Tem sido ano muito positivo para o Ricardo Santo, autor que já conhecíamos do catalogo da Escorpião Azul. Num curto espaço de meses, viu serem publicados dois livros seus. Primeiro ilustrou a adaptação para BD do romance O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós, para a colecção Clássicos da Literatura Portuguesa (Levoir/RTP), em conjunto com o argumentista André Oliveira, e agora este BOARDING PASS, onde assume o argumento e o desenho, num lançamento da editora A SEITA.
Residente em Barcelona, o autor explora neste novo trabalho as vicissitudes da emigração nos meios urbanos europeus, neste caso na cidade que próprio elegeu para viver. As suas páginas dinâmicas e coloridas ilustram de modo algo irónico, algo humorístico, mas sempre cheias de movimento, as vidas caóticas, tristes, desesperadas, esperançosas, positivas, muitas vezes violentas, daqueles que foram forçados a fazer a sua vida longe da terra natal.
3 comentários:
Péssima legendagem (fonte demasiado pequena, "monolitos" de texto em balões únicos que podiam ser divididos em balões mais pequenos, texto demasiado perto das margens) e grave problema nas cores do livro (parece que em quase toda a totalidade do livro uma marca de água cinza foi colocada sobre as pranchas). Parece que o autor não sabe muito bem a diferença entre RGB e CMYK quando se tem que imprimir em papel. Será que não houve um editor que acompanhasse o autor e o fizesse ver que estava a fazer um mau trabalho que podia ter sido feito por outros profissionais?
Não comprei o livro pelo que não consigo emitir opinião sobre a qualidade de edição, mas não posso deixar de estranhar os problemas que identifica, conhecendo os editores da Seita. Diria que não é normal. Olhando para as páginas disponibilizadas confesso que acho balões com demasiado texto e com parágrafos!
Autor aqui. Para sua informação, a arte final foi feita em CMYK (eu sei a diferença). E todo o trabalho de edição foi acompanhado e revisto por várias pessoas, ao contrário do que presume.
Se alguém tinha capacidade de prever o resultado final, podia ter-me dito. Não sou assim tão arrogante que não aceite fazer alterações. De resto, fiz muitíssimas.
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