Chega hoje às bancas nacionais, uma das novelas gráficas da LEVOIR que me desperta grande curiosidade. CHUMBO, assinado pelo autor franco-brasileiro Matthias Lehmann é a crónica do Brasil, sobretudo nos chamados “anos de chumbo”, um período da história brasileira, entre 1968 e 1974, de forte repressão militar.
A história é contada a partir do olhar da família Wallace. Dos cinco filhos, Lehmann escolhe seguir a vida dos 2 Irmãos, Ramires e Severino, de 1937 até 2003. "Severino, jornalista e depois escritor, era comunista durante a ditadura. Já Ramires, ao contrário, é reacionário, próximo dos militares", explica o autor. "Como a história acontece em Belo Horizonte, você acompanha a evolução da cidade e da sociedade, passando pela ditadura".
É nesse panorama generoso que reside a maior força de Chumbo, uma obra de fôlego, que usa a história política brasileira como parte essencial da narrativa. A edição portuguesa foi, infelizmente, partida em duas partes. Um habitué da editora (do qual se salvou o Paco Roca).
O autor Matthias Lehmann é um dos convidados do Festival Amadora BD, com presença no primeiro fim-de-semana, para sessão de autógrafos.
Um conselho a quem puder, adquiram a edição brasileira... num só volume (apesar de ser em capa mole).
ResponderEliminarApesar de ter a versão brasileira acho que a versão da Levoir é uma boa compra. Mais barata, capa dura e com uma tradução para PT-Portugal. Além disso estamos a apoiar as editoras portuguesas e todas as pessoas que trabalham nesta área. E hoje se quiserem comprarem a versão brasileira, está esgotada na livraria que faz a importação.
ResponderEliminarCaro MGomes nada me dá maior prazer do que apoiar a edição nacional, mas a BOA edição nacional na qual este exemplo não se encaixa. O preço da edição brasileira é semelhante aos 2 volumes da Levoir (+- €31, a da Levoir €29,80). A edição brasileira ofereçe a vantagem de possibilitar ao leitor fazer uma leitura contínua no português do Brasil (o que faz sentido no contexto da obra) e, graficamente, respeita o original sem as horríveis tarjas pretas e selo impresso que mutilam a arte da capa. Pra mim são motivos suficientes para investir...
EliminarA lombada deste livro da Levoir diz "Chumbo 1". Parece que são duas obras. Muito mau
EliminarVou adquirir a versão portuguesa, apesar de lamentar esta partição. Confesso não consigo entender esta política editorial de poder lançar novelas gráficas no formato integral a solo e optarem por “partir em dois” para caber na colecção do Público. No mesmo dia em que sai este volume, a editora anuncia Dorian Gray de Corominas. Caraças porquê que não trocaram?
ResponderEliminar