Já aqui tinha referido aquando da minha primeira visita ao Amadora BD, a chegada da IGUANA, a mais recente chancela da BD do nosso mercado. Não se trata de uma nova editora, porque é pertença do grupo PENGUIN RANDOM HOUSE, que quer reunir agora debaixo deste "tecto" todas as suas futuras edições de novelas gráficas e biografias ilustradas. A intenção da Iguana será o de editar entre 12 a 14 novidades por ano.
Para já em 2023 está confirmada a edição de The Times I Knew I Was Gay, de Eleanor Crewes, e Mauvais Genre, de Chloé Cruchaudet, premiado no festival de BD de Angoulême.
Apesar de anunciado para a Companhia das Letras, outras chancela do grupo, é provável que a esperada edição de luxo, prevista para Maio próximo, de As Aventuras Completas de Dog Mendonça & Pizzaboy, que reúne as fantásticas, as extraordinárias e as incríveis aventuras, mais os episódios publicados pela Dark Horse Comics nos Estados Unidos e ainda uma história inédita, também seja aqui incluída. Fazia sentido. Digo eu.
A deliciosa ilustração que aqui reproduzo do nascimento da Iguana é da autoria de Helena Morais Soares.
Mas para já, e depois de apresentada no Amadora BD, chega hoje às livrarias, a obra O seu nome é Banksy, de Francesco Matteuzzi e Marco Maraggi, o primeiro livro da IGUANA.
Banksy é um dos artistas mais famosos do mundo. Graças a ele, a arte urbana tornou-se Arte, com maiúscula. No entanto, também guarda um dos mistérios mais incríveis da História da Arte.
Uma rapariga e um rapaz, apaixonados pela arte urbana, refazem a história de Banksy, como se fosse um documentário, desde as primeiras obras do artista até aos seus últimos trabalhos. Com uma série de flashbacks e saltos para a frente, são exploradas a carreira artística, as posturas política e social de Banksy e as teorias mais credíveis sobre a sua identidade.
Ficha técnica:
O seu nome é Banksy
De Francesco Matteuzzi e Marco Maraggi
Capa dura, dimensões 170x240mm, cores, 128 págs.
ISBN 9789897846557
PVP: € 18,85
Edição IGUANA
Pergunta: a IGUANA quer ser uma editora de BD ou uma editora que edita BD de nicho? Pelos títulos anunciados a tendência parece ser essa.
ResponderEliminarCom tantas chancelas seria lógico pensar que esta seria só dedicada às novelas gráficas, mas já deu para perceber que o catalogo será um misto de BD e obras ilustradas e quaisquer outras que eventualmente sejam dirigidas a um público mais restrito. Não sei se a BD será o tipo de edição dominante.
ResponderEliminar@Nuno Neves Pois Nuno, o meu receio é precisamente esse mas referia-me aos temas de fundo que informam o (ainda) escasso catálogo da Iguana. Temas fracturantes sobre minorias sexuais são temas de “moda”. Resta saber até que ponto justificam o foco quase exclusivo neste assunto. De igual modo obras biográficas em formato BD não são nada de novo e, pese embora a relevância dos nomes até agora contemplados, a obra desenhada aparece aqui de alguma forma subalternizada. Pelo que vi nada aqui me entusiasma por aí além. Resta saber se o projecto editorial tem margem para apostar em obras verdadeiramente relevantes de BD sem se colar a agendas pessoais ou de grupo.
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