O jornal Público começa no próximo dia 16 Janeiro, em parceria com as edições ASA, (mais) uma colecção semanal de banda desenhada, desta vez dedicada a várias personagens, vários autores, vários estilos, abrangente dos vários géneros da bd franco-belga. A colecção, repartida por dez álbuns duplos, com um custo de € 6,90 cada, traz-nos autores como Rosinski, Van Hamme, Zep, Guarnido, Canales, Tabary, Goscinny, Bilal, Marini, Desberg, Gibrat, Pellejero, Zentner, Prado, Bess e Jodorowski.
Rosinski e Van Hamme/"Thorgal – O Filho das Estrelas" + "Thorgal – Alinoë"/96 páginas, a 16-01-2008
Zep/"Titeuf – As Miúdas Ficam Banzadas" + "Titeuf – N’é Nada Justo"/96 páginas, a 23-01-2008
Guarnido e Canales/"Blacksad – Algures entre as Sombras" + "Blacksad – Artic Nation"/104 páginas, a 30-01-2008
Tabary e Goscinny/"Iznougoud vê estrelas" + "Iznougoud e o computador mágico"/96 páginas, a 06-02-2008
Bilal/"A Feira dos Imortais" + "O Sono do Monstro"/120 páginas, a 13-02-2008
Marini e Desberg/"A Estrela do Deserto" (2 capítulos)/120 páginas, a 20-02-2008
Gibrat/"Destino Adiado" (2 capítulos)/112 páginas, a 27-02-2008
Pellejero e Zenter/"Âromm – Destino Nómada" + "Âromm – Coração da Estepe"/96 páginas, a 05-03-2008
Prado/"A Vida é um delírio"/96 páginas, a 12-03-2008
Bess e Jodorosky/"O Lama Branco – O Primeiro Passo" + "O Lama Branco – A Segunda Visão", a 19-03-2008
Nota adicional:
Saúdo o lançamento desta colecção mas lamento a oportunidade perdida para lançar histórias inéditas em Portugal. Não obstante a (re)publicação de autores como Rosinski, Bilal e Gibrat ou histórias como “Thorgal”, “Blacksad” e “A Estrela do Deserto”, a verdade é que para os habituais leitores de bd franco-belga, estes autores e álbuns há muito que constam nas respectivas colecções. Sendo assim, até pelo baixo preço proposto, sinto que estou perante uma colecção que visa essencialmente escoar stocks da ASA, pelo que o publico-alvo será aquele que não conhece/não compra este género de banda desenhada. Será que resulta? Não quero com isto minimizar esta iniciativa, até porque reconheço que o jornal Público é dos poucos órgãos de comunicação social que em Portugal ainda vai contribuindo para a divulgação da banda desenhada (lembro as colecções “Corto Maltese”, “Tintin” e “Spirou”), mas não são estas (re)edições que ajudam ao mercado bedéfilo português. Assim, da minha parte, provavelmente farei depender a compra de alguns álbuns em função da respectiva qualidade da edição.
Acho sinceramente que estas iniciativas são de louvar sem qualquer "mas" ou "apesar de".
ResponderEliminarO mercado português de bd não evolui exactamente porque subsiste à custas dos "habituais leitores", um nicho que rapidamente se assusta com os cerca de 15 euros que custa um álbum de bd franco-belga. Nesse sentido, acho que é por demais importante dar a possibilidade de novos leitores terem acesso aos livros com preços mais baratos. E se for para escoar stocks (desde que não estejam em más condições) ficam todos a ganhar: editora, jornal e consumidor. É utópico pensar que um jornal/editora poderia oferecer colecções novinhas em folha a metade do preço só porque dava mesmo jeito aos "habituais leitores". E acredito sinceramente que muitos leitores de bd, como eu, apenas muito esporadicamente compram álbuns de bd franco-belga devido exactamente aos preços que se praticam. De todos os livros da lista do Público só tenho um: "Blacksad – Algures entre as Sombras", por isso, irei concerteza agradecer esta oportunidade e esperar que se lembrem de fazer muitas mais!
Peço desculpa pelo discurso mas chateia-me ver este lado "tuga" que teima em vir ao de cima numa crítica. Duas palavras de aprovação e 11 linhas de cascanço! Se ainda fosse uma dissertação sobre os autores escolhidos, as histórias, isso ainda poderia dar aso a uma discussão de opiniões que, isso sim, seria interessante.
Saudações. Fiel leitor.