Mostrar mensagens com a etiqueta Ricardo Venâncio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ricardo Venâncio. Mostrar todas as mensagens

11 dezembro, 2022

Lançamento A SEITA: Uma Chama Imensa

Trago aqui hoje outra das novidades de A SEITA, apresentadas durante o Amadora BD, mas que já podemos encontrar disponível nas livrarias. UMA CHAMA IMENSA, de Ricardo Venâncio, traz-nos uma história em banda desenhada sobre futebol, mas também uma história sobre sonhos.
 
Uma Chama Imensa (Une Flamme Immense, no seu título original) revela-nos um Ricardo Venâncio completamente à vontade na construção de uma história passada no ambiente do Portugal contemporâneo e do meio futebolístico, mas girando à volta de um conjunto de personagens imediatamente reconhecíveis para os leitores, e com uma linha narrativa focada na vida do dia-a-dia e nos acontecimentos da vida de um jovem jogador de futebol. Originalmente desenvolvido para a editora franco-belga Dupuis, para a sua prestigiosa colecção Sport, dedicada aos grandes clubes europeus, entre os quais se inclui muito naturalmente o Benfica. 
 
UMA CHAMA IMENSA 
Aos 17 anos, Yuri é considerado um médio defensivo muito promissor, e não está longe de assinar o seu primeiro contrato profissional com o Benfica. Infelizmente, uma grave lesão afasta-o dos relvados durante vários meses. Enquanto isso, a sua mãe fica desempregada, a namorada deixa-o, e o clube contrata um novo jogador para o seu lugar... tudo parece perdido. No entanto, uma pequena fagulha vai reacender a chama. Uma chama imensa. 
 
Ficha técnica:
Uma Chama Imensa
Argumento e arte de Ricardo Venâncio
Capa dura, formato 20x26 cm, cores, 72 páginas.
ISBN: 978-989-53669-1-0
PVP: € 17,00
Edição A SEITA

13 abril, 2022

Lançamento CM Lousada: AGÁ 2.0

A banda desenhada, pela sua facilidade em passar a mensagem, tem sido um veiculo, cada vez mais importante, na educação, na sensibilização, e também na chamada de atenção das novas gerações, em questões fundamentais como, por exemplo, a necessidade de preservar o nosso planeta, e nesse contexto a Câmara Municipal da Lousada deu recentemente o seu contributo com a edição camarária deste AGÁ 2.0 da autoria de Ricardo Venâncio (o mesmo de Hanuram, o Dourado), destinado aos alunos do 9.º ano de escolaridade do concelho, no âmbito do Plano Municipal de Leitura daquele município.
 
Fiquei bem impressionado com esta edição. Partir de uma história futurista, já iniciada (AGÁ - A cura, publicada em 2017), que decorre em terras de um Portugal pós-cataclismo, e abordar de forma simples e directa questões relevantes como a temática das alterações climáticas em geral, e da importância da água em particular, dar-lhe um final com conseguido com um toque de ficção cientifica,  num livro apresentado em papel de boa gramagem, com 64 páginas, incluindo um caderno extra com entrevistas ao Vereador do Ambiente da CM Lousada e ao autor, onde este fala do seu processo de trabalho, com uma tiragem de 3.000 exemplares, é obra!
 
AGÁ 2.0
Em tempos, a ambição do Homem fê-lo querer moldar o seu próprio destino, reconstruir o seu mundo, seu o seu próprio deus. Mas a ambição desmedida transformou-se em ganância, e o que era um combustível de progresso tornou-se um veneno que polui as terras e as águas, deixando grande parte da humanidade à sua sorte. Um cura promete ser a solução milagrosa para uma morte lenta. Mas será esta cura uma realidade ou apenas uma miragem?
 
Ficha técnica:
AGÁ 2.0
De Ricardo Venâncio
Capa mole, 18x27 cm, cores, 64 páginas.
ISBN: 9789728787356
De distribuição gratuita
Edição CM Lousada

08 agosto, 2017

Lançamento G.Floy / ComicHeart: HANURAM, O Dourado - A Fúria

Nas bancas já encontramos o álbum Hanuram, o Dourado, a épica banda desenhada da autoria de Ricardo Venâncio que esteve em exposição no último Festival de Beja.

Com o sub-título "A Fúria", este álbum reúne um conjunto de histórias do universo fantasia heróica que o Ricardo criou, em que se combinam uma fina ironia e diversão às custas dos clichés do género. Este é o seu primeiro livro seu, e o primeiro daquilo que se pretende que seja uma série.

Hanuram é o segundo livro resultante da parceria entre as editoras G.Floy e ComicHeart para a edição e divulgação de autores portugueses.

HANURAM, O DOURADO - A FÚRIA
Um dom para lutar. Uma armadura dourada. Um orgulho desmesurado. Três ingredientes que selam o destino de Hanuram Urn Uriarma, excelso campeão da cidade de Elliam, a "Jóia do Deserto", quando este ofende os deuses ao equiparar-se a Aonii, a Deusa da Guerra. Esta, com a ajuda dos seus divinos irmãos, amaldiçoa Hanuram a calcorrear o Mundo, fechado na sua armadura preciosa, e exposto a todo o tipo de perigos, até que aprenda uma lição de humildade. Mas "humildade" é uma palavra que Hanuram não conhece. A maldição que cai sobre os ombros deste guerreiro é o ponto de partida para uma série de desventuras que levará protagonista e leitores aos quatro cantos deste mundo.

Ficha técnica:
Hanuram, o Dourado: A Fúria
De Ricardo Venâncio
Capa dura, cores.
Editora(s) G.Floy e ComicHeart



27 maio, 2017

Ricardo Venâncio: "O meu trabalho é uma amálgama de experiências"

Aceitando um convite que foi feito pelo Paulo Monteiro, Director do Festival de Beja, fiquei com a responsabilidade de escrever um texto de apresentação sobre o Ricardo Venâncio para publicação na revista Splaft! da edição deste ano. Responsabilidade acrescida, digo eu, porque o autor não gosta particularmente de falar ou escrever sobre si na terceira pessoa. Brincadeira. Conversamos via email e o Ricardo mostrou uma grande disponibilidade, a qual desde já agradeço.

Com uma exposição no festival e um livro para sair, é um autor para acompanhar este ano. Deixo aqui a pequena entrevista que realizei.

NBD: Quando é que te iniciaste no desenho/banda desenhada?

RV: Eu comecei a desenhar na infância nos anos 80. Comecei a ler BD muito cedo por influência do meu pai e rapidamente quis tentar replicar o que via nos Mundo de Aventuras e nos gibis brasileiros que lia. O meu gosto pelo desenho veio da necessidade que eu tive de querer prolongar as histórias e as personagens que eu lia nos meus primeiros anos.

No que toca a formação, fiz o ensino secundário na Escola António Arroio e juntei-lhe uns cursos de desenho e ilustração. O resto veio de desenhar tudo o que via, comparar notas com amigos que também desenhavam e muitas visitas a museus para ver arte ao vivo.

A BD foi algo que sempre me acompanhou, mas primeiro só como leitor. Eu li sobre as aventuras do Princípe Valente aos 6, a Crise nas Infinitas Terras aos 9 ou 10 anos e tudo o mais que pudesse comprar ou pedir emprestado até hoje. O momento em que percebi que podia tentar passar de leitor a autor foi a partir dos 14 quando conheci outros da minha idade que punham a mesma hipótese e comecei a descobrir mais sobre quem criava as histórias que eu lia. Desde essa altura que crio e reciclo ideias e projectos de histórias, muitos deles ainda espalhados em cadernos e pastas de desenhos que ainda tenho em casa.

Dois dos factores que tiveram uma grande influência na minha entrada em BD foram a criação de estúdios com amigos e a explosão das redes sociais. Ambas abriram portas profissionais que até aí eram completas miragens.

Profissionalmente, trabalho em BD desde 2009, quando editei o meu primeiro livro, chamado Defier pela editora El Pep. Desde essa altura, tenho trabalhado mais para mercados estrangeiros, maioritariamente em colaboração com argumentistas em histórias curtas ou antologias.

NBD: Quais são as tuas influências na tua arte? E autores?

RV:As minhas influências foram variando ao longo do meu percurso. Hal Foster foi a primeira, depois John Byrne e Frank Miller quando comecei a ler Marvel e DC. Na adolescência tive aulas de História de Arte e isso abriu completamente o espectro de influências que mexeram com o meu traço. Lembro-me que quando descobri Arte Nova, a Secessão Vienense e ilustração do princípio do Séc. XX, a cada semana tinha um desenho ligeiramente diferente.

Outra coisa que mudou muito o meu traço foi ter aprendido desenho de observação, que nos limpa os traços que copiamos dos outros e nos força a olhar para o mundo com os nosso próprios olhos.

Hoje em dia, o meu trabalho é uma amálgama dessas experiências todas e já funciona um pouco em auto-referenciação, já se alimenta a ele próprio em termos de influências.

NBD: Como surgiu Hanuram?

RV: Hanuram é uma ideia que surgiu como projecto a meio de 2012. Nessa altura, eu estava meio fatigado de trabalhar exclusivamente com ideias de outros, tanto nas actividades paralelas que tenho como storyboard de publicidade e ilustração, como nas colaborações de BD que vou desenvolvendo. Colaborações têm o seu tipo próprio de desafios e recompensas, mas eu precisava de ter um cantinho meu onde para onde eu pudesse escapar de vez em quando e que funcionasse como "cartão de apresentação" do que eu quero fazer em BD.
Para isso, repesquei uma daquelas ideias que tinha guardadas algures nos meus arquivos e fui acrescentando elementos que para mim são fáceis de desenvolver, como mitologia, aventura e algum humor. Eu queria algo simples, que eu pudesse criar a partir dum caderno de argumentos e outro de esboços.
A ideia original era ter um webcomic, com episódios curtos e isolados, pequenos gags que eu pudesse alimentar ou interromper consoante o tempo livre que tivesse, mas o mundo em que as histórias de passam rapidamente começou a crescer e eu fui aguentando a estreia até ter algo mais estruturado.
Finalmente, há cerca de ano e meio, o Bruno Caetano da Comicheart, que me representa em termos de arte original, lançou-me o desafio de editar em papel uma primeira aventura, com rédea livre para criar como me apetecesse e eu aceitei a proposta.
Desde aí que temos vindo a desenvolver o projecto e temos um primeiro livro fechado. O conceito não mudou muito desde o início, mas cresceu bastante em termos de design e profundidade de imersão no mundo que criei.

NBD: Trabalhos em curso e projectos para o futuro?

RV: Neste momento, estou a terminar a publicação de um projecto chamado The Purple Heart, um de três títulos que compõem algo chamado The New Brooklyn Universe, publicado online pelo site coreano Line Webtoon. Os outros títulos chamam-se The Red Hook e The Brooklynite e as três histórias passam-me numa cidade de Brooklyn alternativa em que esta ganha uma consciência e separa-se do continente americano. Desse cenário, emerge uma série de heróis e vilões novos que formam uma espécie de homenagem ao universo nova iorquino da Marvel dos anos 60/70/80. Esse universo nasceu das ideias de Dean Haspiel e do estúdio que ele partilhava em Brooklyn com outros autores, incluindo Vito Delsante, o argumentista do The Purple Heart, que me convidou para trabalhar no título.

Terminando o Purple Heart, quero estar concentrado no Hanuram durante algum tempo. Há muita coisa que eu quero contar e explorar com a personagem daqui para a frente.



25 fevereiro, 2017

Hanuram, o Dourado, de Ricardo Venâncio


Em antecipação à edição em livro que está prevista para este ano, inaugura hoje, a partir das 17h, no espaço da Ericeira BD, a exposição de desenhos e pranchas originais de Hanuram, O Dourado, obra do ilustrador Ricardo Venâncio. Originalmente planeado para publicação estritamente digital, Hanuram o Dourado, acabou por ter a sua estreia em papel na antologia KaBOOMbox, publicada pelo colectivo Brand New Nostalgia, com a curta "Cursed". 

«Um dom para lutar. Uma armadura dourada. Um orgulho desmesurado. Três ingredientes que selam o destino de Hanuram Urn Uriarma, excelso campeão da cidade de Elliam, a "Jóia do Deserto", quando este ofende os deuses ao equiparar-se a Aonii, a Deusa da Guerra. Esta, com a ajuda dos seus divinos irmãos, amaldiçoa Hanuram a calcorrear o Mundo, fechado na sua armadura preciosa, e exposto a todo o tipo de perigos, até que aprenda uma lição de humildade. Mas "humildade" é uma palavra que Hanuram não conhece. A maldição que cai sobre os ombros deste guerreiro é o ponto de partida para uma série de desventuras que levará protagonista e leitores aos quatro cantos deste mundo.»

A exposição estará patente até dia 12 de Março.