Barra Acesso Rápido

11 junho, 2017

Crónica: O XIII Festival de BD de Beja

Esta é a minha crónica sobre a edição 2017 do Festival de Beja. Oficialmente o XIII Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Como sempre é um festival que se vive nas suas primeiras 48 horas, ainda que oficialmente só hoje encerre as suas portas. A primeira nota que deixo aqui é recomenda-se fortemente. A 13ª edição do FIBDB veio confirmar o que há muito já se sabia: trata-se de um festival equilibrado na oferta, bem frequentado nos convidados, e movido por uma enorme dinâmica. O responsável é obviamente o Paulo Monteiro e a sua equipa. E mesmo os encontros extra-festival, concretamente almoços e jantares, são excelentes pretextos para magníficas tertúlias bedefilas. Claro que os bons tintos Explicit e Vidigueira ajudaram.

A nova centralidade do festival, desde do ano passado, o Pax Julia Teatro Municipal, é uma mais-valia. Apresenta um espaço bem distribuído, que proporciona boas áreas de exposição e bem iluminadas. Está bem servido por um auditório e o Largo do Museu Regional em frente funciona muito bem como ponto de encontro e convívio. Ainda que desconheça os motivos da troca do anterior espaço, a Casa da Cultura, pessoalmente aplaudo esta escolha. As exposições deste ano, pautaram-se por uma qualidade superior, outra vez. Pessoalmente destaco aqui duas que consumiram largos minutos da minha atenção. A do Jorge Coelho com pranchas absolutamente fantásticas do seu trabalho para a Marvel, a confirmarem talento em demasia; e a bela surpresa que foi a italiana Grazia La Padula, com umas aguarelas que revelam um magnifico trabalho de cor. A Grazia teve mesmo o lançamento do seu livro “Jardim de Inverno” (com a chancela da KingPin), e revelou uma simpatia e grande disponibilidade na (prolongada) sessão de autógrafos que proporcionou. Inconfidência: a KingPin prepara novo livro da autora, o "Les échos invisibles".

As sessões de autógrafos começam a ser um problema (agradável, acrescento). Oficialmente, é uma sessão de hora e meia, mas a elevada qualidade dos autores presentes obriga a fazer opções (não se faz) nas filas, porque o tempo disponível não permite acorrer a todos, mesmo em tempo extra. As minhas escolhas incidiram sobre a dupla Anne-Caroline Pandolfo/Terkel Risbjerg, a imperdível Grazia La Padula, o “Disney” Paolo Mottura, o brasileiro Flávio Luiz, e ainda sobrou tempo para um desconhecido e austero nacionalista romeno de seu nome Valentin Tanase, mas dono de um traço absolutamente fantástico. Deixo aqui um apelo ao Paulo para alargar a sessão de autógrafos para três horas.

E Beja assume-se cada vez mais como uma das principais montras para as nossas editoras, tal a avalanche de lançamentos e apresentações. Se por um lado revela o bom momento em que se encontra banda desenhada em Portugal, bem, o reverso é que não há carteira que aguente. E assim passou-se o encontro anual de Beja, entre amigos e livros. Haverá melhor combinação? Até para o ano!


















2 comentários:

  1. Caríssimo Nuno Neves, dada a minha indisponibilidade física para longas viagens neste momento, tenho que recorrer ao teu blogue para as novidades. Tenho muita pena da ainda não ter podido ir a Beja, pela 2ª vez consecutiva. Talvez para o ano consiga ir. É uma chatice!

    Grande abraço,

    ResponderEliminar
  2. Caro Jorge Machado, sirva-se à vontade. Se precisar de alguma fotografia recomendo a página do FOTO.BD onde já criei o álbum sobre a edição deste ano. Abraço

    ResponderEliminar