18 outubro, 2024

Vale o que vale mas mal não faz!


 

6 comentários:

Antonio disse...

E vale muito caso isto não fique apenas no papel e se traduza em factos concretos - apoios á edição , parcerias, protocolos, planos de leitura, promoção interna e externa, etc…

Nuno disse...

Não quero fazer papel de advogado do diabo, mas hoje estive atento aos órgãos de comunicação social (televisão e rádio) e posso estar enganado, mas nem uma referência. Ouvi falarem sobre o Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos que também se celebra hoje, mas sobre o dia da BD um silêncio. A Antena 3 fez o programa da tarde directamente do núcleo central do Amadora BD, e com bons apontamentos sobre as exposições e autores, mas sobre o dia em si nada. E para além disso, vamos ser sinceros…. a data de 18 de Outubro???? O próprio sítio da Academia das Belas Artes nem escreveu hoje uma palavra sobre o assunto. Só vem ao encontro desta minha ideia de que isto é tudo um fogo de artificio… muito bonito mas 5 min depois acabou.
Não me parece que seja por aqui o caminho, e sinceramente a BD portuguesa tem caminhado bem sozinha!

Antonio disse...

Caro Nuno, sejamos francos - a BD em Portugal, tanto autores nacionais como estrangeiros, precisariam de um "incentivozinho". A prática é habitual noutros países. Passar das palavras á prática, isso sim, é o grande desafio (tal como é em múltiplas outras áreas...). Numa altura em que anunciam amplos apoios á cultura seria de considerar uma "frente" que defendesse acérrimamente a "dama" junto de quem tem o poder decisório. Não estou aqui a a defender a subsidiodepedência mas que a BD, tal como as outras artes, não passe mais uma vez como o parente pobre. A BD merece dignificação e, acima de tudo, ter visibilidade.

Nuno disse...

Eu concordo igualmente que a BD deva ter direito a apoios na mesma linha que outras artes também o recebem. Sem subsidiodependência. Mas por outro lado vejo que o apoio público na BD tem surgido nas mais variadas formas. Veja-se os festivais da Amadora, de Beja, de Coimbra e de Gaia. Tudo feito com apoios públicos municipais. A própria colecção da Levoir, dos Clássicos da Literatura, que tem sido produzida por autores portugueses, tem o apoio da estação pública de televisão. O aumento do número de editoras/chancelas a editar bd tem subido nos últimos anos, e consequentemente o nº de edições, o que também dá visibilidade à BD nos escaparates das livrarias. Este é o caminho não são os dias.

O Estranho disse...

Os apoios, a existirem, devem ser concedidos directamente aos autores e de modo rotativo.
Se passarem por editores, bedetecas e afins, teremos situações de "sempre os mesmos a beneficiar" e nada para os que estão fora do círculo de amizades/interesses.
Basta recordar-se algumas situações, do tempo do João Paulo Cotrim.
Já basta o apuramento dos nomeados para os prémios do AmadoraBD ter de obedecer a "quotas". Ou nunca ninguém reparou?

Nuno disse...

Concordo que a atribuição dos prémios de BD em Portugal tem muitos compadrio, e muitas razões que a própria razão desconhece, e o prémios do Amadora BD tem então um historial de situações risíveis. Quanto ao apuramento, confesso nunca ter reparado nessas "quotas" ou visto as coisa nesse prisma. Quer desenvolver Estranho?