No ano em que celebra 10 anos de publicações mangá em Portugal, a DEVIR prepara-se (e preparem-se os leitores portugueses) para um ano editorial bastante ambicioso e como tal muito surpreendente. Depois de em 2021 ter conquistado a posição cimeira entre as editoras nacionais de banda desenhada mais proliferas, em 2022 a DEVIR promete superar as melhores expectativas.
A Ana Lopes, responsável da editora, deu agora uma reveladora entrevista, onde abriu o livro. Em termos gerais, este ano a aposta agora passa pelo lançamento de cinco novidades por mês (em média), o que contas feitas dá cerca 50 a 60 livros! Melhor que isto só a Goody há uns anos atrás! Para percebermos melhor o que representam estes 60 livros, recordo que no ano passado a DEVIR, que foi quem mais editou, contabilizou três dezenas de lançamentos. Portanto temos aqui uma quase duplicação da oferta. É um crescimento impressionante!
E o que cabe dentro destes 50 a 60 livros?
Obviamente que cabe muita coisa. Assim ao longo do ano, iremos ter a conclusão de algumas colecções, concretamente Assassination Classroom (faltam 2 volumes de um total de 21) e Platinum End (faltam 5 volumes de um total de 14). A periodicidade da série Naruto passa a mensal, e em Fevereiro teremos o 41º volume. A aposta nas restantes séries do catálogo mantêm-se forte, com a promessa de quatro a seis volumes novos para cada uma delas.
E depois temos as novidades.
Confesso que a literatura mangá não é a "minha praia", o que não obsta que na minha bedeteca tenha alguns mangás, nomeadamente os volumes de Death Note mais as Black Edition (o terceiro volume está previsto para Março), Assassination Classroom e All You Need is Kill, mas percebi pelo entusiasmo do pessoal que comentava a entrevista, que o que se segue é muito bom.
É literalmente uma mão-cheia de novas e boas colecções que estão para chegar.
Começo por aquela que cuja história vai ao encontro do meu gosto, e como tal despertou logo a minha curiosidade. A capa do primeiro volume acompanha esta publicação: MONSTER, de Naoki Urasawa. Serão 9 volumes no total, apresentados num formato deluxe com sobrecapa, que segue a edição japonesa. Gostei particularmente deste pormenor. Estão previstos três volumes para este ano.
Seguem-se títulos como SUNNY, de Taiyo Matsumoto, integrado na colecção Tsuru da editora, e que irá ser publicado no formato de 2 em 1, o que faz uma colecção de 3 volumes. VENUS IN THE BLIND SPOT, de Junji Ito, em edição de luxo que reúne os melhores contos do mestre do horror japonês. JUJUTSU KAISEN, de Gege Akutami, também com uma grande legião de fans, e para grande surpresa, ONE PIECE, de Eiichiro Oda. Um mangá que conta com mais de 100 volumes já publicados lá fora, e que chega agora a Portugal, em resposta a muitos pedidos dos leitores. A editora para acelerar a colecção promete este ano volumes triplos todos os meses.
Uma palavra final para dizer que no meio disto tudo, ainda haverá espaço para Paper Girls, cujos volumes 5 e 6 já estão impressos no Brasil e em trânsito para Portugal. E está igualmente prevista uma novela gráfica, mas ainda no segredo e sem data de lançamento definida. Garantidamente está previsto é um grande ano de mangá por cá, e não sei se não teremos aqui, finalmente, um mangá como um dos lançamentos do ano!
Para mim só Paper Girls SE SAIR.
ResponderEliminarManga nao vejo nada de especial!!!
É lamentável a DEVIR ter deixado cair o catálogo de BD europeia e americana, especialmente o selo Biblioteca da Alice, indo em sentido contrário do que se passa na congénere brasileira. Estou, apesar de tudo curioso, com o título SUNNY e na "novela gráfica" anunciada. Enfim...
ResponderEliminarOptimus, eu que nem sou leitor de mangá e estou entusiasmando com o Monster. Tens que alargar as escolhas porque senão ficas reduzido ao minimo em termos de bd editada em Portugal, digo eu ;)
ResponderEliminarAntónio, percebo a desilusão, até porque eu também já fiquei com The Walking Dead pendurada em português (completei com as edições da Image) e estou a ver que Lazarus também vai ficar pelo caminho. Por outro lado, percebo que as opções económicas prevaleçam. A Devir já se tinha queixado que as novelas gráficas não vendiam (selos Tsuru e Biblioteca da Alice), e o mangá pelos visto vende-se e bem. Perante esta realidade, é lógico o caminho a seguir pela editora. Se me pusesse no papel deles, muito provavelmente a minha decisão como gestor não seria diferente.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"Tens que alargar as escolhas porque senão ficas reduzido ao minimo em termos de bd editada em Portugal"
ResponderEliminarJá eu acho que as editoras tem que editar bds para o meu gosto,aonde estão os mangas de robots,Ciborgues,androides,etc
Ou e do género é tudo wesrtern e tenho que comprar para "expandir" a carteira das editoras.
Boas Nuno, as obras de qualidade raramente se vendem por si e aqui, mais mais vez, julgo que a estratégia da Devir para promover, divulgar e avançar as suas obras não-manga foi inexistente. A somar a isso os valores cobrados pela mesma sempre foram bastante acima da média. A inconsistência e irregularidade de edições contribuíram bastante para a falha na construção de um catálogo sólido. Na minha opinião as (boas?) vendas no género mangá poderiam e deveriam servir para alavancar a edições de outros títulos. A DEVIR Brasil, mesmo tendo em consideração as diferenças na dimensão de mercado, parece-me que desempenha bem melhor o seu papel de editor. Abraço.
ResponderEliminarOptimus, que o que vai sair de manga não seja para o teu gosto, pronto... agora dizeres que não vai sair nada de especial, aí para o baile, porque Monster é um dos melhores Mangas de sempre!
ResponderEliminar:D
Nuno Neves, boa notícia me dás, porque há dois meses para iniciar o Monster Deluxe Edition, e não o fiz porque tinha números esgotados. Agora se vai ser publicado em português nesse mesmo formato Deluxe, já ganhei o dia! Vou ficar com as 3 grandes obras de Naoki Urasawa nas minhas estantes: Pluto, 20th Century Boys e agora Monster!
Basicamente Manga é onde eu gasto a maior parte do dinheiro para BD neste momento.
;)
Nuno Neves
ResponderEliminarOs 7 volumes de Monster é lapso da editora, a série segue a edição Deluxe japonesa (em inglês, francês, japonês) que são 9 volumes.
Confirmei com a Devir, não fazia sentido serem 7 volumes.
;)
Abraço
Olá António, concordo que a edição não-mangá é actualmente o patinho feio da editora. Mas não acho que tenha sido sempre assim. Tenho na minha Bedeteca obras como Blankets, Habibi, Comprimidos Azuis, SinCity, Agência de Viagens Lemming, Do Inferno, entre outras, e são todas excelentes novelas gráficas, pelo menos na minha opinião. Agora se Portugal não tem um público leitor em número suficiente para viabilizar a edição deste tipo de obras, temos aqui uma outra situação. E como consequência(?) tenho pena que estas edições tenham sido penalizadas pelo seu preço de capa. E provavelmente algumas delas não pagaram a edição. Acredito que assim seja impossível competir com um livro de mangá que custa € 10. A verdade é que há praticamente 10 anos que o preço dos mangás de bolso permanece inalterado em Portugal. Parece-me lógico o caminho a seguir pela editora. Lá por fora, Estados Unidos e França, as vendas de mangá estão loucas, em Portugal não podia ser diferente.
ResponderEliminarOlá Nuno! Obrigado pela informação. Vou corrigir. Perante tantas manifestações de contentamento com a edição de Monster, confesso que estou já em grande expectativa para com esta colecção. :)
ResponderEliminarOne piece vi alguns episódios do anime e odiei,monster nao me diz nada logo....
ResponderEliminar