Uma das boas leituras deste ano, não só pela expectativa criada pelo álbum anterior, mas também porque espero a presença dos seus dois autores no Festival de BD da Amadora a decorrer em Outubro próximo, é o segundo tomo de “A Teoria do Grão de Areia” (ed. ASA) de Schuiten e Peeters.
Recuperando a história, em 784, num universo paralelo ao nosso, a cidade de Brusel é assolada por inexplicáveis fenómenos. Mary Von Rathen, a menina de “A Rapariga Inclinada” (ed. Meribérica) é contratada como consultora, e perdida em toda aquela atmosfera caótica, procura respostas. Neste segundo e conclusivo álbum, o avanço da areia e das pedras e o surgimento de outros novos fenómenos colocam em risco a existência da própria cidade. Mary Von Rathen percebe que a presença de dois novos estrangeiros (Bugtis) na cidade pode ser a chave do problema.
Com uma narrativa fantasiosa e fluída, a história encontra aqui a sua conclusão. O que começou por ser um inofensivo grão de areia, coloca agora em risco o equilíbrio de uma cidade. Esta ideia torna-se interessante pelos paralelismos que se podem estabelecer a partir daqui. Pessoalmente, gosto particularmente da ideia subjacente de equilíbrio e que toda uma acção tem necessariamente uma consequência ou reacção. E conforme nos apercebemos, os danos na cidade provocados pelos estranhos fenómenos resultam de acções/intervenções da cidade de Brusels. É verdade que nem todas as questões obtêm aqui a sua devida resposta, mas isto também porque as arquitecturas deste mundo permanecem naturalmente obscuras.
Graficamente, o desenho de Shuitten é exemplar. Trabalhado essencialmente a duas cores – preto e branco sujo – caracteriza o ambiente da cidade de Brusels e permite depois criar inteligentemente um contraste, com o branco luminoso que caracteriza os estranhos fenómenos. A opção pelo formato italiano, com as pranchas dispostas horizontalmente, permite a utilização de uma maior área de desenho da vinheta, o que valoriza bastante a riqueza do traço deste autor, que pode ser observada nos detalhes, como por exemplo na arquitectura dos edifícios, e aqui um destaque para a designada Maison Autrique, ou na definição dos personagens intervenientes.
Recuperando a história, em 784, num universo paralelo ao nosso, a cidade de Brusel é assolada por inexplicáveis fenómenos. Mary Von Rathen, a menina de “A Rapariga Inclinada” (ed. Meribérica) é contratada como consultora, e perdida em toda aquela atmosfera caótica, procura respostas. Neste segundo e conclusivo álbum, o avanço da areia e das pedras e o surgimento de outros novos fenómenos colocam em risco a existência da própria cidade. Mary Von Rathen percebe que a presença de dois novos estrangeiros (Bugtis) na cidade pode ser a chave do problema.
Com uma narrativa fantasiosa e fluída, a história encontra aqui a sua conclusão. O que começou por ser um inofensivo grão de areia, coloca agora em risco o equilíbrio de uma cidade. Esta ideia torna-se interessante pelos paralelismos que se podem estabelecer a partir daqui. Pessoalmente, gosto particularmente da ideia subjacente de equilíbrio e que toda uma acção tem necessariamente uma consequência ou reacção. E conforme nos apercebemos, os danos na cidade provocados pelos estranhos fenómenos resultam de acções/intervenções da cidade de Brusels. É verdade que nem todas as questões obtêm aqui a sua devida resposta, mas isto também porque as arquitecturas deste mundo permanecem naturalmente obscuras.
Graficamente, o desenho de Shuitten é exemplar. Trabalhado essencialmente a duas cores – preto e branco sujo – caracteriza o ambiente da cidade de Brusels e permite depois criar inteligentemente um contraste, com o branco luminoso que caracteriza os estranhos fenómenos. A opção pelo formato italiano, com as pranchas dispostas horizontalmente, permite a utilização de uma maior área de desenho da vinheta, o que valoriza bastante a riqueza do traço deste autor, que pode ser observada nos detalhes, como por exemplo na arquitectura dos edifícios, e aqui um destaque para a designada Maison Autrique, ou na definição dos personagens intervenientes.
Relacionado com este álbum , ler também:
A Teoria do Grão de Areia - Tomo 1
A Teoria do Grão de Areia – Tomo 2
Autores: Schuiten (desenho) e Peeters (argumento)
11º álbum da série “As Cidades Obscuras”, preto e branco, capa mole
Editora: ASA, 1ª edição de Maio de 2010
A minha nota:
Boa analise,quase que me convencias.
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