21 janeiro, 2010

«Alix» na nova colecção do Público

A coincidir com a triste noticia do falecimento do autor Jacques Martin, o jornal Publico revelou hoje que a série ALIX, que conta as aventuras de um jovem gaulês no tempo da Antiga Roma, será a próxima colecção de banda desenhada a ser editada no âmbito parceria ASA/Público.
 
A Colecção «Alix» terá inicio em Março, será composta exclusivamente pela reedição dos álbuns publicados pelas Edições 70, num total de 16 álbuns, de capa mole, com um preço de capa de € 6,40 a partir do 3º álbum , uma vez que os dois primeiros volumes terão um preço promocional de lançamento de € 4,95.
 
Devo dizer sobre esta colecção, que se trata, primeiro de um excelente trabalho de Jacques Martin, que nos traz Roma Antiga retratada com rigor, mas que peca se tratar exclusivamente da reedição de álbuns, não apresentando qualquer inédito.
 
Por outro lado, apresenta-se também com faltas. O  11º álbum desta colecção corresponde ao 13º álbum da colecção original; o 12º corresponde ao 14º álbum da colecção original; o 13º corresponde ao 15º da colecção original; o 14º corresponde ao 16º da colecção original; o 15º ao 18º da colecção original e finalmente o 16º ao 19º da colecção original. Editar 16 álbuns numa cronologia de 19 não se percebe.
 
No meio disto tudo, salva-se o facto da nova colecção poupar à leitura e ao desgaste os antigos álbuns das Edições 70. É o chamado prémio de consolação!

 
 
Fica a listagem completa dos títulos que compõem a colecção «Alix»:
  1. Alix o Intrépido (corresponde ao n.º 1 na colecção original)
  2. A Esfinge de Ouro 
  3. A Ilha Maldita
  4. A Tiara de Oribal
  5. Garra Negra
  6. As Legiões Perdidas
  7. O Último Espartano
  8. O Túmulo Etrusco
  9. O Deus Selvagem
  10. Iorix, O Grande 
  11. O Espectro de Cartago 
  12. O Deus Vulcão 
  13. Herkios, o Jovem Grego 
  14. A Torre de Babel (n.º 16 da colecção original)
  15. Vercingétorix (n.º 18)
  16. O Cavalo de Tróia (n.º 19)

Jacques Martin (1921-2010)

Este inicio de ano está a ficar irritavelmente marcado pelo desaparecimento de grandes nomes da bd franco-belga.

Primeiro foi Tribet, e hoje é a triste notícia da morte de um dos últimos desses grandes nomes: Jacques Martin.

Excelente desenhador, criou, entre outros, a popular série ALIX, com vendas totais superiores a 15 milhões de álbuns, cuja acção decorria na Antiga Roma, e que se caracterizava pelo enorme rigor histórico que o seu autor a delineou.

Na colecção original, ALIX conta publicados um total de 28 álbuns, dos quais 21 encontram-se publicados em Portugal, através das Edições 70 (dezanove álbuns) e ASA (dois álbuns).

13 janeiro, 2010

Kick-Ass

Tenho por regra, só falar aqui no blogue de edições de bd’s publicadas em língua portuguesa, o que não invalida que por vezes sinta necessidade de destacar uma qualquer edição estrangeira. Hoje é uma dessas excepções. A razão é simples: divirto-me a ler o comic e a história foi adaptada ao cinema. O filme é um dos mais esperados por mim para ver este ano. O seu nome, como já puderam observar, é “Kick-Ass”.

Com o selo da ICON da editora MARVEL, surge-nos a história de Dave Lizewski, um normal estudante de liceu igual a tantos outros, fan de super-heróis, que inspirado nos comics que lê, resolve tornar-se ele próprio num super-herói de verdade. “Why do people want to be Paris Hilton and nobody wants to be Spider-man?” interroga-se. Afinal, vestir uma máscara e ajudar as pessoas tão deve ser assim tão difícil. Mas Dave, logo na sua primeira confrontação, é fortemente espancado e esfaqueado por um gang e na atrapalhação da fuga é ainda atropelado por um carro. Após uma longa recuperação, retoma a sua dupla identidade, e após uma, desta vez, bem sucedida intervenção, torna-se objecto de curiosidade por parte da comunicação social e colecciona fans na sua página na internet. É desta vida dupla e do mediatismo que lhe proporciona que Dave se alimenta. Nasce aqui “Kick-Ass”. Um super-herói sem poderes movido por uma vontade férrea de combater o crime. E uma coisa leva a outra e “Kick-Ass” conhece outros “vigilantes” (destaco aqui a pequena Hit-Girl) que se movem por uma vontade mais forte. E o que se segue são explosões de violência que terminam invariavelmente em banhos de sangue. “Kick-Ass” é uma história brutal, ultra-violenta, com sequências de imagens dos confrontos entre o “bem” e o “mal” a atingirem níveis extremos, como nunca vi em banda desenhada. Vale tudo!

Mark Millar (Wanted) explora a ideia da existência de “super-herois” num mundo real, numa narrativa pretensamente realista, mas cujo o resultado conseguido, invariavelmente subverte algumas regras, se falarmos de capacidade humana e dos seus limites, sobretudo em termos de capacidade de fazer e principalmente capacidade de sofrer. Com a violência que o desenho (este sim realista) do excelente John Romita Jr. (Amazing Spider-Man) nos transmite, não é credível que qualquer pessoa humana, depois de fortemente espancada, esfaqueada e brutalmente atropelada, numa forte sequência, ainda sobreviva para contar a história. Mas no mundo da banda desenhada, esta história de extremos, com múltiplas referências ao universo dos super-heróis de papel, é de leitura deliciosa e intensa!

Segue-se a (inevitável) adaptação ao cinema, que não sei se visualmente será tão forte como o comic, mas que espero que seja uma boa e credível adaptação. Para já as garantias são dadas por Matthew Vaughn na realização e por um elenco com os nomes de Nicolas Cage, Chloe Moretz, Aaron Johnson, Christopher Mintz-Plasse, Mark Strong e Xander Berkeley. A estreia do filme nos Estados Unidos está prevista para Abril deste ano. Em Portugal ainda não está agendada… mas vai estar!

Se despertei a vossa curiosidade, regozijai-vos:




06 janeiro, 2010

O que dizer de 2009?

Começo por concluir que não foi um ano particularmente rico em termos de edição bedéfila, mas que trouxe álbuns de muita qualidade. Ainda que persista a política de reedições, que em meu entender e com algumas excepções, pouco valor trazem, a mais-valia foi que se inverteu uma tendência do que se verificou em 2008. Tivemos mais novidades e menos reedições. E a cereja no topo do bolo foi que se fecharam algumas colecções. Sem querer ser exaustivo, passo então revista ao ano que findou!
 
É sabido que em Portugal, é a ASA, por força do seu catálogo, que marca o ritmo. Bem, se o marcou foi um ritmo lento. Em doze meses do ano, tivemos, feitas as contas… uma mão-cheia de novos álbuns estrangeiros. Não é mau mas é pouco. Por razões diferentes destaco aqui alguns. O excelente “A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1” que marca o regresso da dupla Schuiten e Peeters ao universo arquitectónico das “Cidades Obscuras”, série que figura no panteão do melhor que a BD franco-belga tem produzido. É indiscutivelmente uma das edições do ano e inclusive, foi a vencedora do prémio na categoria do “Melhor Álbum Estrangeiro" no 20º Amadora BD. A segunda e conclusiva parte da história é aguardada para o corrente ano. O “Quatro” de Enki Bilal, que, finalmente, encerrou a Tetralogia do Monstro (nota: 1ª série fechada) E uma palavra também para o sofrível álbum comemorativo do 50º aniversário de Asterix. Não pela falta de história só confirmou que Uderzo à muito que já chegou ao fim da linha (em tempos de renovação, aguarda-se agora por melhores álbuns desta personagem), mas porque o intitulado “Livro de Ouro” foi um campeão de vendas em Portugal em 2009. Depois da primeira edição (anunciada) de 60.000 exemplares, já vi à venda uma 2ª edição. Para o álbum que é só me oferece dizer que estes lusitanos devem estar doidos!!! A parceria ASA/Público continuou e produziu a oportuna colecção “Passageiros do Vento” de Bourgeon que trouxe dois álbuns inéditos, sendo que o 2º é lançado amanha e fecha a colecção (nota: 2ª série fechada). Quanto à colecção “Clássicos do Tintin”, considero-a perfeitamente dispensável, porquanto a edição de histórias soltas “canta mas não encanta”. A edição de autores nacionais continua tímida. A aposta da ASA, foi para “BRK”, que marcou a estreia de uma nova dupla, Filipe Pina (argumento) e Filipe Andrade (desenho) e “Asteroid Fighters – O inicio” de Rui Lacas. Enquanto que no primeiro caso, estamos perante uma história com uma linha narrativa oca, onde nada evolui mas que é compensado com uma boa parte gráfica; no segundo álbum verifica-se precisamente o contrário, um argumento interessante, de rápido desenvolvimento, mas com pranchas onde o desenho por vezes raia o sofrível. Lacas já nos habitou a bem melhor. Teria assim de juntar o melhor dos dois para se obter um bom álbum de BD nacional. Como em ambos os casos, a conclusão das histórias deixa em aberto uma possível continuação, devo dizer que a fasquia da qualidade terá ser elevada para que se justifique os segundos volumes.
 
Pela mão da KingpinBooks, fica o lançamento de “Mucha” de David Soares, Osvaldo Medina e Mário Freitas, um curto registo de terror, numa interessante história de repulsa, bem suportada no desenho de Osvaldo, que merecia um melhor desenvolvimento com um outro final, mais, talvez, arrepiante.
 
Verificou-se também uma tendência para o aumento da publicação de bd’s de temáticas com o patrocínio de Câmaras Municipais, com o objectivo declarado de dar a conhecer figuras, lendas e histórias que fazem parte do nosso património cultural. Moura, Arronches, Amarante ou Tomar são alguns dos felizes exemplos.
 
Bastante discretas mas activas estiveram as editoras BDMania/VitaminaBD. A primeira que continua a explorar o universo Marvel, lançou, entre outros, uma luxuosa edição de “Marvels” de Kurt Busiek e Alex Ross, a origem do universo Marvel (re)vista pelo olhar do cidadão comum. De leitura obrigatória; a segunda, continua muito bem a dispor do seu catalogo franco-belga. Primeiro, com “Matteo” de Gibrat, continuou com a conclusão da série “O Diabo dos Sete Mares” de Hermann (nota: 3ª série fechada) e terminou o ano em beleza com o regresso do universo Incal, com os álbuns “As Armão do Metabarão” e o primeiro volume de “Final Incal”. Uma palavra também para o incansável Manuel Caldas, e o seu incondicional amor pelos clássicos da BD, que nos deu a ler “Tarzan dos Macacos” a primeira aventura desenhada desta personagem; o segundo álbum de “Lance” que prima pelo magnifico trabalho de restauração de cores; e “Krazy Kat” ou como repetindo exaustivamente a mesma situação se cria uma das mais invulgares strip comics alguma vez desenhadas.
 
Em resumo, um ano pautado mais pela qualidade do que pela quantidade e que haja mais assim!
E o que esperar para 2010?
 
 A avaliar pelas intenções já manifestadas, as perspectivas são de + boa leitura. Da parte da ASA, começa já amanha, conforme referido, com a publicação de "A Menina de Bois-Caïman - livro 2", o sétimo e último álbum da colecção “Passageiros do Vento”. Depois segue-se "Borgia 2" cuja edição já constava no plano editorial da editora para 2009. É também é quase certa a edição da “Teoria do Grão de Areia – Tomo 2” até porque os autores serão convidados do 21º Amadora BD. Teremos ainda uma nova colecção (reedição, pois claro) pela parceria ASA/Público. Para a VitaminaBD esperam-se as conclusões de “Universal War” e de “Incal Final”. A KingpinBooks já anunciou o lançamento da conclusão de “A Fórmula da Felicidade”. E depois em ano de comemoração do Centenário da Republica, é certo que não faltarão edições associadas ao tema. Portanto renovam-se os motivos de interesse. Para finalizar, deixo então registadas a minha escolha dos Melhores Álbuns editados em Portugal ao longo de 2009:
  • A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1, de Schuiten e Peeters, ASA
  • Matteo, de Gibrat, VitaminaBD
  • Marvels, Kurt Busiek e Alex Ross, BDMania
  • Colecção “Passageiros do Vento”, de François Bourgeon, Publico/ASA
  • Krazy+Ignatz+Pupp: Uma Kolecção de Pranchas a Kores, de George Herriman, Libri Impressi
Boas Leituras!

04 janeiro, 2010

Tibet (1931-2010)

O ano de 2010 começa com triste notícia do falecimento do autor Gilbert Gascard, mais conhecido no mundo da banda desenhada franco-belga pelo pseudónimo de Tibet.

Versátil, elegante e incansável desenhador, criou em 1955, juntamente com André-Paul Duchâteau, o repórter detective Ric Hochet, cujas aventuras contam com mais de 70 álbuns publicados.

Entre nós, as aventuras de Ric Hochet têm sido publicadas de forma bastante irregular. O primeiro álbum foi editado em 1972 pela Bertrand que posteriormente editou mais quatro aventuras, seguiu-se depois a Edições Dom Quixote (2 álbuns), Futura (mais 2 álbuns), Correio da Manha (volume com 4 aventuras) e mais recentemente, em 2009, através da colecção “Clássicos da Revista Tintin” foram publicadas mais duas aventuras.

Para recordar Tibet, o melhor é ler Ric Hochet, pelo que deixo aqui a lista completa dos álbuns publicados em Portugal com a indicação da respectiva editora e ano de publicação:

- Ric Hochet contra o Carrasco (Bertrand, 1972)
- Os 5 fantasmas (Bertrand, 1972)
- Investigação no Passado (Bertrand, 1974)
- O Monstro de Noireville (Bertrand, 1975)
- Os signos do medo (Bertrand, 1976)
- Operação 100 Biliões (D. Quixote, 1983)
- Fantasma do Alquimista (D. Quixote, 1983)
- Alerta Extraterrestres (Futura, 1988)
- Inimigo através dos séculos (Futura, 1989)
- Os Espectros da Noite / O Escândalo Ric Hochet (Colecção Série Ouro – Correio da Manha, 2005) (*)
- Uma Armadilha para Ric Hochet / Ric Hochet contra “O Serpente” (ASA/Público, 2009)


(*) O volume 10 – Ric Hochet da colecção Série Ouro do Correio da Manha, inclui ainda as histórias "Investigação no Passado" e "Inimigo através dos Séculos".

02 janeiro, 2010

Tarzan dos Macacos


Uma das propostas de leitura do ano que passou, foi a edição em capa mole pela Libri Impressi de Manuel Caldas, da primeira adaptação a banda desenhada do conto “Tarzan dos Macacos”, de Edgar Rice Burrroughs, por Harold R. Foster, criador do Príncipe Valente, e que foi publicado inicialmente em tiras de jornais em Março de 1929.

É um álbum importante porque vem colmatar uma falha na edição bedéfila nacional, porque não obstante as aventuras de Tarzan terem sido publicadas nas mais variadas colecções e editoras – a estreia aconteceu nas páginas do Diabrete em Outubro de 1941 – a verdade é que a primeira história encontrava-se ainda inédita em português.

Considerada como a primeira banda desenhada realista, Tarzan dos Macacos, mostra-nos um Foster em inicio de carreira, com um traço bruto, a preto e branco, ainda bastante longe do recorte fino e perfeccionista que anos mais tarde irá aplicar nas aventuras do Príncipe Valente. A verdade é que Foster soube interpretar bem o conto de Burroughts imprimindo-lhe, através de um desenho expressivo, uma dinâmica de aventura onde a força das imagens quase que dispensam o texto que dirige a narrativa, no rodapé de cada vinheta. A história de Tarzan é um clássico. Um rapaz criado na selva pelos grandes símios africanos, que conquista o seu lugar dentro da tribo, e que resolve iniciar uma procura pela sua verdadeira identidade, acabando no fim por retornar aquela que considera ser a sua casa.

Já possuía uma versão desta história - edição brasileira da EBAL de 1975, intitulada “A Primeira Aventura de Tarzan aos Quadradinhos” - pelo que por comparação, percebo o trabalho de restauração levado a cabo por Manuel Caldas, que conforme explica recorreu a quatro fontes diferentes - as tiras originais perderam-se no tempo - para que tivesse sido possível apresentar as vinhetas com a qualidade de impressão que exibem nesta edição.


Resulta assim desta edição da primeira aventura de Tarzan, uma leitura bastante agradável, com um único senão derivado da opção do editor em dispor as tiras na vertical ocupando assim duas folhas. Seguindo a tendência natural de ler uma página de cada vez, faz com que se salte a meio de uma tira para o inicio de outra, sem se ter concluído a leituras de todas as vinhetas. Torna-se confuso enquanto não nos mentalizamos desta arrumação.

Tarzan dos Macacos
Autor: Harold R. Foster (desenho)
Álbum único, capa mole, preto e branco
Edição Libri Impressi, Novembro de 2009


A minha nota:

Tarzan dos Macacos


Uma das propostas de leitura do ano que passou, foi a edição em capa mole pela Libri Impressi de Manuel Caldas, da primeira adaptação a banda desenhada do conto “Tarzan dos Macacos”, de Edgar Rice Burrroughs, por Harold R. Foster, criador do Príncipe Valente, e que foi publicado inicialmente em tiras de jornais em Março de 1929.

É um álbum importante porque vem colmatar uma falha na edição bedéfila nacional, porque não obstante as aventuras de Tarzan terem sido publicadas nas mais variadas colecções e editoras – a estreia aconteceu nas páginas do Diabrete em Outubro de 1941 – a verdade é que a primeira história encontrava-se ainda inédita em português.

Considerada como a primeira banda desenhada realista, Tarzan dos Macacos, mostra-nos um Foster em inicio de carreira, com um traço bruto, a preto e branco, ainda bastante longe do recorte fino e perfeccionista que anos mais tarde irá aplicar nas aventuras do Príncipe Valente. A verdade é que Foster soube interpretar bem o conto de Burroughts imprimindo-lhe, através de um desenho expressivo, uma dinâmica de aventura onde a força das imagens quase que dispensam o texto que dirige a narrativa, no rodapé de cada vinheta. A história de Tarzan é um clássico. Um rapaz criado na selva pelos grandes símios africanos, que conquista o seu lugar dentro da tribo, e que resolve iniciar uma procura pela sua verdadeira identidade, acabando no fim por retornar aquela que considera ser a sua casa.

Já possuía uma versão desta história - edição brasileira da EBAL de 1975, intitulada “A Primeira Aventura de Tarzan aos Quadradinhos” - pelo que por comparação, percebo o trabalho de restauração levado a cabo por Manuel Caldas, que conforme explica recorreu a quatro fontes diferentes - as tiras originais perderam-se no tempo - para que tivesse sido possível apresentar as vinhetas com a qualidade de impressão que exibem nesta edição.


Resulta assim desta edição da primeira aventura de Tarzan, uma leitura bastante agradável, com um único senão derivado da opção do editor em dispor as tiras na vertical ocupando assim duas folhas. Seguindo a tendência natural de ler uma página de cada vez, faz com que se salte a meio de uma tira para o inicio de outra, sem se ter concluído a leituras de todas as vinhetas. Torna-se confuso enquanto não nos mentalizamos desta arrumação.

Tarzan dos Macacos
Autor: Harold R. Foster (desenho)
Álbum único, capa mole, preto e branco
Edição Libri Impressi, Novembro de 2009


A minha nota: