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20 março, 2019

Há público para as colecções brasileiras?


Os últimos dias ficaram marcados pelas notícias que dão conta do lançamento de duas colecções de banda desenhada com distribuição pelas bancas nacionais. A primeira é anunciada como a colecção definitiva do Homem-Aranha reunida em 40 volumes; a segunda é a colecção integral do Principe Valente distribuída por 82 volumes. Por princípio estes lançamentos não tem espaço de divulgação aqui nas «Notas» por não se tratarem de edições portuguesas. Estas aqui são colecções pensadas para o mercado brasileiro que depois sobraram para Portugal. O nosso país sempre foi visto com um bom mercado de sobras. Mas há sempre um público comprador e apesar da coincidência de lançamentos até é possível que estas duas colecções não se atropelem porque terão um publico-alvo diferente, digo eu. Não sei se em número suficiente para colecções terrivelmente longas. Pessoalmente tenho algumas reservas (e não é na papelaria).

A colecção do «Homem-Aranha» prevista no Brasil para 60 números terminou de forma abrupta no 40. A editora SALVAT anunciou o cancelamento desta colecção juntamente com outras alegando dificuldades na distribuição. Percebe-se o porquê dos 40 volumes anunciados para cá. Com tanto material que já foi publicado por cá do Homem-Aranha e que se repete, mais a linguagem brasileira, mais o preço de capa de € 11,99 e toda esta incerteza na distribuição, estou fora.

A colecção do «Príncipe Valente» da PLANETA deAGOSTINI teve publicados os primeiros volumes no Brasil. Comprei por curiosidade o primeiro volume, que já está em distribuição em Portugal (preço incrível de € 1,99) e confesso que fiquei agradavelmente surpreendido. Livro em formato franco-belga, com uma boa impressão do desenho e cores, traduzida num brasileiro aceitável que não choca muito a leitura. Contras? Tenho os magníficos seis volumes do Manuel Caldas que abarcam o período compreendido entre 1937 a 1948 que corresponde aos primeiros 12 volumes desta; a colecção é terrivelmente longa (anunciam-se 82 livros); há notícias de várias colecções canceladas no Brasil (ver SALVAT) e se a coisa correr mal os coleccionadores portugueses levam por tabela sem garantias. O preço normal de capa é de € 10,99. Estou fora.

Fico a acompanhar o evoluir destas «novidades».



22 agosto, 2008

Principe Valente, de Manuel Caldas

Na sequência do fim do projecto de editar integralmente as aventuras do Principie Valente, de Hal Foster, numa edição restaurada, naquela que figuraria com certeza ao lado das melhores coleções feitas em Portugal, publico aqui as capas dos seis volumes que foram publicados, com a direcção de Manuel Caldas. Abrangeu o período de 1937 a 1948. Os cinco primeiros álbuns fora editados sob a chancela «Livros de Papel» e o o sexto álbum pela «Bonecos Rebeldes».





12 agosto, 2008

Polémica sobre o Principe Valente

Esta é para mim talvez uma das noticias bedefilas mais negativas do ano, apesar de ter passado quase despercebida e de poucas reacções ter suscitado neste nosso meio, para grande espanto meu ou não se tratasse de uma das melhores colecções que tem sido publicadas entre nós nos últimos anos e, da qual, eu era grande apreciador. Quando finalmente sai o sétimo álbum (ver imagem) da colecção integral do Príncipe Valente surge a polémica, com uma história mal explicada entre os editores Manuel Caldas e José Vilela que culminou no afastamento do primeiro do excelente projecto que tinha vindo a desenvolver. O portal Central Comics - único sítio onde encontrei uma referência a esta noticia, publicou mesmo uma carta aberta de Manuel Caldas, que tomo a liberdade de transcrever de seguida na integra:

"Estimados seguidores do Príncipe Valente:

Alguns já o sabem, mas outros não: apareceu este mês nas livrarias um novo volume da edição da obra de Hal Foster por mim concebida e a cujos volumes antes publicados dediquei anos de trabalho. No entanto, com o novo volume, o sétimo (1949-50), EU NÃO TENHO ABSOLUTAMENTE NADA A VER. É muito importante que todos compreendam isto, pois, apesar de o meu nome não estar na ficha técnica, há ainda quem tenha dúvidas, sendo para esses que estou a escrever.

Não devia haver razões para dúvidas: o novo volume é mau, muito mau, desde a capa à contracapa; um absoluto arremedo da qualidade e do espírito dos seis anteriores; uma edição que deveria envergonhar todos os que a tornaram possível, mesmo que, com o devido bom-senso, não se tenham arvorado em restauradores das páginas de Hal Foster. Em qualquer parte do mundo, edições assim tão más do PV, com aspecto de fotocópias em sétima ou oitava mão, já não se faziam desde os anos 80 do século XX.

E por que motivo apareço eu agora desligado dum projecto editorial que fora por mim concebido e só graças ao meu trabalho aturado e apaixonado transformou finalmente em êxito comercial uma edição do PV em Portugal? Tinha o actual editor (que anteriormente foi comigo co-editor) poder para me "despedir"?

Era ele o verdadeiro e único editor, apesar de na ficha técnica aparecermos os dois como editores?

Não, ele não tinha poder para me excluir e éramos mesmo ambos os editores. E nem ele era, como muitos pensam, o sócio capitalista, aquele graças a cujo dinheiro fora possível iniciar a edição; não: TODAS as despesas para publicar cada um dos primeiros seis volumes foram suportadas em PARTES IGUAIS pelos dois. Mas, sim, o contrato para a obtenção, da King Features, dos direitos de publicação da obra foi tratado por ele e só por ele assinado.

Não que assim tivesse de ser, mas apenas porque eu vivo na Póvoa de Varzim e ele em Lisboa, onde se situa a agência que representa a King Features em Portugal. No entanto, se os direitos de publicação do PV em Portugal estão na mão dele, entre nós dois foi feito (não logo no início, mas mais tarde, na altura em que resolvemos sanar conflitos que haviam surgido) um contrato que me consagrou como fazedor da edição. E então, porque é que, mesmo assim, resolveu arrumar comigo? Porque, publicados os volumes que implicavam mais trabalho de restauro, considerou ele que a partir do sétimo já qualquer pessoa seria capaz de me substituir, permitindo-lhe a ele ganhar mais dinheiro.

O resultado está à vista nas livrarias e o tribunal decidirá qual a extensão dos direitos de cada um de nós.

Para muitos, a ideia de que, apesar de tudo, eu esteja por trás de tão execrada edição dever-se-á ao facto de nas badanas do livro os textos serem os mesmos dos volumes anteriores. Sim, são os que eu escrevi, mas foram usados sem a minha autorização e, pior ainda, desacreditando-me junto de qualquer pessoa quando a certa altura neles se lê, a propósito da edição: "os 22 volumes que a formarão constituirão a edição a preto e branco definitiva do 'Prince Valiant' de Hal Foster." Que arrojo sem escrúpulos: usar as minhas palavras para impingir gato por lebre! Também disto terei de pedir contas. No entanto, elucidados, só comerão o que é mau os que com tal não se importarem.

Para terminar: que todos saibam também que nada tenho a ver com a actual edição do 'Tarzan' do Russ Manning nem com a futura (e de qualidade muitíssimo duvidosa) edição do 'Flash Gordon' do Alex Raymond. Neste momento, o que eu publico é o 'Hagar', o 'Lance' (segundo volume em preparação) e uma edição em espanhol para venda só por correio do 'Príncipe Valente' (cinco volumes saídos); e preparo o primeiro volume de 'Ferd'nand', com as primeiras tiras (de 1937) da série.

Para todos, saudações cordiais do Manuel Caldas"

Apesar de ainda só conhecermos a versão de uma das partes, quer-me parecer a mim, até pelo conteúdo duro da carta, que esta confusão não terá um final feliz, sendo certo que já existe um lado perdedor e esse é de certeza os leitores e coleccionadores desta colecção. Já tinha adquirido o sétimo volume, bem antes de ter conhecimento desta polémica, apesar de ainda não o ter lido. Agora que folheei algumas páginas, nota-se efectivamente um decrescente de qualidade, não só ao nível da legendagem que se apresenta agora um tipo de letra menos harmonioso com o desenho, como o próprio desenho em algumas das pranchas a não se apresenta tão nítido e com tanto detalhe como nos volumes anteriores.

Já aqui por vezes tinha elogiado esta colecção, não só pela sua ambição - a publicação integral das aventuras do Príncipe Valente, em 22 volumes, mas também pelo nível qualitativo a que se propunha, ou não estivesse Manuel Caldas, reconhecido especialista da obra de Hal Foster, por detrás deste projecto, defendendo mesmo como a edição do ano.

Uma vez alterados os pressupostos qualitativos, da minha parte a colecção termina aqui e lamento que num meio tão pequeno como o nosso, os entendimentos sejam tão difíceis e que projectos válidos raramente chegam ao fim porque valores (egoístas) se sobrepõem ao amor pela banda desenhada!

21 agosto, 2007

Príncipe Valente 1947-48

Esta é provavelmente uma das melhores colecções que se publica actualmente em Portugal e quando a edição integral das aventuras do Príncipe Valente estiver completa será uma pérola da nossa BD, tudo resultado da dedicação e paixão do editor Manuel Caldas pela obra-prima de Harold R. Foster.

Apesar da periodicidade incerta, a excelente qualidade desta colecção suplanta qualquer outro defeito que se possa apontar.

Este novo álbum, o sexto de um total de 22, traz-nos agora as historias publicadas semanalmente no período compreendido entre os anos 1947 e 1948, onde ao longo de 104 pranchas podemos acompanhar o Príncipe Valente numa espantosa aventura pela América, motivada pelo rapto de Aleta pelo Príncipe viking Ulfrun, numa narrativa contagiante rica em criatividade, que inclui um momento histórico que é o nascimento do Príncipe herdeiro Arn.

Todo o argumento é enriquecido pela fabulosa arte de Hal Foster, que nos é dado a observar pelas vinhetas meticulosamente recuperadas, editadas a preto e branco num tamanho q.b. que permitem observar com detalhe a beleza do desenho.

Este álbum revela ainda a curiosidade de publicar a primeira prancha que, em 1948, deu início à publicação do Príncipe Valente em Portugal, nas páginas de O Mosquito.

Fica assim reparada a falta em que se encontrava este blogue, por nunca até hoje se ter prenunciado sobre qualquer dos outros cinco álbuns já publicados desta magnifica colecção, de que este que vos escreve é um ávido leitor. Boas leituras!




Ficha técnica:
PRÍNCIPE VALENTE 1947-48 (Volume 6)
Autor: Harold Foster
Capa mole, formato 27x35 cm, cores
Editora BONECOS REBELDES, 1ª edição de Junho de 2007

A minha nota:

13 fevereiro, 2007

Príncipe Valente


Faz hoje precisamente 70 anos que, através da King Features Syndicate, surgiu pela primeira vez publicado nos suplementos de banda desenhada dos jornais americanos, as aventuras do PRÍNCIPE VALENTE, o jovem herdeiro do destronado Rei do reino de Thule, vivido no tempo do Rei Artur, e que constitui a obra-prima de Harold Foster (1892-1982).

As principais características desta banda desenhada são a total ausência dos clássicos balões de conversação, tendo o autor optado por fazer uma narração da história, e o reconhecimento como uma das mais perfeitas, em termos de desenho, alguma vez publicadas.

Realça-se também o facto do Príncipe Valente constituir um caso raro de longevidade, continuando ainda nos dias de hoje a ser objecto de publicação em jornais de todo o mundo, incluindo Portugal, através do Diário Desportivo.

Em matéria de álbuns, por cá, o «Príncipe Valente» por Harold Foster (de 1937 a 1971), constituído por cerca de 1.800 páginas semanais, encontra-se actualmente a ser integralmente publicado (já saíram os 5 primeiros volumes relativos ao período compreendido entre 1937 e 1946) numa deslumbrante e magnífica colecção da responsabilidade do editor Manuel Caldas (na editora Bonecos de Papel), um reconhecido admirador da arte de Hal Foster, onde as pranchas em grande formato reproduzem com enorme detalhe, para deleite da nossa visão, a perfeição do desenho das melhores aventuras deste nobre herói.



31 janeiro, 2007

Os Melhores de 2006 são...

Já se encontra encerrada a mini-sondagem, que durante todo o mês de Janeiro esteve à disposição dos ilustres visitantes deste blogue, para a escolha dos melhores do ano bedéfilo de 2006. Apurados os resultados, informo, a título de curiosidade, que as preferências recaíram sobre:

- Melhor Álbum do ano: “Príncipe Valente 1941-42

- Melhor Editora do ano : Edições ASA

- Acontecimento do ano: O nascimento da editora BDMania