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21 setembro, 2018

Comic-Con Portugal 2018: Crónica de um regresso


Com algum distanciamento mas sempre a tempo, deixo aqui o meu registo do meu regresso à Comic-Con Portugal.

Quatro anos depois voltei à Comic-Con Portugal. O facto desta 5ª edição se realizar quase em Lisboa ajudou a este meu regresso. Afinal estava em “casa”. Novo espaço com a particularidade de ser ao ar-livre. Com todas as vantagens e desvantagens que isso acarreta. E se há quatro anos “filas, e mais filas” foi o que caracterizou o evento de Leça da Palmeira, esta primeira edição a sul trouxe “espaço, e mais espaço”. E como o bom tempo ajudou, houve espaço para muita coisa mas não para as desvantagens. E o resultado é que a festa, apesar de tanta praga em prenuncia do norte, foi um sucesso!

A primeira boa surpresa foi logo na entrada do Passeio Marítimo de Algés. Demorei 5 minutos a entrar. Será recorde mundial numa Comic-Con? E se há quatro anos fiquei com a sensação que prepararam uma festa para 10 pessoas e apareceram 100; desta vez a minha impressão é que prepararam a festa para os 100 e apareceram 108… mil (números da organização). A melhor parte é que nem dei por isso. A verdade é que em 100.000m2 de festival há espaço para tudo e todos. Não temos (não tive) consciência dos milhares de pessoas que por lá andavam. 

Mas comecemos. Como chegar ao Passeio Marítimo de Algés? É tão rápido que até impressiona. Lisboa, e um qualquer transporte (metro ou autocarro) para o Cais do Sodré. Apanha-se o comboio Cais do Sodré com paragem em Algés (10 minutos) e segue-se mais 5-10 minutos a pé. Chegamos. No primeiro dos três dias em que marquei presença, eu que até tinha almoçado antes e ido mais cedo, preparado para a confusão, descubro-me com tempo para visitar todo o recinto à vontade. Confesso que senti a falta de um mapa. No 1º dia a «app» anunciava “brevemente”.

Fora de quatro paredes, o recinto aberto com tendas e stands espalhados assemelha-se a uma enorme feira. E isso não é mau, antes pelo contrário, torna-se convidativo. As «tribos» divergem e concentram-se em função dos variados gostos e interesses. Não obstante gostar bastante de Cinema, Televisão, Jogos de tabuleiro, a minha onda é mesmo a Banda Desenhada. 

E falar em Banda Desenhada na Comic-Con é falar na «Comic Village». Era aqui que se anunciava a presença da razão da minha vinda: os “europeus” Miguelanxo Prado, Youri Jigounov, Tony Sandoval, David Rubin e Batem; os “americanos” Chris Claremont e Mark Waid; os “brasileiros” Maurício de Sousa, Eddy Barrows e Joe Prado; e as “Eisner girls” Marjorie Liu e Sana Takeda …. e ainda tivemos Filipe Andrade, Jorge Coelho, Olivier Coipiel, Sebastiá Cabot… e não tendo eu o dom da ubiquidade tão boa oferta prendeu-me a tempo inteiro na «Comic Village». O resultado é que a minha colecção de desenhos autografados aumentou bem depois deste festival.

Se na Comic-Con norte tinha ficado com a sensação que a BD era o «patinho feio» da convenção, na Comic-Con sul a BD ganhou um espaço próprio que lhe conferiu ser um dos polos de atracção. Nota extremamente positiva para as sessões de autógrafos. Bastante concorridas e muito bem organizadas. Nota muito positiva para os autores convidados. A aposta em bons e conhecidos é claramente vencedora (fica a dica para a organização do Amadora BD). Entre conversas e desenhos o tempo voava. Maurício de Sousa e Chris Claremont dominaram. Mais o brasileiro que o americano. Arrastou multidões. É enorme o carinho que os portugueses têm por este homem, e que ele retribui, com os seus 83 anos, em simplicidade e disponibilidade. 

O feedback que fui recolhendo de autores e editores presentes foi bastante positivo relativamente ao evento. Maior afluência, mais vendas. A Comic-Con cresceu, e para melhor. Desengane-se quem pensa o contrário. Cresceu em espaço, em conteúdos, em convidados, em visitantes. Desapareceram as filas para entrar, para a restauração, para multibancos. A fórmula certa está encontrada

Mas (há sempre um “mas”…) nem tudo foi perfeito. Como visitante senti que o espaço «Artist Alley» destoou na boa organização que caracterizou o evento. Uma tenda que se mostrou pequena para tanta gente. Um corredor de circulação apertado e sinuoso que não resultou, e uma iluminação inexistente. Entre os autores safaram-se os primeiros a chegar que ficaram com os lugares de maior visibilidade; tramaram-se os que vieram depois. Não tem de ser assim. A confusão nos períodos de maior afluência fizeram-me lembrar a 1ª edição da Comic-Con. A noat tem de ser negativa. Outro factor menos positivo foi a comunicação da organização. A «app» do festival não funcionou no primeiro dia. Houve uma deficiente identificação da localização dos vários auditórios (só consegui encontrar o Spotlight depois de andar às voltas). Os autores Olivier Coipel e Sebastià Calbot foram presença de última hora sem anúncio oficial (a agenda diária da «app» nada informou). O lado positivo disto tudo é que não é nada que não possa ser melhorado já na próxima edição.

Se considerarmos que poderia existir algum receio neste primeiro ano a sul, e os resultados desta 5ª edição foram um sucesso, então só podemos estar optimistas para a edição de 2019. A sul há mais um bom motivo de visita. Até para ano Comic-Con Portugal!

13 setembro, 2018

Comic-Con Portugal 2018: Os números do sucesso

Terminada que está a 5º edição da Comic Con Portugal é tempo de balanços. O meu, enquanto visitante do evento, está por dias. O da organização já está feito. E o resultado do evento que decorreu pela primeira vez a sul, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, não podia ter sido melhor. O sucesso foi traduzido em números. Nesta nova "casa", a Comic Con recebeu mais de 108.000 visitantes. Um crescimento que também aconteceu noutras vertentes, como mais espaço de exposição, mais convidados, mais conteúdos e dez áreas distintas. Deixo aqui algumas passagens relevantes do comunicado oficial:

"A 5º edição do evento Comic Con Portugal terminou e pelo novo recinto, construído de raíz, com 100.000m2, passaram 108.897 visitantes, o que corresponde a um aumento de cerca de 10.000 pessoas, em relação à edição anterior."

"A decorrer pela primeira vez no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, o evento contou com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, uma parceria que se irá manter para as próximas duas edições."

"A mudança para Oeiras permitiu-nos alcançar um dos nossos objetivos, que era que cada área pudesse ter o seu próprio espaço. Penso que conseguimos atingir essa meta."

Ficam os números oficiais Comic Con Portugal 2018:
  • Dias do evento 6, 7, 8 e 9 de Setembro de 2018, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras
  • 108.897 visitantes
  • 100.000 metros quadrados
  • 10 áreas distintas
  • 40 horas de evento
  • 242 convidados
  • Mais de 420 atrações

Até para o ano!

11 setembro, 2018

Comic-Con Portugal 2018: Um registo fotográfico

Nos próximos dias ainda andarei por aqui em modo comic-con. Conto escrever umas notas sobre o festival. Para já fica um registo fotográfico de quem lá foi só em modo banda desenhada (what else?) e para quem o Comic Village (Miguelanxo Prado, Maurício de Sousa, Jigounov, Batem, Chris Claremont, Marjorie Liu, Sana Takeda, Mark Waid, Eddy Barrows, Joe Prado, David Rubin, Tony Sandoval) era o centro do mundo. What else?













08 setembro, 2018

Vencedores dos Galardões BD da Comic Con Portugal 2018

Numa cerimónia realizada hoje na Comic Con foram conhecidos os vencedores dos Galardões da BD 2018. De forma muito resumida pode-se dizer que Filipe Melo, na qualidade de autor, e a G.FLOY (em duas categorias em co-edição com a ComicHeart) na qualidade de editora, foram os grandes vencedores desta edição. Parabéns!

Uma eleição sem muitas surpresas porque os candidatos vencedores eram muito fortes, qualitativamente falando. Pessoalmente, e até porque fui jurado, numa ou outra categoria tive diferentes escolhas (e sobre isto falarei aqui nos próximos dias), mas considero o resultado final justo e reflecte bem a qualidade da edição que temos actualmente em Portugal. Para a história da BD nacional ficam os nomes dos vencedores.


Galardão Anual BD Comic Con (para o melhor álbum)
Comer/Beber, de Filipe Melo e Juan Cavia (Tinta da China)




Galardão Melhor Argumento
Filipe Melo, em Comer/Beber (Tinta da China)




Galardão Melhor Desenho
Manuel Morgado, em Dragomante (G-Floy/ComicHeart)




Galardão Melhor Curta
Monte Morte, de André Oliveira e Jorge Coelho (da antologia Silêncio, da Comic Heart/G-Floy)




Galardão Melhor BD de Autor Estrangeiro
Afirma Pereira, de Pierre-Henry Gomont, baseado na obra de Antonio Tabucchi (G-Floy)


06 setembro, 2018

Começa hoje a COMIC CON PORTUGAL 2018


É já daqui a algumas horas que abrem hoje as portas da 5ª edição da COMIC CON PORTUGAL, que pela primeira vez na sua história realiza-se a sul. A transferência fez-se de Matosinhos para Algés. Confesso o meu agrado e vou (voltar a) marcar presença. O Passeio Marítimo de Algés não seria o sitio que apostasse para a realização de um evento desta natureza, que funcionou sempre dentro de quatro paredes. Mas Oeiras ganhou a Lisboa. Há alguma espectativa para a forma de como funcionará e como será recebido pelas diferentes «tribos».

O sitio oficial da Comic Con já apresenta o programa completo para os 4 dias. Na Google Play Store é possível descarregar a app «Comic Con» para telemóveis. Já o fiz e recomendo. Toda a informação ao alcance de um dedo.

A parte do festival que nos interessa, a bedéfila, sabemos já que funcionará no chamado Auditório Utupia e nos vários stands das editoras nacionais.

O painel de autores estrangeiros convidados, diria que é interessante. É certo que a «super-estrela» Maurício de Sousa captará grande parte das atenções. Não posso deixar de destacar a presença nos quatro dias do festival, das autoras, Marjorie Liu e Sana Takeda, que com o seu Monstress arrecadaram cinco prémios Eisner Awards 2018. Miguelanxo Prado, um dos últimos nomes a ser confirmados, é um dos autores que desejo conhecer, até porque nunca tive oportunidade apesar das suas múltiplas visitas a Portugal. Somo David Rúbin, Iouri Jigounov e Tony Sandoval para os autógrafos.

Quanto aos autores portugueses, estarão bem representados no chamado Artists' Alley. Faço aqui uma chamada de atenção para a Joana Afonso, que fará o pré-lançamento do seu novo livro, ZAHAN, numa edição da Polvo. E falando aqui de editoras, a G.FLOY terá o lançamento de duas novidades, SAGA 8 e OUTCAST 4.

No Sábado, dia 8, serão divulgados os vencedores do prémios GALARDÕES DA BD.

Conto nos próximos dias, aqui e na página do grupo BANDA DESENHADA PORTUGAL ir dando nota dos vários motivos de interesse da CCPT.

Até já!

02 setembro, 2018

Os nomeados para os Galardões de BD da Comic Con Portugal 2018


Já são conhecidos os autores e obras finalistas dos prémios Galardões da BD da Comic Con Portugal (CCPT) 2018. Uma votação feita por 21 personalidades ligadas à banda desenhada nacional de diferentes áreas e com diferentes sensibilidades, que se traduziu numa escolha, que considero equilibrada e de grande qualidade, sobre o melhor que se produziu por cá no período compreendido entre 1 de Agosto do ano anterior e 31 de Maio do ano da presente ano. Os nomeados desta edição são:

Galardão Anual BD Comic Con (para o melhor álbum)

  • Comer/Beber, de Filipe Melo e Juan Cavia (Tinta da China)
  • Man Plus, de André Lima Araújo (Kingpin Books)
  • Olimpo Tropical, de André Diniz e Laudo Ferreira (Polvo)
  • Os Regressos, de Pedro Moura e Marta Teives (Polvo)


Galardão Melhor Argumento

  • André Lima Araújo, em Man Plus (Kingpin Books)
  • Fernando Dordio, em O Elixir da Eterna Juventude (Kingpin Books)
  • Filipe Melo, em Comer/Beber (Tinta da China)
  • Pedro Moura, em Os Regressos (Polvo)


Galardão Melhor Desenho

  • André Lima Araújo, em Man Plus (Kingpin Books)
  • Fábio Veras, em Jardim dos Espectros (Escorpião Azul)
  • Manuel Morgado, em Dragomante (G-Floy/ComicHeart)
  • Marta Teives, em Os Regressos (Polvo)


Galardão Melhor Curta

  • Fränzi ou A Ponte Destroçada de Um Ilustrador, de Nuno Saraiva (da antologia Viagens, da Comic Heart/G-Floy)
  • Monte Morte, de André Oliveira e Jorge Coelho (da antologia Silêncio, da Comic Heart/G-Floy)
  • Monstros, de Filipe Pina e Nuno Lourenço Rodrigues (da antologia Silêncio, da Comic Heart/G-Floy)
  • Nem Todos Os Cactos Têm Picos, de Mosi (Polvo)


Galardão Melhor BD de Autor Estrangeiro

  • Afirma Pereira, de Pierre-Henry Gomont, baseado na obra de Antonio Tabucchi (G-Floy)
  • Bouncer: Hell and Back, de Alexandro Jodorowsky e François Boucq (Arte de Autor)
  • Ecos Invisíveis, de Tony Sandoval e Grazia La Padula (Kingpin Books)
  • O Legado de Júpiter vol.1, de Mark Millar e Frank Quitely (G-Floy)

Os vencedores serão conhecidos no próximo Sábado, dia 8 durante a realização da CCPT.

31 julho, 2018

Actualizando a Comic Con 2018


A minha última nota aqui sobre a COMIC CON 2018 data de Maio, e dava conta da vinda do grande Maurício de Sousa (Turma da Mônica) ao festival, juntando-se assim a nomes como Yves Sente (responsável por alguns álbuns da série Blake & Mortimer e XIII), Batem (de Marsupilami) e Mark Waid, argumentista de Kingdom Come (ed. VitaminaBD, 2003) ou mais recentemente Pottier's Field (ed. G.Floy, 2018).

A pouco mais de um mês da abertura de portas, finalmente a sul, é tempo de fazer uma actualização, até porque a lista de autores de banda desenhada convidados cresceu. Assim, para Setembro confirmam-se agora as presenças:

- da dupla Marjorie Liu (argumentista) e Sana Takeda (desenhadora) responsáveis por Monstress (ed. Saída de Emergência, vol. 1 e 2, 2017 e 2018), que ainda recentemente foram as grandes vencedoras do Eisner Awards de 2018, ao arrebataram cinco prémios (best continuing series, best publication for teens, best painter/multimedia artist, best cover artist and best writer).


- de Joe Prado, desenhador de títulos como Superman e Aquaman;

- de Iouri Jigounov, desenhador de XIII e que repete a presença na Comic Con;

- de Eddy Barrows (Superman);

- de David Rubín, que vem para apresentar a edição portuguesa de Beowulf;


- de Tony Sandoval, autor com várias obras editadas por cá, como Serpentes de Água (ed. KingPin, 2014), Rendez-Vous em Phoenix (ed. KingPin, 2016) ou Nocturno (ed. KingPin, 2017);

- e o último a ser anunciado, até à data, e que também repete a presença: Chris Claremont, o responsável por X-Men.


E uma nota para a presença do meu amigo Filipe Melo, que irá ao certame, não na condição de excelente autor responsável pelas Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy, Os Vampiros ou ainda Comer/Beber, mas sim como realizador da curta-metragem “Sleepwalk” que irá ser exibida.

"Sleepwalk" é a adaptação cinematográfica da banda desenhada com o mesmo nome, que foi publicada no livro Comer/Beber (ed. Tinta-da-China, 2017). A não perder portanto!

05 maio, 2018

Mauricio de Sousa regressa a Portugal

O pai da turma da Mônica está de regresso ao nosso país. Maurício de Sousa, que é um autêntico fenómeno de popularidade - recordo-me que as suas presenças no AmadoraBD provocaram filas intermináveis - é um dos autores convidados pela ComicCon Portugal deste ano.



21 fevereiro, 2018

Novidades da Comic Con Portugal

É oficial! E é o assunto de momento. Desfazendo quaisquer dúvidas que ainda pudessem existir, a ComicCon Portugal muda-se este ano do Porto.... Matosinhos para Lisboa… Oeiras. A autarquia local "comprou" o evento e o Passeio Marítimo de Algés é agora a nova casa até 2020. E as novidades não se ficam por aqui. O evento larga as datas de Dezembro, passando a realizar-se agora em Setembro. A edição de 2018 vai decorrer entre 6 a 9 desse mês. Esta mudança justifica-se muito provavelmente pelo facto do Passeio Marítimo de Algés ser um espaço ao ar livre. Atendendo à natureza do evento, a solução passará certamente pela instalação de tendas(?).

Na conferência de imprensa que se realizou hoje, a organização avançou já os primeiros nomes de autores convidados, o desenhador Batem (Marsupilami) e os argumentistas Mark Waid (JLA, Kingdom Come) e Yves Sente (Blake & Mortimer, XIII) que irão marcar presença em Portugal.

Conto aqui ir dando notas das novidades à medida que estas vão surgindo.

Até lá apontem na agenda 6, 7, 8 e 9 de Setembro no Passeio Marítimo de Algés.