E eis que a IGUANA, finalmente nos surpreende, e lança hoje para as livrarias o muito interessante, MAU GÉNERO da autora Chloé Cruchaudet. A história inspirada em eventos reais de um desertor que se torna travesti nos loucos anos 1920 de Paris.
Obra premiada em vários festivais franceses, inclusive com o Prémio do Público do Festival de Angouleme de 2014, onde a autora aborda questões como a identidade, a sexualidade, os traumatismos de guerra e a violência doméstica, para contar a históira de Paul Grapp e da sua mulher Luise.
MAU GÉNERO
Paul e Louise conhecem-se, apaixonam-se e pouco depois casam-se. Mas a Primeira Guerra Mundial irrompe e Paul é forçado a separar-se de Louise para ir combater. Nas trincheiras, Paul vive um verdadeiro inferno e deseja escapar de lá a qualquer custo, acabando por desertar e reencontrar a mulher em Paris. Está são e salvo, mas condenado a permanecer escondido num quarto de hotel.
Para pôr fim à sua clandestinidade, Paul encontra uma solução: mudar de identidade, travestindo-se. A partir desse momento passará a chamar-se Suzanne. Entre a confusão da mudança de género e o trauma da guerra, o casal terá um destino extraordinário. Quando por fim é concedida amnistia aos desertores, Suzanne poderá voltar a ser Paul, e a vida de ambos poderá retomar a normalidade.
Mas será isso de facto uma boa notícia?
Ficha técnica:
Mau Género
De Chloé Cruchaudet
Capa dura, 174 x 247, cores, 192 páginas.
ISBN: 9789897872600
PVP: € 22,95
Edição IGUANA
A autora vai estar em Lisboa nos próximos dias 19 e 20 de Outubro, sendo uma das convidadas do festival Amadora BD.
Seria bom se a IGUANA nacional seguisse, de alguma forma, a excelente seleção da congénere espanhola, a Slamandra Graphic. Não é complicado - basta consultar a extensa lista disponível no site da editora. Fora isto esta parece-me a 1ª obra com algum interesse publicado pela editora, embora questione o porquê deste título em particular quando a editora original (a Delcourt) tenha títulos bastante mais interessantes.
ResponderEliminarEsta editora está-se a revelar um flop tremendo. Ainda não lançaram um único título de interesse. Fui ao site da congénere espanhola só para ver o que o António queria dizer. Sem passar muitas páginas, encontrei logo dois títulos que a Iguana podia usar para criar nome a sério: Asterios polyp, Alack Sinner
ResponderEliminarTemos que parar de ter o palpitometro ligado, com a nossa verdade absoluta. Esta obra, por ser tão premiada, merece ser lançada em PT. Fiquei curioso. Abraço
ResponderEliminarDesconheço qual o critério editorial da IGUANA, mas também esperava mais e melhor, considerando que integra um importante grupo editorial internacional. Cheguei-lhes a sugerir o lançamento de várias obras de Chabouté. Mas chegados a este ponto, e conforme referi considero este lançamento talvez a mais interessante até à data. O facto de ter vencido o prémio da escolha do público em Angoulême é uma boa referência. Pessoalmente gosto de histórias inspiradas em factos reais, e o desenho simples também me agrada.
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