«Para iluminar a floresta, basta a floração de um só íris», pode ler-se na apresentação do 40.ª álbum de Astérix e Obélix. E o novo argumentista da série, Fabrice Caro, levantou a ponta do véu relativamente à nova aventura, O ÍRIS BRANCO, que tem lançamento mundial agendado para Outubro. Em Portugal, a edição é garantida pela ASA.
Fale-nos da génese deste 40.º álbum das aventuras
de Astérix.
FC: Eu queria um álbum muito centrado na aldeia e nas
suas imediações. Gosto particularmente dos álbuns
de Astérix em que um elemento externo se introduz
na aldeia e vem perturbar o seu equilíbrio, e adoro
observar a reação dos habitantes, com a sua lendária
capacidade de dissimulação. E, depois, era a
oportunidade de abordar implicitamente um fenómeno
social contemporâneo…
O porquê deste título?
FC: O Íris Branco é o nome de uma nova escola de pensamento positivo, vinda de Roma, que começa
a propagar-se pelas grandes cidades, de Roma a Lutécia. César decide que este novo método pode
ter efeitos benéficos sobre os campos romanos em redor da famosa aldeia gaulesa. Mas os preceitos
desta escola influenciam igualmente os habitantes da aldeia que com eles se cruzam… Aliás, a prancha-anúncio divulgada em dezembro já levantou um
pouco o véu sobre o resultado dessa influência! Eu queria encontrar um título que se enquadrasse
no espírito de Goscinny e Uderzo, em que o tema é muitas vezes encarnado num objeto físico ou numa
pessoa (O Caldeirão, O Adivinho, O Grande Fosso, O Escudo de Arverne, A Foice de Ouro…). Aqui, o íris
é um símbolo de bondade e de plenitude, ou pelo menos assim se espera…
Matasétix, o famoso chefe gaulês, não parece muito
feliz nesta imagem… O que é que se passa na
aldeia?
FC: Sim, é verdade. É preciso reconhecer que já o vimos
em melhor forma. Este método positivo tem impacto
sobre os nossos amigos gauleses e nem todos ficam
satisfeitos. É o que acontece ao nosso chefe, que vai
atravessar uma crise…
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