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24 junho, 2009

Lançamento ASA: A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1


A imagem acima reproduz o magnífico desenho da capa do 10º álbum, na colecção original, da série «As Cidades Obscuras». Intitulado «A Teoria do Grão de Areia – tomo 1», numa edição ASA, é amanha distribuído juntamente com o Jornal Público (com um preço adicional de € 17,50).

Sinopse desta história:
Constant Abeels colecciona pacientemente uma série de pedras de igual peso que aparecem misteriosamente em diferentes divisões do seu apartamento. Num prédio vizinho, uma mulher, mãe de dois filhos, verifica que, da mesma forma, acumula grandes quantidades de areia. Um pouco mais longe, Maurice, o patrão e chefe de cozinha de um restaurante, descobre que perde peso sem, contudo, emagrecer. Com o passar dos dias, estes estranhos fenómenos continuam a suceder-se sem que se consiga encontrar solução.

Inédito em Português, este álbum é a primeira parte de uma história cuja conclusão será apenas publicada no próximo ano. Apresentando-se num formato italiano, disposição horizontal, pouco comum no género franco-belga, o álbum vem acompanhado por uma caixa dura arquivadora que facilitará a sua arrumação na vertical.

«As Cidades Obscuras» é um universo que a dupla François Schuiten e Benoît Peeters tem vindo a criar desde 1982, que se traduz, até à data, num total de 11 álbuns publicados, tendo ganho inclusive diversos prémios. A narrativa da série desenvolve-se em redor de espaços urbanos dotados de grandes esplendores arquitectónicos, que se assumem invariavelmente como protagonistas das histórias.

Em Portugal, as Cidades Obscuras são dignas de figurar na rubrica «séries estupidamente incompletas» deste blogue. A colecção, que com esta edição da ASA, conhece a sua 4ª editora, não obstante todo o interesse demonstrado ao longo do tempo pela publicação da série, a verdade é que estão ainda por editar os álbuns correspondentes aos n.º 4 e 9 (na sua cronologia original).

A colecção «As Cidades Obscuras» é composta pelos seguintes álbuns (com a indicação dos editados em português):

# O Arquivista, Meribérica, 2003

  1. As Muralhas de Samaris, Witloof, 2003
  2. A Febre de Urbicanda, Edições 70, 1987
  3. A Torre, Edições 70, 1989
  4. La route d'Armilia – INÉDITO
  5. Brussel, Meribérica, 1993
  6. A Menina Inclinada, Meribérica, 1999
  7. A Sombra de um Homem, Meribérica, 2000
  8. A Fronteira Invisível – Tomo 1, Witloof, 2002
  9. La frontière invisible - 2 – INÉDITO
  10. A Teoria do Grão de Areia – tomo 1, ASA, 2009
  11. A Teoria do Grão de Areia – tomo 2 (a publicar em 2010)


Boas leituras!

11 comentários:

  1. O Segundo Volume será editado em 2010?!!!! Sendo mesmo assim (sem te querer por em causa, Verbal) Pfff...cá está...era bom demais para ser verdade. Fazem um coffret, à semelhança da edição Francesa e depois querem que o público o compre com a “promessa” que a continuação virá daqui a um ano! Só o facto de lá vir a dizer que tem continuação deixa logo de fora uma panóplia de gente, que já não confiam nas editoras.
    Em França, existe o coffret com os dois volumes juntos, e um coffret para cada álbum também.
    O preço está perto daquilo que é preço Francês (embora um bocadinho acima). Diga-se que o poder de compra Francês é muito superior ao nosso, portanto o álbum da ASA sai-nos muito mais caro que aos Franceses o da Casterman.
    Agora veremos, se se confirmar a data de 2010, sairá mesmo, ou as vendas deste primeiro ditarão que o segundo, afinal, não vale a pena (o que não é inédito!)?
    Eu, comprei-o agora mesmo na Amazon.fr, assim não corro o risco de, mais uma vez, ser vítima de "fraude" legal. As Editoras que tenham juízo.

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  2. PS: A Fronteira Invisivel vol 2 está disponível em Inglês na amazon.co.uk market place a cerca de 12 Euros (com portes) .

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  3. Como te compreendo Refém. É mais um (péssimo) exemplo de uma politica editorial (bastante discutível) das nossas editoras. De facto lançar o 1º tomo do história e apontando a publicação da sua conclusão "lá para calendas" é mesmo um convite ao leitor para "esperar e ver" antes de comprar! Para mim pior que isso são os saltos nas colecções. Porquê editar o n.º 10 quando os n.ºs 4 e 9 estão por publicar? Que prazer mesquinho é este de deixar os leitores/compradores portugueses com as colecções "penduradas" ou "remendadas" com edições estrangeiras?
    Como eu gostava de obter respostas para estas perguntas!!

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  4. o melhor é deixar de comprar bd franco-belga e ir à Feira Laica este fim-de-semana na Bedeteca de Lisboa:

    www.feiralaica.com
    www.bedeteca.com

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  5. Já agora há continuidade entre estas historias das cidades obscuras?

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  6. Muito, mas muito mesmo, sucintamente, existe um fluxo ideológico agregado ao estudo Arquitectónico, uma corrente de pensamento que explica certos aspectos da Arquitectura, da Geometria e outras ciências que nesta última assentam. Não existe ligação intrínseca entre as histórias, podendo ser lidas independentemente, com óbvias excepções para os álbuns que foram editados em dois volumes.

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  7. Só por curiosidade passei por quatro tabacarias/quiosques e todos tinham o livro escondido... credo... é francamente mau! Dizem por e simplesmente que não vale a pena por exposição, assim robaria lugar aquelas revistas que o nosso povinho gosta, ou seja coscuvilhece!

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  8. Lol... Bongop noto que nos quiosques e tabacarias, é raro os álbuns estarem à vista do público. Só mesmo quem está a par é que compra, porque aquela compra por impulso não funciona. Não obstante, considero que esta forma de distribuição que resulta da editora com o jornal é bastante positiva, porque permite que a BD chegue a um público mais vasto, mais que aquele que visita livrarias, Claro está que tem de ser um público informado!

    Refém, como ainda não comprei o álbum, deduzo das tuas palavras que a história deste álbum se conclui neste álbum e que existe apenas um ténue fio condutor que liga os tomos 1 e 2 ?

    mmmnnnrrrg, uma leitura atenta deste blogue e verias que no dia que eu deixar de comprar bd franco belga, duas coisas podem ter acontecido: ou se deixou de publicar em Portugal ou eu deixei de gostar de BD!

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  9. Verbal, o livro "O Arquivista /Meribérica" também é desta série. Ou não ?

    Saudações

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  10. Olá Cori, “O Arquivista” faz parte da série As Cidades Obscuras, ainda que a narrativa não assuma a estrutura normal de arte sequencial. O álbum funciona como uma espécie de introdução, e tal como sugere o título, remete-nos para o arquivo de mitos e lendas, onde um arquivista é encarregue de elaborar um relatório sobre a existência ou não de um outro mundo consubstanciado nas chamadas cidades obscuras. No álbum, cada folha apresenta-se com uma imagem de uma cidade e um pequeno texto sobre as considerações com que o investigador/arquivista vai tecendo o seu relatório. O final é excelente! Abraço.

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  11. Já agora, obrigado pela chamada de atenção, porque aproveito para rectificar a lista da colecção.

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