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16 dezembro, 2021

Uma Comic Con de acordo com as expectativas!

Deixo aqui uma nota sobre o último grande evento do ano, sobre o qual posso já afirmar, que no geral não foi nada de especial, ainda que tenha sido realizado num espaço mais central e melhor servido de transportes e outras facilidades. A verdade é que a edição da Comic Con Portugal de 2021 sofreu com a pandemia. O vírus obrigou à mudança da data de realização do evento, prevista inicialmente para Setembro, atirando-o para meados de Dezembro, provocou condicionamentos na oferta do programa e claro, obstou a presença de alguns convidados. Mas isto não é culpa da organização. 

Agora tenho para mim que a organização é culpada de fazer uma festa exageradamente pobre para pessoas eventualmente ricas. O preço do bilhete de entrada, para um evento que apresentava como cabeças de cartaz alguns… youtubers brasileiros, e figuras menores da TV & Cinema, e ainda a Graça Freitas da DGS como uma das convidadas, passa logo de caro para excessivo. E isso teve naturalmente impacto no número de visitantes, que desconfio que deve ter ficado aquém das expectativas da organização.

Junta-se uma oferta muito reduzida nas actividades quando comparada com edições anteriores (bastava olhar para a miséria no interior da tenda do gaming) e o facto das assinaturas e fotografias dos “talentos” (terminologia da organização) serem “bem” cobrados à parte, então temos que o preço do bilhete salta de imediato para a categoria de "estupidamente absurdo". É que nestas coisas de “cultura pop” Portugal não é a América, e não temos, nem a dimensão nem o poder de compra “lá de fora”. Temos uma Graça Freitas mas dispensamo-la bem!

Deixada a panorâmica geral, centro-me agora no concreto. O meu interesse quase em exclusivo na Comic Con centra-se na vertente da Banda Desenhada. E aqui as coisas foram diferentes. Não foi perfeito, e há pontos que podem ser melhorados. Mas o balanço é francamente positivo.

Começo pelos convidados estrangeiros deste ano nesta área. Um luxo. E para aqueles que insistem em apontar à BD um papel secundário na Comic Con, eu recordo a lista de 11 convidados, onde encontravamos nomes como Ralph Meyer, Miguelanxo Prado, Van Hogen, Martinez Bueno ou Michele Benevento. Tivesse, por exemplo, o Amadora BD um cartaz com autores estrangeiros deste calibre e a tenda “rebentava pelas costuras”. Houve infelizmente três cancelamentos, Roca, Bonhomme e Grell, por motivos imputáveis à pandemia. Acontece. Nada a fazer aqui, a não ser melhor informação por parte da organização. É um ponto a melhorar. Sobrou então para os presentes abrilhantarem as esperadas e concorridas sessões de autógrafos, que se realizaram num espaço específico sem confusão. Várias sessões bem distribuídas entre horários e autores. Simpatia e disponibilidade, tempos de espera aceitáveis, e nada de senhas. Não vi ninguém queixar-se. Nota muito positiva.

Paralelamente às sessões de autógrafos decorreram vários painéis de conversação com alguns dos autores. Devo dizer que não consegui ver nenhum. Tive pena de perder a apresentação do painel "Balada para Sophie" do Filipe Melo e Juan Cavia, mas a sessão às 15h numa quinta-feira inviabilizou; o painel de apresentação do "Museu da Banda Desenhada de Beja - O Primeiro Museu da Banda Desenhada em Portugal” com Paulo Monteiro, também me interessava, mas coincidiu com sessões de autógrafos a decorrerem. E o mesmo aconteceu com o painel de Ralph Meyer, "De Asgard a Undertaker - entre a Ficção científica e o Western". E é neste ponto que a coisa falha. A programação da BD na Comic Con resume-se apenas aos painéis e aos autógrafos. Logo não se compreende o porquê da sobreposição de horários quando o que não faltam são horas em 4 dias de evento. Será que não é possível uma melhor conciliação de horários, de forma que as diferentes ofertas não colidam umas com as outras? Quero acreditar que a organização aqui, pode, e deve, fazer muito melhor!

E que mais se podia a organização fazer?

Podiam acontecer lançamentos, mas com a Comic Con a acontecer em meados de Dezembro, convenhamos que já há muito ou mesmo nada para as editoras apresentarem nesta altura. Para além disso, o Amadora BD aconteceu há relativamente pouco tempo e foi a última montra do ano para as novidades. Dezembro sofre por ser o ultimo mês do calendário. Talvez possa haver palco para lançamentos quando o evento voltar a realizar-se em Setembro.

Quanto a haver ou não exposições de banda desenhada, pessoalmente considero que não é o local apropriado. Para isso já temos, e bem, os festivais de Beja e da Amadora. A Comic Con é um evento com uma dinâmica muito própria, que centraliza uma variedade enorme de gostos e interesses, entre os quais a BD é apenas mais um. O foco é sobretudo nas pessoas. Agora sejamos sinceros ninguém vai lá para ver “quadros”!

No espaço comercial, leia-se mercado geek, encontrava-se alguma oferta de banda desenhada em três ou quatro stands, incluindo a loja oficial do evento e de uma conhecida cadeia de distribuição, que garantiu o stock de livros dos autores presentes. Pareceu-me o suficiente. Os visitantes gastam o dinheiro todo nos pop's da Funko, e leitor/comprador de banda desenhada sai mais bem servido se aproveitar as campanhas de descontos directos promovidos pelas editoras e livrarias. 

Como devem compreender, ainda que considere o que a edição deste ano da Comic Con tenha sido, no geral, bastante fraca (e cara), e reconheça a legitimidade para uma frustração de expectativas na grande maioria dos visitantes (a título de exemplo, o meu sobrinho de 15 anos ao fim de duas horas disse que já tinha visto tudo e queria vir-se embora), eu como amante da banda desenhada, e atendendo às condicionantes já referidas, não tenho razões de queixa. Conheci o Ralph Meyer, talvez um dos melhores desenhadores da actualidade e tenho vários álbuns com desenhos autografados por todos os autores presentes. A lamentar só os painéis que queria ver e não vi e os autores ausentes, mas tal não afecta o balanço positivo que faço desta edição.

A Comic Con é isto, cada um vai ao encontro dos seus gostos e das suas expectativas. Na edição deste ano, as minhas foram alcançadas!

Na imagem de cima, desenho autografado de Miguelanxo Prado; na imagem de baixo, Ralph Meyer numa das sessões de autógrafos.

 

12 dezembro, 2021

Uma Comic de Autógrafos


Uma Comic Con também de incertezas. Cada dia não sei bem ao que vou. Tivemos a notícia do cancelamento das presenças dos autores Matthieu Bonhomme, Mike Grell e Paco Roca, por força da pandemia e das suas restrições. Ontem perdi a apresentação da curta “O Lobo Solitário” do Filipe Melo porque passou das agendadas 19:15h para as 18h. Obviamente que alterações destas à última da hora eram dispensáveis. Depois temos um problema de sobreposições de programa. Alguns painéis da área da Banda Desenhada decorrem em cima das horas das sessões de autógrafos. O facto de não possuir o dom da ubiquidade contribui para que tenha que fazer opções. Também dispensava bem isto. Se calhar uma melhor organização na programação da área da Banda Desenhada precisa-se na Comic Con, digo eu. Para um investimento tão forte na presença de bons autores é pena ver bons painéis “às moscas”.
 
Já aqui tinha falado do lançamento da revista #15 do Clube Tex Portugal. Retomo para louvar a excelente iniciativa na edição de uma “blank cover”. É um conceito muito utilizado principalmente nos Estados Unidos. A capa da edição é totalmente branca e utilizada para o autor fazer um desenho autografado. Cada exemplar fica único. A presença do autor Michele Benevento serviu foi o mote.
 

E depois houve a Comic Con de autógrafos. nas várias sessões não houve razões de queixa. Sem muitas confusões e filas simpáticas em tamanho. Há tempo para tudo e para todos, claro está, desde que saltemos os painéis de apresentações. E excelentes autores resultam sempre em excelentes desenhos autografados.

10 dezembro, 2021

CCPT2021: 1º Dia - Ralph Meyer

Ontem não tive muito tempo disponível pelo que passei na Comic Con mesmo no final do dia e só para apanhar a sessão de autógrafos do Ralph Meyer. Uma fila pequena para a qualidade do artista que estava a desenhar, e claro composta essencialmente por caras conhecidas de outras filas.

Ralph Meyer, talentoso desenhador, destaco sobretudo o seu fantástico trabalho, entre outros, no western Undertaker cujos os primeiros dois álbuns foram cá publicados pela Ala dos Livros. Também assinou O Mangusto, uma das histórias paralelas da série XIII, editado pela ASA.

De uma simpatia e disponibilidade enorme, e dono de um traço fluido e rápido, o que possibilitou dois desenhos.

09 dezembro, 2021

Começou a Comic Con Portugal 2021!

Já abriram as portas para o último grande evento de BD de 2021. Com uma nuvem de incerteza a pairar, dado os tempos atribulados em que vivemos, e tendo como palavra de ordem a segurança, estão aí os 4 dias da COMIC CON PORTUGAL, no novo espaço em Lisboa, no Parque das Nações. O maldito vírus adiou a realização do festival para agora, e o mesmo vírus obriga agora a apresentação do teste obrigatório à covid-19 para acesso ao recinto e a utilização de máscara dentro dele. Mas para ser sincero isto de adiamentos, testes e máscaras, é o novo "normal" dos nossos dias.
 
Dentro de toda a oferta que a Comic Con proporciona,  a parte que nos interessa, a Banda Desenhada, temos na edição deste ano talvez um dos melhores cartazes dos últimos anos. Logo à cabeça, e oriundos do universo franco-belga, a presença dos autores Ralph Meyer («Undertaker») e Matthieu Bonhomme («O Homem que matou Lucky Luke»). Dois incríveis desenhadores felizmente publicados por cá. A estes somam-se outros grandes nomes como como Paco Roca, Miguelanxo Prado, Peter Van Hogen, Michele Benevento, Álvaro Martinez Bueno, Mike Grell, aos quais se juntam ainda os nossos Filipe Melo, Juan Cavia e Paulo Monteiro. De destacar também a presença oficial do Clube Tex Portugal, com stand próprio, e que aproveitando a vinda do desenhador Michele Benevento, organizou uma pequena exposição de originais do autor, e terá o lançamento da revista CLUBE TEX PORTUGAL #15 durante o festival.
 

Toda a informação relativa ao programa da Comic Con, nomeadamente as apresentações/painéis e sessões de autógrafos, podem e devem ser consultada no site do evento disponível aqui, até porque poderá existir alterações de última hora. Da minha parte, vou andar por lá!

04 novembro, 2021

Os convidados BD da Comic Con Portugal!

Terminado o Amadora BD as atenções bedéfilas viram-se agora para o último festival do ano. Falta praticamente um mês para se abrirem as portas de mais uma edição da COMIC CON PORTUGAL. E como não podia deixar de ser os dias tem sido férteis em anúncios, e na área da Banda Desenhada, a lista de convidados apresenta-se já bem composta. Aceito que haja diferentes opiniões, mas para mim a "estrela" de cartaz é, sem dúvida, Ralph Meyer, o desenhador de serviço da excelente série «Undertaker» que tem sido publicada entre nós pela Ala dos Livros. Também assinou O Mangusto, um dos álbuns da série «XIII Mystery», igualmente por cá editado. É muito bem-vindo!

Lista das presenças confirmadas:

  • A fantástica dupla Filipe Melo e Juan Cavia, este último assina o desenho do cartaz oficial do evento.
  • Ralph Meyer, a"estrela" franco-belga.
  • Álvaro Martinez Bueno, distribuiu Mulheres-Maravilha no Amadora BD.
  • Mike Grell, reconhecido por seu trabalho nas personagens Lanterna Verde e Arqueiro Verde.
  • Paco Roca, um extraordinário contador de histórias.
  • Miguelanxo Prado, um nosso "velho" conhecido.
  • Paulo Monteiro, o nosso "embaixador" da BD portuguesa.
  • Peter Van Hogen, que assina o novo álbum  «O Último Espadão» de Blake e Mortimer com lançamento ainda este mês.
  • Michele Benevento, um dos autores de Tex.

 

15 setembro, 2021

O novo espaço para a Comic Con 2021

 
 
Com a mensagem "A New Hope" apresentou-se hoje a edição de 2021 da Comic Con Portugal, e deu-se a conhecer o novo espaço onde tudo acontecerá entre os dias 9 e 12 de Dezembro próximo. Tenho para mim, que é provavelmente o melhor sitio de Lisboa e arredores para um evento com esta envergadura, o Parque das Nações.
 
Aproveitando experiências passadas, com o espaço interior no Porto e no espaço exterior em Algés, esta edição vai funcionar de forma híbrida, ou seja, em indoor e outdoor, tendo como o centro o Pavilhão Atlântico e depois toda a área envolvente e o espaço circulante em redor. Para se ter uma ideia, a Comic Con ocupará toda a zona que vai desde do Pavilhão de Portugal até ao inicio da FIL e dai até ao rio. São cerca de 115.000m2 de espaço, área que é por exemplo superior à do Passeio Marítimo de Algés onde decorram as edições de 2018 e 2019, mas que em termos de distribuição penso que funcionará melhor. Auditório principal com red carpet no interior do Pavilhão, um palco central no exterior para concertos, um espaço gaming, um geek market, um espaço kids, uma roda gigante, e dezenas de pequenas tendas espalhadas pelo recinto completam a oferta de cultura pop na edição deste ano.

Em termos de presenças, foi confirmada a actriz americana Lana Parrilla. No que toca à banda desenhada, para além dos nomes já conhecidos, não foi adiantada, por enquanto, mais qualquer novidade. A CCPT'2021 entrou em contagem decrescente!

10 agosto, 2021

Os primeiros convidados da Comic Con Portugal de 2021

 
Depois do forçoso cancelamento da edição de 2020, a grande novidade deste ano da COMIC CON PORTUGAL é, sem dúvida, a transferência do festival do Passeio Marítimo de Algés (em Oeiras) para o Parque das Nações (em Lisboa). A capital será assim a 3ª casa do evento. A pouco menos de quatro meses da sua realização, se tivesse que apostar diria que para nos prepararmos para uma forte presença de autores do país vizinho, atendendo aos tempos incertos que atravessamos, e aos fortes condicionalismos decorrentes da pandemia, praticamente inviabilizam grandes deslocações, vindas, por exemplo, de países como o Brasil ou os EUA.
 
Assim, foi praticamente sem surpresa que recebemos os nomes de Miguelanxo Prado e de Paco Roca como as primeiras confirmações. Autores (repetentes) bem conhecidos dos leitores portugueses, não só pela sua inegável qualidade artística, mas também pela vasta obra já publicada em português. Prado repete a vista, uma vez já foi convidado na edição de 2018. Roca foi convidado do festival de Beja em 2016. A bela surpresa é o nome do holandês Peter Van Dongen. Não é nenhum desconhecido, uma vez que foi um dos convidados de festival de Beja de 2019, assinou «O Vale dos Imortais» o 26º álbum da série «Blake e Mortimer» e mantém-se como um dos desenhadores do próximo álbum «O Último Espadão», cujo lançamento está previsto em Portugal justamente para Dezembro. Bem feitas as coisas e o lançamento ocorre na Comic Con.
 
Bons nomes para abrir, mas o que eu gostaria muito era de ver Jordi Bernet na lista dos convidados! 
 

29 maio, 2021

Comic Con Portugal 2021 finalmente em Lisboa

Finalmente, para contrariar a forte tendência de momento, em cancelar/adiar tudo o que é festival, a organização da Comic Con assumiu a realização do evento no corrente ano, com o anúncio oficial da data. Assim, entre 9 e 12 de Dezembro, no Parque das Nações, em Lisboa, teremos o regresso da Comic Con Portugal, depois da ausência no ano passado. Depois da passagem por Leça da Palmeira e Oeiras, o festival chega finalmente a Lisboa, e aquele que é talvez o melhor sitio da capital para um evento desta natureza: o espaçoso recinto da FIL. Situado numa zona de lazer, como é o Parque das Nações, que apresenta logo como mais valias o facto de estar muito bem servida por transportes (autocarro, metro e comboio) e por serviços de restauração. Para ser um sucesso só precisamos mesmo é da presença de grandes nomes da banda desenhada. Mas sobre isto, a organização ainda nada disse. Pessoalmente, não me importava nada que fossemos "invadidos" por uma armada espanhola!
 
[actualização] Parece que a Comic Con Portugal vai afinal realizar-se numa área de 110 mil metros quadrados, que inclui a Altice Arena e toda a área circundante exterior, ou seja, fora do recinto da FIL. Receio bem que tudo que seja "área circundante exterior" em Dezembro não seja lá grande ideia!