01 janeiro, 2019

O ESTADO DA ARTE EM 2018

Primeiro um EXCELENTE 2019 para todos! Segundo, 2018 foi dos mais generosos dos últimos anos bedefilamente falando. Tivemos um total de 31 editoras nacionais a contribuírem com a edição em português de um ou mais livros de banda desenhada. O ano foi verdadeiramente incrível com 307 novas edições de banda desenhada em Portugal (a listagem que compilei poderá não ser exaustiva e omitir edições de autor, de pequenas editoras e camarárias que por algum motivo me possa ter escapado). Mais edição menos edição em nada altera aquele que é o melhor resultado dos últimos 5 anos e que dificilmente se repetirá nos anos mais próximos pelas razões que falarei mais adiante.
 
Em termos de entradas e saídas, saúda-se o nascimento de duas novas editoras: a ALA DOS LIVROS e a JBC Portugal. A primeira apresenta-se para um público mais leitor de bd franco-belga, enquanto a segunda promete complementar a oferta de mangá no mercado nacional. Nas saídas, o ano fica irremediavelmente marcado pelo desaparecimento da GOODY. Por ser uma das maiores e das mais activas o impacto irá sentir-se bastante em 2019. Sai de cena ao fim de 6 anos e 463 edições, levando com ela as publicações regulares da Disney e da Marvel.
 
E foi justamente a GOODY a editora mais produtiva de 2018 ao publicar, entre colecções Disney e Marvel, um total de 96 revistas. Um terço do que foi lançado por cá levava o selo desta editora. Uma média de quase duas revistas por semana. Infelizmente não foi o suficiente para a salvar, e com isso prevê-se um 2019 mais pobre em n.º de edições e distribuição de banda desenhada em banca.
 
A LEVOIR surge neste top na 2ª posição. O resultado da sua parceria com o jornal Público, traduziu-se em algumas das melhores coleções do ano. Foram mais Novelas Gráficas, uma surpresa Bonelli, o muito esperado Torpedo, o aniversário da Vertigo, o Batman de Marini e a continuação de Y somaram 42 obras. Para 2019 é uma incógnita ainda.
 
A fechar o top 3 das editoras nacionais encontramos a dinâmica G.FLOY. O seu diversificado catálogo permitiu apresentar em 2018 o seu melhor registo, com um total de 32 edições, duas destas em co-edição com a ComicHeart. Teve um crescimento de mais 8 livros (+33%) relativamente ao ano anterior.
Temos assim que estas três editoras, foram no seu conjunto, responsáveis por mais de 50% da edição nacional de banda desenhada em 2018. E é interessante ver que todas estas editoras disponibilizaram em banca os seus lançamentos.
 
Na quarta posição, está a ASA. Com uma produção em linha com os anos anteriores (28 edições), recuperou do seu catálogo franco-belga séries que estavam esquecida, como I.R.$ e Largo Winch, com o condão de as colocar em linha com as colecções originais.
 
A fechar o top 5 das maiores editoras nacionais, temos a DEVIR. A editora nacional por excelência de mangá, deu continuidade às suas várias colecções,ainda que não ao ritmo de anos anteriores, e por causa disso apresentou, relativamente ao ano anterior, uma quebra no n.º de publicações de 14 (-35%), e com isso fechou o ano com apenas 26 edições.
 
Depois temos uma mão-cheia de pequenas editoras que editaram 5 ou mais livros em 2018. Em consistência com a produção do ano passado. A excepção aqui vai para a GRADIVA com +4 edições e para a estreante JBC que no seu primeiro ano lançou cinco obras. Assim para fechar o top 10 das editoras nacionais temos a POLVO (13 edições), ESCORPIÃO AZUL (10 edições), ARTE DE AUTOR (7 edições), PLANETA (6 edições) e em ex aequo a GRADIVA e a JBC com 5 edições cada.
 
Em resumo, 2018 foi um excelente ano em termos de edição. Desde 2016 que se observa um crescimento do n.º de lançamentos e culminou agora com a bonita marca de 307 obras editadas. Terminadas as colecções grandes da SALVAT que influenciaram os números de 2016 e 2107, e com o fim da GOODY, é expectável a partir daqui um grande abrandamento no número de lançamentos. Por outro lado, o nosso mercado começa  a ter uma maturidade, onde os ajustes passam por um carácter qualitativo. Espera-se assim para 2019 menos bd's mas melhores bd's. Que no mínimo sejam todas boas leituras!
 

 

31 dezembro, 2018

Lançamento POLVO: Maria Pilar | Terror na Floresta


Chegados ao último dia de 2018 deixo aqui os últimos lançamentos do ano. Em dose dupla, chega-nos a colecção portuguesa UNIVERSO TEX, pela editora POLVO, que fecha assim da melhor maneira a celebração em Portugal do 70º aniversário do imortal ranger. «Maria Pilar» e «Terror na Floresta» são assim os dois primeiros números de uma colecção que irá centrar as suas histórias nas personagens que acompanham Tex Willer nas suas aventuras. Assim, em «Maria Pilar» a personagem principal é Kit Carson e em «Terror na Floresta» o leitor acompanhará Kit Willer.

Ainda que tenham a data de edição deste ano, a distribuição comercial deste dois volumes só acontecerá em Fevereiro de 2019. No entanto encontram-se disponíveis no editor e podem ser adquiridos directamente.


MARIA PILAR
Maria Pilar, uma jovem e corajosa mulher, desafia a ameaça de um grupo de atacantes que lhe assassinou o pai, guiando uma caravana de comerciantes hispânicos através da pista que liga Indianola a San Antonio. Em seu auxílio surge um intrépido Ranger de braço ao peito: Kit Carson!

Ficha técnica:
Maria Pilar
Argumento de Mauro Boselli e desenhos de Alessandro Bocci
Capa cartonada, 23,5 x 17,5 cm, p/b, 36 págs.
ISBN 978-989-8513-83-0
PVP: €7,99 (IVA inc.)
Editora POLVO


TERROR NA FLORESTA
No “WoodlandFlyer”, o comboio que atravessa o Colorado, Kit Willer é preso e forçado a trabalhar na floresta, juntamente com um honesto, mas azarado, jogador. Conseguirá o filho de Tex desenvencilhar-se por entre os perigos da natureza e as armadilhas dos seus carcereiros?

Ficha técnica:
Terror na floresta
Argumento de Chuck Dixon e desenhos de Michele Rubini
Capa cartonada, 23,5 x 17,5 cm, p/b, 36 pág.
ISBN 978-989-8513-85-4
PVP: €7,99
Editora POLVO

30 dezembro, 2018

Lançamento DEVIR: Lazarus - Vol. 1

Na recta final de um dos melhores anos em termos de novos lançamentos, ainda há tempo para as ultimas novidades. Este LAZARUS - Vol. 1, da Devir, é e não é uma novidade. A verdade é que comprei o meu exemplar em Setembro, em pré-lançamento da editora na ComicCon, mas também é verdade que depois disso nunca cheguei a encontrar à venda nas livrarias. A própria editora também nunca enviou o habitual comunicado de imprensa.

Um problema na gráfica e poucos exemplares disponíveis penso estarem na origem da situação, que espero que se resolva em 2019 de forma a não afectar a continuidade desta interessante série.

Fica a nota deste lançamento que contabilizo como o 26º da editora este ano.

LAZARUS - Vol. 1
O MUNDO está agora dividido não por fronteiras políticas ou geográficas, mas sim financeiras. Riqueza é poder, e esse poder reside unicamente nas mãos de um pequeno número de FAMÍLIAS. Os poucos que fornecem serviços à FAMÍLIA que os governa são bem tratados. Todos os outros são DESPERDÍCIO.
Em cada Família, há uma pessoa a quem é dado tudo o que de melhor a Família pode oferecer: treino, tecnologia, equipamento, toda e qualquer vantagem científica. Essa pessoa torna-se a espada e o escudo da Família, o seu protetor, o seu LAZARUS. O Lazarus da Família Carlyle é uma rapariga chamada Forever.
Esta é a sua história.

Ficha técnica:
LAZARUS - Vol. 1
De Greg Rucka e Michael Lark
Capa mole, formato 17x26 cm, cores, 128 pags.
ISBN: 978-989-559-395-8
PVP: €9,99
Editora DEVIR

27 dezembro, 2018

O Fim da Goody!

2018 fica indubitavelmente marcado pelo fim das operações da editora portuguesa GOODY. No último mês, os rumores começaram a circular, e a falta de notícias por parte da editora, outrora tão comunicativa, acentuaram a ideia que algo estava a correr mal. E o pior cenário confirmou-se agora em Dezembro. A revista PatoAventuras #4 (na imagem) fica como a última publicação da GOODY.

Com a sua insolvência é o fim, outra vez, das edições regulares da Disney e da Marvel em português. Consta que as razões deste triste desfecho prendem-se mais com o “buraco” nas contas da editora que a falência da distribuidora Distrinews II provocou do que com as vendas de revistas em banca. Mas a verdade é que não tem sido fácil a vida do Patinhas e do Homem-Aranha em Portugal!

A GOODY foi uma bela surpresa quando surgiu em Dezembro de 2012 com a «Comix». Após um longo interregno as revistas Disney portuguesas voltavam a surgir no mercado nacional. Atrás da «Comix» veio a «Hiper», a «Big», a «Disney Especial», e com as colecções do jornal Público, a banda desenhada desenhada estava de volta às bancas. Em 2013 fecha o ano com um total de 77 lançamentos.

Em 2014 alargou a sua oferta com a publicação da revista «Os Simpsons» e deu uma especial atenção ao público feminino com títulos como «Violetta» e «Real Life» e até a própria Minnie ganhou um título próprio como «Minnie e Amigos». Mas estas aventuras não foram bem-sucedidas e todos estes novos títulos foram cancelados no ano seguinte. Não obstante, 2014 fica como o seu melhor ano editorial com um total 99 revistas editadas.

Em 2015 é a vez da «Big» ficar pelo caminho com um total de 10 números.

Em meados de 2017, a GOODY procede a uma reorganização das suas publicações. São cancelados todos os títulos Disney, inclusive a «Comix» que tem a sua última edição no n.º 200. A diminuição das tiragens, os atrasos na publicação e as alterações das periodicidade da revista traçaram o fim desta rara longevidade. A oferta Disney passa a estar centrada em três revistas: «Mickey», «Donald» e «Tio Patinhas».  Mas a maior surpresa da GOODY será o anuncio do regresso das revistas Marvel ao mercado português, com os lançamento das séries «Homem-Aranha» e «Os Vingadores». O ano fecha com um total de 56 revistas.

E chegamos a 2018. A editora complementa a oferta mensal da Disney e da Marvel com a aposta em mini-séries, colecções de 3 a 5 revistas dedicadas a um única personagem ou série. As coisas aparentam estar a correr bem nas bancas. Surgem novos títulos da Marvel, como «X-Men» e «Marvel Especial». Todas as semanas havia uma a duas revistas novas. Chega Outubro, e sem aviso prévio todos os títulos da Marvel ficam suspensos. O primeiro número (de três) da mini-serie dedicada ao Demolidor fica com a última revista deste universo. As revistas Disney ainda continuaram a ir para as bancas até finais de Novembro. Até que a PatoAventuras n.º 4 fecha a bonita aventura desta editora. Foram 96 edições em 2018.

Para a história ficam os 6 anos de edição e as 462 publicações de banda desenhada, e previsivelmente um 2019 mais pobre nas bancas nacionais.

25 dezembro, 2018

Lançamento G.FLOY: O Homem Vazio


A G.FLOY fecha o seu ano editorial de 2018 com este O HOMEM VAZIO. É o 31º lançamento do ano da editora. De Cullen Bunn (escritor de Harrow County e Deadpool Mata o Universo Marvel) e Vanesa Del Rey temos uma assombrosa história policial e de terror, passada numa versão distópica do nosso mundo, em que uma aterrorizadora doença tomou proporções quase... sobrenaturais. O Homem Vazio é uma história completa, auto-conclusiva.

Já se encontra em distribuição pelas bancas e boas livrarias.

O HOMEM VAZIO
SEM AVISO. SEM ESPERANÇA. SEM CURA.
Passou um ano desde o primeiro caso confirmado da doença do Homem Vazio, e nenhuma droga ou medicamento conseguiu travar o seu progresso. A causa é desconhecida, e os sintomas incluem acessos de raiva, alucinações e demência suicida, seguidos pela morte, ou por um estado inerte e sem vida, “vazio”. E, à medida que começam a emergir pelo país estranhos cultos homicidas, o FBI e o CDC lançam uma investigação conjunta ao Homem Vazio, numa tentativa desesperada de travar um culto bizarro e encontrar uma cura para a doença.

Ficha técnica:
O HOMEM VAZIO
Argumento de CULLEN BUNN e arte de VANESA R. DEL REY
Capa dura, formato comic (17 x 26), capa dura, 160 pgs. a cores.
ISBN: 978-84-16510-78-8
PVP: 15€
Editora G.FLOY





22 dezembro, 2018

Lançamento G.FLOY: Starlight - O Regresso de Duke McQueen

STARLIGHT é o segundo lançamento de Dezembro da G.FLOY e o penúltimo do ano. O universo de Mark Millar é de novo aqui chamado e desta vez para uma bela homenagem aos grandes relatos de ficção científica dos pulps, desde o John Carter de Marte de Edgar Rice Burroughs, a heróis como Flash Gordon ou Buck Rogers.

STARLIGHT traz-nos algumas das mais belas personagens que Millar já construiu. Esta saga genuína e sentida vai capturar a imaginação dos leitores com a sua história de uma segunda oportunidade na vida, de luta entre a velhice e a juventude, e de aventura com A grande!

STARLIGHT: O Regresso de Duke McQueen
Na sua juventude, Duke McQueen foi transportado para o distante planeta Tantalus, onde ajudou a salvar a população de um tirano terrível. Mas isso foi há quarenta anos, e entretanto ele regressou à Terra, casou com a única pessoa que sempre acreditou na sua história, teve filhos e tornou-se num homem velho, a quem já nada resta senão as suas memórias de um tempo mais glorioso... até uma noite em que uma astronave desce dos céus e aterra no seu jardim, a pedir-lhe que aceite regressar para uma última aventura! Será que Duke vai conseguir esquecer que já é um homem velho, e relembrar o herói que em tempos foi? Ah, e claro, cabeças e naves vão explodir, corpos vão ser cortados ao meio por lasers, e a contagem de corpos de vilões não vai parar de subir à medida que o leitor for virando as páginas do livro!

Ficha técnica:
STARLIGHT: O Regresso de Duke McQueen
Argumento de MARK MILLAR e arte de GORAN PARLOV
Capa dura, formato comic deluxe (19 x 28,50), 168 pgs. a cores.
ISBN: 978-84-16510-85-6
PVP: 16€
Editora G.FLOY

Já em distribuição pelas bancas e pelas boas livrarias!






19 dezembro, 2018

Das primeiras novidades de 2019


Deixo aqui em primeira mão a capa da edição portuguesa de Asterix - O Segredo da Poção Mágica, da editora ASA, com lançamento para Janeiro, que traz a adaptação para banda desenhada da nova aventura cinematográfica dos nossos heróis gauleses, com estreia marcadas nas telas nacionais para dia 10 do primeiro mês do ano.

Astérix – O Segredo da Poção Mágica, que conta com a adaptação de Olivier Gay e desenhos de Fabrice Tarrin, leva os nossos heróis numa aventura para salvar sua aldeia.

Após ter dado uma queda, Panoramix decide que está na altura de assegurar o futuro da aldeia. Acompanhado por Astérix e Obélix, percorre então o mundo gaulês à procura de um jovem druida talentoso a quem possa transmitir o segredo da poção mágica! Mas o que ele não sabe é que o terrível Enxofrix, seu rival dos tempos da escola de druidas, engendrou um plano maquiavélico para se apoderar da receita da poção mágica. Por Tutatis! Se ele conseguir alcançar os seus objetivos, a aldeia está perdida!

Em Janeiro, numa livraria perto de si!

18 dezembro, 2018

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: O Recomeço e Outras Histórias

E o ano está longe de acabar no que respeita a novos lançamentos.

A editora ESCORPIÃO AZUL, com este novo «Recomeço e Outras Histórias» junta mais um autor nacional ao seu catalogo.

Da autoria de António Manuel Agonia Sampaio, esta edição de cariz antológico reúne uma extensa produção artística, compreendida entre 1987 e 2018, composta por 30 histórias curtas de Banda Desenhada de vários géneros, recupera trabalhos publicados em jornais e fanzines realçando a enorme capacidade de trabalho do autor.

Ficha técnica:
O Recomeço e Outras Histórias
De António Agonia Sampaio
Brochado, p/b, 128 págs.
ISBN 978-989-54252-1-1
PVP 12€
Editora ESCORPIÃO AZUL





17 dezembro, 2018

Lançamento G.FLOY: UNCANNY X-FORCE Vol. 3: EXTRAMUNDO

A G.FLOY ainda não fechou o seu (melhor) ano editorial, e a comprovar está este terceiro volume de Uncanny X-Force, já disponível em bancas e nas livrarias. Dá continuação à saga escrita por Rick Remender, e complementa-a com uma história que pertence ao evento “Essência do Medo” (Fear Itself, parte do qual foi editado no nosso país pela Levoir na sua colecção Marvel de 2014), uma história separada e completa.

A primeira história (Extramundo) segue directamente o volume anterior e encerra a saga que viu Fantomex executar Apocalipse; é complementada por duas histórias auto-contidas que lidam com ramificações da viagem da X-Force ao mundo do Apocalipse

UNCANNY X-FORCE Vol. 3: EXTRAMUNDO
O JULGAMENTO DE FANTOMEX NUM MUNDO DISTANTE...
...E UMA BATALHA PELA EXISTÊNCIA
Na sequência da Saga do Anjo Negro, a X-Force perdeu um membro, mas ganhou outro... Fantomex foi finalmente apanhado pelas consequências da sua acção, matar o Apocalipse criança, e o irmão de Psylocke, o Capitão Bretanha, rapta-o e leva-o para a dimensão do Extramundo, para ele ser julgado... Fantomex terá de responder pelo crime que cometeu, e os mutantes terão de aceitar uma aliança com o Corpo dos Capitães Bretanha para tentar salvar o Omniverso de um inimigo subtil e destruidor. E, na segunda história, que decorre durante o evento A Essência do Medo, um grupo de radicais religiosos acredita que a destruição que ameaça o mundo é um sinal de Deus, e decide salvar a humanidade do Diabo... matando o máximo possível de pessoas! Wolverine e a sua equipa secreta de mutantes assassinos têm de descobrir quem é o responsável pelos ataques suicidas que assolam o planeta.

Reúne os números #20-24 e #19.1 de Uncanny X-Force (Uncanny X-Force: Otherworld) e Fear Itself: Uncanny X-Force #1-3. E como é habitual, a editora é generosa no número de páginas que disponibiliza. Vejam mais abaixo.




Ficha técnica:
UNCANNY X-FORCE Vol. 3: EXTRAMUNDO
Argumento de RICK REMENDER e ROB WILLIAMS, e arte de GREG TOCCHINI, SIMONE BIANCHI
Formato Comic Deluxe (18,5 x 28), 200 páginas a cores, capa dura.
ISBN: 978-84-16510-84-9
PVP: 17€
Editora G.FLOY





13 dezembro, 2018

Lançamento JBC: Akira - Volume 1

Não é uma edição inédita, uma vez que o mangá AKIRA já foi anteriormente publicado por cá. Regressa agora numa nova edição, a preto-e-branco, integralmente publicada em 6 volumes, e que é apresentada pela editora JBC Portugal como a edição definitiva. Uma das mais populares obras de banda desenhada de ficção-cientifica, traz-nos uma história de amizade num cenário pós-apocaliptico.

AKIRA - Vol. 1
O ano é 2019. Já se passaram 38 anos desde a eclosão da 3ª Guerra Mundial, iniciada com uma explosão atômica em 1982. O mundo foi devastado. Nas ruas de uma Neo Tokyo pós-apocalíptica, jovens delinquentes dedicam suas vidas a espalhar o terror e o caos. Sob potentes motos e inflamados por drogas e bebidas, esses vândalos estão prestes a se tornarem o estopim de uma nova Guerra Mundial.
Em uma dessas noites, a gangue liderada por Shotaro Kaneda sofre um acidente inexplicável. Tetsuo Shima, o melhor amigo de Kaneda, atropela uma criança de estranha fisionomia. Após o ocorrido, Tetsuo começa a sentir reações esquisitas que parecem ter despertado poderes jamais imaginados. Isso acaba atraindo a atenção de agentes secretos do Governo envolvidos em um projeto com experiências sobre poderes sobrenaturais. Quando Tetsuo é capturado, ele se torna uma cobaia nas mãos do Governo para estudar os poderes que começaram a surgir depois do acidente. E assim, enquanto Kaneda tenta salvar o amigo, uma terrível e poderosa entidade pode estar prestes a despertar.

Já se encontra disponível em livrarias.

Ficha técnica:
AKIRA - volume 1
De Katsuhiro Otomo
Capa mole, dimensões 17,8x25,6 cm, 364 págs.
ISBN 9789895413355
PVP: 34,99€
Editor JBC Portugal



12 dezembro, 2018

Em jeito de balanço... AmadoraBD'2018

Lembrei-me de dar início a um conjunto de publicações aqui no blogue que servirão de balanço do ano que agora termina. Tenho algumas matérias para falar. Começo por um texto que não cheguei a publicar mas que serve agora como primeira nota sobre 2018. Versa sobre a edição deste ano do AmadoraBD. Fica para memória futura e retrato crítico de um evento que parece estar ligado à máquina, e sem apresentar, de ano para ano, sinais de melhorias. O festival encerrou as portas da sua 29ª edição há pouco mais de um mês.


Começou mal. Seguindo um hábito, péssimo por sinal, o cartaz, a programação, os autores presentes foram conhecidos praticamente 48 horas(!) antes da abertura de portas. Não fossem as redes sociais e provavelmente quase ninguém saberia que se passava qualquer coisa para os lados da Amadora. Toda esta lógica (ou falta dela) de comunicação contraria aquilo que se tem como boas práticas numa boa organização. Se o evento não se promove, o interesse não surge, os visitantes não aparecem. Basicamente o que nasce torto jamais se endireita!


E visitantes (ou falta deles) começa a ficar como imagem de marca consolidada do AmadoraBD. Longe das enchentes de outrora, o festival vai sobrevivendo com “os do costume”. Para quem acompanha isto há já alguns anos, uma ida ao Fórum Luís de Camões aos fins-de-semana assemelha-se a um reunião anual daqueles que cresceram a ler o «Tintin» ou o «Mundo de Aventuras». Foi o retrato da edição deste ano. Não me interpretem mal, está-se bem, revêm-se amizades que se foram construindo ao longo do tempo, conversa-se e discute-se muita BD, compram-se as novidades. As filas para os autógrafos são pequenas e o espaço do festival vazio parece enorme. Mas convenhamos não é para este objectivo que anualmente se organiza um festival de banda desenhada com o orçamento que o AmadoraBD dispõe.

No ano em que o tema oficial foi o «Brasil», o seu representante maior, Maurício de Sousa, foi convidado… da Comic-Con. Ups! Na Amadora tivemos direito a uma exposição dedicada a vários autores do país-irmão, a visita do repetente Marcelo Quintanilha a chefiar uma mão-cheia de quase ilustres desconhecidos convidados que fizeram a festa brasileira. Apesar de apresentados como um conjunto de autores fundamentais no panorama brasileiro contemporâneo, não considerei que esta mostra fosse representativa do melhor que o Brasil produz actualmente. Diria que foi (mais ou menos) interessante mas sem grandes euforias.

Continuando em "modo exposições", confesso que a dedicada ao Francisco Sousa Lobo se distinguiu pela sobriedade da mesma. Não sendo um autor fácil, ou apelativo, toda a envolvência e ambientes criados cativavam e despertavam curiosidade. Nota positiva para a equipa que montou a exposição.


O piso inferior do festival, parece o parente pobre do evento, mas serve bem como reflexo do actual estado do AmadoraBD. Um enorme vazio, mal iluminado, salpicado por uma (a do Álvaro) ou outra (a do Artur Correia) exposição bem conseguida. Manifestamente muito pouco, e pouco dignificante, para um festival que já foi o melhor e maior em Portugal. O Fórum Luís de Camões do AmadoraBD lembra-me aqueles centros comercias decadentes, que entre muitas lojas fechadas, lá está uma ainda de portas abertas mas com uma oferta muito reduzida.

Na ausência de grandes nomes internacionais, é mais uma vez a "prata da casa", leia-se autores nacionais, que salva o serviço. Desta vez calhou a Luís Louro. Está em grande forma no desenho. A originalidade do seu novo “Watchers” (edição ASA) valeu-lhe “trabalho a dobrar”. Reinou nas sessões de autógrafos. O reconhecimento media-se pelas filas. Incansável atendeu a tudo e todos, ainda que a sua presença fosse quase sempre ignorada por quem anunciava os autores. Mas não passou despercebida a quem realmente importa, os leitores.


E por falar em ausências, o que dizer de uns PNBD sem direito a qualquer promoção, com nomeados conhecidos nas vésperas da cerimonia de entrega dos prémios, onde nesta primavam justamente pela ausência os vencedores nacionais das principais categorias? Está feita a piada!

Um mês e meio depois do encerramento, e nos sítios oficiais (site e página do facebbok) não encontro o balanço oficial do evento. Não sei foi feito ou se é suposto ser feito. Tinha curiosidade em ver os números oficiais do “sucesso” da edição deste ano, mas com boa-vontade se contarmos os mesmos visitantes várias vezes aponto para os 30.000 da praxe.

Em resumo, uma edição desenxabida. Ficamos cada vez mais com a sensação que organizar este festival é daquelas coisas chatas que fazemos por obrigação. Não encontramos  lá qualquer declaração de amor à Banda Desenhada. Fica como nota negativa dos eventos de 2018.