Na leva de lançamentos deste mês da editora DEVIR temos o regresso de GUY DELISLE e o seu género de narrativa gráfica documental, onde o autor baseando-se nas suas experiências pessoais nos destinos talvez mais complexos deste mundo, proporciona-nos uma visão única, com sentido de humor e por vezes critica das culturas e políticas de cada um desses sítios.
Depois do registo das viagens à Coreia do Norte (Devir, 2015), à China (Devir, 2017) e à Birmânia (Devir, 2020), chegam agora as CRÓNICAS DE JERUSALÉM.
Publicada originalmente em 2011, estas Crónicas retratam o ano em que o autor viveu em Israel por força do trabalho da sua esposa na ONG Médicos Sem Fronteiras. E é através de uma narrativa descontraída, registada numa espécie de diário gráfico, que Delisle descreve com um apurado sentido de observação as peculiaridades de um quotidiano em Jerusalém, abordando com honestidade e curiosidade as tensões religiosas, políticas e culturais que definem a vida naquela cidade.
Lamentável que tenham sido necessários 8 anos e a recente presença do autor num evento para que a Devir tenha "acordado" de novo para a obra de Guy Delisle (as outras editoras completamente ignoram o assunto...). Entretanto várias excelentes obras ficaram na prateleira. Esperemos que este novo "entusiasmo" da Devir em obras não-mangá se estenda a estes títulos.
ResponderEliminarA Devir vai estender o seu catalogo em 2025, pelo que não sei se terá capacidade para atender a todos os pedidos. Eu valorizo esta política da editora. Claro que gostaria que fossem publicando bons autores mais atempadamente, mas também sei que o nosso mercado não é grande e começa a ser concorrencial.
ResponderEliminarViva Nuno. O que me admira é que tenha sido necessário um hiato de 8 anos, após a edição do 2ª título em Portugal, para retomar outro título. O que se terá passado? Poucas vendas, má promoção, desinteresse do editor? Não sei dizer. Falta também de sentido de oportunidade do editor porque poderiam ter alinhado a recente vinda do autor com uma 2ª visita e o lançamento do título no Amadora BD - teria feito todo o sentido. E, bem sei, nenhuma editora atende a pedidos, embora, por vezes, desejasse que sim. É preciso estar atento e segurar as apostas mais interessantes criando hábitos de leituras junto dos leitores nacionais evitando, se possível, quebras demasiado extensas na presença editorial. Este é um dos casos. Não retira valor á obra mas, eventualmente, diminui-lhe o impacto.
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