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20 julho, 2024

Aristides de Sousa Mendes de José Ruy reeditado!

A inauguração ontem da Casa-Museu Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal é o pretexto para trazer hoje aqui a figura de JOSÉ RUY. Falecido faz dois anos em Novembro próximo, é reconhecido quase como um prolífico autor-historiador visual da nossa História e Cultura, tal a quantidade de álbuns de banda desenhada, dentro da sua vasta obra, dedicados a personalidades, lugares, instituições e obras literárias nacionais.

No passado dia 11 de Julho, chegou novo reconhecimento, desta vez vindo dos lados de Belém, através da Presidência da República Portuguesa, com a atribuição a título póstumo, das insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, destinada a galardoar actos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da colectividade. Um muito merecido, mas infelizmente tal como a palavra "póstumo" quer dizer tardio reconhecimento. Pessoalmente olho sempre para estes esquecimentos em vida e honrarias na morte, com desapontamento, embora compreenda perfeitamente para aqueles que lhe foram mais próximos o sentido de justiça que lhe está inerente.

Na imagem, a receber a distinção, a sua viúva, Maria Fernanda Pinto, com quem tive o prazer de trocar algumas palavras em Beja, aquando da apresentação da iniciativa liderada pelo Dr. Guilherme de Oliveira Martins, que igualmente subscrevi. Foto da Presidência.

 
Mas a propósito da inauguração da Casa-Museu, a personalidade que lhe dá o nome foi uma das retratadas pela arte de José Ruy,  e motivou agora uma nova (re)edição, revista e aumentada, do seu álbum ARISTIDES DE SOUSA MENDES - O HERÓI DO HOLOCAUSTO, pela ÂNCORA EDITORA, a biografia gráfica de um herói não pela força das armas, mas pelo poder da sua consciência.

Natural de Cabanas de Viriato, Aristides de Sousa Mendes, é um dos filhos mais ilustres do Concelho de Carregal do Sal. Diplomata da época do holocausto nazi, o Cônsul foi, acima de tudo, um homem generoso, exemplo de coragem e tolerância numa época em que as directivas do Governo Nacional eram colocadas acima de qualquer imperativo de consciência. E esse foi, acima de qualquer outro, o motivo que transformou Aristides de Sousa Mendes numa das grandes figuras do panorama histórico e político nacional. 

Através do desfolhar destas breves páginas pretende-se divulgar, dar a conhecer, de uma forma cativante, o Homem cujo gesto humanitário salvou a vida a mais de 30 mil pessoas que eram perseguidas pelo regime de Hitler. Foi este acto que conduziu Aristides de Sousa Mendes e toda a sua família à miséria. Aliás, o Cônsul faleceu, sozinho, no Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa, no ano de 1954. Mas o seu gesto só muito mais tarde viria a ser reconhecido.

Ficha técnica:
Aristides de Sousa Mendes - O Herói do Holocausto (3ª edição, revista e aumentada)
De José Ruy
Capa dura, formato 22x30cm, cores, 37 páginas.
ISBN 9789727809455
PVP:€ 15,00
Edição ÂNCORA EDITORA
 

11 dezembro, 2023

Lançamento ALA DOS LIVROS: A Passagem Impossível ou o relato da extraordinária viagem...

 
É provavelmente o álbum detentor do título mais comprido para uma obra de banda desenhada em português. Completo intitula-se A PASSAGEM IMPOSSÍVEL ou o relato da extraordinária viagem do navegador português David Melgueiro, que no século XVII, a comando de uma embarcação holandesa e tal como testemunhou o Seigneur de la Madelène ao Conde de Pontchartrain, rumou a Norte e realizou a travessia pela Passagem do Nordeste, e fica como o ultimo lançamento deste ano da ALA DOS LIVROS.

Teve a sua apresentação pública numa sessão durante o Amadora BD, mas a desorganização que se gerou na sessões de autógrafos, impediu-me de assistir. Só consegui saber detalhes mais tarde em conversa com o editor. E mais cedo do que estava à espera, encontra-se agora em pré-venda no sitio da editora e chega esta semana às livrarias nacionais.
 
Depois de AS LENDAS JAPONESAS e de O MISTÉRIO DOS TEMPLÁRIOS esta PASSAGEM IMPOSSÍVEL é o terceiro álbum do Mestre JOSÉ RUY publicado este ano, e a sua derradeira história.

E vindo de quem vem, como não podia deixar de ser, o álbum tem um carácter histórico. E o seu longo titulo não é a sua única característica singular. A obra encontra-se inacabada. O Mestre não consegui termina-la em tempo. E se as primeiras e as últimas páginas estão finalizadas num registo a preto e branco, algumas das pranchas intermédias encontram-se ou em estado de esboço em ou não finalizadas. Ver imagens mais abaixo. Foi uma opção do editor em preservar o trabalho do autor tal e qual como o deixou. A leitura e o entendimento da narrativa não ficou afectado. 



A PASSAGEM IMPOSSIVEL
No século XVII, no auge do comércio de sedas e de especiarias, grandes embarcações, das mais variadas nacionalidades e bandeiras, franqueiam o Índico e o Atlântico. Estes oceanos, infestados de piratas, tornam cada vez mais insegura a travessia pelo Sul, pelo cabo da Boa Esperança. Março de 1660. Uma embarcação de nome Padre Eterno, comandada pelo capitão português David Melgueiro, zarpa de Tanegashima, no Japão, e ruma a Norte. Evitando a rota do Sul e efetuando a passagem do Oceano Pacífico pelo estreito de Anian, a Padre Eterno embrenha-se no Ártico, chegando ao seu destino cerca de dois anos depois.

Ficha técnica:
A Passagem Impossível
De José Ruy
Cartonado, 235 x 310 mm, p/b, 128 páginas.
ISBN: 978-989-9108-36-3
PVP: € 25,90 
Edição ALA DOS LIVROS
 

12 julho, 2023

Lançamento POLVO: Lendas Japonesas

Chega tarde ao mercado e aos leitores portugueses, e chega infelizmente a título de edição póstuma.
 
LENDAS JAPONESAS era um projecto bastante querido do seu autor, JOSÉ RUY - falecido em Novembro do ano passado - ao qual dedicou um especial carinho. Conta-se que chegou mesmo, nos últimos anos, a refazer, para esta edição, algumas das pranchas, considerando que algumas das histórias aqui editadas foram inicialmente desenhadas e publicadas nas páginas da revista infanto-juvenil O Papagaio, em 1949.  
 
Lendas Japonesas da editora POLVO, reúne um conjunto de onze deliciosas lendas tradicionais nipónicas, realçando temas como a alma japonesa, o budismo, o amor, a arquitectura religiosa, alguns coloridos exotismos ou a fantástica paisagem do país. Foram inspiradas nos escritos de Wenceslau de Moraes, um oficial da marinha portuguesa, mais tarde embaixador, escritor e jornalista, que se apaixonou pelo Japão, e pela sua cultura e tradições, e que em finais do século XIX se fixou naquele pais oriental, tendo-se dedicado a uma intensa actividade literária e jornalística, sobre o seu profundo envolvimento com a sociedade japonesa, até à sua morte.

Ficha técnica:
Lendas Japonesas
De José Ruy (baseado na obra de Wenceslau de Moraes)
Capa cartonada, cores, 64 páginas.
ISBN: 978-989-9084-01-8 
PVP: € 16,90
Edição POLVO
 

24 novembro, 2022

Mestre José Ruy (1930 - 2022)

Hoje o dia acordou triste. Somos apanhados na curva da vida com a notícia que nunca queremos ouvir. Morreu um dos nossos. Morreu o Mestre José Ruy. Um dos maiores, senão mesmo, o nome maior da BD nacional.
 
De uma simplicidade extrema, era um autor completo, um contador de histórias exímio, um orador fascinante. E uma história de vida digna de um belo álbum de banda desenhada. A imortalidade alcança-se com o que deixamos. E do autor prolífico, do trabalhador incansável, fica uma obra inigualável. Lembro-me quase de imediato dos famosos versos de Luís de Camões:
 
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando
 
A minha primeira memória do seu trabalho remonta à minha juventude, do tempo em que sonhamos com policias e ladrões. Recebi um álbum, cujo título nunca esqueci, e que ainda o guardo comigo: ABC Criminal. Curiosidades e factos sobre crimes e criminosos, sobre métodos e investigação criminal. Lembro-me como aqueles desenhos realistas e expressivos exerciam um forte fascínio. Longe de pensar que anos mais tarde teria a oportunidade e o privilégio de falar desse mesmo fascínio com o próprio desenhador. Ainda no ano passado o encontrei no Amadora BD, e tivemos uma agradável conversa em que falou com aquela alegria contagiante sobre os trabalhos que tinha em mãos, sobre um álbum de Lendas Japonesas que estava a recuperar, e que já tantas vezes tinha sido adiada a sua publicação.
 
José Ruy reunia na sua pessoa uma série de qualidades que só conseguimos encontramos numa multidão. Uma humildade, uma educação, uma simpatia, uma disponibilidade, uma generosidade, um talento, que tocou a todos nós. Da minha parte, sinto-me grato por todos os encontros, todas as conversas, todos os autógrafos, pelo mundo de aventuras que nos legou.
 
Um Grande Obrigado Mestre!

02 fevereiro, 2021

Lançamento ÂNCORA EDITORA: Ilha Terceira - Açores. O Heroísmo de uma Vitória

O Mestre José Ruy é, sem margem para dúvidas, uma instituição viva da BD portuguesa. É verdadeiramente impressionante (pelo menos para mim) a sua vitalidade e capacidade de trabalho, aliado ao facto, de forma geral, ser o autor e desenhador dos seus trabalhos. Tudo isto faz com que seja o autor português com maior número de álbuns produzidos. Aprecio sobretudo na sua obra o facto de estar associada a temáticas histórias, que o torna um narrador dos nossos dias da nossa História.
 
À beira de comemorar o seu 91º aniversário, soma mais um álbum na sua já vasta bibliografia. «Ilha Terceira - Açores. O Heroísmo de uma Vitória» é mais um pedaço dessa História.  A editora Âncora tinha a edição programada desde finais do ano passado, mas a pandemia atirou o seu lançamento para agora. O álbum já disponível aqui na loja da editora.
 
A 11 de agosto de 1829 deu-se a “Batalha da Praia”. Liberais, com quartel-general na ilha Terceira, evitam uma invasão absolutista, na baía da Praia, marcando uma viragem na história de Portugal, dando-se os primeiros passos na conquista da liberdade e de mais ampla democracia. A vitória liberal na baía da Praia serviu, entre outras, para que a então Vila da Praia se passasse a designar de Praia da Vitória.
 
Ficha técnica:
Ilha Terceira - Açores. O Heroísmo de uma Vitória
De José Ruy
Capa mole, formato 21x30cm, cores, 32 páginas
ISBN 978-972-780745-1
PVP: € 10,00
Edição ÂNCORA EDITORA
 

11 fevereiro, 2020

Exposição JOSÉ RUY E OS QUADRINHOS em Beja

Foi inaugurada no passado dia 8, a exposição JOSÉ RUY E OS QUADRINHOS, na Casa da Cultura - Bedeteca de Beja. São cerca de 100 desenhos e pranchas em exposição, desde os Anos 40 até aos nossos dias, mostrando o percurso ímpar de um artista que se dedicou com rara paixão à banda desenhada. Até dia 18 de Abril, (mais) uma merecida homenagem ao trabalho de um dos grandes nomes da Banda Desenhada nacional, que quase com 90 anos de idade ainda se mantêm em actividade.




03 novembro, 2019

Lançamento ÂNCORA EDITORA: Levem-me nesse Novo Sonho!

Nos seus quase 90 anos, o mestre José Ruy tem hoje no Amadora BD, por volta das 15 horas, a apresentação da sua obra «Levem-me nesse Novo Sonho!» numa nova edição revista e actualizada da Âncora Editora.

No rigor histórico que lhe reconhecemos, José Ruy nesta nova edição (a 5ª edição) acrescenta aos 94 temas abordados nas quatro edições anteriores (1992, 1993, 1999, e 2009), mais 21 aspectos relevantes da história da Amadora dos últimos 10 anos.

A edificação da estação do Metropolitano na Reboleira, o renascimento do Cineteatro D. João V, a aposta na Arte Mural, a criação do Parque da BD – Turma da Mônica/Maurício de Sousa e do Parque Fonte das Avencas, e a comemoração do centenário do mestre da BD, Eduardo Teixeira Coelho, na Bedeteca, são alguns exemplos desses novos marcos adicionados agora à obra, pelo autor.

Nas palavras de Carla Tavares, Presidente da CM da Amadora, "Trata-se de uma obra notável, de relevante caráter histórico, que conta, aos quadradinhos, a evolução e crescimento da Amadora ao longo dos tempos, com os acontecimentos e marcos históricos, as principais personalidades da região, a criação de equipamentos, instituições, empresas, eventos sociais e culturais e outras temáticas marcantes da História desta cidade."

Ficha técnica:
História da Amadora - Levem-me nesse novo Sonho! (5ª edição revista e actualizada)
De José Ruy
Capa cartonada, formato 21,5x30cm, cores, 38 pags.
ISBN 978 972 780 700 0
PVP: € 12,00
Editora ÂNCORA EDITORA



06 novembro, 2018

Lançamento ÂNCORA: A ilha do Corvo que venceu os piratas

José Ruy é reconhecidamente um dos nossos melhores historiadores em banda desenhada, com uma obra gráfica dedicada à nossa História. Registos que vão desde das nossas figuras a sítios passando por acontecimentos. Caracteriza o seu trabalho, o rigor na pesquisa de fontes e no desenho. Dito isto, este novo álbum, A ilha do Corvo que venceu os piratas, é mais um perfeito exemplo.

Com base num documento histórico do século XVII que narra a resistência dos corvinos a um ataque de piratas, José Ruy imaginou uma história que integrou contribuições das pessoas do Corvo tornando-se uma aventura partilhada que consciencializa para a valorização do património e cultura local.

Localizada na extremidade ocidental do arquipélago, a ilha do Corvo esteve, durante muito tempo, na mira dos piratas e corsários que navegavam aquelas águas, o que originou alguns episódios de conflito, e curiosamente, algumas relações de proximidade.

A ilha do Corvo que venceu os piratas” foi concebida através de um processo de criação participativa sem precedentes, quer para o seu autor, quer para a comunidade sobre a qual se debruça." - José Manuel Alves da Silva, Presidente da Câmara Municipal do Corvo

A apresentação deste álbum acontece hoje às 18h00 no auditório da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, na AMADORA.

Ficha técnica:
A ilha do Corvo que venceu os piratas
De José Ruy
Capa mole, dimensões 21 x 29,7cm, cores, 32 pags.
ISBN 9789727806539
PVP: 8,00€
Editor Âncora Editora



24 outubro, 2018

Lançamento ÂNCORA: Nascida das Águas e o 16 de Março de 1974

O Mestre José Ruy continua em excelente forma, ou dito de outra forma, a fazer aquilo que melhor sabe fazer, contar-nos com um rigor na investigação e no desenho, partes da nossa História em banda desenhada.

Esta nova edição (a primeira foi lançada em 1999 pela Editora ASA), de Nascida das Águas e o 16 de Março de 1974, conta a história do golpe militar falhado que decorreu nas Caldas da Rainha, e que antecedeu a Revolução dos Cravos, foi melhorada e inclui o episódio da saída da coluna militar em 16 de Março de 1974 com a intenção de derrubar o regime e acabar com a ditadura. Não tendo corrido como previsto serviu, ainda assim, de «balão de ensaio» para a nova acção que se realizou, com pleno êxito, 40 dias depois, em 25 de Abril.

Caldas da Rainha sempre foi conhecida como terra da democracia, liberdade e tolerância. Lembrar o 16 de Março é, acima de tudo, homenagear o Movimento dos Capitães que conduziu Portugal à Liberdade e à Democracia. Apesar de ter sido uma tentativa sem sucesso, todos os estudos e protagonistas confirmam que este golpe foi precursor e impulsionador do 25 de Abril.


A apresentação desta nova edição acontece hoje no auditório da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, às 18h00, na AMADORA.


Ficha técnica:
Nascida das Águas e o 16 de Março de 1974
De José Ruy
Capa mole, dimensões 21,5 x 30 cm, cores, 32 pags.
ISBN 9789727806379
PVP: 8,00€
Editor Âncora Editora


21 outubro, 2016

Lançamento ÂNCORA: Carolina Beatriz Angelo - Pioneira na Cirurgia e no Voto

Este lançamento que aqui dou nota, trata-se de uma obra cuja edição já era esperada à algum tempo, diria mesmo anos, e que vê agora finalmente a luz... da gráfica. Mas gostava de começar por chamar a atenção para o seguinte facto:

Carolina Beatriz Ângelo – Pioneira na Cirurgia e no Voto, é o 81º álbum publicado pelo mestre José Ruy.

Especialista na narrativa gráfica de acontecimentos e personagens da nossa Historia, Jose Ruy retrata a vida de Carolina Beatriz Ângelo (1878-1911), figura de vulto da Medicina Portuguesa, tendo sido a primeira mulher a operar em Portugal, sendo considerada uma das mulheres mais marcantes do início do século XX.

Carolina Beatriz conciliou a sua actividade profissional com uma intervenção política e social intensa e marcante. Defensora dos direitos e da emancipação das mulheres, foi uma das principais activistas da sua época, tendo lutado por causas como a do sufrágio feminino.

Foi a primeira mulher portuguesa a votar nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, a 28 de Maio de 1911, após a Revolução do 5 de Outubro, tendo conseguido, ao abrigo da lei eleitoral vigente e após disputa com o poder político, favoravelmente arbitrada pelo Tribunal, a inclusão do seu nome nos cadernos eleitorais da Comissão de Recenseamento do 2.º Bairro de Lisboa.

Esta edição em banda desenhada tem o apoio da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos, na pessoa do Presidente do Conselho Regional do Sul, Dr. Jaime Teixeira Mendes.

A sessão de lançamento terá lugar no dia 5 de Novembro, às 16:00 horas, no âmbito do 27º Amadora BD com a presença do autor.


17 setembro, 2016

Hoje há Conversa(s) com José Ruy

A Bedeteca José de Matos-Cruz, integrada na Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana, em Cascais, começa a oferecer programação ao público e fãs de BD através do ciclo mensal Conversa(s) sobre Banda Desenhada, moderado pelo escritor e investigador José de Matos-Cruz e com um novo convidado em cada sessão. Hoje, o mestre José Ruy, autor de uma obra vasta publicada, inaugura o ciclo, falando sobre a sua experiência enquanto criador de arte sequencial. A entrada é gratuita, e a qualidade do convidado promete uma animada conversa. Com inicio às 16h00.

(O desenho que ilustra o cartaz é da autoria de Daniel Maia)

31 agosto, 2016

Lançamento ÂNCORA ncora Editora: Histórias de Valdevez

José Ruy é uma referência única na banda desenhada nacional. Autor de uma obra extraordinária que conta com mais de 50 álbuns de banda desenhada publicados, distingui-se pelo rigor que impõe na pesquisa que efectua para as suas histórias. Outra da característica da sua obra, é o facto de versar sobre os usos e costumes portugueses, personagens e acontecimentos da nossa História. Aos 86 anos de idade, continua as histórias. Este novo álbum de BD é a mais recente prova disso.

HISTÓRIAS DE VALDEVEZ
Em 1141, os exércitos de Afonso Henriques, futuro primeiro rei de Portugal, e os de seu primo, o imperador Afonso VII de Leão e Castela, encontram-se no Vale do Vez, protagonizando um dos mais importantes e fundadores acontecimentos da nação portuguesa, o Recontro de Valdevez, momento que inspirou, de igual modo, a frase símbolo do nosso concelho: “Arcos de Valdevez- Onde Portugal se Fez”.
Quase quatro séculos depois, em 1515, em plena época dos Descobrimentos Portugueses, um outro monarca, D. Manuel I, outorga Foral às Terras de Valdevez, efeméride que agora comemoramos, volvidos 500 anos.
Estes dois importantes momentos históricos são o mote para a realização desta obra em banda desenhada intitulada “Histórias de Valdevez”, que, pela mão sábia e excepcional do mestre José Ruy, chega até ao presente, perpetuando assim no futuro a importância do nosso passado e da nossa História colectiva, sobretudo junto dos arcuenses mais jovens.

Ficha técnica:
Histórias de Valdevez
Argumento e desenho de José Ruy
Capa mole, 32 pags., cores
ISBN: 978-972-780-557-0
PVP: €8,00
ÂNCORA EDITORA

14 janeiro, 2016

Os 80 anos de O Mosquito


Destinada a um público juvenil, o semanário da rapaziada, tal como era publicitado na capa do seu primeiro número, O Mosquito saiu para as bancas pela primeira vez a 14 de Janeiro de 1936. Faz hoje 80 anos. Com um preço de capa de 50 centavos ou «5 tostões» (um valor hoje dificilmente convertível em euros), o primeiro número, impresso em papel de jornal, teve uma tiragem de 5.000 exemplares que rapidamente esgotaram. Coordenado por António Cardoso Lopes e Raul Correia, O Mosquito, que reunia nas suas páginas ilustrações, curiosidades e obviamente histórias em banda desenhada, teve grande popularidade, tenho atingido nos seus tempos áureos uma tiragem de 30.000 exemplares semanais. Foi em O Mosquito, que surgiram os grandes nomes nacionais de banda desenhada, tais como Vítor Péon, Jayme Cortez, Eduardo Teixeira Coelho e José Ruy.
Ao longo da sua vida, a publicação sofreu alterações no seu formato e periodicidade, e a saída desavinda de António Cardoso Lopes marcou o inicio do fim. A 24 de Fevereiro de 1953 saiu para as bancas o último número, O Mosquito n.º 1412.

Pode-se afirmar, sem risco de errar por muito, que O Mosquito foi provavelmente a primeira grande colecção em banda desenhada publicada em Portugal.

Para celebrar a efeméride, o Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) preparou um série de iniciativas de homenagem, que inclui uma exposição evocativa e um conjunto de palestras,  com a colaboração do José Ruy. Fica feito o convite para o próximo Sábado, dia 16 de Janeiro, na Amadora, nas instalações do CPBD.



26 outubro, 2015

Lançamento Âncora: Fernão Mendes Pinto e a sua Peregrinação (4ª edição)

A PEREGRINAÇÃO, de Fernão Mendes Pinto, é uma das obras-primas da literatura portuguesa do final do século XVI, excelentemente adaptada por José Ruy para banda desenhada. É agora reeditada na comemoração dos 400 anos da sua publicação.

SINOPSE
FERNÃO MENDES PINTO – Nasceu em Montemor o-Velho, em 1510.
Durante 21 anos efectuou uma aventurosa viagem pelo Oriente, vindo a escrever a Peregrinação entre 1570 e 1578, no Pragal, em Almada. Em 1614 foi postumamente publicada, com cortes feitos pela censura de então. Na capa dessa primeira edição, impressa em Lisboa, pode ler-se:

«PEREGRINAÇÃO de Fernão Mendes Pinto
Em que dá conta de muitas e muito estranhas coisas que viu e ouviu no reino da China, no da Tartária, no do Somau que vulgarmente se chama Sião, no do Calaminhão, no Pegú, no de Martavão, e em outros e muitos reinos e senhorios das partes orientais, de que nestas nossas do ocidente há muito pouca ou nenhuma noticia. E também dá conta de muitos casos particulares que aconteceram assim a ele como a outras muitas pessoas; e no fim dela trata brevemente de algumas coisas e da morte do Santo Padre Mestre Francisco Xavier, única luz e resplendor daquelas partes do Oriente e nelas Reitor Universal da Companhia de Jesus».

A apresentação terá lugar hoje na Galeria Fernando Pessoa do Centro Nacional de Cultura, Largo do Picadeiro n.º 10 – 1º (ao lado do Café No Chiado), em Lisboa, como inicio às 18h30 e será feita pelo Prof. Guilherme d’Oliveira Martins.

A sessão, que abrirá com a projecção do videograma «Por esta Peregrinação Acima», de José Ruy e Fausto Bordalo Dias.

Fica feito o convite.







01 setembro, 2013

Lançamento Âncora: João de Deus - A Magia das Letras


Foi lançado agora o mais recente trabalho do incansável e prolífero José Ruy. Mais uma vez com a chancela da Âncora Editores, o álbum João de Deus – A Magia das Letras, dá-nos a conhecer, ao longo de 32 páginas, a vida e obra de João de Deus (1830-1896), poeta e humanista, autor de diversos livros, que se notabilizou por ter escrito a conhecida Cartilha Maternal, um livro que deu origem a um novo método de ensino da leitura da língua portuguesa, que ainda hoje tem seguidores. Com esta obra, José Ruy acrescenta assim mais um nome à galeria de notáveis portugueses, que mereceram a atenção e o desenho cuidado deste autor na sua passagem para banda desenhada. Este álbum encontra-se já à venda. Boas leituras!

05 junho, 2012

Lançamento: Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos


É hoje lançado por volta das 18h00 no Espaço ASA na livraria Buchholz, em Lisboa, o álbum Leonardo Coimbra e os Livros Infinitos. Trata-se de uma biografia de Leonardo José Coimbra, nascido em 1883, uma das principais figuras do pensamento português, que é agora retratado em banda desenhada pela arte de José Ruy, nome grande da banda desenhada portuguesa, que aos 82 anos de idade ainda continua em grande forma. A edição é da Âncora Editora.

08 maio, 2008

Exposição Como se Desenham os Sonhos

É hoje inaugurada a exposição Como se Desenham os sonhos, homenagem a José Ruy, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI), na Amadora.

A exposição é dedicada à cidade e à sua importância no surgimento das histórias aos quadradinhos, ao seu património e ao autor José Ruy. A mostra revela-nos, igualmente, todo o processo criativo do autor, nomeadamente para a criação dos álbuns “Levem-me nesse sonho” e “Levem-me nesse sonho… acordado” (versão mais actualizada), dedicados à História da Amadora em banda desenhada: ideia, guião, planificação, esboços e textos, a passagem à cor e o acompanhamento da impressão.

Nas duas salas da galeria de exposições, podem ser vistas as pranchas originais da História da Amadora em Banda Desenhada, fotografias da época e actuais de alguns dos elementos patrimoniais mais significativos da Cidade e objectos pessoais do autor José Ruy.

A exposição tem o propósito, igualmente, de homenagear José Ruy, autor que, com mais de sessenta anos de trabalho em prol da BD, doou a obra de toda uma vida à Amadora. São mais de cinco mil trabalhos originais, que constituíram a primeira pedra na construção de uma colecção única no País.

José Ruy nasceu na Amadora a 9 de Maio de 1930, na actual freguesia da Venda Nova. O fascínio pela banda desenhada surgiu desde cedo, ao ponto dos seus pais fazerem uma assinatura de O Mosquito, logo ao segundo número da revista. Cursou na Escola António Arroio, primeiro em Belas-Artes e depois em Litografia. É o artista português com o maior número de álbuns de banda desenhada, 42 títulos publicados até meados de 2008, sem contar as reedições, as versões em línguas estrangeiras, as brochuras publicitárias ou as participações em álbuns colectivos.

A exposição pode ser visitada até ao dia 27 de Março de 2009, no seguinte horário:

de 2ª a 6ª feiras, das 9.30h às 12.30h e das 14h às 17.30h