Está confirmado. Uma das séries mais mal-tratadas na edição de banda desenhada em Portugal vai ser finalmente integralmente publicada numa colecção da ASA em álbuns duplos. Para quem ainda não identificou pela imagem acima, falo naturalmente de LARGO WINCH, personagem aventureira criada por Jean Van Hamme e desenhada por Philippe Francq. Até à data, a presença de Largo Winch, foi bastante irregular, tendo sido publicados entre 1993 e 2011, apenas 8 álbuns de um total de 21 (com estranhos saltos na numeração), e através de três diferentes editoras (Bertrand, Gradiva e ASA).
Largo Winch em Portugal:
- 1 - O Herdeiro, Bertrand Editora, 1993
- 2 - O Grupo W, Bertrand Editora, 1994
- 3 - O.P.A., Bertrand Editora, 1995
- 5 - H, Gradiva, 2006
- 6 - Dutch Connection, Gradiva, 2006
- 7 - A Fortaleza de Makiling, ASA (Vol. 10 da Colecção Os Incontornáveis), 2011
- 8 - A Hora do Tigre, ASA (Vol. 10 da Colecção Os Incontornáveis), 2011
- 15 - Os três olhos dos guardiães de Tao, Gradiva, 2007
Tudo agora isso é passado, e a partir de 26 de Setembro e até 5 de Dezembro, teremos da colecção integral LARGO WINCH, composta por 11 álbuns (10 duplos e um individual), semanalmente nas bancas em distribuição com o jornal Público, em formato capa dura (a ASA aprendeu depois do Valerian), com preço de capa de € 11,90 (o individual terá o preço de € 6,90). Franco-belga no seu melhor!
Colecção LARGO WINCH:
- Álbum duplo (vols. 1 e 2) – O Herdeiro / O Grupo W
- Álbum duplo (vols. 3 e 4) – O.P.A. / Bussiness Blues
- Álbum duplo (vols. 5 e 6) – H / Dutch Connection
- Álbum duplo (vols. 7 e 8) – A Fortaleza de Makiling / A Hora do Tigre
- Álbum duplo (vols. 9 e 10) – Vem Veneza… / … E Morrer
- Álbum duplo (vols. 11 e 12) – Golden Gate / Shadow
- Álbum duplo (vols. 13 e 14) – O Preço do Dinheiro / A Lei do Dólar
- Álbum duplo (vols. 15 e 16) – Os Três Olhos dos Guardiães do Tao / A Lei e a Virtude
- Álbum duplo (vols. 17 e 18) – Mar Negro / Ilha Vermelha
- Álbum duplo (vols. 19 e 20) – Contradança / 20 segundos
- Álbum individual (vol. 21) - A Estrela da Manhã
12 comentários:
Excelente. E finalmente .
por mim a ASA aprendeu demasiado tarde! fazem aquele miserável trabalho de edição com Valerian e editam Airborne 44 e Largo Winch em capa dura?! que se danem! vai ser a primeira colecção ASA que vou deixar passar.
Quero lá saber das capas. Fazer birra porque são duras ou moles? Naaaa. Eu quero é o conteúdo. E os que li do Largo, gostei. Será mais uma série para fazer na totalidade e agradecer à ASA e Público pela edição de coleções completas.
Eu também agradeço à Asa e Público por estas belas edições e o "Largo Winch" já merecia um tratamento adequado em Portugal. No entanto relembro: não basta fazer essas colecções se depois não der continuidade às colecções, se for o caso. Para já parece-me umas belas edições e a um preço irresistível. Obrigado mais uma vez.
Letrée
Nem tinha reparado no preço! Genial!!! A comprar, como todas as outras, seja capa dura ou mole, ainda que prefire capa dura!
A Asa continua a ignorar a melhor produção franco-belga e insiste no "seguro", personagens na linha clássica mas sem rasgo criativo (isto independentemente da qualidade gráfica e das histórias, que não conheço...). Gostaria de ver a editora a arriscar e lançar outros títulos mas, ao que parece, isso não irá acontecer.... é pena.
Creio que já está assumido por todos que a edição BD em Portugal passa por uma fase... diferente do que era habitual à uns 7 a 10 anos atrás.
A ASA terá desinvestido no departamento de BD, que passou a aparentemente editar apenas certezas.
- Asterix, Tintin, Michel Vaillant e Blake&Mortimer
- coleções completas em associação com jornais, nomeadamente o Público.
Compete ao mercado responder a estes "novos tempos", sendo que o "mercado" tem ultimamente sido bem cultivado em duas direções diferentes
- comics made in usa (e não exclusivamente superheróis em cuecas)
- novelas gráficas (temos de usar este termo) com várias origens
Viva! É quase unânime que esta colecção já tardava. E aplaudo esta parceria com o Público porque penso que será a única forma de se publicar por cá estas colecções completas, nomeadamente de séries que de outra forma dificilmente veriam a luz da edição em português e a um preço muito acessível. E depois do Valerian (um grande erro de avaliação por parte da ASA) penso que se acabaram as colecções em capa mole. Pena é que tenha sido justamente com o Valerian. Agora é como dizem, a ASA desinvestiu e deixou cair parte considerável do seu catálogo de bd franco-belga segurando apenas os títulos seguros. Mas a verdade é que feitas as contas deve publicar este ano à volta dos 25 álbuns. Para uma editora em desinvestimento, não está mau. Mas se por um lado a ASA desinveste, por outro lado abrem-se janelas de oportunidade para as novas editoras de franco-belga (Arte de Autor, Ala dos Livros). Os tempos que correm são favoráveis para edição de BD em Portugal!
Isso é uma verdade,o abrir-se janelas de oportunidade para novas editoras, como Arte de Autor e a recém chegada Ala dos Livros,...se eu já gostava da primeira, tanto que tenho comprado algumas das edições deles(a última foi DRUUNA),já a segunda editora parece-me que começou bem e fico curioso com o que possam trazer no futuro. Quanto a esta colecção da ASA acho que é de aproveitar, nem que seja pelo preço,...se adquiri o IRS porque não esta também?!
Excelente notícia!
Largo Winch é uma grande coleção!
Faço votos para que a próxima coleção seja Lefranc de J. Martin ou Yoko Tsuno de R. Leloup.
Muitos parabéns Asa e Público
Extraordinário compra certa!
Parabéns ao Público e ASA.
Barba Ruiva ou Tanguy e Laverdure numa próxima coleção desta excelente parceria.
Também partilho do entusiasmo dos restantes confrades Bdéfilos. Esta edição já tinha surgido no mercado franco-belga e para os ciclos duplos do LW faz todo o sentido. Apenas esmoreço quando vou aos detalhes! Comecei por comprar o volume 6 que inclui vols. 11 e 12 – Golden Gate / Shadow. O design da capa é quase igual ao original, só com a diferença que os títulos foram remetidos para uma faixa feia que corta a leitura da capa. Depois no miolo: 104 páginas no original franco-belga, reduzidas a 98 na edição portuguesa. Perdemos os desenhos originais da capas (reproduzidos no original); perdemos as citações, cínicas ou emblemáticas, no verso das páginas de abertura. Finalmente a impressão é desigual e berrante nalgumas pranchas. Não se percebe, especialmente se a questão é apenas a gestão de custos: 11,90€ para o mercado português contra 14,90€ no original franco-belga (se reduzirmos o preço à mesma unidade em termos económicos ainda assim o nosso é mais caro!). É a gestão vão-de-escada que mancha estas bela iniciativas.
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