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09 maio, 2017

Colecção SALVAT Graphic Novels MARVEL: V42 - VENOM

O novo volume da Colecção SALVAT Graphic Novels Marvel é inteiramente dedicado a um dos maiores adversários do Homem-Aranha. VENOM é a antítese de tudo o que o Homem-Aranha representa. Mas este monstro perverso é mais do que um mero psicopata viscoso com mais dentes do que uma moto-serra. O facto de Venom ser uma criatura simbiótica, que precisa de um hospedeiro para sobreviver, deu a legiões de escritores imensas oportunidades para expandir a personagem e fazê-la evoluir para novas formas. E para a última encarnação de Venom, o escritor Rick Remender arranjou uma abordagem claramente diferente sobre o que o simbionte pode ser, apesar de essa abordagem manter a luta entre homem ou monstro/herói ou vilão no centro da história. Ex-alcoólico, e agora paraplégico veterano de guerra, Flash Thompson é uma escolha brilhante como hospedeiro para o monstro, com a sua luta interna contra o vício, a depressão e as responsabilidades familiares a refletirem-se na sua outra luta, em “missão” contra a monstruosa influência do simbionte.

VENOM
O antigo fuzileiro ‘Flash’ Thompson sacrificou tudo pelo seu país. Agora, Flash foi escolhido pelas Forças Armadas norte-americanas para um projeto secreto, a Operação Venom - um simbionte alienígena capturado, que já foi um dos mais mortíferos inimigos do Homem-Aranha. Terá ele a força mental para usar o parasita para o Bem, ou estará destinado a ser mais uma vítima dos sombrios desígnios do fato?

Este volume reúne os números 1 a 5 da revista Venom.

Ficha técnica:
Colecção Oficial de Graphic Novels Marvel
Volume 42: VENOM
Argumento de RICK REMENDER e arte de TONY MOORE
Capa dura, 120 pgs, cores
PVP: €11,99



14 janeiro, 2011

Leitura: The Walking Dead Vol. 1 - Dias Passados

 
Em 2010, um dos títulos que mais me entusiasmou em termos de leituras de banda desenhada foi sem dúvida The Walking Dead (TWD). E descobrir este universo desenvolvido por Robert Kirkman, vencedor de um Eisner Award, tem sido viciante.

Em TWD acompanhamos a história de Rick Grimes, um ajudante de xerife de uma localidade nos arredores de Atlanta (EUA) que depois de acordar de um estado de coma, na cama de um hospital, é confrontado com uma nova realidade: o mundo lá fora encontra-se dominado pelos mortos, melhor, por mortos-vivos. Tudo o que conhecia desapareceu em consequência de uma brutal epidemia, cuja origem não nos é relatada, mas que afectou grande parte da população humana transformando-a em zombies, que vagueiam agora sem destino um pouco por todo o lado, movidos por um instinto animal na procura de carne humana. Restam apenas pequenas bolsas de sobreviventes que lutam agora pela vida num mundo sem lei nem ordem. Rick luta para proteger a família (mulher e filho) ao mesmo tempo que conduz um grupo de sobreviventes na busca por um lugar seguro para viver. Em síntese, TWD apresenta-nos a visão de um mundo dominado pelos mortos, onde os vivos que ainda subsistem são obrigados a começar a viver, numa luta constante pela sobrevivência. Retrata a natureza humana e aborda a complexidade de que se revestem as relações humanas de uma forma exemplar numa análise critica de como o próprio ser humano se relaciona com os seus, com uma constante necessidade de criar e quebrar regras, num tempo onde os conceitos morais de certo ou errado ou de vida e de morte mudam conforme as circunstâncias.

A Devir lançou em finais do ano passado o primeiro volume de TWD – “Dias Passados”, no formato trade paperback (TPB) similar à edição publicada lá fora, que reúne os seis primeiros comics originalmente publicados em 2003 nos EUA pela Image Comic. Devo dizer que aplaudo a opção da editora portuguesa em manter o título original da série The Walking Dead, e não se aventurar numa qualquer tradução que certamente desvirtuaria um duplo significado que título original em inglês encerra em si. Porque à medida que nos embrenhamos na leitura desta aventura – devo dizer que a ideia que se segue não deriva deste primeiro volume mas de uma leitura mais avançada em que eu me encontro (volume 5) – apercebemo-nos que a designação de “walking deads” talvez não se aplique exclusivamente aos mortos-vivos como inicialmente se poderia supor, mas também aos sobreviventes, até porque à medida que avançamos na leitura tomamos consciência que nenhuma personagem está a salvo e que todos os vivos encontram-se irremediavelmente condenados, à excepção (ou talvez não) de Rick Grimes.

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Neste primeiro volume, começamos por estabelecer uma ligação à história. Assistimos ao acordar de Rick para a nova e perigosa realidade. Há sua busca e reencontro com a família. À apresentação do grupo e ao surgimento das primeiras tensões. Rick divide-se entre o seu papel de pai e marido e a obrigação que sente em garantir a protecção do grupo. Enquanto para Lori, a sua mulher, o reencontro é acompanhado por um sentimento de culpa. Todo o ambiente que rodeia o grupo afecta-o e isso traz consequências.

A fluidez na leitura de TWD resulta porque estamos perante um argumento genial que desenvolve uma linha narrativa com grande intensidade, liberta de “amarras e que segue caminhos lógicos. Mas é na exploração eficaz das reacções humanas que a narrativa explode. Quer seja originada pelas situações de tensão latente e de conflito existentes no grupo que se vai formando, derivadas das diferentes personalidades de cada elemento, que evoluem naturalmente para estados de confronto ou pela exposição do pior da natureza humana que nem sempre deriva da exposição a situações extremas. Certo é o suspense dado pela incerteza dos acontecimentos que cada nova página nos reserva.

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A arte sempre num registo a preto-e-branco tem, no seu primeiro volume, a assinatura de Tonny Moore. Autor de traço simples que se torna bastante eficiente pela dinâmica que imprime nas sequências de acção, destacando-se também pela boa caracterização no desenho dos mortos-vivos. Só assina os seis primeiros números que compõem este volume sendo posteriormente substituído por Charlie Adlard.

TWD é uma excelente aposta da Devir, que eu já tinha incluído como uma das minhas melhores leituras do ano de 2010. Agora o sucesso desta colecção em Portugal passa pela publicação não muito espaçada dos restantes volumes. Até porque não havendo cá, o leitor certamente procurará lá fora.

The Walking Dead - Dias Passados
Autores: Robert Kirkman e Tony Moore
Volume 1, preto e branco, TPB
Editora: Edições Devir, 1ª edição de Novembro de 2010