Dos mesmos autores da trilogia «Dog Mendonça e Pizzaboy», estava anunciado como um dos lançamentos deste ano. E não desiludiu. Em «Balada para Sophie» (Tinta-da-China) descobrimos uma pérola. Daquelas raras na banda desenhada portuguesa. Há livros que nos entranham. Cativam pela profundidade da narrativa, geram empatia pelo inesperado do desenrolar dos acontecimentos. Esta é uma dessas histórias.
Servida numa edição cuidada, num papel de boa gramagem, agradável ao tacto, que faz respeitar o desenho, o Filipe assume o controlo e conduz-nos, com o mesmo virtuosismo de um grande maestro perante a sua orquestra. Assim, ao longo de mais de 300 páginas, transporta-nos numa viagem única e singela, pela vida amargurada de um pianista, de seu nome Julien Dubois, a quem faltou o toque da genialidade. São as recordações dos momentos, desde do seu nascimento em berço de ouro, passando pela solidão nas ruas de Sainte-Claire até à loucura dos palcos de Las Vegas, profundamente humanos, de paixão e desilusão, de obsessão e ciume, de vingança e arrependimento e finalmente de redenção, que nos tocam. É desta matéria que são feitas as grandes histórias. Ficamos extasiados quando chegamos à página final. O Filipe Melo acabou de escrever uma obra-prima. Na arte, o Juan cativa-nos com o seu traço, simples e expressivo. Materializa no desenho os sentimentos, o encantamento. Acrescenta-lhe uma palete de cores que nos transporta entre os vários ambientes. Absorvemos tudo. Ao seu tempo, no seu ritmo, como se de uma melodia se tratasse ditada por uma partitura musical. Somos embalados pelo lado gráfico. Às palavras o Juan Cavia deu-lhes corpo.
Nesta harmonia, há muito que estes dois autores funcionam bem como um todo. Para nós, os leitores, fica-nos reservado o papel mais fácil desta história, o de deixarmo-nos ir encantados pelo ritmo desta «Balada». Dos melhores livros portugueses que li!
Servida numa edição cuidada, num papel de boa gramagem, agradável ao tacto, que faz respeitar o desenho, o Filipe assume o controlo e conduz-nos, com o mesmo virtuosismo de um grande maestro perante a sua orquestra. Assim, ao longo de mais de 300 páginas, transporta-nos numa viagem única e singela, pela vida amargurada de um pianista, de seu nome Julien Dubois, a quem faltou o toque da genialidade. São as recordações dos momentos, desde do seu nascimento em berço de ouro, passando pela solidão nas ruas de Sainte-Claire até à loucura dos palcos de Las Vegas, profundamente humanos, de paixão e desilusão, de obsessão e ciume, de vingança e arrependimento e finalmente de redenção, que nos tocam. É desta matéria que são feitas as grandes histórias. Ficamos extasiados quando chegamos à página final. O Filipe Melo acabou de escrever uma obra-prima. Na arte, o Juan cativa-nos com o seu traço, simples e expressivo. Materializa no desenho os sentimentos, o encantamento. Acrescenta-lhe uma palete de cores que nos transporta entre os vários ambientes. Absorvemos tudo. Ao seu tempo, no seu ritmo, como se de uma melodia se tratasse ditada por uma partitura musical. Somos embalados pelo lado gráfico. Às palavras o Juan Cavia deu-lhes corpo.
Nesta harmonia, há muito que estes dois autores funcionam bem como um todo. Para nós, os leitores, fica-nos reservado o papel mais fácil desta história, o de deixarmo-nos ir encantados pelo ritmo desta «Balada». Dos melhores livros portugueses que li!
BALADA PARA SOPHIE
Argumento de Filipe Melo e desenho de Juan Cavia
Editora TINTA-DA-CHINA, Edição de Setembro de 2020
Argumento de Filipe Melo e desenho de Juan Cavia
Editora TINTA-DA-CHINA, Edição de Setembro de 2020
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O livro que esgotou na Feira do Livro de Lisboa, tem hoje o seu lançamento oficial e chegará às livrarias no próximo dia 18.
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