1º Fim-de-semana do festival. Logo a abrir um animado almoço convívio organizado pelo meu amigo Nuno Amado. Muita conversa obviamente sobre banda desenhada, sobre os autores, sobre o festival e a Maria José (da ASA) a revelar que está para breve o... Águias de Roma 3!
Logo à entrada não deixem de solicitar o programa porque, este ano contrariando uma tendência de anos anteriores, já se encontra disponível, para além de se apresentar em formato livro numa óptima edição. Mergulhando no espírito do Amadora BD, a primeira nota a reter é que as exposições estão ao nível elevado de qualidade que o festival já nos habitou nos últimos anos. É verdade que falhou a exposição de um grande autor (Bourgeon) mas a qualidade do material exposto é muito boa. Muitos originais e um trabalho cenográfico das salas bem conseguido… no piso inferior. As exposições dedicadas ao Humor, tema central do festival, encontram-se no piso de entrada, mas depois de percorrer uma labiríntica estrutura de salas, entradas e passagens. Acreditem que sem o auxílio de um mapa (vejam no programa) o mais certo é deixar escapar qualquer coisa, que foi o que me aconteceu, não obstante ter percorrido demoradamente várias vezes o espaço. Encontro espaço vazios e pergunto-me se não serviam tão bem para expor por exemplo as exposições de José Pires ou de Fernando Relvas que se encontram desterradas algures para ali na Amadora?!
Gostei sobretudo da selecção e da arrumação por períodos na mostra o Humor na BD Internacional. E uma palavra aqui para os “60 anos dos Peanuts” que peca por uma escassez de tiras de banda desenhada. A história da vida de Charles Schulz em painéis e três originais em exposição… soube a pouco!
Com uma qualidade de assinalar, ou não tivesse sido a Joana Afonso uma das vencedoras, são os trabalhos do concurso nacional de BD. Noutras categorias, há bd’s por ali, que apesar de não terem ganho, acreditem que humoristicamente estão muito bem conseguidas e não ficam nada atrás dos vencedores. E não há como falhar esta exposição, logo arrumada no corredor de entrada!
No piso inferior, respira-se… espaço. Logo à entrada uma ampla área que serve à zona dos autógrafos, apresenta um único e largo corredor central que dá acesso à zona comercial e às várias salas de exposição. O resultado deste ano, só prova que não é preciso muito dinheiro para se criar um bom espaço. Depois os trabalhos de Filipe Andrade e Filipe Pina (BRK, Under Siege), Rui Lacas (Asteroid Fighters), Filipe Melo e Juan Cavia (Dog Mendonça e Pizza Boy), Nelson Martins (Os Solteirões), Pedro Serpa e David Soares (O Pequeno Deus Cego) enchem-nos a vista. Percam-se demoradamente por lá, porque vale a pena ver o trabalho desta geração de autores portugueses que dominam nas sessões de autógrafos. Perdido por lá, andava o suíço Alex Baladi, mas já se sabe autores perfeitamente desconhecidos arriscam-se a umas duras horas de ócio nestas sessões! Em suma, que venha o próximo fim-de-semana, com mais autores, mais lançamento e porque o Amadora BD vale a pena!
Exposição de Filipe Andrade
Pois, estive lá uma tarde de sábado e ainda não consegui ver as exposições todas. Mas concordo contigo. Se as exposições, a exemplo do que aconteceu no ano passado estão muito boas, este ano respira-se mais e está tudo ainda melhor organizado, pelo menos no andar de baixo que foi o único sítio por onde andei até agora. Mas sábado há mais e aconselho vivamente toda a gente a visitar o Festival. Grande abraço.
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