Estão de regresso a Portugal as aventuras de Rip Kirby de Alex Raymond. A editora Bonecos Rebeldes acaba de lançar o primeiro volume, que reúne as tiras de jornais publicadas cronologicamente entre 4 de Março e 2 de Novembro de 1946, corresponde a três aventuras. Num formato idêntico ao já experimentando com a colecção do Príncipe Valente, esta nova edição, a primeira de uma colecção prevista colecção de 13 álbuns, peca pelo seu elevado preço de venda (€ 25) face ao número de páginas publicadas (56 páginas). De resto foi um matar saudades de um clássico que li e reli nas páginas do saudoso Mundo de Aventuras.
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12 janeiro, 2011
22 agosto, 2008
Principe Valente, de Manuel Caldas
Na sequência do fim do projecto de editar integralmente as aventuras do Principie Valente, de Hal Foster, numa edição restaurada, naquela que figuraria com certeza ao lado das melhores coleções feitas em Portugal, publico aqui as capas dos seis volumes que foram publicados, com a direcção de Manuel Caldas. Abrangeu o período de 1937 a 1948. Os cinco primeiros álbuns fora editados sob a chancela «Livros de Papel» e o o sexto álbum pela «Bonecos Rebeldes».
12 agosto, 2008
Polémica sobre o Principe Valente
Esta é para mim talvez uma das noticias bedefilas mais negativas do ano, apesar de ter passado quase despercebida e de poucas reacções ter suscitado neste nosso meio, para grande espanto meu ou não se tratasse de uma das melhores colecções que tem sido publicadas entre nós nos últimos anos e, da qual, eu era grande apreciador. Quando finalmente sai o sétimo álbum (ver imagem) da colecção integral do Príncipe Valente surge a polémica, com uma história mal explicada entre os editores Manuel Caldas e José Vilela que culminou no afastamento do primeiro do excelente projecto que tinha vindo a desenvolver. O portal Central Comics - único sítio onde encontrei uma referência a esta noticia, publicou mesmo uma carta aberta de Manuel Caldas, que tomo a liberdade de transcrever de seguida na integra:
"Estimados seguidores do Príncipe Valente:
Alguns já o sabem, mas outros não: apareceu este mês nas livrarias um novo volume da edição da obra de Hal Foster por mim concebida e a cujos volumes antes publicados dediquei anos de trabalho. No entanto, com o novo volume, o sétimo (1949-50), EU NÃO TENHO ABSOLUTAMENTE NADA A VER. É muito importante que todos compreendam isto, pois, apesar de o meu nome não estar na ficha técnica, há ainda quem tenha dúvidas, sendo para esses que estou a escrever.
Não devia haver razões para dúvidas: o novo volume é mau, muito mau, desde a capa à contracapa; um absoluto arremedo da qualidade e do espírito dos seis anteriores; uma edição que deveria envergonhar todos os que a tornaram possível, mesmo que, com o devido bom-senso, não se tenham arvorado em restauradores das páginas de Hal Foster. Em qualquer parte do mundo, edições assim tão más do PV, com aspecto de fotocópias em sétima ou oitava mão, já não se faziam desde os anos 80 do século XX.
E por que motivo apareço eu agora desligado dum projecto editorial que fora por mim concebido e só graças ao meu trabalho aturado e apaixonado transformou finalmente em êxito comercial uma edição do PV em Portugal? Tinha o actual editor (que anteriormente foi comigo co-editor) poder para me "despedir"?
Era ele o verdadeiro e único editor, apesar de na ficha técnica aparecermos os dois como editores?
Não, ele não tinha poder para me excluir e éramos mesmo ambos os editores. E nem ele era, como muitos pensam, o sócio capitalista, aquele graças a cujo dinheiro fora possível iniciar a edição; não: TODAS as despesas para publicar cada um dos primeiros seis volumes foram suportadas em PARTES IGUAIS pelos dois. Mas, sim, o contrato para a obtenção, da King Features, dos direitos de publicação da obra foi tratado por ele e só por ele assinado.
Não que assim tivesse de ser, mas apenas porque eu vivo na Póvoa de Varzim e ele em Lisboa, onde se situa a agência que representa a King Features em Portugal. No entanto, se os direitos de publicação do PV em Portugal estão na mão dele, entre nós dois foi feito (não logo no início, mas mais tarde, na altura em que resolvemos sanar conflitos que haviam surgido) um contrato que me consagrou como fazedor da edição. E então, porque é que, mesmo assim, resolveu arrumar comigo? Porque, publicados os volumes que implicavam mais trabalho de restauro, considerou ele que a partir do sétimo já qualquer pessoa seria capaz de me substituir, permitindo-lhe a ele ganhar mais dinheiro.
O resultado está à vista nas livrarias e o tribunal decidirá qual a extensão dos direitos de cada um de nós.
Para muitos, a ideia de que, apesar de tudo, eu esteja por trás de tão execrada edição dever-se-á ao facto de nas badanas do livro os textos serem os mesmos dos volumes anteriores. Sim, são os que eu escrevi, mas foram usados sem a minha autorização e, pior ainda, desacreditando-me junto de qualquer pessoa quando a certa altura neles se lê, a propósito da edição: "os 22 volumes que a formarão constituirão a edição a preto e branco definitiva do 'Prince Valiant' de Hal Foster." Que arrojo sem escrúpulos: usar as minhas palavras para impingir gato por lebre! Também disto terei de pedir contas. No entanto, elucidados, só comerão o que é mau os que com tal não se importarem.
Para terminar: que todos saibam também que nada tenho a ver com a actual edição do 'Tarzan' do Russ Manning nem com a futura (e de qualidade muitíssimo duvidosa) edição do 'Flash Gordon' do Alex Raymond. Neste momento, o que eu publico é o 'Hagar', o 'Lance' (segundo volume em preparação) e uma edição em espanhol para venda só por correio do 'Príncipe Valente' (cinco volumes saídos); e preparo o primeiro volume de 'Ferd'nand', com as primeiras tiras (de 1937) da série.
Para todos, saudações cordiais do Manuel Caldas"
Alguns já o sabem, mas outros não: apareceu este mês nas livrarias um novo volume da edição da obra de Hal Foster por mim concebida e a cujos volumes antes publicados dediquei anos de trabalho. No entanto, com o novo volume, o sétimo (1949-50), EU NÃO TENHO ABSOLUTAMENTE NADA A VER. É muito importante que todos compreendam isto, pois, apesar de o meu nome não estar na ficha técnica, há ainda quem tenha dúvidas, sendo para esses que estou a escrever.
Não devia haver razões para dúvidas: o novo volume é mau, muito mau, desde a capa à contracapa; um absoluto arremedo da qualidade e do espírito dos seis anteriores; uma edição que deveria envergonhar todos os que a tornaram possível, mesmo que, com o devido bom-senso, não se tenham arvorado em restauradores das páginas de Hal Foster. Em qualquer parte do mundo, edições assim tão más do PV, com aspecto de fotocópias em sétima ou oitava mão, já não se faziam desde os anos 80 do século XX.
E por que motivo apareço eu agora desligado dum projecto editorial que fora por mim concebido e só graças ao meu trabalho aturado e apaixonado transformou finalmente em êxito comercial uma edição do PV em Portugal? Tinha o actual editor (que anteriormente foi comigo co-editor) poder para me "despedir"?
Era ele o verdadeiro e único editor, apesar de na ficha técnica aparecermos os dois como editores?
Não, ele não tinha poder para me excluir e éramos mesmo ambos os editores. E nem ele era, como muitos pensam, o sócio capitalista, aquele graças a cujo dinheiro fora possível iniciar a edição; não: TODAS as despesas para publicar cada um dos primeiros seis volumes foram suportadas em PARTES IGUAIS pelos dois. Mas, sim, o contrato para a obtenção, da King Features, dos direitos de publicação da obra foi tratado por ele e só por ele assinado.
Não que assim tivesse de ser, mas apenas porque eu vivo na Póvoa de Varzim e ele em Lisboa, onde se situa a agência que representa a King Features em Portugal. No entanto, se os direitos de publicação do PV em Portugal estão na mão dele, entre nós dois foi feito (não logo no início, mas mais tarde, na altura em que resolvemos sanar conflitos que haviam surgido) um contrato que me consagrou como fazedor da edição. E então, porque é que, mesmo assim, resolveu arrumar comigo? Porque, publicados os volumes que implicavam mais trabalho de restauro, considerou ele que a partir do sétimo já qualquer pessoa seria capaz de me substituir, permitindo-lhe a ele ganhar mais dinheiro.
O resultado está à vista nas livrarias e o tribunal decidirá qual a extensão dos direitos de cada um de nós.
Para muitos, a ideia de que, apesar de tudo, eu esteja por trás de tão execrada edição dever-se-á ao facto de nas badanas do livro os textos serem os mesmos dos volumes anteriores. Sim, são os que eu escrevi, mas foram usados sem a minha autorização e, pior ainda, desacreditando-me junto de qualquer pessoa quando a certa altura neles se lê, a propósito da edição: "os 22 volumes que a formarão constituirão a edição a preto e branco definitiva do 'Prince Valiant' de Hal Foster." Que arrojo sem escrúpulos: usar as minhas palavras para impingir gato por lebre! Também disto terei de pedir contas. No entanto, elucidados, só comerão o que é mau os que com tal não se importarem.
Para terminar: que todos saibam também que nada tenho a ver com a actual edição do 'Tarzan' do Russ Manning nem com a futura (e de qualidade muitíssimo duvidosa) edição do 'Flash Gordon' do Alex Raymond. Neste momento, o que eu publico é o 'Hagar', o 'Lance' (segundo volume em preparação) e uma edição em espanhol para venda só por correio do 'Príncipe Valente' (cinco volumes saídos); e preparo o primeiro volume de 'Ferd'nand', com as primeiras tiras (de 1937) da série.
Para todos, saudações cordiais do Manuel Caldas"
Apesar de ainda só conhecermos a versão de uma das partes, quer-me parecer a mim, até pelo conteúdo duro da carta, que esta confusão não terá um final feliz, sendo certo que já existe um lado perdedor e esse é de certeza os leitores e coleccionadores desta colecção. Já tinha adquirido o sétimo volume, bem antes de ter conhecimento desta polémica, apesar de ainda não o ter lido. Agora que folheei algumas páginas, nota-se efectivamente um decrescente de qualidade, não só ao nível da legendagem que se apresenta agora um tipo de letra menos harmonioso com o desenho, como o próprio desenho em algumas das pranchas a não se apresenta tão nítido e com tanto detalhe como nos volumes anteriores.
Já aqui por vezes tinha elogiado esta colecção, não só pela sua ambição - a publicação integral das aventuras do Príncipe Valente, em 22 volumes, mas também pelo nível qualitativo a que se propunha, ou não estivesse Manuel Caldas, reconhecido especialista da obra de Hal Foster, por detrás deste projecto, defendendo mesmo como a edição do ano.
Uma vez alterados os pressupostos qualitativos, da minha parte a colecção termina aqui e lamento que num meio tão pequeno como o nosso, os entendimentos sejam tão difíceis e que projectos válidos raramente chegam ao fim porque valores (egoístas) se sobrepõem ao amor pela banda desenhada!
21 agosto, 2007
Príncipe Valente 1947-48
Esta é provavelmente uma das melhores colecções que se publica actualmente em Portugal e quando a edição integral das aventuras do Príncipe Valente estiver completa será uma pérola da nossa BD, tudo resultado da dedicação e paixão do editor Manuel Caldas pela obra-prima de Harold R. Foster.
Apesar da periodicidade incerta, a excelente qualidade desta colecção suplanta qualquer outro defeito que se possa apontar.
Este novo álbum, o sexto de um total de 22, traz-nos agora as historias publicadas semanalmente no período compreendido entre os anos 1947 e 1948, onde ao longo de 104 pranchas podemos acompanhar o Príncipe Valente numa espantosa aventura pela América, motivada pelo rapto de Aleta pelo Príncipe viking Ulfrun, numa narrativa contagiante rica em criatividade, que inclui um momento histórico que é o nascimento do Príncipe herdeiro Arn.
Este novo álbum, o sexto de um total de 22, traz-nos agora as historias publicadas semanalmente no período compreendido entre os anos 1947 e 1948, onde ao longo de 104 pranchas podemos acompanhar o Príncipe Valente numa espantosa aventura pela América, motivada pelo rapto de Aleta pelo Príncipe viking Ulfrun, numa narrativa contagiante rica em criatividade, que inclui um momento histórico que é o nascimento do Príncipe herdeiro Arn.
Todo o argumento é enriquecido pela fabulosa arte de Hal Foster, que nos é dado a observar pelas vinhetas meticulosamente recuperadas, editadas a preto e branco num tamanho q.b. que permitem observar com detalhe a beleza do desenho.
Este álbum revela ainda a curiosidade de publicar a primeira prancha que, em 1948, deu início à publicação do Príncipe Valente em Portugal, nas páginas de O Mosquito.
Fica assim reparada a falta em que se encontrava este blogue, por nunca até hoje se ter prenunciado sobre qualquer dos outros cinco álbuns já publicados desta magnifica colecção, de que este que vos escreve é um ávido leitor. Boas leituras!
Ficha técnica:
PRÍNCIPE VALENTE 1947-48 (Volume 6)
Autor: Harold Foster
Capa mole, formato 27x35 cm, cores
Editora BONECOS REBELDES, 1ª edição de Junho de 2007
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