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11 novembro, 2021

Lançamento ASA: Tintin no País dos Sovietes (versão colorida)

Era bom que este lançamento fosse um regresso das aventuras de Tintin, mas não, trata-se da reedição da primeira aventura (na cronologia oficial) do famoso repórter(!) criado por Hergé, publicado originalmente em álbum (em 1999), num registo a preto-e-branco (em Portugal foi editado pela Verbo), e que agora é apresentado totalmente colorido, numa edição da ASA. Aliás permanecia até agora como o único álbum da colecção a preto e branco.
 
«Tintin no País dos Sovietes» que está longe de ser um dos melhores histórias do Tintin. Hergé apresenta ainda um registo gráfico muito básico, ainda que se notem já algumas particularidades que iriam caracterizar as futuras aventuras. Esta reportagem no país dos sovietes vale sobretudo pelo seu enquadramento no contexto histórico de finais da década de 20 do século passado, quando o um jovem autor de apenas 20 anos retrata numa aventura todo aquele imaginário sobre os relatos de uma recém formada União Soviética nascida de uma revolução bolchevique, para além das cores trazerem um nova legibilidade à própria leitura.
 
Este exclusivo álbum tem a particularidade de ser a terceira edição autorizada em língua estrangeira, depois da holandesa em 2017, a dinamarquesa em 2018 e agora a portuguesa em 2021. Terá a sua apresentação pública a 6 de Dezembro, no âmbito da exposição «Hergé», no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, às 18h00.
 
Ficha técnica:
Tintin no País dos Sovietes
De Hergé
Capa dura, dimensões 22x29,5 cm, cores, 144 págs .
ISBN 9789892352510
PVP: € 17,50
Edição ASA

 


Imagens © Hergé-Moulinsart 2021 

 

23 setembro, 2021

Exposição de Hergé em Portugal

A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai acolher na Galeria Principal do seu edifício-sede, a partir de 1 de Outubro e até 10 de Janeiro do próximo ano, uma exposição dedicada a Georges Remi, o artista de múltiplos  talentos mais conhecido por Hergé.
 
Organizada em colaboração com o Museu Hergé de Louvain-la-Neuve, a mostra reúne uma importante seleção de documentos, desenhos originais e várias obras criadas pelo autor de Tintim, através da qual o público terá a ocasião de decifrar a arte de um criador de génio que usa todos os meios à sua disposição para realizar as suas composições, da ilustração à banda desenhada, passando pela publicidade, imprensa ou desenho de moda e artes plásticas.
 
O que torna a arte de Hergé única e a distingue da de muitos outros autores de banda desenhada é a sua extraordinária capacidade de representar a realidade por um lado, de uma forma inventiva, mas por outro, tão familiar que o leitor pode facilmente projetar-se neste universo criado a partir do zero.
 
Esta exposição é uma oportunidade única para os visitantes descobrirem alguns dos tesouros dos Museu Hergé: pranchas originais, pinturas, fotografias e documentos de arquivo. Será também a ocasião para revelar uma faceta do artista menos conhecida: a sua brilhante carreira como designer gráfico publicitário, revelada pelos seus cartazes altamente criativos. Surpreenda-se com as diversas facetas de uma personalidade artística de referência do século XX!
 
O preço de entrada na exposição é de € 5,00.
 
Paralelamente, no dia 1 de Outubro, no Auditório 3, às 19:00 decorrerá uma conferência, com entrada gratuita mediante levantamento de bilhete, onde o diretor dos Studios Hergé, Nick Rodwell, vai dialogar com o jornalista Frederico Carvalho sobre o Futuro de Tintin.

30 junho, 2019

Lançamento ASA: Tintin e a Lua

A Humanidade celebrou este ano o 50º aniversário da chegada do Homem à Lua. Para a história ficaram as imagens da Apollo 11 e dos astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin em pleno solo lunar. E se muitas vezes a realidade copia a ficção, esta foi uma das vezes. O génio de Hergé já tinha imaginado este cenário quinze anos quando fez publicar as aventuras de Tintin na Lua. E no ano em que se comemora o 90º aniversário deste nosso herói, as suas duas aventuras lunares, «Rumo à Lua» e «Explorando a Lua» surgem agora reunidas num álbum duplo da ASA, que chegou esta semana às bancas. Trata-se obviamente de uma reedição, uma vez que a totalidade das aventuras de Tintin encontram-se já publicadas em português.

Esta é uma edição interessante até porque se apresenta no formato franco-belga a que estamos habituados, longe daquele infeliz formato 16x22 que surgiu nas livraria portuguesas em 2010/2011, mas por outro lado este «novo» álbum peca por limitar-se apenas a reunir as duas histórias, não apresentando qualquer extra que valorizasse a sua edição. Perdeu-se aqui uma boa oportunidade. 

TINTIN E A LUA
Os dois episódios da aventura lunar imaginados por Hergé (Rumo à Lua e Explorando a Lua) foram publicados em 1953 e 1954, ou seja, quinze anos antes da missão Apollo 11 (1969) e antes mesmo do primeiro satélite Sputnik (1957). Ambos se encontram reunidos neste álbum duplo, lançado especialmente por ocasião do 50.º aniversário dos primeiros passos do homem na Lua (20 de julho de 1969).

Ficha do Livro:
Tintin e a Lua
De Hergé
Álbum duplo, capa dura, formato fb, cores 96 pags.
ISBN: 978-989-23-4504-8
PVP: 19,90€
Edição ASA

07 março, 2016

Colecção Figuras de Tintin: #2 Haddock indeciso


A segunda figura da Colecção Oficial das Figuras de Tintin, já nas bancas, traz-nos como não poderia deixar de ser a figura do Capitão Haddock, companheiro de aventuras de Tintin, desde que se cruzaram na história O Caranguejo das Tenazes de Ouro. Personagem que tem tanto de irascível como de humano, logo passou de um papel secundário para ganhar papel principal nas aventuras de Tintin. O desenho de Haddock indeciso que serviu de modelo à figura agora apresentada encontra-se justamente na aventura O Caranguejo das Tenazes de Ouro, história esta que também deu o modelo para a primeira figura desta colecção. O preço de €6,99 do Capitão Haddock situa-se entre o promocional (da 1ª entrega) e o definitivo (da 3ª entrega).

Depois de Tintin e Haddock, apresento aqui, em primeira mão, as nove figuras seguintes da colecção portuguesa, correspondentes aos n.º 3 a 11:

3. GIRASSOL com pá (data de distribuição prevista: 14-03-2016)


4. MILU com osso (data de distribuição prevista: 28-03-2016)

5. o português OLIVEIRA DA FIGUEIRA (data de distribuição prevista: 11-04-2016)

6. MITSUHIRATO (data de distribuição prevista: 25-04-2016)

7. TINTIN (data de distribuição prevista: 09-05-2016)


8. NESTOR (data de distribuição prevista: 23-05-2016)

9. SERAFIM LAMPIÃO (data de distribuição prevista: 06-06-2016)

10. TRIFÓLIO GIRASSOL (data de distribuição prevista: 20-06-2016)

11. DUPOND (data de distribuição prevista: 04-07-2016)


08 fevereiro, 2016

A Colecção Oficial das Figuras de Tintin chega a Portugal


A semana começa com uma bela novidade para os coleccionadores de figuras ligadas à banda desenhada. Depois de França, Espanha, Brasil, a famosa Colecção Oficial das Figuras de Tintin das edições Moulinsart chega agora a Portugal.

A Planeta DeAgostini e a Altaya vão distribuir, quinzenalmente, a colecção composta por cerca de 60 figuras, com cerca de 12cm de altura, fabricadas em resina de poliéster, que são reproduções fiéis das personagens das histórias desenhadas por Hergé. A acompanhar cada figura vem incluído um passaporte numerado que certifica a sua autenticidade e um livro que apresenta detalhadamente cada personagem ao mesmo tempo que mostra partes das aventuras de Tintin.


A primeira figura a ser lançada é o próprio Tintin, com um preço promocional de €2,99. É a clássica figura de Tintin vestido com a sua gabardine, que pode ser observada nas aventuras de Tintin na América, O Lótus Azul ou O Ceptro de Ottokar. O desenho em particular que serviu de modelo encontra-se na história O Caranguejo das Tenazes de Ouro.


Seguem-se as figuras do Capitão Haddock (€6,99) e do Professor Girassol (€12,99). As restantes 57 figuras terão igualmente o preço de €12,99. A colecção estará disponível em papelarias, tabacarias e quiosques, a partir já da próxima 5ª feira, dia 11 de Fevereiro.


24 maio, 2014

Tintin por 2,5M€

A história conta-se em poucas palavras. Era uma vez uma página dupla do Tintin desenhada a tinta-da-china por Hergé. Era uma vez um leilão dedicado ao «Universo do criador de Tintin». A página dupla foi agora a leilão com uma estimativa de venda entre os €700.000 e os €900.000. O resultado foi uma licitação final de €2.519.000. Em português suave é qualquer coisa como dois milhões e meio de euros!!! Simplesmente um novo recorde mundial para uma peça de banda desenhada! Era só isto. Deixo a imagem do desenho recordista. E para quem gosta de fazer arquivo destes desenhos e ilustrações fica o link para descarregar o catálogo do leilão (clicar aqui).





30 novembro, 2011

Tintin vale ouro!

Realizou-se no passado dia 26 de Novembro, em França, o leilão “L’univers du créateur de Tintin” com quase um milhar de lotes de artigos relacionados com Hergé/Tintin, entre desenhos originais, estatuetas, álbuns, esculturas, entre outros, que rendeu um total de €1.874.998. Para poderem ver a variedade de objectos e preços de venda cliquem aqui.
A estrelas deste leilão foram dois desenhos originais feitos por Hergé, baseado nas histórias “O Segredo da Licorne“ (1ª imagem em baixo) e “Vôo 714 para Sydney” (2ª imagem em baixo) que superaram largamente o valor da estimativas, tendo sido arrematados por €168.900 e €90.100, respectivamente.
O comunicado final da leiloeira ARTCURIAL refere ainda o valor recorde de €100.000 com que foi vendido o álbum 1ª edição de “On a marche sur la Lune” (“Explorando a Lua”), edição Casterman de 1954, que se encontra assinado por Hergé e por seis dos astronautas que pisaram o solo lunar. A reter fica a certeza do excelente investimento que constitui hoje a aposta em banda desenhada!



16 julho, 2011

Leitura: Tintin na América (edição facsimile)

Acabei agora a (re)leitura do recém-lançado «Tintin na América», que por se tratar de mais uma reedição não seria aqui objecto de qualquer nota, se não se estivesse aqui a falar do álbum em versão facsimile, de edição limitada e numerada, da ASA

Esta leitura é sobre a segunda versão redesenhada e colorida por Hergé para publicação em 1945 pela editora francesa Casterman.

A escolha desta história, não obstante ser o terceiro álbum na cronologia oficial, para abrir a colecção fac-similada da ASA deve-se talvez ao facto de "Tintin na América" ter sido a primeira aventura deste herói a ser publicada em Portugal, em 1937, nas páginas da publicação O Papagaio (ver mais abaixo).

Salve-se o facto de a lombada não apresentar qualquer numeração o que permite a sua posterior arrumação por ordem correcta na nossa bedeteca.

Muito bom é a oportunidade de voltar ler esta aventura no tradicional formato franco-belga depois daquele infeliz formato que a ASA inventou para a reedição da «Colecção Tintin».

«Tintin na América» apesar de ter um ritmo narrativo bastante elevado, é na minha opinião, uma das histórias menos conseguidas de Hergé. Sucedem-se as situações mais inverosímeis que se possa imaginar, com o autor a socorrer-se muitas vezes de soluções pouco conseguidas e direi infantis para ajudar com o nosso herói a escapar sempre ileso das inúmeras armadilhas com que se defronta ao longo da aventura.

O nosso repórter chega à América com a missão de combater a onda de crime que varre a cidade de Chicago. A aventura desenrola-se por diferentes cenários, desde da cidade até aos territórios índios, motivada sobretudo pela perseguição ao chefe do Sindicato dos Bandidos de Chicago, o gangster Bobby Smiles. Sucedem-se as peripécias com bandidos, Tintin chega a cruzar-se inclusive com o famoso Al Capone, agentes da autoridade, cowboys e índios. Antes do final, ainda há lugar ao rapto de Milu, mas tudo termina em bem (desculpem o spoiler!) após um confronto numa fábrica de conservas, com Tintin a ser reconhecido como herói com direito a desfile numa das tradicionais paradas americanas pelas ruas de Chicago. Registe-se a contabilidade final desta aventura: 355 gangsters presos!

Da edição fac-similada, quando comparada com o álbum que possuo (colecção do Jornal Público, Dezembro de 2003) - que reproduz a terceira versão da história redesenhada em 1973 por imposição dos editores americanos - para além das óbvias diferenças como a capa dura e ao nível da coloração, existem alguns pormenores preciosos ao nível do desenho que nos permitem perceber que Hergé se mostrava bastante critico da sociedade americana.

Logo na primeira vinheta da história observamos um bandido que se passeia à vontade de arma na mão enquanto um polícia lhe faz continência.

Bem-vindos à América de Hergé!

Uma América sem lei, tomada por um capitalismo selvagem, onde sobrevivem índios ingénuos e negros estereotipados por uma visão preconceituosa da época. É justamente sobre as personagens negras da história onde se verifica as principais alterações do desenho. Ou o aspecto físico é alterado (primeiro exemplo) ou simplesmente são substituídas por personagens brancas (restantes exemplos).

















Veja-se o confronto entra as primeiras vinhetas à esquerda (publicadas em 1945) e as segundas vinhetas à direita publicadas em 1973




A grande mais-valia na reedição destes clássicos é sem dúvida prazer que proporciona aos leitores bedéfilos na descoberta das diferenças, no seu entendimento e sobretudo na sua contextualização no tempo. Uma aposta seguramente ganha!

A avaliação global que faço deste álbum, leva em linha de conta uma edição excelente e uma história que como já referi anteriormente é das aventuras mais fracas de Tintin.


Tintin na América - Edição fac-similada
Autor: Hergé
Álbum a cores, cartonado, numerado, com edição limitada a 2000 exemplares
Editora: ASA, 1ª edição de Abril de 2011

Nota de Leitura:
Razoável
(3 em 5)

«Tintin na América» em Portugal


A publicação da aventura “Tintin na América” em Portugal marcou a internacionalização das histórias de Tintin, que até à data na altura nunca haviam sido publicadas num país não-francófono. E logo a cores o que também constituiu um facto inédito.

Esta dupla estreia aconteceu a 16 de Abril de 1936 nas páginas do n.º 53 da revista O Papagaio. A aventura estendeu-se até ao n.º 110. Como curiosidade, Tim-Tim como então era chamado apresentava-se como repórter d’o Papagaio.

Seguiu-se uma nova publicação, em 7 de Janeiro de 1956, com inicio nas páginas do n.º 210 da revista Cavaleiro Andante.

Mais tarde, em 1972, foi a vez da versão portuguesa da revista Tintin publicar as aventuras deste herói na América.

A edição em álbum de “Tintin na América” aconteceu pela editora Verbo em 1995. Seguiram-se edições do Circulo de Leitores (2000), Jornal Público (2003), ASA (2010) e agora a versão fac-similada, também pela ASA.

20 julho, 2009

Chegada à LUA!

Rumo à Lua

Faz hoje 40 anos que chegamos à Lua!Um pequeno passo para o Homem…” nas imortais palavras de Neil Armstrong, comandante da missão Apollo 11, cuja tripulação era ainda constituída ainda pelos astronautas Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, que aos comandos do módulo lunar Eagle se tornou no primeiro homem a pisar solo lunar. A conquista deste objectivo mais que o simbolismo associado, representou o coroar de uma década de grandes avanços tecnológicos e de enormes progressos científicos.

Contudo, quinze anos antes da conquista humana, através da banda desenhada, no álbum “Explorando a Lua” (1954), já Tintin tinha pisado a Lua. Hergé, um homem visionário e com uma enorme paixão pela ciência, tinha dotado o “seu” prof. Girasol com os conhecimentos e os meios necessários, ainda que com bastante humor à mistura e soluções com bases cientificas como por exemplo o facto do foguetão ser movido a energia nuclear, para tornar possível esta extraordinária aventura, sendo notável a antecipação bastante realista de um feito que só seria alcançado bastantes anos depois.

Fica então aqui a sugestão de leitura do álbum “Rumo à Lua” (publicado em Portugal) para celebrar o “... salto gigantesco para a Humanidade”.

30 maio, 2009

Mundo Tintim

Museu Hergé
No próximo dia 2 de Junho, é aberto ao público um novo espaço destinado a dar a conhecer a vida e a obra do criador de uma das bandas desenhadas mais conhecidas do séc. XX, o belga Georges Remi, mais conhecido pelo pseudónimo de Hergé. Dispondo de três andares e nove salas de exposições, num total de 3600 metros quadrados, o novo Museu Hergé dará a conhecer desenhos, pranchas originais, objectos pessoais, documentos e fotografias, com destaque natural para a sua criação maior: Tintim. Assim poderão "penetrar no mundo de Hergé, descobrir a sua vida, o que amava, as suas viagens, os animais de que gostava, a sua paixão por carros e sobretudo "o homem multifacetado" que ele era, disse na conferência de imprensa Laurent de Froberville, o director do Museu Hergé. Tintim, a criação maior de Hergé, "o artista do século XX", estará naturalmente "omnipresente", mas segundo aquele responsável, o museu quer ir "mais além de Tintim" para dar a conhecer "a obra de Hergé em toda a sua amplitude, que inclui muitas outras personagens, para além das suas criações como desenhador gráfico ou publicitário", e "submergir no seu processo criativo". Falta referir que este novo museu fica situado em Louvain-la-Neuve, nos arredores de Bruxelas.

fonte: Diário de Notícias on-line



Tintim no cinema
Noutras latitudes, encontra-se em filmagens o primeiro filme de uma série dedicada a Tintim. Steven Spielberg e Peter Jackson são os produtores, com o primeiro a realizar o filme inicial, cujo título oficial é «The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn» e que deverá estrear nos cinemas no Natal de 2011. A adaptação filmada em 3D, que tem como tema uma caça ao tesouro, é baseada numa das mais conhecidas aventuras de Tintim, que se encontra divida pelos álbuns «O Segredo do Licorne» e «O Tesouro de Rackham o Terrível». Já há nomes confirmados para o filme. Jamie Bell será o jovem repórter Tintin e vai enfrentar o terrível Red Rackham, interpretado por Daniel Craig. Do elenco fazem parte Simon Pegg e Nick Frost no papel da dupla de detectives Dupont e Dupond, e ainda Gad Elmaleh, Toby Jones e Mackenzie Crook.


Tintim na Rússia
A Rússia foi talvez o último país do mundo aonde chegaram os livros de Tintim, não obstante este herói da BD ter tido a sua primeira aventura precisamente no "País dos Sovietes". O primeiro e, por enquanto, único livro de aventuras de Tintim chegou aos leitores russos apenas em 2004 e chama-se "Os Charutos do Faraó".
Os especialistas russos em história da banda desenhada não têm dúvidas de que este enorme atraso na chegada das aventuras de Tintim à Rússia se deveu ao primeiro álbum de Hergé "Tintim no País dos Sovietes" (1929), obra que esteve proibida na União Soviética por ser considerada "anticomunista" e que pelo mesmo motivo continua a não chegar às mãos dos leitores chineses.
Georges Remi (Hergé) coloca os seus heróis, Tintim e Milú, no período revolucionário em que os comunistas instauravam o poder pela força, tendo-se baseado na obra "Moscou sans voiles", de Joseph Douillet, diplomata belga que viveu e trabalhou durante nove anos na Rússia soviética. Alguns episódios do primeiro álbum de Hergé são uma ilustração exacta de episódios descritos por Joseph Douillet, como, por exemplo, "as eleições democráticas" na aldeia com uma pistola apontada à cabeça. Sendo o diplomata belga um anticomunista, os estudiosos russos de banda desenhada europeia consideram aí residir uma das causas da "falta de qualidade" dessa obra.
"Não obstante a abordagem extremamente pormenorizada [da situação na Rússia soviética], a primeira experiência falhou, pois deu origem a uma banda desenhada bastante primitiva que contém numerosos disparates", como a existência de um agente da polícia política soviétiva OGPU que adora bananas, considera Elena Bulakhtina, reconhecendo, porém, que "há lugares divertidos".
Opinião semelhante tem Mikhail Khatchaturov, chamando a atenção para o facto de "Tintim no País dos Sovietes" ter sido "o único volume da série das Aventuras de Tintin que não foi posteriormente trabalhado e que, durante muito tempo, não foi reeditado".
"Só recentemente ele voltou a ser publicado, muitos anos após a morte do autor, e por isso agora surge orgulhosamente no catálogo da série como o número um", sublinha Khatchaturov.
Não obstante o comunismo ter caído na União Soviética/Rússia há quase 18 anos, Tintim continua a ser desconhecido entre o grande público russo, ao contrário de outros heróis da banda desenhada como Astérix. "Os Charutos do Faraó" foi a primeira e única das aventuras de Tintim a chegar à Rússia com uma edição de cinco mil exemplares, o que é extremamente pouco para um mercado livreiro tão imenso como é o russo.
Tintim parece ter-se irremediavelmente atrasado na sua chegada à Rússia, mesmo sem sovietes.

fonte: Público on-line

10 janeiro, 2009

80 anos de Tintim

Tintim_1

Foi em 10 de Janeiro de 1929, no suplemento infantil Le Petit XXème do jornal Le Vingtième Siècl, que começou a ser publicadas as aventuras daquele, que é provavelmente uma das mais conhecidas personagens da banda desenhada: Tintim. O seu autor é o belga Georges Remi, mais conhecido pelo acrónimo de Hergé. A imagem acima reproduz as primeiras vinhetas de “Les Aventures de Tintin, reporter du petit Vingtième au pays des Sovietes”, quando um jovem repórter acompanhado pelo seu cão Milu entra num comboio com destino á Rússia soviética. É o inicio de um longo sucesso, que se traduziu na publicação de 23 álbuns originais, onde as aventuras se caracterizam por um registo gráfico de grande rigor e detalhe, por uma antecipação do progresso tecnológico e por se mostrarem um reflexo das grandes convulsões sociais da época. Hergé é um observador atento do mundo que o rodeia, e naturalmente faz repercutir todos os seus valores na personagem que criou.

Tintim em Portugal
Tintim chegou a Portugal em 1936. Foi na revista “O Papagaio”, cujo director era Adolfo Simões Muller, que foram publicados, pela primeira vez, as primeiras histórias coloridas de Tintim. “Tintim na América do Norte” foi a primeira aventura a ser publicada, no n.º 53 em 16 de Abril de 1936. Seguiram-se Os Charutos do Faraó, O Lótus azul, Tintim no Congo, A Orelha Quebrada, A Ilha Negra, O Caranguejo das tenazes de ouro, A Estrela Misteriosa e finalmente O Segredo do Licorne. Mais tarde, partir da década de 80, as aventuras completas de Tintim foram publicadas em álbuns, em português, através de edições da Verbo, Circulo de Leitores e Público.

23 maio, 2007

Capas de BD: Tintim


Capa do primeiro álbum em português, da primeira aventura de Tintim, com um desenho assinado por Hergé, publicada originalmente em 10 de Janeiro de 1929, no n.º 11 do “Le Petit Vingtième” com o titulo: “Tintin au pays des Soviets”

"Tintim no País dos Sovietes"

Álbum publicado em Setembro de 1999

P/B

Capa dura

Edição: Editorial Verbo

22 maio, 2007

O centenário de Hergé

Celebra-se hoje 100 anos sobre o nascimento de George Prosper Remi, aliás RG, aliás Hergé, aliás o "pai" de Tintim. O criador de uma das universais personagens da Banda Desenhada franco-belga, nasceu em Etterbeek, na Bélgica, e apesar de ter começado a desenhar muito cedo, Tintim e todas as restantes personagens que habitam as suas aventuras, tal como as conhecemos hoje, são o resultado de vários anos de trabalho dedicado. As aventuras completas de Tintim encontram-se reunidas em 24 álbuns, felizmente todos já publicados em Portugal.

Como não podia deixar de ser, no país de origem de Hergé, na Bélgica, vive-se uma "hergémania" neste ano de centenário, tantas são as formas de homenagem previstas, donde se destacam, por exemplo, o lançamento da primeira pedra do futuro Museu Hergé, em Louvain-la-Neuve, nos arredores da capital belga, pelo lançamento da biografia oficial de Hergé, pela edição comemorativa de uma moeda de prata de € 20, pela edição especial de 25 selos, tendo um deles o retrato de Georges Remi e os restantes as reprodução das capas dos 24 álbuns das aventuras de Tintim, entre outras iniciativas.

Por cá, a data é assinalada com reportagens publicadas em vários jornais e menções em outros órgãos de informação.

E como Tintim é eterno, aqui fica para a posterioridade...



10 janeiro, 2006

Tintim

A primeira nota bedéfila de 2006 serve para recordar que no longínquo dia de 10 de Janeiro de 1929 (faz hoje 77 anos), o mundo da banda desenhada conheceu um dos seus mais famosos personagens: Tintim e o seu inseparável cão Milou. A primeira aparição aconteceu nas páginas do n.º 11 do Le Petit Vingtiéme, um suplemento juvenil do jornal belga de inspiração católica Le Vingtiéme Siécle, com a publicação do primeiro episódio das aventuras de “Tintim no País dos Sovietes”. Seguiram-se mais 22 aventuras, interrompidas com a morte do seu autor, Hergé, em 1983.