
Pelo excelente ambiente, pela quantidade de gente mascarada de um rol de personagens que eu não faço a mínima ideia que universos é que habitam, mas que claramente se entendem entre si a avaliar pela sala cheia no auditório aquando do concurso de cosplay, que eu confesso achar piada sem entender o fascínio daquilo e, claro, pela banda desenhada.
A minha ida ao festival foi mesmo motivada pela banda desenhada. Para além da presença dos autores nacionais que colaboram com a editora Kingpin Book, gosto igualmente da vertente internacional que o Mário Freitas (director) dá ao festival. Se no ano passado estiveram presentes autores como David Lafuente, Giuseppe Camuncoli e Stefano Caselli, este ano foi a vez de Frazer Irving e Riccardo Burchielli. Depois ainda houve lançamentos e antevisões dos novos livros da Kingpin Books e pelas exposições de trabalhos de Irving (Batman), Burchielli (DMZ), Osvaldo Medina (C.A.O.S.) e Nuno Plati (Homem-Aranha).
As várias exposições ocupavam uma única sala pelo que só deu para sentir um cheirinho do trabalho destes autores. O Plati, que recentemente desenhou 8 páginas em “Amazing Spider-Man” # 657, e cujas pranchas estavam expostas, surpreendeu-me quando revelou que faz todo o seu trabalho em digital. Eu que era capaz de apostar que desenhava a lápis! A grande evolução das ferramentas gráficas deixa antever que o futuro da bd em digital está cada vez mais próximo! Gostei igualmente do desenho do italiano Burchielli.
Arte de Riccardo Burchielli
As apresentações correram muito bem e aguardo agora com alguma expectativa os trabalhos das duplas David Soares e Pedro Serpa em “O Pequeno Deus Cego” e Nuno Duarte e Joana Afonso com “O Baile”. Quanto aos lançamentos, o novo livro “Agentes do C.A.O.S. Nova Ordem” aguarda ali a vez para ser lido.
No debate moderado por Mário Freitas, que contou com a presença de Nuno Plati, Jorge Coelho, Riccardo Burchielli e Frazer Irving, este último revelou-se um excelente comunicador. E apesar de ser assumidamente fã do digital, foi no desenho a lápis que Irving (desenhador de Batman and Robin) concentrou as atenções nas duas sessões de autógrafos, onde distribuiu os mais variados Jokers para toda gente.
O resto foi amigos, muita conversa, muitas caras conhecidas, e uma agradável surpresa chamada Joana Rolo, (mais) uma excelente desenhadora a quem encomendei um Joker & Harley Quinn...
O resto foi amigos, muita conversa, muitas caras conhecidas, e uma agradável surpresa chamada Joana Rolo, (mais) uma excelente desenhadora a quem encomendei um Joker & Harley Quinn...
Arte de Frazer Irving ______________ Arte de Joana Rolo
Em resumo, boa onda este festival! Lisboa bem precisa de mais eventos assim!
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