Acabou-se o 16º FIBDA. Tempo de balanço. Na minha opinião, houve coisas que correram bem e coisas que correram mal. Como em tudo na vida. Aqui ficam as impressões sobre o evento:
O BOM do festival foi sem margem de dúvida, as sessões de autógrafos. Apesar da confusão gerada no último fim-de-semana nas filas para os autores da escola franco-belga ("listas de chegada", "listas desaparecidas" "listas fechadass"), a ‘colheita’ de desenhos/autógrafos foi bastante positiva. Gostava de destacar os autores da escola americana (acessíveis e conversadores), entre os quais Cameron Stewart (Catwoman) e Liam Sharp (Spawn), os autores da escola franco-belga, Gibrat e Boucq (Bouncer) e entre os autores da escola portuguesa, o grande José Carlos Fernandes (nunca me canso de o elogiar), o Daniel Maia e o desconhecido mas com um excelente 'traço' o Jorge Coelho. Algumas das exposições também foram uma mais-valia. Destaco a exibição das pranchas originais de Little Nemo de Windsor McKay, os “30 anos de carreira de José Abrantes” e “O Sonho na BD portuguesa”. O lançamento de uma nova revista de bd portuguesa, a SKETCHBOOK (já referida aqui) é uma das notas positivas.
O MAU do festival é sem dúvida a organização. Uma fraca aposta na divulgação do evento trouxe muito pouco público. Alguns dos autores presentes estavam completamente fora da nossa realidade bedefila. Uns apenas tinham um álbum editado em português, outros nem isso. Talvez por causa disso, não estranhou o facto dos autores mais concorridos serem os convidados de editoras/lojas de comics. O sítio central do festival é claustrofóbico (volta Fábrica da Cultura, estás perdoada!). Nos dois primeiros fins-de-semana esteve um calor insuportável. Várias exposições estavam dispersas por salas escondidas em corredores labirínticos. Depois temos a velha questão do não cumprimento de horários nas sessões de autógrafos. Atrasos e mais atrasos e o Sean Phillips teve disponível apenas 40 minutos no Domingo.
Ao nível dos lançamentos por parte das editoras, mais uma vez não houve grandes novidades. Relativamente à bd fraco-belga (a minha preferida), a editora ASA limitou-se a editar três ou quatro álbuns, mas só porque estavam presentes alguns dos autores (Jo-El Azara, Vittorio Giardino e François Boucq). Salva-se apenas o quarto volume da série Bouncer. A DEVIR deu início ao evento 'Evolução' com a publicação do livro "Homem-Aranha: Metamorfose" e cumpriu com o seu programa de lançamentos, tudo baseado em comics americanos, ou seja, nada de extraordinário e de resto pouco mais se viu. Como sempre uma fraca aposta dos nossos editores em feiras e festivais. É o reflexo perfeito do nosso panorama bedefilo.
Depois temos a questão dos preços dos albuns e revistas. Três editoras, uma livraria e três ou quatro lojas especializadas em comics/manga e neste festival, não se praticam preços de festival. São preços de livraria e está tudo dito! Falta se calhar uma feira de bd em 2ª mão ou a presença de alfarrabistas!
O VILÃO do festival foi sem dúvida a tradutora Maria José Pereira das edições ASA. É impressionante a simpatia (falta de), a educação (falta de) e a arrogância (bastante) desta senhora. Inicialmente, pensava que o ‘problema’ era meu, mas depois de algumas conversas de circunstância com outros visitantes, apercebi-me que o sentimento é generalizado (confesso que fiquei mais aliviado!). Esta senhora põe e dispõe dos autores, onde é que assina, como é que assina. Acresce o incumprimento de horários (a critica mais uma vez) por parte dos autores desta editora que leva a que os compradores dos álbuns passem horas em filas por causa de um desenho e depois vem a desconsideração total da D. Maria (com pressa para apanhar o comboio, provavelmente) ao sugerir aos autores que assinem os álbuns em vez de os desenharem!!! Será que não a podemos meter num comboio a caminho do Uzbequistão?
Bem, apesar de tudo, fiquei com a sensação que a edição deste ano foi bastante melhor do que a do ano passado, o que significa um esforço para melhorar, mas ainda estamos longe do óptimo. Ficam as fotos e é tudo. Para o ano esperemos que haja mais e melhor!!!
O BOM do festival foi sem margem de dúvida, as sessões de autógrafos. Apesar da confusão gerada no último fim-de-semana nas filas para os autores da escola franco-belga ("listas de chegada", "listas desaparecidas" "listas fechadass"), a ‘colheita’ de desenhos/autógrafos foi bastante positiva. Gostava de destacar os autores da escola americana (acessíveis e conversadores), entre os quais Cameron Stewart (Catwoman) e Liam Sharp (Spawn), os autores da escola franco-belga, Gibrat e Boucq (Bouncer) e entre os autores da escola portuguesa, o grande José Carlos Fernandes (nunca me canso de o elogiar), o Daniel Maia e o desconhecido mas com um excelente 'traço' o Jorge Coelho. Algumas das exposições também foram uma mais-valia. Destaco a exibição das pranchas originais de Little Nemo de Windsor McKay, os “30 anos de carreira de José Abrantes” e “O Sonho na BD portuguesa”. O lançamento de uma nova revista de bd portuguesa, a SKETCHBOOK (já referida aqui) é uma das notas positivas.
O MAU do festival é sem dúvida a organização. Uma fraca aposta na divulgação do evento trouxe muito pouco público. Alguns dos autores presentes estavam completamente fora da nossa realidade bedefila. Uns apenas tinham um álbum editado em português, outros nem isso. Talvez por causa disso, não estranhou o facto dos autores mais concorridos serem os convidados de editoras/lojas de comics. O sítio central do festival é claustrofóbico (volta Fábrica da Cultura, estás perdoada!). Nos dois primeiros fins-de-semana esteve um calor insuportável. Várias exposições estavam dispersas por salas escondidas em corredores labirínticos. Depois temos a velha questão do não cumprimento de horários nas sessões de autógrafos. Atrasos e mais atrasos e o Sean Phillips teve disponível apenas 40 minutos no Domingo.
Ao nível dos lançamentos por parte das editoras, mais uma vez não houve grandes novidades. Relativamente à bd fraco-belga (a minha preferida), a editora ASA limitou-se a editar três ou quatro álbuns, mas só porque estavam presentes alguns dos autores (Jo-El Azara, Vittorio Giardino e François Boucq). Salva-se apenas o quarto volume da série Bouncer. A DEVIR deu início ao evento 'Evolução' com a publicação do livro "Homem-Aranha: Metamorfose" e cumpriu com o seu programa de lançamentos, tudo baseado em comics americanos, ou seja, nada de extraordinário e de resto pouco mais se viu. Como sempre uma fraca aposta dos nossos editores em feiras e festivais. É o reflexo perfeito do nosso panorama bedefilo.
Depois temos a questão dos preços dos albuns e revistas. Três editoras, uma livraria e três ou quatro lojas especializadas em comics/manga e neste festival, não se praticam preços de festival. São preços de livraria e está tudo dito! Falta se calhar uma feira de bd em 2ª mão ou a presença de alfarrabistas!
O VILÃO do festival foi sem dúvida a tradutora Maria José Pereira das edições ASA. É impressionante a simpatia (falta de), a educação (falta de) e a arrogância (bastante) desta senhora. Inicialmente, pensava que o ‘problema’ era meu, mas depois de algumas conversas de circunstância com outros visitantes, apercebi-me que o sentimento é generalizado (confesso que fiquei mais aliviado!). Esta senhora põe e dispõe dos autores, onde é que assina, como é que assina. Acresce o incumprimento de horários (a critica mais uma vez) por parte dos autores desta editora que leva a que os compradores dos álbuns passem horas em filas por causa de um desenho e depois vem a desconsideração total da D. Maria (com pressa para apanhar o comboio, provavelmente) ao sugerir aos autores que assinem os álbuns em vez de os desenharem!!! Será que não a podemos meter num comboio a caminho do Uzbequistão?
Bem, apesar de tudo, fiquei com a sensação que a edição deste ano foi bastante melhor do que a do ano passado, o que significa um esforço para melhorar, mas ainda estamos longe do óptimo. Ficam as fotos e é tudo. Para o ano esperemos que haja mais e melhor!!!
Olá boa noite
ResponderEliminarNo Domingo estive duas vezes no FIBDA. Logo de manhã para ir pela fresca e ao fim da tarde para curtir o ambiente....
Voltei a verificar que tal como já tinha dito a Dª Maria José Pereira è inqualificável....
Esquece que é ela que tem de cativar os possíveis compradores e não nós que temos de agradecer o que ela publica.
Não perco mais tempo a escrever sobre esta pessoa!
Quanto ao salão, peço desculpa ao autor do blog, mas achei as exposições melhores que o ano passado, e apesar de também preferir a BD franco-belga, cada vez tenho mais respeito pelos autores da escola americana.
Inclusivé estive a falar com Ed Brubaker que foi super atencioso e muito bem disposto.
Quanto ao Zé Carlos, enquanto esteve a desenhar um autógrafo, estivemos a debater o que devia ser feito para melhorar a parte comercial do Festival, pois os autores de BD e da literatura em geral vivem é da venda de livros!!
Mas a área comercial deste Festival foi uma desgraça, e creio mesmo que foi a pior dos últimos anos.
Esperemos que já estejam a trabalhar para que a edição do próximo ano seja melhor, e que não seja apenas um mês antes, que à boa maneira portuguesa se vá fazer tudo à pressa.
Um abraço a todos os amantes de BD.
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