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06 junho, 2020

Lançamento LEVOIR: Memórias de um Homem em Pijama

De Paco Roca, autor do qual já temos uma considerável obra publicada em Portugal, incluindo o magnifico «Rugas», chega-nos hoje da parceria Público/LEVOIR, o 1º volume das «Memórias de um Homem em Pijama».

Quando Paco Roca editou esta obra pela primeira vez – de Março de 2010 a Julho de 2011 – no jornal valenciano Las Provincias, não imaginava que anos mais tarde, o pijama, fosse a indumentária de milhões de pessoas, que devido à pandemia vivida pelo mundo inteiro se encontram em casa a trabalhar.

O êxito deste livro permitiu ao seu autor deixar o seu trabalho na publicidade e passar a viver exclusivamente da banda desenhada. Paco Roca escreveu mesmo no exclusivo prefácio para a edição portuguesa, que: “Por fim pude cumprir o meu sonho: viver da banda desenhada e trabalhar em minha casa e em pijama!

«Memórias de um Homem em Pijama» conta a história de Paco, um homem de 40 anos, solteirão, que está dividido entre o amor e o seu sonho de criança: trabalhar em casa de pijama. Esta é também uma história sobre os solteiros, os casais e amigos que, através de histórias hilariantes, influenciam as suas vidas e os seus relacionamentos. Com uma considerável carga autobiográfica e uma referência à série televisiva Seinfeld, em que o autor apela ao sorriso inteligente. Estas memórias descrevem Paco Roca como um atento observador dos detalhes diários e dos comportamentos próprios e alheios.

Sendo este o 1º volume de um conjunto de três, espera-se que a LEVOIR aproveite a colecção Novelas Gráficas para publicar os restantes dois volumes. Não se percebia se assim não fizesse.

Ficha técnica:
MEMÓRIAS DE UM HOMEM EM PIJAMA
De Paco Roca
Capa dura, formato 220x270 mm, cores, 96 págs.
Preço: € 12,90  |  Editora LEVOIR



8 comentários:

  1. A Levoir continua a trazer-nos obras de Paco Roca, um bom autor, de quem possuo vário títulos, mas a questão coloca-se - na miríade de bons autores espanhois, recentes e menos recentes, não haverá outros nomes a revelar? Nomes como Max (1 título na penúltima série...), Alex Fito, David Rubín, Chema Peral, Pep Brocal, Esteban Hernández, Vilbor, Cristian Robles Martínez, Martí, Lucas Varela (argentino a residir em Espanha -obra fabulosa...), Albert Monteys, Fermín Solis, Alberto Vazquez, Ximo Abadía, Jaime Martin, Rafa G. Negrete, Gallardo, Nancy Peña, Juan Berrio, Ivan Suarez, Linhart, só para citar alguns, mereciam atenção. Já agora, no catálogo da Astiberri, de onde a Levoir licencia vários títulos, há uma belíssima obra conjunta de Roca com Miguel Gallardo "Emotional World Tour - diários itinerantes" (2 autores por cá publicados) que merecia edição...

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  2. Paco Roca é sempre um porto seguro aqui em Portugal. Mas concordo consigo relativamente ao mar por descobrir de autores espanhóis, não obstante a LEVOIR ter vinda dado a conhecer alguns deles justamente nas Novelas Gráficas, e a última série foi um bom exemplo. Penso que seria interessante uma série só dedicada a autores espanhóis inéditos por cá.

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  3. Esteban Maroto, um dos nomes, ´´das antigas´´, espanhóis que poderiam trazer. Adoraria ter o ´´Espadas e Bruxas´´ ou o ´´5 Por Infinito´´, por exemplo,... mas sei que é difícil, porque não sei se teria mercado por cá, mas a arte dele é espectacular!

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  4. @Miguel Monteiro Concordo. Os indivíduos da editora brasileira Pipoca & Nanquim fizeram um belíssimo trabalho de resgate de parte da obra de Esteban Maroto, que por cá também foi editada em várias publicações, julgo que nos anos 70 8 80 do século passado. É um clássico sem dúvida e ainda está no activo... (alô Amadora BD, Comicon e outros...)

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  5. Sim é verdade, a editora Pipoca E Nanquim fez um excelente trabalho em resgates de obras clássicas da BD,... era bom que alguma por cá fizesse o mesmo, como a Ala dos Livros ou a Arte de Autor, mas acho difícil trazer este tipo de material.

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  6. Ainda relacionado com esta edição da venho colocar 2 questòes adicionais: sendo pranchas publicadas semanalmente e portanto histórias fechadas, obedeceram a uma esquematização “rígida” de 6+6 vinhetas ou seja 6 ou 12 por página. A versão da Levoir rearruma as vinhetas em 9 por página ou seja “quebra” a lógica da leitura, forçando o leitor a reler a sequência. Teria sido mais lógico seguir a edição original da Astiberri mantendo as 6 vinhetas por página. Porquê esta opção?...

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  7. António é uma pertinente questão, no entanto a editora afirma que o próprio autor aprovou este formato. Também acho que não tem lógica nenhum partir a sequência da leitura. Poderia-se ter ter tido um maior cuidado e respeito, apresentando um formato que fosse compatível com 6 vinhetas por página. Obviamente que a edição teria um maior número de páginas e um preço superior, pelo que questões económicas devem ter prevalecido nesta decisão.

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  8. @Nuno Neves Partilho também dessa opinião embora duvide que a diferença, a existir, fosse demasiado marcada, uma vez que o volume seria mais pequeno. Aqui a questão essencial, seria a Levoir ter respeitado a lógica de leitura original - poderia até ter re-arrumado as vinhetas em sequência horizontal, mas mantendo a sequência de leitura. A versão da Astiberri tem "apenas" 6 vinhetas por página, portanto julgo que aqui o único critério aqui foi o financeiro. É de lamentar....
    NOTA - os volumes posteriores da série, compilando páginas publicadas no jornal El País Semanal, usam 9 vinhetas por página, mas também respeitam os originais.

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