Este mês regressaram as Grandes Batalhas Navais da GRADIVA! Este novo álbum, que já podemos encontrar nas livrarias, traz-nos a Batalha de LEPANTO, ocorrida em 1571, a última grande batalha naval a ser travada quase inteiramente por galés. É considerada como uma das mais decisivas do período renascentista e recordada como um símbolo da resistência cristã frente ao avanço otomano.
No final do século XV, entendia-se que o mundo era um vasto território a descobrir. E mesmo que a navegação não seja ainda uma ciência, mas uma arte que envolve improvisação, o papado encoraja as potências cristãs a partilhar o mundo entre si. Mas a Europa cristã, que estava a sair das suas fronteiras, tinha pela frente o Império Otomano, um crescente de territórios que se estendiam ao longo de todo o litoral mediterrânico.
O confronto teve lugar no Golfo de Patras, perto de Lepanto, na Grécia, e envolveu uma coligação chamada Liga Santa, formada por Estados europeus católicos liderados pela Espanha, os Estados Papais e Veneza, com 212 galés e galeaças, que enfrentaram a frota otomana, sob o comando de Ali Pasha, tinham uma frota poderosa e numerosa, com cerca de 270 galeras.
O resultado foi uma batalha sangrenta e a superioridade técnica das galés europeias e a força de sua artilharia contribuíram para as elevadas perdas no lado otomano (com mais de 30.000 mortos). Ainda que o Império Otomano tenha continuado a ser uma grande potência, como resultado desta batalha cresceu a confiança no Ocidente de que os turcos, anteriormente imparáveis, poderiam ser derrotados.