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17/06/2025

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: O Esqueleto

Nova proposta de leitura da editora ESCORPIÃO AZUL é a adaptação, no formato de novela gráfica, da segunda obra de terror lançada no Brasil, escrita por Joaquim Carneiro Vilel, um dos primeiros autores do terror gótico brasileiros, em 1872.

A autora brasileira Roberta Cirne traz-nos em O ESQUELETO uma história de terror e decadência, que nos leva de uma tradicional e honrada família de altos valores morais até à depravação das ruas boémias da cidade de Olinda, no tempo em que ali funcionava a Faculdade de Direito de Pernambuco. Acompanhamos o romance de Felipe e Lívia e o verdadeiro amor que faz frente às tentações do mundo. Enamorado da sua prima Lívia, nada mais desejava... até ao dia em que é obrigado pelo seu pai a ir estudar para a Faculdade de Direito, onde acaba por conhecer Azevedo e os “Filhos de Minerva”. Pecado e redenção, ascensão e queda... 

Esta é uma história de terror, que se vai desenrolando lentamente, até tomar toda a alma do leitor sem aviso prévio. 

Esta e outras obras da Escorpião Azul podem ser encontradas na Feira do Livro de Lisboa no stand D49 da Ala dos Livros.  

Ficha técnica:
O Esqueleto
De Roberta Cirne
Capa mole, 17x24, p/b, 56 páginas.
ISBN: 978-989-36079-3-0
PVP: € 15,00
Editor ESCORPIÃO AZUL 
 

13/06/2025

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: Toxic West

De uma assentada a ESCORPIÃO AZUL lançou agora duas novidades (mais uma nova edição de O Penteador). A primeira destas, TOXIC WEST traz de volta o autor João Gil Soares, que anteriormente já tinha assinado Forgoth: A Cidade Escondida, pela mesma editora, e que desta vez aposta numa história de cowboys mutantes num mundo pós-apocalíptico.

TOXIC WEST
Depois da extinção da humanidade, os mutantes tentam sobreviver no planeta poluído que herdaram. Os desertos, cobertos de lixo, são terras sem lei, repletos de forasteiros, caçadores de recompensas e gangues. Patti Graves, uma guaxinim fora-da-lei, e Sierra Bloom, uma ratazana psíquica, viajam juntas pelo deserto para chegar à cidade de Zion. Pelo caminho, encontram gangues loucos, ruínas da humanidade e robôs controlados por Warden, um tubarão investidor, que tenta expandir o seu poder através do financiamento da Grande Companhia. Trata-se de um western pós-apocalíptico onde o caos é uma constante. 

Disponível em livrarias independentes e também a Feira do Livro de Lisboa no stand da Ala dos Livros - D49. 

Ficha técnica:
Toxic West
De João Gil Soares
Capa mole, formato 17x24, cores, 136 páginas.
ISBN: 978-989-36079-2-3
PVP: € 29,00
Editor ESCORPIÃO AZUL
 

09/06/2025

Homem de Neandertal Ou a arte do diálogo entre espécies


Há memórias que têm tanto de fascinante como de inquietante.


E é este sentimento misto que sinto ao recordar o meu primeiro embate na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O primeiro dos primeiros tempos foi com a cadeira de História das Civilizações Pré-Clássicas, com o maior especialista português na matéria, o Professor José Nunes Carreira. A aula, praticamente, resumiu-se ao Professor escrever no quadro a bibliografia aconselhada, maioritariamente em… alemão.


Mas se no primeiro tempo os meus colegas e eu apanhámos um susto, no segundo foi pior. Apareceu-nos o então jovem Professor João Zilhão, especialista em Pré-História, daqueles académicos que não se sente satisfeito sem ir para o campo, cavar em sítios arqueológicos e replicar experiências de um passado muito remoto de modo a entrar no espírito da coisa. Para ele, termos 11 a 13 valores nas frequências era sinal de estudo e inteligência. Se bem me recordo, a nota máxima que deu esse ano foram 14 valores. Ora, o pânico era geral entre os estudantes; a exigência era tal que a maior parte sentia a inquietude perante a frequência. Mas se isso era verdade, o contrário também era (por mim falo). Ter aulas com o Professor Zilhão era algo fascinante. Primeiro porque era bom professor; segundo porque o seu fascínio pela matéria acabava por me contagiar.


Aqui chegado, posso agora falar-vos, caros leitores, do livro de André Diniz, Homem de Neandertal, publicado pela Escorpião Azul.


São 90 páginas de banda desenhada muda, antecedidas por um prefácio do autor, que serão agora escrutinadas à lupa deste pobre admirador do Professor Zilhão.

 

Vamos à história!

 

40 000 a 30 000 anos a. C.

 

Uma tribo Neandertal abandona a zona gelada onde habita e ruma ao Sul, para paragens menos inclementes. O pequeno grupo, encabeçado por caçadores armados com lanças de ponta tosca, comporta uma mulher grávida e uma criança. No caminho, aquele a que chamarei de Contemplador fica para trás a observar, fascinado, uma borboleta em voo. É admoestado pelo líder do grupo; é necessário prosseguir sem interrupções.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Entretanto, afastado do grupo e, por isso, mais vulnerável, sofre um ataque de um lobo. Apesar disso, consegue afastá-lo mesmo a tempo de perceber que o grupo descobrira no bosque por onde se embrenhara uma manada de antílopes de grande porte. O regozijo é enorme. Começa a perseguição. Os antílopes partem em debandada; os neandertais correm atrás deles de lanças em riste. O Contemplador, que os flanqueou, acaba por tropeçar e ser pisoteado pela manada. O Líder arrasta-o para terreno mole e, com a ajuda das lanças, abrem uma cova onde o enterram. Mas, para contentamento de todos, o Contemplador está vivo e tem apenas uma perna ferida. O grupo não o deixa para trás e ajuda-o a prosseguir caminho. 

Passou mais uma lua e a tribo está acomodada na sua nova caverna. É altura de partir para nova caçada. Mas o Contemplador, com a perna ferida, não os pode acompanhar. Mesmo assim, com a ajuda de um cajado, aventura-se para fora da caverna e fica fascinado com as marcas que vai deixando pelo caminho argiloso, bem como com as figuras que consegue rabiscar com o cajado.

À noite, o grupo regressa à caverna e banqueteia-se com a caça. Entretanto, atrasado como sempre, chega o Contemplador. Sem a sua parte da caça, pede um pouco a um dos seus companheiros. Este recusa, mas o Líder intervém e o Contemplador acaba por ter a sua refeição.

Mais um dia, mais um passeio com o seu cajado. Pelo caminho encontra uma pedra como nunca viu antes, repleta de estranhos rabiscos. Mais tarde, mostra-a ao grupo, mas todos ignoram o seu entusiasmo. Para ele, aquela é a pedra que mudará a sua vida e que o levará por aventuras que ainda hoje tentamos descortinar…

Tenho cá a sensação que o autor André Diniz não teve João Zilhão como professor. Mas é inequívoco que este seu trabalho envolveu uma pesquisa séria que não é detectável no seu prefácio e que talvez não o seja numa primeira leitura. Acresce o facto de a Banda Desenhada ser muda e não ter por isso a ajuda das falas que poderiam evidenciar mais o seu trabalho como “investigador”.

Em o Homem de Neandertal encontramos ecos do romance O Clã do Urso das Cavernas, de Jean M. Auel e do magnífico filme de Jean-Jacques Annaud, A Guerra do Fogo. Mas a obra tem argumento e méritos próprios.

A narrativa acompanha o quotidiano de um pequeno grupo de neandertais na sua luta pela sobrevivência diária. Mas esta narrativa é muda; nem sequer tem onomatopeias. Ora, o que pode parecer uma simplificação na Banda Desenhada é, muitas vezes, a origem de confusão na cabeça do leitor, sobretudo porque determinadas cenas, com a ausência de texto, podem tornar-se confusas e pouco explícitas. Não é o caso do Homem de Neandertal! A narrativa aqui é clara e a trama facilmente compreensível. Por isso, este livro pode ler-se num ápice e com agrado.

Mas a obra de André Diniz tem muito mais do que pode parecer à primeira vista. Desde logo, é fácil detectar o período em que se passa a acção se atentarmos nas primeiras páginas com montanhas repletas de neve e gelo. Estamos no último período glacial – entre 100 000 e 12 000 atrás – que ficou conhecido como glaciação Würm. Mas o autor fornece-nos outro dado – o contacto entre o homem de Neandertal em declínio e o homem de Cro-Magnon em ascensão –, o que sugere um período temporal mais reduzido, compreendido entre 40 000 e 30 000 anos a. C., tendo em conta a existência de arte rupestre.

André Diniz mostra um grande cuidado na caracterização do grupo de neandertais e nas diferenças que os distanciam dos cro-magnon (que já se inserem no grupo dos humanos modernos). Desde logo, o mais evidente são as características físicas diversas dos dois grupos. Enquanto os neandertais são mais pequenos e “atarracados”, de nariz curto e abertura nasal ampla, testa baixa e arcadas supraorbitárias proeminentes e um esqueleto robusto (entre muitas outras características), os cro-magnon são mais altos, de fronte arredondada e quase vertical, mandíbula e dentes de tamanho pequeno e ossos dos membros relativamente delgados.

 

 

 

 



Se bem que ambos os grupos sejam caçadores-recolectores nómadas, André Diniz marca bem as diferenças entre Neandertal e Cro-Magnon. Tecnologicamente, as lanças do grupo do Contemplador são toscas e não permitem arremesso. Por isso, a técnica de caça que vemos na obra é a da perseguição e do confronto sem distanciamento, o que levaria a uma taxa de mortalidade muito maior do que a que acontecia no grupo de cro-magnon. Estes possuíam já uma técnica mais avançada de produção de lanças, fixando a ponta com resina e permitindo o arremesso à distância. Para além disso, os materiais das pontas não se resumem à pedra lascada e incluem chifre de rena e marfim. É-lhes também conhecida a produção de arpões e de anzóis.

De igual modo, há uma grande diferença entre as roupas de uns e de outros. Enquanto a dos neandertais é rude, a dos cro-magnon é mais sofisticada e cosida, graças à invenção da agulha de osso.

Também na maneira de comer há diferenças substanciais. O Neandertal come carne crua e é-lhe até reconhecida a antropofagia, com se pode ver no álbum. Já o cro-magnon cozinha a sua carne como comprovam os vários fogos rústicos encontrados nas suas cavernas e que também são visíveis na obra de André Diniz.

Também não falha ao autor ilustrar a capacidade de cuidar dos doentes já no homem de Neandertal, como se pode ver pela atenção dispensada ao Contemplador ferido e doente. O mesmo se passa com os rituais funerários comuns aos dois grupos, se bem que o dos cro-magnon revele uma ritualização mais elaborada, com contas, ferramentas e conchas a serem enterradas com o morto.

Mas, quanto a mim, o ponto alto do Homem de Neandertal revela-se duplamente na abordagem magnífica feita à arte rupestre e ao tratamento dado à interacção entre os Neandertal e os Cro-Magnon, dois acontecimentos essenciais na história da humanidade.

É comummente aceite que a arte rupestre surgiu no Paleolítico Superior há cerca de 40 000 ou 30 000 anos – precisamente o período em que o homem de Neandertal é “destronado” pelo de Cro-Magnon. E se segundo Samuel Noah Kramer, a história começa na Suméria com a invenção da escrita cuneiforme 3 400 anos a. C., para mim, a linguagem universal bem pode ter começado com a arte rupestre cerca de 35 000 anos antes.

Também com o tratamento dado à arte rupestre, André Diniz é cuidadoso e informado. Assim, não corremos o risco de ver representadas nas paredes das cavernas quaisquer elementos anacrónicos ou descontextualizados da zona geográfica onde se passa a acção.

Mais a Norte seria possível ver representados mamutes ou rinocerontes-lanudos, mas aqui o que vemos está adequado às paragens um pouco mais a Sul: cavalos, cervídeos de grande porte, bisontes, javalis, ursos e lobos. De igual modo, é representada a figura humana a lutar, a dançar, mas, sobretudo, a caçar. Também se pode observar a representação de plantas bem como sinais gráficos abstractos e palmas da mão. E André Diniz vai ainda mais além, mostrando duas tecnologias de pintura rupestre – o carvão e a argila ocre.

Mas o essencial da arte rupestre na narrativa de Homem de Neandertal resume-se a uma palavra: comunicação. Pois, é através da arte que o Contemplador (Neandertal) consegue comunicar pacificamente com a tribo Cro-Magnon. Através da linguagem simbólica destes últimos, o Contemplador percebe o seu quotidiano e os seus hábitos que, afinal, não diferem assim tanto dos seus. Com André Diniz, a arte rupestre surge como uma espécie de cimeira da paz com resultados definitivamente positivos.

E à arte pictórica, o autor junta-lhe a arte musical através do uso da flauta. O som produzido pelo mais antigo instrumento musical do mundo deixa maravilhado o nosso Contemplador.

A arte rupestre tem o lugar central na história que André Diniz nos conta em o Homem de Neandertal. Mas há uma trama paralela que nos conta parte da evolução da humanidade. E, mais uma vez, o autor não abdica de todo o rigor científico.

Entre os académicos e investigadores actuais, subsiste a dúvida do que terá levado à extinção do homem de Neandertal. O facto não é de importância menor pois, se tal não tivesse acontecido, existiriam hoje duas espécies de Homo, o neanderthalensis e o sapiens. E, com certeza, a evolução da humanidade ter-se-ia processado de outra forma.

O certo (até que surjam novas descobertas arqueológicas) é que o Homem de Neandertal terá desaparecido “misteriosamente” há cerca de 30 000 anos. E os indícios estão quase todos representados na obra de André Diniz. Desde logo, o seu pequeno tamanho populacional e o endocruzamento que leva à consanguinidade e, por consequência, à criação de comunidades menos aptas, mais frágeis e, inclusive, atreitas a má-formações físicas e à infertilidade. Atentem ao resultado do parto da Neandertal e à maneira como o Líder resolve o assunto.

Outro dos factores considerados pelos especialistas como possível motivo para a extinção do Homem de Neandertal é a doença e a epidemia, nomeadamente pelo contacto com o Homem de Cro-Magnon. Também aqui, André Diniz não deixa passar em branco o factor dos agentes patogénicos, com consequências fatais no enredo.

Habitando o mesmo ecossistema, é quase certo que as duas espécies competiam por recursos, nomeadamente a caça. E também é provável que tal competição gerasse confrontos estre as duas populações. Ora, os Cro-Magnon eram mais numerosos e possuíam vantagens evolutivas, tecnológicas e até cognitivas, pelo que o desfecho dos confrontos penderia maioritariamente a favor dos Cro-Magnon. Mais uma vez, André Diniz expressa esta teoria na sua obra.

Também há a hipótese da “extinção” do Homem de Neandertal se ter dado pelo cruzamento e assimilação pelo Homem de Cro-Magnon – a chamada miscigenação. Mas como André Diniz não aborda o tema na sua obra, deixo-vos aqui apenas a menção ao assunto e a remissão, para os mais interessados, para a pesquisa acerca da “Criança do Lapedo”, importante descoberta arqueológica feita em território português que parece provar a teoria da miscigenação e que é hoje considerada tesouro nacional.

Com excepção do parágrafo anterior, tudo o que acima se disse é tratado na obra de André Diniz, Homem de Neandertal. A leitura despreocupada do álbum apresenta-nos apenas uma aventura passada nos primórdios da humanidade, na qual a arte rupestre tem importância decisiva na interacção de duas espécies.

Mas este livro é muito mais do que isso. É evidente a pesquisa meticulosa do autor sobre as características físicas, os costumes, a tecnologia e o sistema de crenças das duas espécies. Mas ao contrário deste texto que agora vos apresento e que pode parecer fastidioso, a obra de André Diniz flui sem o que poderia ser o entrave da palavra. E a ajudar a esta fluidez está a sua arte angulosa, quase desconcertante, pejada de elementos geométricos dos quais se destaca o triângulo.

Homem de Neandertal de André Diniz é uma obra magnífica a vários níveis, mas sobressai pela maneira como coloca a Arte Rupestre no centro da acção e a transforma numa espécie de arte do diálogo entre espécies.

Parece que o Homem de Neandertal se extinguiu, mas parte dos seus genes continuam no nosso código genético. Por que será?

 

Por Francisco Lyon de Castro

 

11/04/2025

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: O Homem de Neandertal

Foi a novidade que a editora ESCORPIÃO AZUL apresentou no último LouriBD, e o seu primeiro lançamento do ano. Trata-se de O HOMEM DE NEANDERTAL, o mais recente livro do autor luso-brasileiro André Diniz a ser editado por cá.

É uma história visual que revela o elo entre o passado remoto e as questões intemporais da humanidade.

Neste livro, o autor conduz-nos a um intrigante mergulho no passado, onde a luta pela sobrevivência e os primeiros indícios de humanidade se entrelaçam. A história acompanha um Neandertal que, além de enfrentar diversos desafios impostos pela natureza e pela convivência em grupo, é arrebatado por algo inesperado: a arte rupestre criada por humanos. Encantado e curioso por aqueles desenhos nas cavernas, tenta decifrar o que significam aqueles rabiscos que tanto o fascinam. A busca por respostas leva-o a reflectir sobre a sua existência, a sua relação com o mundo em redor e o que diferencia a sua espécie da dos humanos. Esta obra, não retrata apenas a pré-história, mas também convida o leitor a reflectir sobre a origem da arte, a origem da comunicação e a origem do próprio espírito humano. 

Chega nesta segunda quinzena do mês às livrarias tradicionais.

Ficha técnica:
O Homem de Neandertal
De André Diniz
Capa mole, formato 17x24, cores, 184 páginas.
ISBN: 978-989-36079-0-9
PVP: € 26,00
Edição ESCORPIÃO AZUL 
 

16/03/2025

O 3º LouriBD abre a temporada de festivais!

É a partir de amanhã de que os caminhos da BD nacional se cruzam com a Lourinhã. Vila portuguesa, capital dos dinossauros, é também a casa do LOURIBD – Festival de Banda Desenhada da Lourinhã, e recebe-o mais uma vez para celebrar a Nona Arte nas suas mais variadas formas. É o festival que abre a temporada nacional de eventos bedefilos, e esta sua terceira edição fica marcada pelo tema As Profundezas, um conceito que pretende explorar a profundidade, seja da criação artística, do território, do mar ou do ser humano.

De 17 a 23 de Março, o festival oferece uma programação completa, incluindo debates e conversas sobre o universo da banda desenhada, oficinas, lançamentos, sessões de autógrafos, exposições, mercado da BD, proporcionando aos visitantes uma imersão no mundo das histórias aos quadradinhos. 

Destacaria as Oficinas que vão decorrer durante todos os dias úteis da semana, e no fim-de-semana, teremos muitas conversas interessantes, com autores, editores e sobre os actuais Estados Gerais da Banda Desenhada (dividido em duas partes e com diferentes intervenientes). 

São várias as exposições relacionadas, que podem ser observadas durante o LouriBD:

- Prancha de Banda Desenhada – As Profundezas
- Desenho Urbano, de Paulo J Mendes
- É preciso ter paciência, de Inês Fetchónaz
- Exposição Multilingue Itinerante: Astérix
 
No Sábado, a editora ESCORPIÃO AZUL, lança o livro Homem de Neandertal do conhecido autor André Diniz. 

Mais informações sobre o evnto podem ser consultadas aqui


 

Resumindo:

3º LOURIBD – Festival de Banda Desenhada da Lourinhã
De 17 a 23 de Março de 2025
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, Casa Nobre e Biblioteca Municipal
Organização: Município da Lourinhã e Editora Escorpião Azul
Apoio: Antena 1
Entrada: Livre 
 
 
 

28/11/2024

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: Em Redes

A segunda novidade de hoje da ESCORPIÃO AZUL é este EM REDES o resultado da colaboração entre a autora francesa Audrey Caillat e o português Xico Santos. Um misto de ficção e realidade numa história que tem como pano de fundo a paisagem da Ria Formosa no Algarve. O livro teve a sua apresentação durante o último AMADORA BD.

EM REDES
Durante a primeira metade do século XX, a Ilha da Culatra, uma das ilhas barreira do sotavento algarvio, é sede de uma base de aviação naval e não é raro ver hidroaviões a deslizar no espelho de água da Ria Formosa. Jean, um charmoso piloto francês de sorriso fácil, continua a frequentar e a encantar os habitantes locais depois da guerra. Rafael, um enigmático e contemplativo pescador de olhos grandes, tem raízes fortes no lodo da Ria. Os percursos de ambos e dos seus conterrâneos estão interligados de formas nem sempre óbvias, sem limites geográficos ou temporais. Vão ser igualmente importantes no futuro das comunidades de moradores das ilhas. Têm algo a ensinar e a aprender. Ambos são nós indispensáveis na malha da rede.
 
Ficha técnica:
Em Redes
De Audrey Caillat e Xico Santos
Capa mole, p/b, 120 páginas.
ISBN: 978-989-35187-8-6
PVP: € 22,00
Edição ESCORPIÃO AZUL 
 

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: A Língua do Diabo

Hoje temos as novidades da ESCORPIÃO AZUL. Depois do mais recente de Paulo J. Mendes, temos um novo livro de Andrea Ferraris, autor italiano, de quem a editora já publicou anteriormente Churubusco - Uma história verídica sobre o Batalhão de São Patrício (2021) e A Cicatriz - Na Fronteira Entre os Estados Unidos e o México (2022). Segue-se agora A LÍNGUA DO DIABO.

Trata-se de um romance gráfico de grande fôlego que nos conta uma história mágica e bizarra sobre uma alucinação colectiva, uma natureza feroz e sonhos desfeitos. Inspirado num facto histórico – a existência efémera da Ilha Ferdinandea – o autor tece uma história onde a aventura e o romance psicológico se entrelaçam. Como um vulcão que emerge do Mediterrâneo, todos estão agitados, mas permanecem prisioneiros da ordem e das convenções sociais que acabarão por engoli-los.

A LÍNGUA DO DIABO
Sciacca, Sicília, 1831.
Os irmãos Salvatore e Vincenzo, órfãos, vivem da pesca e do trabalho no campo. Num dia de faina, vêem de repente, um vulcão a surgir do mar em plena actividade. Em poucos dias o material em erupção formou uma pequena ilha. Salvatore é o primeiro a lá chegar, convencido, que ao fazê-lo, se tornará o seu legítimo proprietário. Em vez disso, terá de lutar contra os britânicos, os franceses e os espanhóis. Na verdade, os espanhóis foram os últimos a intervir na disputa, nomeando Salvatore governador da ilha em nome de Fernando II. 

Ficha técnica:
A Língua do Diabo
De Andrea Ferraris
Capa mole, p/b, 232 páginas.
ISBN: 978-989-35187-6-2
PVP: € 27,00
Edição ESCORPIÃO AZUL
 

12/11/2024

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: O Atendimento Geral

E chegam as novidades da ESCORPIÃO AZUL que tiveram o seu lançamento no último Amadora BD. A primeira que trago aqui hoje, tem a assinatura de Paulo J. Mendes, autor que foi (mais) uma bela descoberta da editora, e que pela qualidade narrativa e gráfica das suas obras, e capacidade para criar interessantes personagens para explorar dilemas emocionais, rapidamente marcou uma posição no panorama bedéfilo nacional. O seu segundo livro, Elviro (Escorpião Azul, 2022), venceu a categoria Melhor Obra de BD de Autor Português dos prémios Amadora BD de 2023. Segue-se agora O ATENDIMENTO GERAL, a sua nova novela gráfica.

O ATENDIMENTO GERAL
Um tímido escriturário vê a sua vida virada do avesso ao ser encarregue de abrir uma sucursal em certa vila do interior. A mesma onde, na infância e na juventude, passava férias na quinta de uma tia até ao derradeiro ano em que algo corre mal e aquela lhe põe as malas à porta. De regresso forçado após três décadas a um meio pequeno e fechado que já não reconhece, irá defrontar amigos tornados inimigos, a elite local que o hostiliza, insaciáveis apetites imobiliários e a pressão para obter resultados que não consegue, enquanto se deixa capturar por um ressuscitado apego à velha casa, memórias e cultivos ancestrais. Pelo caminho, o reacender de uma antiga paixão estival acarreta outro factor jamais superado: Um total estado de paralisia que o atinge sempre que se envolve fisicamente com alguém... 
 
Ficha técnica:
O Atendimento Geral
De Paulo J. Mendes
Brochado, p/b, 272 páginas.
ISBN: 978-989-35187-9-3
PVP: € 29,00
Edição ESCORPIÃO AZUL 
 

18/07/2024

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: Paciência é o meu nome do meio

Em pleno Verão a ESCORPIÃO AZUL brinda-nos com um pequeno livro de humor  de uma jovem autora portuguesa, que faz assim a estreia no catalogo da editora. Inês Barroso que assina como Inês Fetchónaz traz-nos pedaços de vida em histórias semi-veridicas, inspiradas pela sua própria experiência pessoal enquanto colaboradora de um supermercado.

Um livro para divertir o leitor. Não é suficiente contar algo que faz parte do nosso dia-a-dia de uma maneira banal e simples. É preciso fazê-lo de uma forma cómica e por vezes dramática! Nada melhor do que o fazer através de tiras desenhadas! 

Ficha técnica:
Paciência é o meu nome do meio
De Inês Fetchónaz
Capa mole, p/b, 84 páginas.
PVP: € 13,50
Edição ESCORPIÃO AZUL

18/03/2024

Está aí o 2º LouriBD!

Abrem hoje as portas do 2º Festival de Banda Desenhada da Lourinhã, abreviadamente LOURIBD, resultante de uma parceria entre o Município da Lourinhã e a editora Escorpião Azul, e que se prolonga ao longo desta semana até ao próximo Domingo, dia 24, inaugurando assim a época de 2024 de festivais de BD em Portugal.

Dentro de uma programação vasta e variada que decorrerá no Centro Cultural, daquela vila, serão sete dias com workshops, apresentações, lançamentos, conversas sobre bd, sessões de autógrafos, e que contará com  a presença de um belo grupo de autores nacionais, sendo a participação internacional assegurada pelo italiano Andrea Ferraris, autor de A Cicatriz e Churubusco, duas obras já publicadas pela Escorpião Azul.

Em termos de exposições, patentes na Biblioteca Municipal, destacava aqui O MUNDO DO CONGO de Duarte e Henrique Gandum, da autoria dos irmãos Duarte e Henrique Gandum, relata a história de uma expedição portuguesa, que embrenha por uma jornada perigosa pelas florestas e pântanos inóspitos do Congo, em finais do século XIX, e que conta com já com três álbuns publicados; e a dedicada ao CORVO, o anti-herói criado por Luís Louro, que assinala em 2024 os seus 30 anos  de existência, e que verá ser publicado mais para a frente o 7º álbum desta série.

Os dias mais fortes do festival acontecerão no fim-de-semana de 23 e 24, data infelizmente coincidente com a realização da Comic Con no Porto, mas a entrada para o LouriBD é gratuita.


25/02/2024

Apresentado o LouriBD com Monstros e Abril

 
Já falta menos de um mês para acontecer a segunda edição do LOURIBD – Festival de Banda Desenhada da Lourinhã. Organizado numa parceira conjunta entre o Município da Lourinhã e a editora ESCORPIÃO AZUL com o apoio da Antena 1,  promete trazer até aquela que é conhecida como a capital dos dinossauros, monstros  que podem surgir de vários ambientes diferentes – como o da arte popular, o das lendas e mitologias, o da imaginação ou os da investigação científica de fauna e flora, entre vários outros universos.
 
Encontra-se prevista a presença de autores portugueses - foco central deste festiva l- e esta edição terá como convidado internacional, o italiano Andrea Ferraris, autor de A Cicatriz - Na fronteira entre o México e os Estados Unidos (Escorpião Azul, 2022).
 
Aproveitando a proximidade com a data de celebração do 50 anos do 25 de Abril, um dos lançamentos previstos, com direito a exposição e presença dos autores, é a obra E Depois do Abril, de Filipe Duarte e André Mateus (imagem da capa acima), numa edição da Escorpião Azul.
 
Entre os dias 18 e 24 de Março de 2024, a festa da BD faz-se com conversas, workshops, lançamento de livros, sessões de autógrafos, feira do livro de BD e fanzines, concerto ilustrado, exposições de peças de arte, bem como pranchas originais de banda desenhada.

A entrada é livre e a programação é acolhida no Centro Cultural da Lourinhã e Biblioteca Municipal da Lourinhã.


28/12/2023

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: O Breve Passado e Outras Histórias

Já quase a fechar um ano bastante rico em novidades, trago ainda aqui um lançamento da ESCORPIÃO AZUL, editora que celebrou dez anos de actividade em 2023.
 
Trata-se de uma antologia que reúne um conjunto de histórias curtas da autoria de Miguel Santos, um dos autores da editora, através da qual já anteriormente tinha visto editado a série Ermal. Alguns destes contos são inéditos e outros já foram publicadas em fanzines e revistas de BD.
 
São histórias de ficção científica que vão beber a vários subgéneros como o Cyberpunk, o Futurismo Africano e ainda o Solarpunk. Distopias e utopias inspiradas e, por vezes, baseadas em eventos jornalísticos mais ou menos reais.
 
Ficha técnica:
O Breve Passado e Outras Histórias
De Miguel Santos
Capa mole com badanas, dimensões 17x24 cm, p/b, 182 páginas.
ISBN: 978-989-35187-1-7
PVP: € 22,90
Edição Escorpião Azul
 

08/12/2023

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: Burpszila

 
Das novidades da ESCORPIÃO AZUL do Amadora BD encontrava-se este BURPSZILA, uma aventura de ficção-cientifica num registo humorístico, assinada por Luís Graça, do qual se diz que tinha este material guardado na sua gaveta à décadas, e desenhada pelo grande (literalmente) João Mascarenhas que também é investigador cientifico. A obra chega agora às livrarias.
 
BURPSZILA
Um ser intergaláctico cai, por acidente e devido a uma avaria na sua nave, no planeta Terra, mais precisamente, em Portugal. Tentando interagir com a cultura local, vai colecionando uma série de mal-entendidos, dado não compreender bem alguns dos hábitos do povo autóctone. Isto tudo enquanto espera pela assistência intergaláctica da sua nave.
 
Ficha técnica:
Burpszila
De Luís Graça e João Mascarenhas
Capa mole, 24x12, p/b, 56 páginas. 
ISBN: 978-989-35187-3-1
PVP: € 13,50
Edição ESCORPIÃO AZUL 
 

05/12/2023

Lançamento ESCORPIÃO AZUL: Neon

Foi uma das novidades da editora ESCORPIÃO AZUL no último Amadora BD e chega agora às livrarias nacionais. Trata-se de NEON, o mais recente livro da RITA ALFAIATE. A autora que já nos tinha sido apresentada através do seu Caderno da Tangerina,  surge mais uma vez a solo, mas agora num registo completamente a cores, e deixem-me vos dizer... que cores!!
 
O álbum, que resulta de um trabalho de investigação artística da Rita no âmbito do seu Doutoramento em Belas-Artes, traz-nos uma cidade despida de pessoas para contar uma história sobre solidão. Mas mais que a narrativa, de uma rapariga e do seu cão, é a experiência da autora com diferentes técnicas de pintura, com um resultado assombroso, e que se traduz no livro visualmente mais deslumbrante do ano.

NEON
Uma cidade inteira a funcionar só para ela, o ruído das máquinas é incessante e o que produzem ou transformam está restrito às suas necessidades e de mais ninguém. As luzes que nunca se apagam brilham apenas para iluminar o seu fardo. Num Mundo, onde a completa solidão define a vida e o quotidiano, esta cidade é afinal o cenário de uma história que existiu. 
 
Ficha técnica:
Neon
De Rita Alfaiate
Capa mole, dimensões 17x24, cores, 120 páginas.
ISBN: 978-989-35187-2-4
PVP: € 25,00
Edição ESCORPIÃO AZUL