Hoje a novidade do dia é a grande aposta editorial da ASA no corrente ano. Chega hoje às livrarias o romance gráfico O DEUS DAS MOSCAS, a adaptação da obra homónima de William Golding, assinada pela talentosa autora holandesa Aimée de Jongh, que já nos tinha surpreendido anteriormente pela sua sensibilidade e delicadeza do seu traço em Dias de Areia (ASA).
O Deus das Moscas, de William Golding, é uma alegoria poderosa e perturbadora sobre a natureza humana. Publicado originalmente em 1954, o romance explora como um grupo de crianças, isoladas em uma ilha deserta após um acidente de avião. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. Mas gradualmente começam uma descida para o caos e barbárie. À primeira vista, o que parece ser uma história sobre sobrevivência juvenil, rapidamente se transforma numa análise profunda sobre os instintos mais animais do ser humano em circunstâncias extremas.
Já temos tido excelentes obras em banda desenhada que abordam esta temática, e soma-se aqui mais um belo exemplo. Esta nova edição é uma obra de peso, composta por mais de 350 páginas, devidamente protegidas numa bela edição de capa dura.
5 comentários:
Será que iremos ter a mesma atenção a outras obras de raiz da autora como "Blossoms In Autumn", "The return of the honey buzzard" e "Taxi !: Récits depuis la banquette arrière" ou só contam as adaptações literárias, por melhores que elas sejam?
António é possível que a ASA continue a apostar nesta editora, agora em formato de capa dura? Receio bem que não! O PVP deste já está acima do que a editora pretendia. Temos aqui uma aposta extraordinária.
Viva Nuno de que editora fala? A autora lança em vários selos e os seus trabalhos são, por norma, de menor dimensão que esta adaptação. A capa dura valoriza, semptea edição Será puro oportunismo ou há um verdadeiro interesse na obra da autora?
Foi gralha minha. Queria escrever "que é possível que a ASA continue a apostar nesta autora".
Digo isto porque é a segunda obra dela que a ASA a que se junta a sua vinda ao festival da Amadora, o que revela um esforço no sentido de a promover por cá. Agora a edição em capa dura ou capa mole terá sempre uma racionalidade económica por trás. Sei que neste caso houve um esforço, porque a primeira opção era em capa mole, mas atendendo que se tratava de uma obra relevante, de um lançamento simultâneo em vários países, optou-se e bem, na minha opinião, por este formato de edição. Em dúvida que valoriza muito o livro com objeto de colecção.
Entendo. No entanto fica por esclarecer se este interesse é momentâneo ou se há vontade de disponibilizar outras obras da autora (as referidas no anterior comentário). Compreendo que estes títulos saiem fora do que tem sido a "linha" editorial da Asa daí as minhas sinceras dúvidas de uma possível continuidade. Oxalá me engane...
PS - há alguma notícia da presença de Riad Satouff ou de Manu Larcenet no Amadora ou outro?...
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