Chega hoje às livrarias nacionais a adaptação para banda desenhada do clássico da literatura 1984, o romance distópico escrito por George Orwell, e publicado originalmente no final da década de 40 e que agora é apresentado aos leitores portugueses, na sua versão novela gráfica, com chancela da editora ALFAGUARA.
«1984» cuja acção decorre o que na altura era o futuro, é aqui ilustrada pelo traço do autor brasileiro Fido Nesti, que capta magistralmente os rostos, corpos e cenários de um mundo que, cada dia, é menos difícil de imaginar. Numa fictícia Londres impera um Estado totalitário, que exerce um forte controlo sobre os seus cidadãos, e onde a liberdade de expressão é considerada crime.
1984 - NOVELA GRÁFICA
No ano de 1984, Londres é uma cidade lúgubre, em que a Polícia do Pensamento vigia de forma asfixiante a vida dos cidadãos. O mais grave dos crimes é ter uma mente livre. Winston Smith é um peão nesta engrenagem perversa e a sua função é reescrever a História para a adaptar ao que o Partido considera a versão oficial dos feitos. É o que faz, até decidir questionar a verdade do sistema repressor. Na ânsia de liberdade e verdade, arrisca a vida ao apaixonar-se por uma colega, a bela Julia, e rebelar-se contra o poder vigente.
Ficha técnica:
1984 - Novela Gráfica
De George Orwell adaptado e ilustrado por Fido Nesti
Capa dura, formato 17x24 cm, cores, 224 págs.
ISBN 9789897840418
PVP: € 21,90
Edição ALFAGUARA
Boas Nuno, esta obra despertou deveras o meu interesse mas há 2 pormenores que causam apreensão:
ResponderEliminar1 - o formato nacional é mais pequeno (17x24 cm) que o original, brasileiro, da Quadrinhos na Cia (20,4x27 cm). Mais uma vez aqui o cliente português sai prejudicado. Porquê?...
2 - nas páginas divulgadas na pré-publicação notava-se que nem todas as expressões inscritas no cenário estava adaptadas para o português de Portugal (ex: "o grande irmão está de olho em você"), portanto, tropicalizadas. Gostaria saber, quando puder. se esta incoerência se mantém. Obrigado.
Olá António, este «1984» é uma interessante edição. Não sei os motivos editoriais para o formato nacional ser mais pequeno que o da edição brasileira. Acredito que na edição brasileira se tenha aprimorado pelo facto do autor ser brasileiro. Mas não desgosto do nosso formato. É semelhante ao dos «Soldados de Salamina». Quase que diria que é um formato-tipo adoptado para as nossas novelas gráficas.
ResponderEliminarRelativamente às expressões, sim as frases estão adaptadas para o nosso português. Uma tradução literal não é muito feliz. As referências ao "Grande Irmão" sucedem-se. Para os termos traduzidos da novilingua foi tida como referência a tradução de Ana Luísa Faria na edição Antigona, 2007.
Abraço
Hugo agradeço a informação. Excelente escolha a tradução da Antígona. Quanto ao formato insisto que estas obras, mais do "novelas gráficas", são narrativas visuais e tudo o que contribua para uma valorização da arte é bem vindo. Pelo que conheço do mercado brasileiro a prática comum é optar por formatos maiores, capa dura e acabamentos de qualidade (e, por vezes, extras), quer seja para obras nacionais, quer estrangeiras. Espero que a reprodução não fique demasiado prejudicada pela opção. Veremos...
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