31 dezembro, 2006

Expectativas para 2007...

Como leitor espero sempre mais de um novo ano que começa, sobretudo mais publicações. Considero que o ano que agora finda não foi um mau ano. Publicou-se qualidade. Publicou-se foi pouca variedade. Como causas, aparece sempre a culpada "crise", não sei se económica ou de leitores, ou ambas, mas a contrariar esta ideia, uma nova aposta começa logo em Janeiro, com o regresso da “Turma da Mónica” de Maurício de Sousa a Portugal, desta vez sob o selo da PANINI. A remar talvez contra a maré!

Para 2007, as minhas expectativas não são muito elevadas, até porque preferia que as editoras apostassem mais nas colecções que já existem, do que em novas séries. Por exemplo, gostava muito que...

... a ASA continuasse a aposta em “Blueberry”, “Bouncer” e “Borgia” e se decidisse por publicar “XIII”; que a Gradiva lançasse o álbum perdido de “Largo Winch” (o nº 4) e publicasse o resto da colecção; que a Livros de Papel continue o excelente trabalho que tem feito com “Príncipe Valente”; que a nova editora BDMania continue o que começou e falo sobretudo da Marvel Transatlântico; que a renascida Devir se decida por publicar “A Agência de Viagens Lemming” e o 6º volume de “A Pior Banda do Mundo” do "nosso" José Carlos Fernandes. E já agora se não for pedir muito, também queria uma mudança radical de mentalidades na organização do FIBDA. Será que exagerei nos pedidos?

Em termos cinematográfico, o ano de 2007, será sem dúvida o ano das adaptações. Se disser que 2007 também pode ser o ano do Homem-Aranha ou o ano de Frank Miller, não fugiria muito à verdade. Encontram-se agendadas as estreias do ultra-esperado “Spider-Man 3”, do expectante “300”, de “Sin City 2” (ainda sem site oficial), da sequela “Fantastic Four 2” e da aposta “Ghost Rider”. Certo é filmes para todos os gostos, num filão que está longe de se esgotar.

No panorama internacional, destaco a comemoração do centenário do nascimento de Georges Rémi, mais conhecido por Hergé, o criador de Tintin. A Fundação Hergé prepara um vasto programa de eventos, resta saber se Portugal será contemplado com alguma exposição.

De resto, ficam sobretudo os votos de um bom ano para a BD em Portugal!

24 dezembro, 2006

Em jeito de postal natalício...

reproduzo aqui um curioso crossover entre a personagem Batman e a figura do Pai Natal, que fez a capa do n.º 27 do comic “Batman”, publicado em Fevereiro de 1945, para ilustrar os sinceros votos de um Feliz Natal a todos os que por aqui passam.

23 dezembro, 2006

Acerca do BDjornal

O “projecto BDjornal”, quando surgiu em Abril de 2005, visava colmatar um espaço que se encontrava vazio no que se refere à divulgação da temática da BD em Portugal, com a publicação mensal do único “jornal de banda desenhada e não só” publicado em Portugal. Ano e meio depois prepara a saída da sua edição n.º 16 (Dezembro/Janeiro).

No entanto, durante este período de tempo, o jornal passou por reformulações várias, que visaram essencialmente adaptar o projecto às condições do nosso difícil mercado. Com o início de uma nova fase (a partir da edição n.º 13), que implicou alterações no preço, na periodicidade, no formato e qualidade do papel, pensava que “BDjornal” tinha finalmente encontrado o seu “cantinho” ao sol. Puro engano. Com grande surpresa li no Kuentro (post de 09/12/2006), que afinal faço parte de um estrito grupo de 1.000 compradores/leitores regulares do “BDjornal”. Do teor do comunicado publicado pelo seu director, retira-se uma única conclusão: o “projecto BDjornal” continua, infelizmente, a não ser viável. Daí que sejam necessárias ainda novas alterações, sendo a mais significativa um aumento substancial do preço de capa. Percebe-se que o caminho não passa, no imediato, pela conquista de novos leitores, mas sim pelo equilíbrio financeiro do projecto. São opções.

Neste sentido, o "BDjornal" está tentar criar uma rede de distribuição, entre livrarias e papelarias ou tabacarias, a nível nacional, pelo que solicita aos interessados a indicação de possíveis pontos de venda, especialmente nas capitais de Distrito, na Grande Lisboa e no Grande Porto.

Podem fazê-lo para o email bdjornal@yahoo.com, ou também sem ter de pagar nada, por carta via CTT para: Remessa Livre 110 - EC Alcabideche - 2646-960 ALCABIDECHE.

No entanto, como leitor habitual do “BDjornal”, não posso deixar de referir que detecto algumas fraquezas no projecto, sendo que a primeira delas é a sua reduzida, para não dizer inexistente, difusão. Parece-me a mim que a sua existência apenas é conhecida por um reduzido número de pessoas, incluindo o referido grupo dos mil. Há obviamente um deficit de divulgação. Remédio? Sugeria talvez e até fazendo uso do potencial da Internet, a criação de um sítio na Internet exclusivamente dedicado ao “BDjornal”, onde se fizesse a apresentação do jornal e onde constasse a informação actualizada sobre pontos de venda e as condições de assinatura. Esta informação seria complementada com os sumários de novas edições, síntese dos principais destaques, resumos de edições antigas, etc.

Basta efectuar uma pesquisa no Google por “BDjornal” para perceber que os resultados devolvidos revelam informação desactualizada e dispersa. Parecem-me óbvias as vantagens de centralizar tudo num único sitio exclusivo e de fácil consulta.

Depois temos a periodicidade do “BDjornal”. Já aqui tinha escrito, bimestral parece-me demasiado e incompatível até com a condição de jornal que o projecto assume no seu título. A finalidade de um jornal é prestar informação, e convenhamos deseja-se que essa informação seja actual. Com a publicação de dois em dois meses, as notícias correm o risco de serem publicadas já desactualizadas ou ultrapassadas. Pessoalmente, preferia uma publicação mensal, nem que fosse a preto-e-branco em papel de menor qualidade do que uma publicação bimestral em papel melhorado e a cores. Como leitor não faço questão na qualidade/preço, mas sim na actualidade. E acredito que matéria não deve faltar.

Ao nível do conteúdo, apenas dois pequenos apontamentos. O primeiro é feito a título pessoal: desagrada-me que por vezes as bd’s publicadas sejam em formato de ‘coleccionável para destacar’. Primeiro porque não gosto de separar nada das revistas; segundo, porque neste formato, a leitura para quem não destaca, torna-se impraticável e sem sentido, andar para a frente e para trás à procura das tiras.

Segundo apontamento é para sugerir a criação de uma página de classificados. Sendo o mercado bedéfilo tão pequeno, a criação de um canal de comunicação entre potenciais vendedores e compradores, faria eventualmente do “BDjornal” um elo de ligação único entre coleccionadores bedéfilos.

Para finalizar fica aqui o desejo que a nova fase que se avizinha traga a estabilidade necessária ao projecto, porque da minha parte, fica garantido o apoio ao manter-me como um leitor assíduo do “BDjornal”.

19 dezembro, 2006

Joe Barbera (1911-2006)

O dia de hoje fica tristemente marcado pela noticia do falecimento de Joseph Barbera (à direita na fotografia), um excelente autor e desenhador que, juntamente com William Hanna, falecido em 2001, foi fundador dos célebres estúdios de animação Hanna-Barbera, responsáveis pela criação de personagens impares na história dos desenhos animados, donde se destacam “Tom & Jerry”, "Zé Colmeia" ou a série “Os Flinstones”, entre muitos outros, que ficarão para sempre guardadas na nossa memória colectiva.

Joe Barbera (1911-2006)

O dia de hoje fica tristemente marcado pela noticia do falecimento de Joseph Barbera (à direita na fotografia), um excelente autor e desenhador que, juntamente com William Hanna, falecido em 2001, foi fundador dos célebres estúdios de animação Hanna-Barbera, responsáveis pela criação de personagens impares na história dos desenhos animados, donde se destacam “Tom & Jerry”, "Zé Colmeia" ou a série “Os Flinstones”, entre muitos outros, que ficarão para sempre guardadas na nossa memória colectiva.

12 dezembro, 2006

O Estado da Arte (3)

"Numa altura em que escasseiam revistas de banda desenhada de publicação regular em Portugal, e as que existem(?) lutam desesperadamente por se manter “à tona da água”, proponho um regresso ao passado, para uma leitura sobre talvez um dos mais importantes projectos editoriais da banda desenhada que se fez em Portugal, não só pela sua longevidade mas também porque ajudou a criar gerações de bedéfilos, que semanalmente acompanhavam um mundo novo de aventuras."

Clique aqui para continuar a leitura...

08 dezembro, 2006

"Back in Black"

A revista “Amazing Spider-Man” # 539 quando for publicada em Fevereiro de 2007, arrisca-se a tornar-se uma referência na história do Homem-Aranha.

Isto porque dará inicio ao arco intitulado “Back in Black”, ou seja, está de regresso do famoso uniforme negro, como resultado da saga “Civil War”. Reza a sinopse da revista que as consequências que daqui advém serão irreversíveis para este herói.

A excelente desenho da capa (ver imagem ao lado) assinado por Ron Garney, consegue transmitir um ambiente pesado, quer seja pela pose de confronto do Homem-Aranha, quer pelo jogo eficaz que faz dos reflexos e das cores escuras, que traduzem bem o estado de espírito negro do Homem-Aranha. É daquelas capas que fazem história, digna de figurar ao lado das capas das revistas “Amazing Spider-Man” # 252, com a primeira aparição do uniforme negro e “Amazing Spider-Man” # 300, que mostra a primeira imagem de Venom (ver imagens abaixo).



















Num excelente golpe de marketing, a Marvel começa a prepara o terreno para o filme “Spider-Man 3” que estreia justamente em 2007, fazendo coincidir a história em banda desenhada com o argumento do filme.

Clicando em baixo podem ver uma pequena montagem sobre as filmagens, com as opiniões dos actores envolvidos e uma rápida imagem de Venom.



Começam a ficar poucas dúvidas se 2007 não será o “Ano do Aranha”.

Clique aqui para ver o trailer de "Spider-Man 3"

"Ghost Rider"

O site GhostRiderMovieBlog divulgou aquele que é o poster oficial do filme “Motoqueiro Fantasma” que conta com Nicolas Cage no papel principal. O poster, que se vai alterando, mostra a transformação da personagem Johnny Blaze no esqueleto em chamas. Esta adaptação de mais um herói do universo Marvel só chegará às salas de cinema portuguesas em Março do próximo ano. Até lá acompanhem as novidades no site oficial.

03 dezembro, 2006

Leitura: WOLVERINE - SAUDADE

No pouco tempo livre que tenho tido, aproveito para por a leitura em dia, as recentes aquisições que fiz no FIBDA. «WOLVERINE SAUDADE», foi primeiro a ser lido e é a aposta da mais recente editora de BD portuguesa, a BDMania que resolveu apostar numa nova série designada de Marvel Transatlântico, cujo objectivo é colocar autores europeus de BD a criar histórias (argumento e desenho) com os principais personagens do universo Marvel.

Pode-se dizer que a sensibilidade europeia para as questões do dia-a-dia que nos afectam, encontra-se bem transposta neste primeiro álbum da colecção. "Wolverine: Saudade" com um (bom) argumento de Jean-David Morvan e um desenho sóbrio de Phillipe Buchet, coloca o conhecido Wolverine a passar umas férias no Brasil. Mas desde logo, o mais conhecido mutante da Marvel é confrontado com a dura realidade brasileira: meninos da rua, assaltos, esquadrões da morte e curandeiros. A vida tal como ela é, e sabemos nós que no Brasil, ela pouco vale. O resultado é uma das mais violentas histórias de Wolverine que já li!

A edição portuguesa, que se encontra muito bem conseguida, com destaque para a excelente capa, reproduzida aqui ao lado, apresenta-se no formato de álbum europeu, de capa dura, como convém.
Pessoalmente, gostei bastante da forte influência “europeia” desta edição, apesar da história envolver um herói canadiano em terras sul-americanas. A filosofia por detrás desta 'linha transatlântica' faz-me seguir com atenção esta nova colecção.

Resumindo, um começo auspicioso da nova editora que espero que encontre uma boa receptividade por parte dos bedéfilos portugueses.

WOLVERINE - SAUDADE
Autores: Morvan e Phillipe Buchet
Álbum único, cores, cartonado
Editora BDMania, 1ª edição, Outubro de 2006



Jim Del Monaco por Luis Louro

O autor Luís Louro e a sua personagem Jim Del Mónaco marcaram presença no último dia do FIBDA.

FIBDA'2006 (10) - Fotos IV

O FIBDA já lá vai, mas só agora é que consegui recuperar de um computador avariado, a minha colecção de fotografias tiradas durante o festival. Ficam aqui publicadas algumas delas.


A "casa" do FIBDA

A "máquina infernal" de José Carlos Fernandes

Maurício de Sousa e a sua mais recente criação: Ronaldinho

Prancha original de "Sky Doll"

Desenho da personagem Franco ("C.A.O.S.") por Filipe Teixeira

O "regresso" de Luis Louro

24 novembro, 2006

+ "Spider-Man 3"

De regresso a este espaço após uma ausência não programada. Para pôr a "escrita em dia" começo por divulgar os mais recentes posters do novo filme "Spider-Man 3", cuja estreia está marcada para Maio do próximo ano. Dá para perceber que se espera uma história negra!!

13 novembro, 2006

O Estado da Arte (2)

"Terminou aquele que foi o mais “desenxabido” e o mais caro festival dos últimos anos, onde sob o tema “17 graus periféricos e o resto do mundo» se atingiu o auge em termos de uma politica de divulgação de BD elitista e alternativa, por oposição ao que melhor se faz termos de “comics”, “mangá” ou “franco-belga”, que teve como único e lógico corolário um total desinteresse e afastamento do público, o que em nada abona em favor de qualquer organização. De forma resumida, não fujo muito à verdade se disser que a 17ª edição foi mais um prego no caixão!"

A versão integral do "balanço" ao 17º FIBDA pode ser lida aqui.

30 outubro, 2006

Pélezinho por Maurício

Novo Asterix em mirandês

A editora ASA, depois de ter tido um grande sucesso de vendas com a edição de “Asterix, o Gaulês” em mirandês, encontra-se já a trabalhar na produção de um segundo livro. Em fase final de tradução, a aposta agora vai para “O Grande Fosso”, que em mirandês se chamar-se-á “L Galaton” e deverá estar disponível ao público durante o próximo ano.

De recordar que esta iniciativa encontra-se integrada num projecto de divulgação de línguas minoritárias, sendo o mirandês uma das contempladas. Apesar de constituir a segunda língua oficial de Portugal, depois do reconhecimento pela Assembleia da República em 1998, apenas é falada por um universo de pouco mais de 12 mil pessoas.

26 outubro, 2006

FIBDA’2006 (9) – Maurício de Sousa

Confirmado! Conforme já consta na programação oficial do FIBDA, o mais conhecido autor de banda desenhada brasileiro, Maurício de Sousa vai estar presente nas sessões de autógrafos do próximo fim-de-semana, dias 28 e 29 de Outubro, a partir das 15 horas no Fórum Luís de Camões, na Brandoa.

Também estarão presentes os seguintes autores:
Sérgio Salma, Aleksandar Zograf, Grof Balasz, Tomaz Lavric, Étienne Davideau, Aurelia Aurita, Frédéric Boillet, Filipe Abranches, Sergei, Grupo Blazt, Ángel de La Calle, Filipe Andrade e Filipe Pina.

24 outubro, 2006

FIBDA'2006 (8) - Fotos III

Os "artistas" do primeiro fim-de-semana do FIBDA

Frank Giroud, autor do projecto "O Decalogo".

















Lucien Rollin, desenhador do VIII volume de "O Decalogo", intitulado "Nahik".






















Jean-Claude Denis, um excelente desenhador, que apenas tem um álbum editado em Portugal, intitulado "Alguns meses em Amélie".




















Detalhe do desenho de Jean-C. Denis

FIBDA'2006 (8) - Fotos II

Detalhe da exposição "O Decalogo"






















Os baús dos autores portugueses

FIBDA'2006 (8) - Fotos I

Vista da exposição "Mundo BD" no piso -1

Logo à entrada!





















































Um "cheirinho" de bd americana, com o desenho de Mike Deodato Jr.

21 outubro, 2006

FIBDA’2006 (7) – Primeiras impressões

Brandoa (Amadora) é neste momento a capital da bd em Portugal. A primeira nota vai para o novo espaço, o Fórum Luís de Camões. Interiormente, finalmente um sítio que dispõe das condições mínimas exigíveis para um festival deste gabarito, espaços amplos de fácil circulação, arejados e bem iluminados, boa localização das zonas comerciais/autógrafos. Exteriormente, a localização não me parece ser das melhores. Para quem não se deslocar em automóvel, chegar ao festival não é tarefa fácil, principalmente se tiver a chover. Parece que a organização iria colocar à disposição dos visitantes um vai-vém para assegurar a ligação entre o Fórum e as estações de metro da Falagueira, Alfornelos e a estação de comboios da Reboleira. Confesso que não se já está a funcionar.

Nota negativa vai para incompreensivel falha que é a falta do programa do festival para distribuir pelos visitantes. “Talvez para a semana” disse-me a simpática rapariga da recepção. É sem dúvida uma organização “à portuguesa”!

Um festival periférico, num país periférico, numa cidade periférica, numa freguesia periférica”, o director do festival dixit, já se faz sentir ao nível dos visitantes. Das 17 às 19 horas, assim por alto, e não deviam estar mais de cem visitantes em todo o espaço do festival.

Se por um lado, não abona nada de bom em favor do festival, por outro lado, para os bedéfilos era extremamente fácil visitar as exposições e/ou obter autógrafos. Curioso é como já vamos conhecendo algumas caras, apenas porque ano após ano repetimos a presença no FIBDA. Fico com a triste sensação que somos sempre os mesmos e que novos leitores não há.

Como não podia deixar de ser, na zona dos autógrafos, os autores que monopolizavam as atenções eram da escola franco-belga (porque será?), nomeadamente Frank Giroud, autor do projecto “O Decálogo” (editado em Portugal pela ASA) e Lucien Roolin, desenhador do VIII volume desta colecção. O José Carlos Fernandes, como habitualmente, destacava-se entre os autores portugueses. Todos estes autores repetem a presença amanha (Domingo).

De novidades, não vi nada de novo por parte da ASA (falha ou o festival não são três dias?), mas em compensação as novas editoras, a BdMania e KingPinComics, parece-me que não se podiam queixar da afluência aos seus stands.

Como toda a acção se passou na zona comercial, não tive oportunidade de visitar o espaço das exposições. Fica marcada visita para amanha e se possível com algumas fotos.

18 outubro, 2006

FIBDA’2006 (6) – Lançamentos

A poucos dias do início do 17º FIBDA, já se encontra disponível o programa dos lançamentos a decorrer durante o festival. O maior destaque vai para o (re)nascimento da editora Devir, que após uma longa ausência regressa com dois lançamentos agendados:

- “Homem-Aranha e Gata Negra/Novos X-Men 8 Final”
- ”Black Box Stories – Volume 1 (Tratado de Umbrografia)” de JC Fernandes

De realçar, o aparecimento da nova editora KingPinComics, com também dois novos lançamentos:

- “Super Pig n.º 1”
- “C.A.O.S. Livro Um”


O programa completo dos lançamentos pode ser conferido na imagem abaixo, enquanto o programa completo das festas pode ser consultado aqui.

Photobucket - Video and Image Hosting

16 outubro, 2006

Tex Willer

É o nome de um novo blogue de banda desenhada, que prima pela originalidade pelo facto de, tal como o nome indica, só tratar exclusivamente de Tex Willer, uma personagem do western americano, que apareceu pela primeira vez em 1948, pela dupla italiana Giovanni Luigi Bonelli (argumento) e Aurelio Gallepini (desenho).

O facto de não existir qualquer publicação regular editada em Portugal sobre esta personagem, não foi impedimento para os autores deste blogue em criar um espaço de divulgação das aventuras de Tex Willer em português. Os votos que a vossa paixão consiga contagiar alguma editora lusa!

15 outubro, 2006

“300” na BD vs. Cinema

Já aqui foi referido o lançamento oficial do trailer de "300". Na sequência desse lançamento houve quem se desse ao trabalho de fazer uma comparação entre o desenho original da bd e algumas das cenas do filme. O resultado é que o filme promete ser uma obra-prima da banda desenhada. É simplesmente espantoso e pode ser apreciado aqui

 

Nova editora de BD em Portugal


O assunto já não novo e os rumores são tema de discussão em fóruns da internet. Na sua edição de hoje, o semanário SOL revela numa pequena notícia, do surgimento de uma  nova editora, chamada BDMANIA, que na prática é uma extensão editorial da loja de BD já existente em Lisboa e Porto. Refere ainda que as primeiras apostas vão para os super-herois da Marvel, não identificando personagens nem séries, e para o anti-heroi Groo, do autor espanhol Sérgio Aragonês. Para já nada é definitivo e certezas, se calhar, só mesmo durante o FIBDA. Mas onde há fumo….

Nova editora de BD em Portugal


O assunto já não novo e os rumores são tema de discussão em fóruns da internet. Na sua edição de hoje, o semanário SOL revela numa pequena notícia, do surgimento de uma  nova editora, chamada BDMANIA, que na prática é uma extensão editorial da loja de BD já existente em Lisboa e Porto. Refere ainda que as primeiras apostas vão para os super-herois da Marvel, não identificando personagens nem séries, e para o anti-heroi Groo, do autor espanhol Sérgio Aragonês. Para já nada é definitivo e certezas, se calhar, só mesmo durante o FIBDA. Mas onde há fumo….

10 outubro, 2006

FIBDA'2006 (5)

"O 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA), que começa dia 20, vai privilegiar as «periferias» da nona arte, afirmou hoje o director do FIBDA, Nelson Dona.

Intitulada «17 graus periféricos e o resto do mundo», a edição deste ano do festival exclui a banda desenhada predominante anglo-americana e franco-belga e dá lugar a artistas de outros pontos do planeta como a América Latina ou o mundo árabe.

«Somos um festival periférico numa cidade periférica, portanto há que tirar partido disso e chamar as periferias para o festival», sublinhou Nelson Dona na apresentação oficial do FIBDA 2006.

Numa das exposições centrais do FIBDA serão divulgados autores de cerca de 20 países da América Latina, entre os quais Alberto Breccia, Quino, Carlos Trillo e Carlos Casalla.

De África serão apresentadas obras de países como Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Moçambique, Togo e Madagáscar, e do mundo árabe é revelada banda desenhada da Argélia ou de Tunísia.

Os países de Leste também estão representados no FIBDA com autores da Albânia, Croácia, Hungria, Roménia, Sérvia e Bulgária.

Haverá espaço ainda para a nova «mangá» (banda desenhada japonesa) e para a banda desenhada vinda de Espanha, através de David Rubim, Ángel de la Calle e Lorenzo Gómez.

Sendo a 17ª edição, o FIDBA seleccionou trabalhos de 17 autores portugueses pós-1960, para uma mostra de banda desenhada nacional que inclui autores como João Fazenda, Alain Corbel, Nuno Saraiva, Rui Lacas, Ricardo Ferrand, Miguel Rocha ou Filipe Abranches, que desenhou o cartaz do FIBDA.

Este ano o festival volta a mudar de lugar, com o núcleo central a decorrer em dois pisos de estacionamento do Fórum Luís de Camões, na Brandoa, Amadora.

No total é uma área expositiva de 3.500 metros quadrados, um espaço amplo que, segundo Nelson Dona, deverá ser a casa do FIBDA nos próximos anos.

Apesar das «limitações ao nível orçamental», como alertou hoje o presidente da autarquia, Joaquim Raposo, o orçamento do FIBDA aumento de 174 mil euros para 250 mil euros, mas a contabilização de custos finais ainda não está fechada.

Nelson Dona afirmou que «não haverá grandes estrelas do mundo anglo-americano ou franco-belga» presentes do festival. (sublinhado meu)

Destaque para a presença no primeiro fim-de-semana do FIBDA do francês Frank Giroud, autor do argumento e coordenador do projecto «Decálogo», com dez tomos desenhados por vários artistas e cujos originais estarão expostos no festival.

Maurício de Souza, autor da «Turma da Mónica», repete presença no FIBDA, estando também confirmados, entre outros, Lorenzo Gomez, JP Stassen, Ángel de la Calle, Sérgio Salma, Frédéric Boilet e Lailson Cavalcanti.

A organização do festival atribui anualmente oito prémios em áreas como álbum português e estrangeiro, argumento, desenho e fanzine.

Para melhor álbum português competem «História de Faro em BD», de José Garcês, «Morgana e o Poço Misterioso», de José Abrantes, «O Leitão Azul», de Pedro Leitão, Salazar, «Agora na hora da sua morte», de Miguel Rocha e João Paulo Cotrim, e «Super heróis da História de Portugal vol II», de António Gomes de Almeida e Artur Correia.

Para melhor álbum estrangeiro concorrem sete obras: «A Conspiração», de Will Eisner, «Blacksad», de Canales e Guarnido, «Bórgia, tomo 1», de Manara e Jodorowsky, «Cidade de Vidro», de Paul Auster, Paul Karasik e Mazzucchelli e «O Senhor Texugo e a Senhora Raposa», de Brigitte Luciani e Eve Tharlet.

Além das exposições no Fórum Luís de Camões, o FIBDA terá outras exposições na galeria municipal Artur Bual, Roque Gameiro, Centro Nacional de Banda Desenhada, Estação de Metro Amadora-Este e Recreios da Amadora.

A um ano de atingir a maioridade, o 17º Festival Internacional de Banda Desenhada na Amadora decorrerá de 20 de Outubro a 5 de Novembro."

in Diário Digital / Lusa

O Estado da Arte

Comecei hoje uma relação de colaboração com o portal BDesenhada.com. Para além de continuar com as "notas", serei também o responsável pela coluna editorial “O Estado da Arte”, onde escreverei crónicas sobre o panorama bedéfilo português. Acredito que matéria não me faltará, só espero que inspiração e tempo também não.

A dez dias do início do 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, a primeira crónica, que versa precisamente sobre o FIBDA, já pode ser lida aqui.

07 outubro, 2006

DVD “Uma História de Violência”

Ontem no cinema, hoje em dvd. Talvez um dos filmes do ano, mas seguramente um dos melhores que vi este ano, “Uma História de Violência” de David Cronenberg, baseado na graphic novel “A History of Violence” de John Wagner (argumento) e Vince Locke (arte), já se encontra disponível em venda directa.

Apesar de ser bastante mais suave que o livro, o filme conta a história de Tom Stall, um pacato comerciante e chefe de família que um dia se vê confrontado com um passado que quis esquecer e que obriga a reagir, é um filme de emoções e limites humanos. Até onde pode um homem ir para se proteger a si e aos seus?

Talvez pelo facto do realizador, desconhecer aquando da entrega do guião, que se tratava de uma adaptação de uma banda desenhada, possibilitou que a abordagem se centrasse nas personagens, nos seus conflitos e consequências. “Uma História de Violência” é um excelente registo de cinema. Obrigatório na nossa videoteca.

28 setembro, 2006

A Jóia da Coroa

Entre todas as peças que compõem uma colecção, hás sempre uma quer seja pelo seu valor monetário ou sentimental, o coleccionador considera como sendo a sua Jóia da Coroa. Pode-se definir como aquela que em caso de incêndio é a primeira a ser salva. A minha chegou esta semana pelo correio.

Chama-se “Aventuras do Homem-Aranha” e é uma colecção de 44 revistas, no formato 165x235, publicadas entre 1978 e 1981 pela saudosa Agência Portuguesa de Revistas. As histórias são do período “bronze age of comic books”, quando as aventuras do Homem-Aranha tinham conteúdo e estavam a anos-luz das porcarias que actualmente se publicam, como por exemplo, “The Other” ou “Civil War”.

Lembro-me de ter lido relido centenas de vezes estas revistas quando tinha 7, 8 anos de idade. Posso dizer que o meu fascínio pela banda desenhada começou aqui e pelo Homem-Aranha também. Agora, passados 28 anos, e após muita procura, recupero esta colecção, que se já se encontra orgulhosamente arrumada na prateleira central da minha estante. E o preço que paguei? Bem, o problema do dinheiro não é quando se gasta em gajas, copos ou bd; é quando se gasta de forma estúpida!

E com esta colecção fecho a loja. Possuo todas as colecções do Homem-Aranha publicadas em Portugal até à data, com excepção das publicadas pela Abril/Controljornal.

E você caro leitor qual é a sua Jóia da Coroa?

A Jóia da Coroa

Entre todas as peças que compõem uma colecção, hás sempre uma quer seja pelo seu valor monetário ou sentimental, o coleccionador considera como sendo a sua Jóia da Coroa. Pode-se definir como aquela que em caso de incêndio é a primeira a ser salva. A minha chegou esta semana pelo correio.

Chama-se “Aventuras do Homem-Aranha” e é uma colecção de 44 revistas, no formato 165x235, publicadas entre 1978 e 1981 pela saudosa Agência Portuguesa de Revistas. As histórias são do período “bronze age of comic books”, quando as aventuras do Homem-Aranha tinham conteúdo e estavam a anos-luz das porcarias que actualmente se publicam, como por exemplo, “The Other” ou “Civil War”.

Lembro-me de ter lido relido centenas de vezes estas revistas quando tinha 7, 8 anos de idade. Posso dizer que o meu fascínio pela banda desenhada começou aqui e pelo Homem-Aranha também. Agora, passados 28 anos, e após muita procura, recupero esta colecção, que se já se encontra orgulhosamente arrumada na prateleira central da minha estante. E o preço que paguei? Bem, o problema do dinheiro não é quando se gasta em gajas, copos ou bd; é quando se gasta de forma estúpida!

E com esta colecção fecho a loja. Possuo todas as colecções do Homem-Aranha publicadas em Portugal até à data, com excepção das publicadas pela Abril/Controljornal.

E você caro leitor qual é a sua Jóia da Coroa?

24 setembro, 2006

O regresso de Michel Vaillant

Durante todas as Segundas-Feiras do próximo mês de Outubro, o semanário AutoSport vai publicar cinco novos álbuns das aventuras de Michel Vaillant, famoso herói da banda desenhada franco-belga, criado em 1957, por Jean Graton. Assim, de 2 a 30 de Outubro, com o jornal, cada álbum custará a módica quantia de € 4,90.

O AutoSport repete-se mais uma vez esta excelente iniciativa, cuja mais-valia para os leitores portugueses, para além do preço é o facto de serem publicações inéditas em Portugal.


Os títulos, com as respectivas datas de publicação, são os seguintes:

- 2 Outubro - A PISTA DE JADE
- 9 Outubro - PADDOCK
- 16 Outubro - O SPONSOR
- 23 Outubro - 1000.000.000$ PARA STEVE WARSON
- 30 Outubro - POR DAVID

19 setembro, 2006

Álbum do Fantasma

Alguns dias depois de aqui ter escrito sobre o Fantasma, tive a sorte de comprar num leilão on-line, um álbum (ver imagem) que relata a infância do herói (argumento de Lee Falk e desenhos de Wilson McCoy). A história que nos mostra a educação do Fantasma e o seu primeiro encontro com Diana Palmer, embora cronologicamente seja a primeira aventura do Fantasma, é narrada no presente, em jeito de flash-back.

O álbum, cartonado com a capa plastificada, é uma edição brasileira datada de 1979, da editora Brasil-América (EBAL), sendo o primeiro de uma colecção de cinco números,.

Os restantes quatro reproduzem a primeira história publicada originalmente em 1936, intitulada “Os Piratas Singh” (“The Singh Brotherhood” no original).

Uma excelente colecção, até porque cá em Portugal não se edita nada disto. Altamente recomendável !

Posteriormente, uma volta por alguns alfarrabistas de Lisboa e ainda consegui arranjar os n.ºs 2 e 3, ficando-me a faltar os n.ºs 4 e 5 para completar a colecção. Se porventura algum leitor estiver interessado em vender, deste lado há alguem interessado em comprar. O contacto pode ser feito para a caixa de notas, no topo da coluna aqui ao lado.

Álbum do Fantasma

Alguns dias depois de aqui ter escrito sobre o Fantasma, tive a sorte de comprar num leilão on-line, um álbum (ver imagem) que relata a infância do herói (argumento de Lee Falk e desenhos de Wilson McCoy). A história que nos mostra a educação do Fantasma e o seu primeiro encontro com Diana Palmer, embora cronologicamente seja a primeira aventura do Fantasma, é narrada no presente, em jeito de flash-back.

O álbum, cartonado com a capa plastificada, é uma edição brasileira datada de 1979, da editora Brasil-América (EBAL), sendo o primeiro de uma colecção de cinco números,.

Os restantes quatro reproduzem a primeira história publicada originalmente em 1936, intitulada “Os Piratas Singh” (“The Singh Brotherhood” no original).

Uma excelente colecção, até porque cá em Portugal não se edita nada disto. Altamente recomendável !

Posteriormente, uma volta por alguns alfarrabistas de Lisboa e ainda consegui arranjar os n.ºs 2 e 3, ficando-me a faltar os n.ºs 4 e 5 para completar a colecção. Se porventura algum leitor estiver interessado em vender, deste lado há alguem interessado em comprar. O contacto pode ser feito para a caixa de notas, no topo da coluna aqui ao lado.

DVD "V de Vingança"

Já se encontra disponível em dvd, o filme “V de Vingança”, a adaptação da graphic novel “V for Vendetta” de Alan Moore (argumento) e David Lloyd (desenho), realizado por James Mcteigue, com Natalie Portman/”Evey” e Hugo Weaving/”V” nos principais papéis.
Como todas as adaptações de bd para o cinema, também esta sofre da dificuldade em se manter fiel à matriz original. No entanto, o argumento, apesar de condensar a história, consegue manter toda carga subversiva que transpira do livro, conservando assim a identidade da obra original, o que cria um filme que vale por si só.

A história de um misterioso mascarado que tenta tentar abolir um regime totalitário é visualmente espectacular, ou não fossem os argumentistas, os irmãos Wachowski (da trilogia Matrix). Com uma boa realização e excelentes interpretações, o filme funciona como um despertar para a obra de Alan Moore.

No mercado nacional, foram lançadas três edições, a normal, uma especial e uma de coleccionador, com preços que variam entre € 19,95 e € 26,95 (na FNAC, passe a publicidade). A edição de coleccionador (deluxe) vem com dois discos numa caixa metálica, sendo um deles só de extras, acompanhada de um pequeno comic book com os primeiros nove capítulos da história.

Não obstante o preço (sempre elevado), é daquelas adaptações de bd que não envergonham, o que o torna um filme obrigatório na videoteca de qualquer bedéfilo que se preze.