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01 novembro, 2005

FIBDA (2)

Passou-se mais um fim-de-semana [29 e 30/Outubro] de FIBDA. Mantêm-se a tendência. Ar muito abafado compensado pela falta de público. Se a primeira situação é já uma imagem de marca do FIBDA na sua versão 'estação de Metro'; a segunda situação é mais preocupante. Não conheço os números oficiais de visitantes, mas pela observação ‘in loco’ verifico que há quase tanto público como ‘pessoal com cartão’ (organização/comunicação social/editores/autores/distribuidores de BD – riscar o que não interessa). Talvez as causas passem pela falta de uma aposta forte em publicidade ou pela ausência de autores conhecidos do grande público e/ou publicados em língua portuguesa. Talvez! As sessões de autógrafos continuam em grande! Destaco pela positiva o Cameron Stewart e os seus n desenhos de Catwoman (ver foto) e o espanhol Max com o seu Peter Punk; pela negativa, o destaque vai para a pouca disponibilidade de JP Bramanti (da série Mccay ainda não editada em Portugal) e para Jo-El Azara e o seu Taka ‘Banzai’ Takata pelo facto de apenas assinar nos seus álbuns. E aqui vai a minha critica para as Edições ASA. A sua política de proibir os autores seus convidados de desenhar/assinar em folhas em branco é completamente estúpida. Será que é para vender “à força” mais meia-duzia de álbuns? Ainda por cima, o autor Jo-El Azara apenas tem um álbum publicado em língua portuguesa. Com politicas destas e a banda desenhada em Portugal dificilmente chegará a um universo muito grande de pessoas! Bastava olharem para o lado e verem a enorme fila para os autógrafos de José Carlos Fernandes (editado pela DEVIR) para perceberem que o caminho que seguem não é o correcto. Nota negativa para a ASA! No Domingo, houve o lançamento de uma nova revista de bd. A revista SKETCHBOOK é um projecto que visa apoiar/divulgar/dar a conhecer jovens autores, “promessas” da bd portuguesa. Excelente inciativa. Em cada número sairá duas histórias feitas por diferentes autores. No primeiro, encontramos as histórias: “A parede, apenas um problema” da autoria da jovem dupla composta por João Martins (vencedor dos concursos Jovens Talentos 2005 e do FIBDA 2005) e Nikolai Nekh (ilustrador freelancer) e “Hunter” com a assinatura de Daniel Maia. Oficialmente, a revista apenas sairá em Dezembro, em lojas/livrarias especializadas a anunciar, terá uma periodicidade trimestral e custará cerca de 2,50€. A presença de todos estes autores no dia de lançamento da revista, levou à 'caça ao autógrafo' dos jovens autores, ao esgotamento do stock de revistas disponível nesse dia e eu ganhei um magnifíco desenho do caçador “Hunter” do Daniel Maia (ver foto). O Daniel Maia aproveitou mesmo para anunciar o seu proximo livro [pode-se ler aqui] e divulgar o seu site [link]. Votos de sucesso! Para mim a mais-valia deste festival tem sido mesmo o contacto com os autores portugueses. Já nem falo de JCF, cujo quinto volume da “Pior Banda do Mundo” já saiu, porque este já é sobejamente conhecido, mas sim de autores como Jorge Coelho (excelente traço), Ricardo Ferrand, Miguel Rocha ou Daniel Maia. Confesso que alguns não os conhecia (mea culpa), mas também para isso é que existem os festivais, certo? Quanto às exposições, confesso que ainda não as vi todas. Das que vi gostei dos desenhos humorísticos de José Abrantes. Mas após hora, hora e meia a suar nas filas para autógrafos, confesso que a única coisa que desejo depois é ar fresco. Mas vou ter arranjar disposição, até porque as pranchas originais de Little Nemo, de Windsor McKay são obrigatórias!

2 comentários:

  1. Boa noite.
    Eu também estive no FIBDA e estou de acordo que havia poucas pessoas para além dos habituais, dos que vão a todas, da BD.
    Na verdade volto a dizer que acho que a divulgação do festival foi muito fraca ou nenhuma, e também poucas pessoas estão dispostas ao ambiente de sauna que existe no festival.
    Eu fui no Domingo à hora de almoço e ainda consegui ver quase todas as exposições, mas depois, apesar de ter ido prevenido com uma T-shirt, não aguentei o calor.
    Achei as exposições melhores que no ano passado, mas achei que a área comercial está bastante pior que nos outros anos, pois está reduzida a um corredor sem saída.
    A excepção é a ASA vá-se lá saber porquê!!!!!
    Já que falo na ASA, e apesar de estar de acordo consigo que os autógrafos devemos ser nós a pedir onde os queremos e não a Exmª Srª Maria José Pereira a dizer como é, esclareço que lá fora à semelhança do Forum BD os autores só autografam livros, pois os autógrafos em folhas em branco são vendidos na Internet por preços exorbitantes, em especial se não tiverem dedicatória.
    No próximo fim de semana lá estarei para mais duas sessões de sauna.
    Um abraço

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  2. Eu também tive a feliz opotunidade de ver o fantástcico Daniel Maia em acção. Desenhou-me (e muito, diga-se de passagem) a personagem Homem Aranha.
    O Hunter que está aí também é muito. Aliás, desde Domingo que o Daniel passou para o meu Top 5 de Autores favoritos. Que a nova editora dure para sempre (já que eu vou adorar seguir as aventuras de Pão de Law).
    Viva à BD Portuguesa!!!!

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