Dou aqui nota de uma bela iniciativa, que merece o meu aplauso, onde a banda desenhada também é utilizada como um veiculo de informação. Percebe-se o porquê do recurso à bd se considerarmos que na origem desta acção encontramos um médico e uma associação belga.
A surpresa vem em distribuição com o semanário Expresso desta semana (recordo que o jornal tem um custo de € 4,00), e junto ao caderno principal, encontramos «João - A Vida, Um Combate que Vale a Pena», um álbum de banda desenhada, em formato franco-belga, de capa mole, de 48 páginas e mais alguns extras, assinado por Luc Colemont e Mário Boon, que nos conta a história de João, um homem a quem aos 50 anos, é diagnosticado cancro do cólon.
Trata-se de uma campanha de informação da União Europeia, integrada no Mês Europeu de Luta Contra o Cancro do Intestino.
A triste realidade é que em Portugal, o cancro colorretal é só a segunda causa de morte por cancro, e esta iniciativa chama a atenção para a importância de agir rapidamente numa situação de aparecimento dos primeiros sintomas. Deixo alguns dados reais:
- 10.501 novos casos e 2.972 mortes em 2020
- 90% dos casos são detectados a partir dos 50 anos
- 85% dos casos surgem sem qualquer relação de história familiar
O doutor Luc Colemont e a associação belga sem fins lucrativos ‘Stop
Darmkanker’ (Stop Cancro do Cólon) fundada por ele, lutam
incansavelmente para informar o público da importância da deteção
precoce do cancro do cólon. Quanto mais informação, maior a
probabilidade de diminuir o grau de incidência desta doença. Partilhar
informação pode salvar vidas.
Assim, para além da edição em álbum, podemos também encontrar a versão digital gratuita aqui
JOÃO - A VIDA, UM COMBATE QUE VALE A PENA
Hoje em dia, fazer cinquenta anos não é nenhuma proeza. Para o João também não foi. Por amor às filhas e à Cidade Eterna de Roma, venceu mais uma vez o medo de voar. Porém, ao regressar, a sua vida foi fortemente perturbada quando lhe é diagnosticado um cancro no cólon. Como se estivesse numa montanha russa, João sofre uma profunda depressão e encontra um novo amor. Na Antiga Roma um candidato a gladiador demorava em média s.eis meses a atingir o objetivo.
Não é uma coincidência nesta história que a quimioterapia para o cancro do cólon demore mais ou menos o mesmo tempo. Tanto Julius como o João descobrem que a vida é um combate que vale a pena. O cancro do cólon é uma doença ainda pouco divulgada.
Ficam algumas páginas, para que possam ver que está aqui uma iniciativa bem desenhada, que em Portugal conta com o patrocínio da Fundação Ageas, das Farmácias Portuguesas, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Millennium BCP e da Médis.
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