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11 abril, 2007

Cinema: "300"

Sendo certamente um dos filmes mais aguardados do ano, por parte da comunidade bedéfila, devo começar dizer que “300” de Zack Snyder superou largamente as expectativas que eu depositava.

O filme não sendo complexo, dá-nos uma visão crua de um importante acontecimento da História Universal, onde a defesa do “berço” da democracia passou por um choque de culturas, consubstanciado na violenta Batalha (no desfiladeiro) das Termópilas, ocorrida em 480 a.C., onde a coragem e o espírito de sacrifício de um grupo de trezentos soldados espartanos liderados pelo Rei Leonidas (interpretado magnificamente por Gerard Butler) conseguiu infringir um elevado número de baixas no poderoso e numeroso exército do Imperador Xerxes, atrasando de forma irremediável a entrada deste na Grécia e impedindo desta forma a expansão persa na Europa.

Apesar da ficção subjacente aos acontecimentos históricos narrados, visualmente o filme é de uma beleza irrepreensível, muito por força da técnica CGI desenvolvida por Robert Rodriguez, que tão bom resultado deu em “Sin City” (do mesmo autor), e da vontade do realizador em honrar o desenho e as cores originais, o argumento consegue, sem desvirtuar, enquadrar na história os valores e o funcionamento da sociedade espartana, tornando deste modo a obra de Frank Miller bastante mais perceptível e completa.

Como complemento recomendo a leitura da ‘graphic novel’ (já editada em Portugal) que deu origem ao filme.

Ocupando grande parte do filme, as sequências de combate, impecavelmente coreografadas, filmadas com recurso ao “slow-motion” criam um excelente efeito de prolongamento da imagem, que transforma cada cena de acção como se uma sequência de desenhos se tratasse. O filme vale pela imagem, mas tratando-se de uma adaptação de BD, o resultado é perfeito.

Perante isto, só me resta acrescentar que vi uma obra-prima no que a adaptações de BD ao cinema diz respeito, pelo que só posso atribuir a nota máxima a “300”!

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