De acordo com a edição de hoje do jornal, não se trata de um herói nem de uma série (e aqui somam-se as expectativas expectativas frustradas!). A aposta vai para um único álbum, ainda inédito em Portugal: QUATRO?, e é o último volume da Tetralogia do Monstro, de Enki Bilal.
Com esta edição, com data de lançamento no dia 19 de Março próximo, fica assim completa a colecção, que é composta pelos seguintes álbuns:
- Volume 1 – O SONO DO MONSTRO
- Volume 2 – 32 DE DEZEMBRO
- Volume 3 – ENCONTRO EM PARIS
Todos já publicados em Portugal pela ASA, sendo que o primeiro volume foi ainda recentemente editado pelo jornal Público na colecção “Grandes Autores de BD”.
A imagem apresentada é a capa da edição conjunta Publico/ASA e reproduz a capa original da edição francesa.
Esta decisão da Asa é absolutamente ridícula. Tem como objectivo escoar do armazém o amontoado de volumes 2 e 3 da tetralogia. Vão vender-se alguns exemplares a coleccionadores de Bilal, mas é um claro desrespeito pelas livrarias e lojas da especialidade. Lamentável.
ResponderEliminarCaro Cori
ResponderEliminarConcordo. No âmbito da parceria Publico/Asa, esta edição é perfeitamente descabida. Não só porque não respeita o espírito das colecções bedéfilas do Público (por se tratar de álbum único) mas também o preço proposto (€14) me parece excessivo. Depois acresce o facto desta história, para além de não ser de leitura fácil, dirige-se estritamente a um publico-alvo, conhecedor da tetralogia e fã de Bilal. Esta edição constituía sem dúvida um álbum para livrarias e nunca um álbum para distribuição com o jornal!
No quiosque onde costumo parar, no centro de Lisboa, cada vez mais as pessoas não compram os anexos aos jornais, pois o dinheiro não estica...
ResponderEliminarÉ mais um album para aparecer nos saldos, daqui por seis meses.
Labas,Duvido que baixem o preço tão depressa,daqui por 2 ou 3 anos talvez baixem o preço mas em 6 meses duvido muito.
ResponderEliminar"Vão vender-se alguns exemplares a coleccionadores de Bilal, mas é um claro desrespeito pelas livrarias e lojas da especialidade. Lamentável."
Cori,Depende da livraria (apesar de a maior parte nem ligarem muito as bds que la tem) e das lojas especializadas eu conheço uma que nem se vai preocupar com a distribuição em bancas e em outras lojas da especialidade.
E estou totalmente de acordo na parte da venda a quem ja é fa,eu não vou comprar como não comprei o dos volume dos “Grandes Autores de BD”do Publico.
"Não só porque não respeita o espírito das colecções bedéfilas do Público (por se tratar de álbum único) mas também o preço proposto (€14) me parece excessivo."
Totalmente de acordo.
Verbal, peço desculpa por voltar ao mesmo assunto.
ResponderEliminarKitt, a situação das livrarias não ligarem à BD só vai piorar. Este livro Quatro vai chegar às livrarias com uma edição em que a capa é ligeiramente diferente da edição do Público.
Quem vai comprar este livro nas livrarias ? Só vai atrapalhar os livreiros e entopir as prateleiras.
O que pretende a Asa ?
Que se compre o nº2, o nº3, a versão do Público e a versão das livrarias ?
Tudo isto quando nem foi a Asa que editou o nº1 (editou com o Público num volume estranho)?
Tudo isto é, no mínimo, intelectualmente desonesto.
Julgo que esta aberração tem o dedo do próprio Bilal, cuja obra já teve melhores dias.
Como contrapartida da edição do Sono do Monstro na colecção de "Autores da BD", a Asa ficou obrigada a editar o nº 4 no espaço de um ano. Aí está.
Entupir (obstruir), em vez de entopir - lamento o lapso.
ResponderEliminarEsta edição sai no jornal no dia 19 de Março e sai para venda nas livrarias/lojas no dia 2 de Abril. Tratando-se de uma edição quase exclusiva para fâns de Bilal, obviamente que não vai ser uma nova capa que irá potenciar novos compradores. Conforme já tinha escrito no fórum da CC, esta edição justificava-se no formato “integral”.
ResponderEliminarConcordo com o Labas e com o Cori, daqui a seis meses encontra-se a versão “livraria” a preços de saldo numa qualquer feira do livro.
A ASA com a sua politica, cada vez mais, em vez de fazer parte da solução, faz parte do problema!
Já agora, Cori ou qualquer outro visitante: sempre achei bastante salutar a troca de ideias, por isso este espaço está sempre ao dispor para comentários sobre matéria bedéfila, sempre que entenderem.
Abraço
Mas Verbal, a Asa não iria editar um integral, porque tem os volumes 2 e 3 já editados. Aliás, a Asa tem um integral de Bilal editado, a triologia Nikopol, que deve ser um dos melhores livros de BD editados por cá, desde sempre. Só que não tinha nenhum dos álbuns editados (tinham sido editados mas pela Meribérica).
ResponderEliminarOlá Verbal
ResponderEliminarEstava à conversa com alguns estrangeiros sobre Principe Valente e lembrei-me da edição do Manuel Caldas. Procurei informação sobre a edição em inglês e só encontrei o 1º volume mas também vim parar a um antigo post teu.
Sabes como é que essa polémica ficou? Águas de bacalhau como sempre?
Já agora, concordo contigo neste assunto. Pura burrice. Lançassem um integral a um preço simpático com o Público. Editassem o #1 e reeditassem/redistribuissem os restantes exemplares da colecção com o jornal... Lançar assim o nº4 e o pessoal que se amanhe a procurar os outros é que não. Os leitores ocasionais vão ficar a olhar como bois par aum palácio com esta obra algo dificil que tem sido o Bilal nos últimos anos.
@Cori, o facto da ASA já ter editado os volumes 1, 2, 3 e agora o 4, só facilitava a publicação do integral, porque todo o “trabalho de casa “já estaria praticamente feito (traduções, paginação, arranjo gráfico). Era pegar no material e enviar para a gráfica. Sobre o integral “Nikopol”, agradeço a informação até porque desconhecida essa edição! Vou averiguar sobre isso!
ResponderEliminar@DC, desde da polémica separação, não tive conhecimento de mais desenvolvimentos. Não sei se corre algum processo em tribunal. Certo é que a colecção em Portugal ficou parada no volume 7. O Manuel Caldas afastou-se do projecto e o Vilela não parece estar á altura de o levar para a frente em termos qualitativos. A publicação integral das aventuras do Príncipe Valente em português até parecia bom demais para estar acontecer em Portugal!!!
http://www.asa.pt/produtos/produto.php?id_produto=914010
ResponderEliminarAqui a tens Verbal, o integral Nikopol. Edição muito boa mas cara claro.
Verbal, acredito que o trabalho estivesse feito, mas congelaria as vendas dos nº2 e nº3 que estão em armazém. A edição do "Quatro" tem justamente o objectivo de ajudar a escoar (nem que seja a médio prazo)esses livros que poucas vendas tiveram.
ResponderEliminarComo todas as outras coleçoes da Asa com o publico já o volume anterior dos Grandes Autores Bd do Bilal cortado serviu,para isso (e não foi o único cortado) e tambem serve para dar VISIBILIDADE NAS BANCAS A ESSAS OBRAS QUE SÃO COMO UMA MONTRA PARA AS EDIÇÕES DAS LIVRARIAS.
ResponderEliminarPodiam ter aproveitado e publicavam 20 albuns do Ric Hochet. Pena.
ResponderEliminarCumps,
Começando por ordem…
ResponderEliminarObrigado pela referência DC. Se calhar pelo facto de ter os álbuns individuais nunca reparei no integral. Encontrei-o no site da Bertrand ao preço de €35, o que me parece um preço simpático!
Cori, a ASA não faz nada por acaso. Já na colecção “Blake e Mortimer” deixou de fora da colecção com lombada de luxo, o último álbum “O Santuário” por algum motivo foi. Agora tenho algumas dúvidas que esta edição do “Quatro” ajude a escoar o que não se vendeu anteriormente, até porque como já foi dito, este Monstro de Bilal não é de leitura simpática!!!
Kitt, respondido anteriormente.
B, era o que se esperava desta nova colecção do Público é que se seguisse os formatos anteriores, nomeadamente em termos de n.º de álbuns publicados (entre 16 a 20). Eu na “farsa-sondagem” no site do jornal votei no XIII, mas qualquer colecção de FB que incluísse inéditos me satisfazia.
Verbal, se a Asa não conseguir vender mais volumes 2 e 3 (e parece que os vai redistribuir) então a edição de "Quatro" vai servir para meia dúzia de coleccionadores e talvez para cumprir contrato.
ResponderEliminarBilal e Prado tem as suas edições sempre garantidas pela Asa e isso está relaccionado com contratos a cumprir. Certamente.
Só por curiosidade, vejo que consideras a edição dos Blake de luxo. Nisso estou sózinho, sou o único que não gosto das encadernações dos Blake. Acho-as muito Anos 60 (tipo Ibis), o tempo passou. Mas infelizmente acho que o tempo me dará razão, o amarelo começará a saltar das lombadas do tecido, a capa não plastificada começara a ficar feia. Para não falar no papel das páginas que causará problemas com o tempo.
De luxo é de facto, aquele volume Triologia de Nikopol e outros livros de BD da Asa.
Mas estou de facto só, nesta opinião.
Para todos a encadernação é muito boa. Prefiro a do Santuário (18), com o 18 a meio da lombada - um pormenor de bom gosto.
Saudações bedéfilas.
Primeiro, aplaudo a publicação deste álbum, independentemente do método de distribuição. Continuo a dizer que 14 Euros não é assim uma grande fortuna, se a qualidade estiver à altura. Caro é o último do Prado, se bem que o preço de lançamento no FIBDA estava mais em conta (mas mesmo assim caro).
ResponderEliminarA "Variant Cover", muito ao estilo dos comics, poderia ter algum interesse para coleccionadores hardcore se o preço fosse igual ao de um comic. Apesar de eu ser um coleccionador do núcleo duro, não vejo qualquer vantagem (em termos de coleccionismo) em ter duas capas diferentes. O Santuário é um histérico exemplo do que uma "variant" não deve ser.
O Bilal é um negociador de mão cheia. Tendo ele um produto de culto (mesmo em Portugal), não terá sido fácil garantir os direitos de publicação em Português. Quantidades a editar e mesmo o preço de capa terá sido necessário negociar. Daí, talvez, esta estratégia de distribuição. Vejamos, se cada livraria adquirisse entre três a quatro álbuns (são estes os números médios de encomendas por livrarias, exceptuando a FNAC), seria extremamente difícil atingir os números negociados e contratados.
"A Trilogia Nikopol" foi, de facto, um dos melhores álbuns até hoje editados em Portugal. A qualidade da edição é inquestionável; a história, idem. Não é caro. Trinta e dois Euros por três álbuns tão bem compilados – e que álbuns – foi um excelente preço. No entanto, não o comprei. Já os tinha em álbuns separados, todos primeiras edições.
Editar uma eventual "”Quadrilogia” do Monstro" seria, a meu ver, um muito mau golpe de marketing. Eu sentir-me-ia defraudado. Acredito que muitos outros também, e abstermo-nos de gastar, na melhor das hipóteses, 50 Euros era o mais certo. Novamente, seria difícil atingir o tecto negociado para garantir este último título.
@Cori:
Eu estou contigo, quanto à suposta edição de Luxo da colecção Blake&Mortimer. Já o tinha escrito num outro blog (o do Bongop). É uma edição, quanto muito, revivalista, com semelhanças às primeiras edições "Editions du Lombard", do final dos anos 40, mas principalmente dos anos 50 (eu tenho algumas adquiridas no eBay.fr, no Miau.pt e nalguns alfarrabistas). Mesmo nessas edições originais o papel era de muito melhor qualidade do que aquele utilizado na colecção ASA/Público. Obviamente, mais de 50 anos depois, as edições originais já sentem o peso da idade. Talvez o processo químico utilizado na manufactura do papel dos B&M actuais seja diferente e apenas aparente ser um papel de envelhecimento rápido (chamem-me ingénuo!). Tenho as primeiras edições Verbo dos B&M – em muito bom estado – e o papel está quebrado e ligeiramente amarelado. Suspeito que o mesmo irá acontecer a estes.
O Santuário não saiu na colecção ASA/Publico porque cumpriu o tecto negociado aquando da primeira edição. Não havia necessidade e, muito provavelmente, autorização para tal.
Também sou da opinião que uma nova colecção ASA/Público estará para breve. Este foi apenas um “brinde”.
Cori, não estás sózinho não. Quando escrevi “lombada de luxo” estava a ser irónico até porque não só não comprei essa colecção como também desde do inicio fui bastante critico dessa re-re-re-edição da ASA, ainda que com uma apresentação digamos diferente. Preferi manter os meus álbuns da Meribérica.
ResponderEliminarMantenho as minhas reservas sobre um sucesso editorial do “Quatro?’”. Ainda por cima com duas edições. Servirá certamente, como dizes, para meia dúzia de coleccionadores. E o que não se vender, de agora até ao até ao final da Feira do Livro de Lisboa (começa em Abril) aparecerá certamente depois disso em saldos. Mas sobre isso falaremos certamente aqui.
Refém, não sei se sou um coleccionador “hardcore” (seja lá o que isso signifique…lol) mas aprecio e colecciono “variantes”. Antes da edição do “Santuário”, a colecção B&M já tinha apresentado uma variante no álbum “A conspiração Voronov” (edição Meribérica). Se nos comics americanos, os variantes são quase uma edição normal (“Amazing Spider-man” que o diga”) em Portugal, esta forma de edição começa agora a dar os primeiros (tímidos) passos. Não sei é se Portugal terá mercado para isso!
Quanto a uma nova colecção ASA/Publico, quer-me parecer que até Maio não há haverá nada para ninguém, conforme depreendi das palavras da MJP no fórum da CC.
E então alguém a comprou??
ResponderEliminarHoje fui a Media Market aqui da zona buscar a prenda da minha irma,e como tive de pedir ajuda a uma empregada da loja para me achar e reparei que tinha uma pilha com as sobras da Asa como o Velho Louca,Os Mestres Cervejeiros etc,devem ser as 1as bds que essa loja recebe desde a inauguração do Gran Plaza.
Hardcore ou do núcleo duro; isto é, compras tudo o que é editado. Nisto estarão incluídas as "variant covers".
ResponderEliminarEdições variantes em formato FB! Pessoalmente acho um disparate. Se virmos que um dos mais caros álbuns editados em Língua Portuguesa tem já cerca de 45 anos (edições Camarada) e custará cerca de 200 euros (mais 50, menos 50, dependendo da veia agiota do alfarrabista), não entendo o interesse do ponto de vista do coleccionismo. Enfim...pontos de vista são relativos, respeito e obviamente não me oponho a este tipo de iniciativas.
Nos comics vulgarizaram-se as variantes, especialmente nos últimos 5 anos. Devido à procura de uma dada edição, a segunda, terceira e mesmo quarta ou quinta edição (ver Marvel Zombies) são variantes. O caso mais recente do Amazing Spider-Man e a famosa capa Obama é um exemplo de marketing de sucesso).
Esta vulgarização também passou por uma diminuição das tiragens habituais dos comics, evitando grandes stocks e respectivas devoluções. A capacidade de resposta é extremamente rápida, quando existe uma necessidade de lançar uma segunda edição, devido à procura. No entanto, a capa vem como "variant 2nd printing".
A variante estudada e normalmente comemorativa de um evento especial (seja ele qual for) continua a existir, e, essa sim, é objecto de coleccionismo especial, por parte dos coleccionadores especiais (ver Wolverine #50 e seguintes, por exemplo; ou as edições da Aspen, que contavam com várias variantes para cada número, hoje, algumas, custando balúrdios).
Mas, no mercado dos comics, contar-se-ão por duas mãos cheias as capas variantes que valem alguma coisa mesmo, quando comparadas com as edições/capas regulares. "It's the inside that counts" na esmagadora maioria das vezes.
Portanto, concordo contigo: Portugal não tem mercado nem para os álbuns normais quanto mais para as variantes.
Independentemente de o "Quatro?" ser um sucesso editorial ou não, eu, repito, aplaudo e de pé. Já agora, faço votos para que seja um sucesso.
Já comprei. Excelente encadernação e qualidade geral. Tem apenas a chancela da ASA. Creio que o Público, aqui, só funcionou como distribuidor (pelos vistos mau, pois em muitas bancas, onde eu encontrava com facilidade outros títulos, não encontrei este).
ResponderEliminarA qualidade é de facto muito boa e também concordo que a ASA encontrou nesta parceria com o jornal um distribuidor privilegiado. Logo se verá a reacção das livrarias!
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