Saltando por cima do álbum “Aux sources du Z” correspondente ao n.º 50 da colecção, a editora ASA lançou recentemente entre nós a mais recente aventura de Spirou e Fantásio, de seu título A INVASÃO DOS ZORCONS. Da autoria de Yohann e Vehlmann, é a segunda incursão desta dupla de autores neste universo, dado que já tinham trabalhado anteriormente num álbum fora de colecção intitulado “Os Gigantes Petrificados” (Colecção Spirou, n.º 18, ASA/Público, 2007).
Terminada a leitura, devo dizer que neste regresso, Vehlmann não surpreendeu e fugindo a qualquer actualização da narrativa, criou uma história simples, divertida, carregada de referências, por vezes repetitivas, ao universo Spirou. A aventura decorre numa floresta, onde a teoria de Darwin evoluiu de uma forma vertiginosa, dando origem às mais estranhas espécies vegetais e animais, incluindo plantas carnívoras e uns irracionais monstros chamados de zorcons. Respondendo a um pedido de auxílio do Prof. Pacómio, Spirou e Fantásio vêem-se forçados a atravessa-la para chegar até Champignac. Vehlmann fez regressar eternas personagens, entre elas Dopilão (novo nome?) o bêbado da aldeia ou o Presidente Câmara e principalmente o inevitável… Zorglub, em grande forma, que retoma aqui a sua fixação pela Lua.
Ao nível do desenho, registo que também Yohan faz uma aproximação ao Spirou clássico, ainda que com um toque mais moderno, mas abdicando do traço mais rígido e adulto que tinha evidenciado anteriormente no álbum “Os Gigantes Petrificados”. São tantas as diferenças ao nível do desenho que a verdade é que fiquei espantado com a capacidade de adaptação de Yohan. Mas a soltura do seu desenho, que se adapta perfeitamente, e o recurso à habitual utilização de vinhetas largas imprime um ritmo bastante dinâmico à aventura que facilmente cativa o leitor. Pessoalmente gostei mais do desenho do que do argumento.
Em termos gerais, a história mostra-se interessante, bem conduzida, não obstante algumas soluções pouco conseguidas. No entanto, o final surpreendente desta aventura pressupõe uma continuação, o que me leva a pensar que o melhor desta história talvez esteja guardado para o álbum seguinte!
Spirou – A Invasão dos ZorconsTerminada a leitura, devo dizer que neste regresso, Vehlmann não surpreendeu e fugindo a qualquer actualização da narrativa, criou uma história simples, divertida, carregada de referências, por vezes repetitivas, ao universo Spirou. A aventura decorre numa floresta, onde a teoria de Darwin evoluiu de uma forma vertiginosa, dando origem às mais estranhas espécies vegetais e animais, incluindo plantas carnívoras e uns irracionais monstros chamados de zorcons. Respondendo a um pedido de auxílio do Prof. Pacómio, Spirou e Fantásio vêem-se forçados a atravessa-la para chegar até Champignac. Vehlmann fez regressar eternas personagens, entre elas Dopilão (novo nome?) o bêbado da aldeia ou o Presidente Câmara e principalmente o inevitável… Zorglub, em grande forma, que retoma aqui a sua fixação pela Lua.
Ao nível do desenho, registo que também Yohan faz uma aproximação ao Spirou clássico, ainda que com um toque mais moderno, mas abdicando do traço mais rígido e adulto que tinha evidenciado anteriormente no álbum “Os Gigantes Petrificados”. São tantas as diferenças ao nível do desenho que a verdade é que fiquei espantado com a capacidade de adaptação de Yohan. Mas a soltura do seu desenho, que se adapta perfeitamente, e o recurso à habitual utilização de vinhetas largas imprime um ritmo bastante dinâmico à aventura que facilmente cativa o leitor. Pessoalmente gostei mais do desenho do que do argumento.
Em termos gerais, a história mostra-se interessante, bem conduzida, não obstante algumas soluções pouco conseguidas. No entanto, o final surpreendente desta aventura pressupõe uma continuação, o que me leva a pensar que o melhor desta história talvez esteja guardado para o álbum seguinte!
Autores: Yohan e Vehlmann
Álbum n.º 51 da colecção "As Aventuras de Spirou e Fantasio", cores, cartonado
Editora: ASA, 1ª edição de Outubro de 2010
Desta edição foi feita uma tiragem de 500 exemplares, com outra ilustração de capa
A minha nota:
Gosto muito do traço dele, sobretudo naquela floresta imaginária, mas incorre estupidamente em erros de coerência sem necessidade nenhuma!
ResponderEliminarMesmo depois de avisado não corrige o desenho! LoL
Concordo com a tua apreciação.