Como se supera a dor de perder alguém que nos é tão chegado? A verdade é que não se supera – aprende-se, com o tempo, a conviver com a ausência, a aceitar a saudade como parte de nós. Cada um percorre esse longo caminho à sua maneira, guiado pelas suas fragilidades e forças. O irmão do JeanLouis Tripp morreu atropelado durante umas férias, deixando um vazio impossível de preencher.
Em O MEU IRMÂO, o autor convida-nos a entrar no seu universo íntimo, num exercício de introspeção profunda e de catarse, onde a dor se transforma em memória viva. A cada página, sentimos o peso da ausência. Uma história que é um testemunho cru, honesto e profundamente humano, narrado na primeira pessoa, para que Gilles nunca seja esquecido. Não é de leitura fácil porque não é apenas um livro – é um abraço apertado a todos os que já perderam alguém.
E é uma das grandes apostas da editora ALA DOS LIVROS neste semestre. E esta edição portuguesa está particularmente generosa, verdadeiramente um mimo. Cuidada ao detalhe, pensada para honrar a memória e o trabalho do autor. Inclui um caderno adicional com o relato do autor, das suas memórias do trágico episódio e do processo de realização de um livro comovente e impressionante, que o ocupou em exclusivo durante dois anos e cinco dias.
A editora encontra-se presente na Feira do Livro de Lisboa, num stand próprio, pavilhão D49, e esta obra encontra-se lá disponível.
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