÁSSICOS DA 9ª ARTE
+ A Marca Amarela, Edgar P. Jacobs, Edições ASA/Jornal Público
+ Clorofila, Raymond Macherot, Edições ASA/Jornal Público
+ Eternus 9, Victor Mesquita, Gradiva Publicações
+ Jonathan, Cosey, Edições ASA/Jornal Público
+ Luc Orient, Greg e Eddy Paape, Edições ASA/Jornal Público

* FANZINE
+Venham + 5, Paulo Monteiro, Bedeteca de Beja
+All-Girlz Galore, Daniel Maia, Arga Warga,
+ É Fartar Vilanagem!, Paulo Lima e Xana, Maria Macaréu
+ Gambuzine #1, Teresa Pestana, Gambuzine
+ Zona Zero, Luís Lopes, FIL