Findo o mês de Março os números revelam que o mercado editorial de BD continua por cá em alta. Foram mais de seis dezenas de novidades (62) que chegaram às prateleiras das livrarias até ao final do primeiro trimestre de 2023, e comparativamente com igual período do ano passado regista-se um crescimento de 38%, o que vem dar continuidade ao "período dourado" a que referi no meu artigo de balanço bedéfilo de 2022.
São excelentes noticias, mas o que eu quero registar agora aqui é um facto completamente inédito. No acumulado até Março, pela primeira vez, verificou-se que o total de novidades no género manga (31%) superou o número de lançamentos de banda desenhada de origem franco-belga (24%).
Já nem lhe chamo uma tendência, mas sim a confirmação do que já era observável nos últimos anos: que a literatura manga (e as suas variantes) vieram para ficar! A editora DEVIR abriu as portas e indicou o caminho, e o manga em Portugal encontra-se que no que diria ser em modo “bola de neve”, com cada vez mais novos lançamentos e novas editoras a apostarem neste segmento. Este ano já são oito editoras nacionais com edições manga, com a DEVIR, claro, destacadíssima das demais.
Ainda recentemente passei numa loja de uma conhecida distribuidora livreira, onde a banda desenhada reserva para si um espaço próprio, e para grande surpresa minha, no expositor de maior visibilidade, antes ocupado pelos álbuns de banda desenhada franco-belga encontra-se agora tomado (quase) na sua totalidade pelas edições portuguesas de manga. É o mercado a ditar a sua lei. Temáticas variadas, qualidade de argumentos e desenhos, preço capa acessível, elevado número de páginas são razões que justificam a popularidade do manga.
Vai tudo ao mesmo.Lembra muito o inicio de 2000 com fb e a uns anos com os comics vamos ver se daqui a 5 anos quantas dessas editoras continuam a editar manga.
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