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25 junho, 2024

A despedida de Jim!

Atenção!! Isto não é um livro de banda desenhada, mas não podia deixar de trazer aqui este lançamento. JIM, numa edição da ASA, é um diário gráfico desenhado por amor com lágrimas de dor por alguém que perdeu o seu cão e quis fazer o luto da forma que melhor sabe. Para quem teve ou tem animais de estimação sabe que estes são como família. Habituamo-nos à sua presença e criamos uma ligação.
 
O autor é um grande da BD franco-belga, de quem já tivemos prazer de receber em Portugal. O seu nome é François Schuiten e conhecemos bem o seu traço nas Cidades Obscuras. No início deste ano, Schuiten viu o seu mundo sofrer um forte abalo com a morte da sua mais fiel companhia ao longo de 13 anos. Desenha-lo foi uma forma de terapia para aceitar a perda e deixar o Jim partir. As ilustrações são magnificas e contam uma vida em imagens. Traduzem amor, cumplicidade, dedicação, companhia. O autor escreve que neste livro encontram-se reproduzidas pela ordem exacta por que foram desenhadas, nas horas que se seguiram ao desaparecimento do Jim.
 
Vale pelas imagens que valem mais que as palavras. Das mais belas homenagens.

A partir de hoje disponível nas livrarias. 

Ficha técnica:
Jim
De François Schuiten
Capa dura, dimensões 17x24 com, p/b, 128 páginas.
ISBN 9789892361567
PVP: € 20,90
Edição ASA
 

12 setembro, 2020

Colecção Novela Gráfica VI: Volume 4 - Rever Paris

De regresso às bancas nacionais temos hoje dupla François Schuiten e Benoît Peeters, os criadores das «Cidades Obscuras», que nos oferecem agora, no volume 4 da Colecção «Novelas Gráfica VI», a sua visão sobre Paris do futuro.

A história de «Rever Paris» transporta-nos para um futuro longínquo, o ano 2156. Kârinh a jovem protagonista desta história, vive na Arca, onde nasceu, uma colónia espacial fundada por antigos terráqueos, que fugiram do seu planeta devorados pela poluição e pelo aquecimento global. Várias décadas após este êxodo, é enviada uma expedição à Terra para determinar se o planeta voltou a ser habitável. Kârinh, é a escolhida, o seu sonho vai tornar-se realidade e toma o comando do Tube, um velho recipiente que transporta cerca de quinze pessoas em hibernação. No final de uma viagem difícil, a jovem parte, sozinha, para descobrir a sua Paris fantasiosa e as suas origens.

O seu pai era um terráqueo, que ela nunca conheceu. A sua mãe Fumiko deixou este mundo no seu regresso de uma missão de sete meses à Terra 40 anos antes. Kârinh sempre foi uma solitária, ao chegar a Paris mergulha numa Paris antiga, uma cidade de outro tempo bem diferente da que conhece dos livros de autores visionários como Júlio Verne e Albert Robida.

A cidade imaginada pelos seus autores com desenhos magníficos em azul e laranja é uma grande homenagem aos ilustradores do século XIX, Robida, Doré e Grandville.

Ficha técnica:
REVER PARIS
Colecção Novela Gráfica (6ª série) - Volume 4 (de 14)
De François Schuiten e Benoît Peeters
Capa dura, formato 230x310mm, cores, 144 pags.
PVP: € 10,90
Editora LEVOIR



03 junho, 2020

Lançamento ASA: Blake & Mortimer - O Último Faraó

Esta edição portuguesa de «O Último Faraó», já disponível nas livrarias, tem por trás uma história. Sendo uma aventura que sai fora da cronologia oficial, os seus direitos de publicação não estavam garantidos pela ASA, que como se sabe é a editora nacional da série original das aventuras de Blake & Mortimer. Quando aconteceu o seu lançamento inicial em França, o álbum foi bem recebido e recebeu boas criticas. A participação de autores como François Schuitten é quase um selo de qualidade. Por cá gerou grande interesse por parte de algumas das nossas editoras que publicam franco-belga. A concorrência levou que ASA exercesse o seu direito de preferência, fazendo algo de inédito, ao publicar um “hors-série” de Blake & Mortimer. Quem ganhou? Os leitores portugueses!

«Blake e Mortimer – O Último Faraó», de François Schuiten, Jaco Van Dormael, Thomas Gunzig e do ilustrador Laurent Durieux é um tributo ao universo mítico de Edgar P. Jacobs.

O ÚLTIMO FARAÓ
Vinda das profundezas do Palácio da Justiça, em Bruxelas, uma energia de origem desconhecida ameaça a sobrevivência da humanidade. Ninguém parece capaz de conseguir contê-la… a não ser, talvez, Philip Mortimer. Mas, desde O Mistério da Grande Pirâmide, o tempo foi passando. Estará o professor preparado para enfrentar os mistérios do Egito que lhe regressam à memória?

Ficha técnica:
Blake e Mortimer – O Último Faraó
De Van Dormael, Thomas Gunzig, François Schuiten e Laurent Durieux
Capa dura, dimensões 23,6x31,1 cm, cores, 96 págs.
ISBN: 978-989-23-4698-4
PVP: € 17,95
Editora ASA


18 julho, 2019

Colecção BD Novela Gráfica V - Vol. 3: A Febre de Urbicanda

Chega hoje às bancas nacionais, a terceira Novela Gráfica (da 5ª Série), que nos traz um dos melhores títulos desta colecção. «A Febre de Urbicanda» de Schuiten e Peeters, um dos títulos mais emblemáticos da série «Cidades Obscuras», premiado em Angoulême em 1985, esgotado em Portugal há mais de 20 anos. 

Publicado por cá em 1985 pela desaparecida Edições 70, regressa agora numa edição definitiva que, para além de um dossier final sobre a lenda da Estrutura, inclui também a história «A Última Visão» de Eugen Robick, feita em 1997 para o número final da revista (A Suivre), onde a série nasceu.

A série As Cidades Obscuras, uma designação inventada por Jean Paul Mougin, director da (A Suivre), é um universo constituído por uma série de cidades fantásticas, verdadeiros protagonistas de histórias fascinantes que têm como pano de fundo as relações entre a arquitectura, as emoções e o poder.

A FEBRE DE URBICANDA
Eugen Robick, o urbitecto responsável pelo plano de urbanização que pretende restituir a simetria à cidade de Urbicanda, é confrontado com a descoberta de um misterioso cubo, feito de uma matéria desconhecida, cujo crescimento geométrico vem perturbar e transformar profundamente a imagem da própria cidade e a vida dos seus habitantes. O que irá acontecer à utopia urbana de Robick, agora que a cidade está desestabilizada pelo cubo, e o próprio arquitecto transtornado pela irrupção do amor na sua vida tão regrada?

Ficha técnica:
A FEBRE DE URBICANDA
Colecção Novela Gráfica (5ª série) - Volume 3
De François Schuiten e Benoît Peeters
Capa dura, formato 1225x295mm, p/b, 122 páginas.
PVP: € 10,90
Editora LEVOIR





09 setembro, 2012

Está a chegar a 12!


"Léon conhece bem a Doce. Compreende-a melhor do que ninguém e antecipa os seus mínimos desejos. O que é muito natural, depois de tantos anos passados juntos a devorar quilómetros. Porque a Doce, ou melhor, a 12.004, é uma locomotiva a vapor. Uma rainha da velocidade, com uma mecânica sofisticada, que é o orgulho do seu maquinista. Mas os tempos mudam, os transportes eléctricos ganham terreno, e os dias da Doce estão contados..." de François Schuiten.

11 agosto, 2010

A Teoria do Grão de Areia - Tomo 2

Teoria Grão Areia 2

Uma das boas leituras deste ano, não só pela expectativa criada pelo álbum anterior, mas também porque espero a presença dos seus dois autores no Festival de BD da Amadora a decorrer em Outubro próximo, é o segundo tomo de “A Teoria do Grão de Areia” (ed. ASA) de Schuiten e Peeters.

Recuperando a história, em 784, num universo paralelo ao nosso, a cidade de Brusel é assolada por inexplicáveis fenómenos. Mary Von Rathen, a menina de “A Rapariga Inclinada” (ed. Meribérica) é contratada como consultora, e perdida em toda aquela atmosfera caótica, procura respostas. Neste segundo e conclusivo álbum, o avanço da areia e das pedras e o surgimento de outros novos fenómenos colocam em risco a existência da própria cidade. Mary Von Rathen percebe que a presença de dois novos estrangeiros (Bugtis) na cidade pode ser a chave do problema.

Com uma narrativa fantasiosa e fluída, a história encontra aqui a sua conclusão. O que começou por ser um inofensivo grão de areia, coloca agora em risco o equilíbrio de uma cidade. Esta ideia torna-se interessante pelos paralelismos que se podem estabelecer a partir daqui. Pessoalmente, gosto particularmente da ideia subjacente de equilíbrio e que toda uma acção tem necessariamente uma consequência ou reacção. E conforme nos apercebemos, os danos na cidade provocados pelos estranhos fenómenos resultam de acções/intervenções da cidade de Brusels. É verdade que nem todas as questões obtêm aqui a sua devida resposta, mas isto também porque as arquitecturas deste mundo permanecem naturalmente obscuras.

Graficamente, o desenho de Shuitten é exemplar. Trabalhado essencialmente a duas cores – preto e branco sujo – caracteriza o ambiente da cidade de Brusels e permite depois criar inteligentemente um contraste, com o branco luminoso que caracteriza os estranhos fenómenos. A opção pelo formato italiano, com as pranchas dispostas horizontalmente, permite a utilização de uma maior área de desenho da vinheta, o que valoriza bastante a riqueza do traço deste autor, que pode ser observada nos detalhes, como por exemplo na arquitectura dos edifícios, e aqui um destaque para a designada Maison Autrique, ou na definição dos personagens intervenientes.

Uma palavra final para a edição, conforme referido em formato italiano, a exemplo do que sucedeu com o tomo um, que vem igualmente acompanhada de uma caixa com lombada, ricamente ilustrada, que permite a arrumação ao álbum na vertical junto dos restantes álbuns da série.

Relacionado com este álbum , ler também:
A Teoria do Grão de Areia - Tomo 1

A Teoria do Grão de Areia – Tomo 2
Autores: Schuiten (desenho) e Peeters (argumento)
11º álbum da série “As Cidades Obscuras”, preto e branco, capa mole
Editora: ASA, 1ª edição de Maio de 2010

A minha nota:

06 novembro, 2009

20º Amadora BD: Alterações ao programa

Photobucket

Amanha tem lugar o último fim-de-semana do Amadora BD. Eu tinha aqui anunciado a surpresa que foi a confirmação da vinda ao festival da dupla de autores responsável pela série “As Cidades Obscuras”. Premiados na categoria de autores do “Melhor Álbum Estrangeiro”, Schuiten e Peeters estariam presentes dia 8, para receber pessoalmente o galardão. Infelizmente, há motivos de força maior que impedem que as coisas assim aconteçam. Assim, a organização do festival anunciou que o argumentista Benoit Peeters já não vai poder estar presente este ano no Amadora BD. A esta falta junta-se ainda o nome do espanhol Alfonso Azpiri.

Em compensação, para além dos outros nomes já anteriormente confirmados, incluindo François Schuiten e David Lloyd (V for Vendetta), vão ainda marcar presença, autores como Batem (responsável pela série Marsupilami) na sessão de autógrafos no Sábado (15-18h) e Domingo (16-19h), a dupla de autores polacos Zbigniew e Grazyna Kasprzak apenas na sessão de autógrafos de Sábado (16-19h) e ainda Matthias Lehmann no Sabado (15-18h) e Domingo (16-19h). O programa completo de festas, já actualizado, pode então ser consultado aqui.

01 novembro, 2009

20º Amadora BD – Surpresa Shuitten e Peeters

Na sequência da vitória do álbum “A Teoria do Grão de Areia” na categoria de “Melhor Álbum Estrangeiro”, a organização do Amadora BD conseguiu convencer os autores Schuiten e Peeters a estarem presentes no festival, no próximo dia 8 de Novembro (Domingo), afim de receberem pessoalmente o prémio conquistado. Logicamente os autores estão disponíveis para uma sessão de autógrafos. Para os mais distraídos, lembro que esta dupla é responsável pela excelente série “As Cidades Obscuras”, cujo 10º álbum da colecção é justamente “A Teoria do Grão de Areia”.

06 julho, 2009

Leituras: A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1

Neste primeiro tomo, não há respostas. Fica apenas montado o cenário: a cidade de Brusel. Na narrativa, personagens e histórias sem ligação aparente são introduzidas num enredo surrealista requintado. O sr. Abeels vê aparecer misteriosamente dentro de sua casa pedras de peso igual; a D. Kristin Antipova, mãe de dois filhos, de forma inexplicável vê a sua casa inundada diariamente por areia; o Sr. Maurice, chefe de cozinha, vai perdendo peso todos os dias sem emagrecer. Tudo num lento começo, de soma de pequenas coisas, que vai evoluindo, transformando um mundo aparentemente tranquilo, numa situação deliciosamente caótica.

Graficamente, as imagens de grandes esplendores arquitetónicos tão características de álbuns anteriores, dão aqui lugar a pequenos espaços urbanos – o apartamento, o restaurante, etc. A arte de Schuitten é excelente, transformando os desenhos em quase gravuras. Um jogo de cores é uma das particularidades deste álbum. Ainda que trabalhado essencialmente a duas cores – preto e branco sujo – a utilização de uma terceira cor, um branco puro que caracteriza os fenómenos sobrenaturais, que embora não seja distinguido pelas personagens da história, não deixa indiferente o leitor, pela atmosfera que cria, fazendo com que o desenho ultrapasse a sua natureza meramente ilustrativa.

Achei todo o álbum de leitura viciante. Chegado ao fim e fico na expectativa de saber mais. Ainda que não ponha em causa a qualidade do álbum, não posso deixar de fazer os seguintes reparos à edição:
- o dialogo entre Senhora Von Rathen e o Comissário na página 66, saiu trocado;
- a “tradução” do nome da personagem na página 91 parece-me completamente descabida: Tónio?!

A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1
De Schuiten (desenho) e Peeters (argumento)
Editora ASA, Edição de Maio de 2009


Nota de leitura:
 EXCELENTE (5 em 5)


24 junho, 2009

Lançamento ASA: A Teoria do Grão de Areia – Tomo 1


A imagem acima reproduz o magnífico desenho da capa do 10º álbum, na colecção original, da série «As Cidades Obscuras». Intitulado «A Teoria do Grão de Areia – tomo 1», numa edição ASA, é amanha distribuído juntamente com o Jornal Público (com um preço adicional de € 17,50).

Sinopse desta história:
Constant Abeels colecciona pacientemente uma série de pedras de igual peso que aparecem misteriosamente em diferentes divisões do seu apartamento. Num prédio vizinho, uma mulher, mãe de dois filhos, verifica que, da mesma forma, acumula grandes quantidades de areia. Um pouco mais longe, Maurice, o patrão e chefe de cozinha de um restaurante, descobre que perde peso sem, contudo, emagrecer. Com o passar dos dias, estes estranhos fenómenos continuam a suceder-se sem que se consiga encontrar solução.

Inédito em Português, este álbum é a primeira parte de uma história cuja conclusão será apenas publicada no próximo ano. Apresentando-se num formato italiano, disposição horizontal, pouco comum no género franco-belga, o álbum vem acompanhado por uma caixa dura arquivadora que facilitará a sua arrumação na vertical.

«As Cidades Obscuras» é um universo que a dupla François Schuiten e Benoît Peeters tem vindo a criar desde 1982, que se traduz, até à data, num total de 11 álbuns publicados, tendo ganho inclusive diversos prémios. A narrativa da série desenvolve-se em redor de espaços urbanos dotados de grandes esplendores arquitectónicos, que se assumem invariavelmente como protagonistas das histórias.

Em Portugal, as Cidades Obscuras são dignas de figurar na rubrica «séries estupidamente incompletas» deste blogue. A colecção, que com esta edição da ASA, conhece a sua 4ª editora, não obstante todo o interesse demonstrado ao longo do tempo pela publicação da série, a verdade é que estão ainda por editar os álbuns correspondentes aos n.º 4 e 9 (na sua cronologia original).

A colecção «As Cidades Obscuras» é composta pelos seguintes álbuns (com a indicação dos editados em português):

# O Arquivista, Meribérica, 2003

  1. As Muralhas de Samaris, Witloof, 2003
  2. A Febre de Urbicanda, Edições 70, 1987
  3. A Torre, Edições 70, 1989
  4. La route d'Armilia – INÉDITO
  5. Brussel, Meribérica, 1993
  6. A Menina Inclinada, Meribérica, 1999
  7. A Sombra de um Homem, Meribérica, 2000
  8. A Fronteira Invisível – Tomo 1, Witloof, 2002
  9. La frontière invisible - 2 – INÉDITO
  10. A Teoria do Grão de Areia – tomo 1, ASA, 2009
  11. A Teoria do Grão de Areia – tomo 2 (a publicar em 2010)


Boas leituras!