23 maio, 2024

Lançamento ARTE DE AUTOR: O Vento nos Salgueiros (edição integral)

Um dos lançamentos agendados para a edição deste ano do festival MAIA BD, que recordo se realiza no próximo fim-de-semana, é esta edição integral na sua versão para banda desenhada assinada por Michel Plessix, do clássico da literatura infantil O VENTO NOS SALGUEIROS, originalmente escrito em 1908 por Kenneth Grahame,  com a chancela da editora ARTE DE AUTOR.

Na verdade, esta adaptação já havia sido anteriormente editada entre nós, há mais de 20 anos, pela desaparecida WITLOOF, em quatro álbuns, por sinal difíceis de encontrar no mercado de alfarrabistas, com a agravante do primeiro deles, intitulado O Bosque Selvagem, quando surge custar literalmente “um rim”. Esta nova e definitiva edição resolve logo esta questão. Destaco a vantagem da versão integral, que reúne 4 em 1, e só não gosto da escolha da capa. O desenho de Plessix surge diminuído num enquadramento pouco feliz. 

A história decorre numa melancólica paisagem rural inglesa, nas margens do rio Tamisa em Inglaterra, e segue as aventuras de quatro personagens antropomorfizados: Mole (Toupeira), Rat (Rato), Toad (Sapo) e Badger (Texugo).

O VENTO NOS SALGUEIROS
Um mundo fantástico e completamente à parte, habitado pela toupeira, o rato, o sapo e o texugo, os quatro amigos que, sem pressas, saboreavam os prazeres da vida do campo, e ainda tinham tempo para umas aventuras divertidas. As aventuras épicas das personagens servem de pretexto ao autor para pintar ternos quadros bucólicos, trabalhados até à mais pequena folha de erva. Cheira a feno, a lama. Respira-se. Relaxamos. 
 
Ficha técnica:
O Vento nos Salgueiros (edição integral)
Argumento e desenho de Michel Plessix
Edição cartonada, formato 236x285, cores, 128 páginas.
ISBN: 978-989-9094-47-5
PVP: € 29,95  |  Edição ARTE DE AUTOR
 

5 comentários:

Antonio disse...

Capa infeliz, no mínimo. Esta teria sido a a oportunidade de propor um projecto de capa verdadeiramente apelativo e, quem sabe, acabamentos especiais que valorizassem a obra - verniz localizado, estampagem metalica em baixo relevo no tíitulos e lombada, lombada em tecido, fitilho de marcação etc. Não existem diretores de arte nestas editoras?...

Nuno disse...

Esta questão toca-me particularmente porque adoro ver capas bem conseguidas, onde a ilustração assume o papel principal. São a montra da obra. Tem de chamar a atenção, fazer destacar o livro entre os demais e despertar a curiosidade para o seu interior, já para não falar no aspecto valorativo que confere à própria edição. Mas infelizmente, de vez em quando, a coisa derrapa. E da mesma editora que já nos deu belas capas com os álbuns Apesar de Tudo ou o Castelo dos Animais, ou mesmo na colecção Corto Maltese, cai agora a nódoa, e é pena porque esta edição integral merecia mais. Já transmiti este meu sentimento à editora.

Antonio disse...

O mais agravante é que a edição original (intergral de 2009), embora não sendo um exemplo de bom design, funciona, com uma imagem á largura da mancha da capa. Alguém da Delcourt (a editora original) aprovou esta capa, a questão é saber porquê.

Paulo Silva disse...

Nunca apanhei o malfadado vol. 1 da Witloof, pelo que comprei esta edição. Sou mais um que não compreende esta capa, com aquela espécie de miniatura.
Decisão no mínimo estranha.

Nuno disse...

Paulo Silva, sempre que esse vol. 1 me apareceu vinha com o rótulo de raridade e com um preço de várias dezenas de euros. Nunca comprei. Felizmente esta edição integral veio acabar com essa especulação absurda.