Mostrar mensagens com a etiqueta Beja BD. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Beja BD. Mostrar todas as mensagens

16 abril, 2024

O festival de BD de Beja já tem o seu cartaz!

O festival de Beja acaba de apresentar o cartaz para a sua 14º edição, e como sempre a ilustração é da autoria de Susa Monteiro. O XIX Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, inaugura uma semana mais tarde do que tem sido habitual, a 7 de Junho, sexta-feira, às 20h00, na Casa da Cultura, e decorre entre os dias 7 e 23. E cumprindo com uma tradição, logo no primeiro fim-de-semana juntam todos os autores convidados e representados nas exposições: Alix Garin, André Diniz, Antoine Cossé, Daniel Silvestre, Daniela Viçoso, Gloria Ciapponi e Luca Conca, Javier Rodríguez, Kachisou, Lucas Pereira, Miguel Rocha, Miguelanxo Prado, Tardi e Xavier Almeida. 

Destaco a presença já muito habitual nos festivais portugueses, mas inédita em Beja, do espanhol Miguelanxo Prado (que acabou de lançar um novo livro Presas Fáceis - Abutres, que certamente terá uma edição portuguesa) e a do francês Jacques Tardi, que nos visitou já há bastante tempo na Amadora, e que marca este ano também presença pela primeira vez em Beja.   

 


 

09 junho, 2023

Notas finais sobre a 18º edição do Beja BD!

Para fechar a edição deste ano do Beja BD fica aqui o registo da minha passagem pelo festival. É uma peregrinação anual que recomendo. Pelo menos uma vez na vida. Porque feita a experiência é quase impossível não a querer repetir. Um bom ambiente, um excelente programa, fantásticos autores e magnificas exposições. Destas, este ano, José Ruy (Lendas Japonesas), Pedro Massano (A Conquista de Lisboa), Rúben Pellejero (Corto Maltese) e Ricardo Leite (Em Busca do Tintim Perdido) encheram-me as medidas, mas confesso que todo o material e os originais da série Duke (ed. Arte de Autor) do Hermann deixaram-me deslumbrado (estou cheio de “inveja da boa” do colecionador português a quem pertencem).
 
Mas esta 18º edição valeu pelos autores brasileiros.
 
Começo por Paulo Borges. A convite do Paulo Monteiro, tive o prazer de o apresentar no festival. Artista da Disney, autor de vários traços, confessou que chegou a desenhar os X-Men de manhã  para o mercado americano de comics e o Zé Carioca à tarde para o mercado brasileiro de gibis. Trouxe o seu livro Bilhetes. Um projeto que desenvolveu e que envolveu vários artistas brasileiros. Confesso que gostei bastante da premissa. Não se trata de apenas um livro de banda desenhada, mas sim um convite para um jogo entre a obra e o leitor, em que este é convidado para um exercício de dedução e lógica. Seis bilhetes com curtas mensagens são revelados logo de início ao leitor. São seis bilhetes para seis histórias, mas nunca saberemos a que história é que corresponde cada um deles. Estes serão os catalisadores de acontecimentos nas narrativas. Cabe ao leitor, após uma leitura tenta, interpretar as situações e fazer a correspondência. Uma fórmula simples e aparentemente inesgotável. O Paulo Borges foi de um simpatia e disponibilidade incríveis, e o seu Morcego Verde foi dos desenhos mais solicitados na sessão de autógrafos.
 
Seguiu-se o Ricardo Leite. Veio cá apresentar e fazer o lançamento da edição portuguesa do seu Em busca do Tintin perdido (ed.  A Seita). Mais que um livro é uma pura declaração de amor à 9ª arte. Fiquei deliciado com a sua apresentação. A sua história de vida, a busca por um sonho, a homenagem aos grandes nomes da banda desenhada mundial, as explicações sobre as múltiplas referências incluídas na narrativa, conquistou todos os presentes na audiência. O livro, a apresentação mais a exposição foi uma trilogia perfeita. 
 
O programa do festival foi vasto, mas deixo aqui uma palavra sobre um projecto que é para seguir com atenção. Os autores montaram uma banca, distribuíram prints e prestaram-se à conversa. Marketing simples e eficaz. Trata-se da adaptação para banda desenhada do livro Mundo Maravilhoso, uma obra de ficção assinada por Rui Cordeiro. O argumento é da responsabilidade de João Marques e o desenho de Fernando Lucas. Uma adaptação dividida em três volumes, e o primeiro com lançamento previsto até ao final do corrente ano. Apresentado como uma utopia distópica despertou-me a curiosidade. E gostei da parte gráfica. O livro comprei-o para o ler nos próximos tempos. Antes da BD. 
 
Pode parecer tudo perfeito, mas existem duas situações menos positivas, que podem (e devem) ser revistas e melhoradas pelo Paulo Monteiro e a seu equipa:

A primeira prende-se com a sessão de autógrafos. É sabido que é um dos pontos altos do festival, e um dos mais participados. O problema é que temos mais de 40 autores convidados para uma única sessão de hora e meia (das 18h00 às 19h30). Facilmente se percebe que a oferta encontra-se manifestamente desajustada para a procura. Facto: a duração da única sessão de autógrafos do festival é curta para a qualidade e quantidade dos autores presentes. Não sendo possível prolongar os autógrafos para muito depois das 19h30 de Sábado, a alternativa seria começar um hora mais cedo ou agendar uma segunda sessão para o Domingo de manhã. Fica a sugestão!

A segunda situação prende-se com os chamados concertos desenhados. Uma boa iniciativa do festival dar uma banda sonora aos desenhos, mas será que tem de ser com o volume no máximo?? No final do dia, o espaço exterior da Casa da Cultura, com as suas tasquinhas e esplanadas convida ao convívio entre os visitantes do festival, e uma oportunidade única de conversas com autores e editores que dificilmente encontraremos noutro local,  mas que rapidamente se torna inviável quando ali ao lado se encontra uma coluna a "bombar" decibéis acima do que seria esperado, e eu diria mesmo do permitido por lei aquela hora. As conversas tornam-se gritarias e o espaço muito pouco aprazível e desconfortável. Devo dizer que de ano para ano, observo que enquanto o volume sobe, a esplanada esvazia-se. Deixo já a minha solidariedade para com o autor de serviço João Sequeira que esteve a bombardeado na noite de Sábado. Assim, cada vez fazem menos sentido estes concertos no âmbito do festival!
 
Não obstante, mais uma bela edição, em que regressei bastante satisfeito e de mala cheia, e já é um lugar-comum dizer que Beja recebe bem e oferece o melhor festival de banda desenhada realizado em terras lusas
 
Até para o ano!
 
Ficam algumas fotos da 18ª edição para mais tarde recordar!
 
Abertura da 18º edição do festival de BD de Beja
 
Piso 0 da Casa da Cultura 


 
Panorâmica das exposições no Piso 0 da Casa da Cultura
 
 
 
 
 
 
Zanzim na sessão de autógrafos
 
Paulo Borges, Ricardo Leite e Rubén Pellejero
 
 
 
Autores do Mundo Maravilhoso
 

02 junho, 2023

Fui...


 

Começa hoje o XVIII Festival de BD de Beja

Inaugura mais logo por volta das 21h00, na Casa da Cultura de Beja, a 18ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que eu carinhosamente abrevio para BEJA BD. E é já neste primeiro fim-de-semana que a loucura saudável da tribo bedéfila se instala naquela bela e pacata cidade alentejana. Basicamente serão dois dias a desfrutar do ambiente do melhor festival de banda desenhada nacional da actualidade.
 
O programa do BEJA BD já se sabe, é sempre preenchido, vasto e diversificado. São 17 as exposições patentes, soma-se a presença de mais de 40 autores entre nacionais e internacionais, um sábado e domingo preenchidos com apresentações e lançamentos, sessão de autógrafos, conversas, concertos desenhados e ainda a presença de várias dezenas de editoras e editores numa feira do livro. Todo o programa pode ser tudo consultado aqui.

Lista de autores presentes
Álvaro Santos | Anabel Colazo | André Morgado | André Pereira | António Moura Santos | Carlos Páscoa | Carlos Rocha | Carlos Ruas | Carlos Sêco | Diniz Conefrey | Diogo Campos e Hugo Teixeira | Ferreira Fernandes e Nuno Saraiva | Filipe Abranches | Filipe Duarte | Joana Estrela | João Amaral | João Pinto | João Sequeira | Luís Louro | Luís Moreira | Marco Fraga da Silva | Maria João Worm | Miguel Jorge | Miguel Rocha | Patrícia Costa | Paulo Airosa | Paulo Borges | Paulo J. Mendes | Pedro Massano | Pedro Morais | Pedro Moura | Phermad | Ricardo Baptista | Ricardo Leite | Rita Alfaiate | Rúben Pellejero | Sílvia Mota e Carlos Rafael | Xavier Almeida | Zanzim 

Entre as presenças internacionais, destacaria o do espanhol Rúben Pellejero, um dos autores responsáveis pelo regresso de Corto Maltese, e ainda ontem falei aqui dele; do francês Zanzim, desenhador de Pele de Homem; do brasileiro Ricardo Leite que vem cá lançar o seu Em busca do Tintin perdido, uma fantasia autobiográfica onde o autor presta homenagem a todos aqueles grandes autores que fizeram despertar "o seu desejo adormecido de desenhar quadrinhos". Entre os nacionais, teremos o Luís Louro que fará reaparecer o seu Corvo III e o Álvaro que fará o lançamento do seu magnum opus, Porra voltei!, apresentada pelo autor como uma "telenovela gráfica sobre JC no século XXI". Tudo promete!
 
Exposições na Casa da Cultura:
ANABEL COLAZO – Espanha
ANDRÉ PEREIRA – Portugal
CARLOS PÁSCOA – Portugal
HERMANN – DUKE – Bélgica
JOANA ESTRELA – Portugal
JOSÉ RUY – LENDAS JAPONESAS – Portugal
MAURÍCIO DE SOUSA – A TURMA DA MÓNICA – Brasil
PATRÍCIA COSTA – Portugal
PAULO BORGES – Brasil
PEDRO MASSANO – Portugal
PEDRO MOURA E JOÃO SEQUEIRA – COMO FLUTUAM AS PEDRAS – Portugal
RICARDO BAPTISTA – Portugal
RICARDO LEITE – Brasil
RÚBEN PELLEJERO – Espanha
TENTÁCULO – Portugal
TOUPEIRA – Brasil/Inglaterra/Portugal
ZANZIM – França
 

 

 

01 abril, 2023

O Festival de Beja de 2023 apresenta-se!

Cartaz e datas do XVIII Festival Internacional de BD de Beja 2023

 Ilustração de Susa Monteiro

 
OS AUTORES DAS EXPOSIÇÕES PRESENTES EM BEJA NOS DIAS 2, 3 e 4 DE JUNHO

Anabel Colazo (Espanha) | André Pereira | Carlos Páscoa | Joana Estrela | Patrícia Costa | Paulo Borges (Brasil) | Pedro Massano | Ricardo Baptista | Ricardo Leite | Rúben Pellejero (Espanha) | Zanzim (França) | Autores da Coletiva Tentáculo | Autores da Coletiva Toupeira

 

 

02 junho, 2022

É um caso sério o Festival de BD de Beja!

Não são precisas muitas palavras para fazer o balanço de mais uma romaria ao Festival de BD de Beja. Na verdade, o evento já se encontra naquele último patamar de excelência, onde só é possível dizer-se que se gosta e muito. Existe ali uma relação recíproca para quem tem uma paixão pelas histórias aos quadradinhos. E assim se percebe o renovado prazer com que recebemos e somos recebidos naquele ambiente único de encontros, apresentações, exposições, autores e editores que se vive na Casa da Cultura daquela cidade alentejana.
 
 
Eu confesso sentir alguma dificuldade em destacar o melhor do festival.
 
Se são as curtas apresentações e lançamentos, bastante concorridas, que preenchem praticamente o programa. Gosto bastante da dinâmica do modelo. São 15 minutos que não fartam, o quanto baste para suscitar no leitor curiosidade sobre autores e obras;
Se são as exposições concentradas na Casa da Cultura, dispersas por pequenos espaços minimalistas e intimistas,  que apresentam uma oferta diversificada, num ambiente quase tudo semelhante ao de um museu. É neste silêncio que respiramos as artes dos autores com que nos cruzamos mais tarde no barulho lá de fora;
Se são as horas e horas de conversas espontâneas, sobre tudo e qualquer assunto, que surgem naturalmente à mesa das esplanadas. A de Sábado à noite acabou às três da manhã, com três(!) garrafas de vinho vazias. Pessoalmente junto ainda a Liga dos Campeões, cuja final coincide sempre com o festival, e que obriga a mesa de cerveja e bifanas na Pastelaria Luiz da Rocha.
 
Tenho para mim que é o somatório destes vários momentos que fazem Beja valer por um todo.
 
 
Na edição deste ano, lamentando as ausências de última hora de Jean-Louis Tripp (o do Armazém Central) e do David Rubin (Beowulf), o festival apresentou (mais uma vez) uma programação cheia e um cartaz de presenças preenchido com mais de 10 diferentes nacionalidades. Brilhou a dupla espanhola Altarriba e Keko (com o lançamento de Eu, Mentiroso), e despertou curiosidade a dupla francesa Afonso e Chico. Estes últimos voltarão a marcar presença em Portugal no próximo Amadora BD, para o lançamento da edição portuguesa de Les Portugais (e aproveitando deixo aqui a inconfidência que o Tripp está de novo convidado para a Amadora, e que vem acompanhado pelo Loisel). Luís Louro e o seu Dante foi igualmente um dos focos de atenção. Na apresentação, o autor elegeu-o como o seu melhor trabalho até à data, e uma edição acompanhada de uma impressão numerada e assinada esgotou na editora em apenas 4 horas!!! E momento em que escrevo estas linhas, o autor já está a trabalhar no novo Corvo VI! Uma palavra para a editora Polvo, que propõe recuperar parte da obra de Artur Correia com a publicação da sua adaptação dos Contos Populares Portugueses. O primeiro volume está na gráfica. Um segundo volume, Nau Catrineta e outras Histórias, já está em produção.
 
O único apontamento menos positivo que tenho não diz respeito ao evento em si. E a sensação não é de agora. Para uma cidade com cerca de 30.000 habitantes, sinto alguma indiferença da população local relativamente ao festival, que sendo gratuito, não conduz a um grande entusiasmo nem arrasta uma massa humana dos locais a visitar a Casa da Cultura, pelo menos no primeiro fim-de-semana. Para uma pequena cidade do interior, organizar um evento que é só considerado como o melhor a nível nacional e que recebe nomes grandes da BD mundial, é obra feita, pena é que não saibam valorizar o que é feito "em casa". E eu na qualidade de "estrangeiro" não posso deixar de reconhecer (e estar grato) aqueles que com tão pouco conseguem muito e fazem o festival acontecer. Bem-haja ao Paulo Monteiro e à sua equipa! Que venha o Beja BD 2023!
 

23 maio, 2022

Está aí o Festival de Beja...

Por aqui entramos esta semana em contagem decrescente para a edição XVII do Festival de BD de Beja! As portas abrem já na próxima Sexta, dia 27 com a inauguração, na Casa da Cultura de Beja, das exposições dedicadas.
 
O prato de forte do festival começa logo no Sábado de manhã, com um vasto programa, de apresentações, lançamentos e “dedos de conversas”, que se desenrola ao longo de todo fim-de-semana. Este ano, temos mais uma vez, a presença de um excelente lote de autores convidados, e esperam-se mais de duas dezenas de novidades de Banda Desenhada. E uma das surpresas da edição deste ano, é a existência, no Sábado, de dois períodos para as sempre concorridas sessões de autógrafos.

Não vou transcrever aqui o programa porque se torna repetitivo, uma vez que toda a informação sobre o festival pode ser consultada no sitio oficial BEJABD

Quem preferir a programação em formato pdf para impressão pode descarregar aqui

Pessoalmente, não posso deixar de fazer aqui alguns destaques. Em representação da escola franco-belga, teremos a presença do autor JEAN-LOUIS TRIPP, que terá o lançamento do álbum duplo (reúne os volumes 8 e 9) As Mulheres – Notre Dame-des-Lacs, numa edição da ARTE DE AUTOR, que fecha a magnifica série Armazém Central, e que fica assim integralmente editada por cá.

Outro dos grandes lançamentos do festival, será sem dúvida, o álbum Dante, de LUÍS LOURO, numa edição da ALA DOS LIVROS. Sendo o Louro um nome grande da BD nacional, cada seu novo trabalho desperta sempre enorme curiosidade, e este é apresentado como o seu mais ambicioso trabalho. Promete uma viagem tripartida entre o inferno, o purgatório e o paraíso, numa história inesquecível, de ternura e crueldade. 

Durante os próximos dias vou aqui fazendo as notas de lançamento destas e de outras novidades. Até já!

 

02 maio, 2022

Maio é Festival de Beja!

Chegados a Maio, o mês onde se esperam excelentes novidades no mercado português e que é indubitavelmente marcado pela realização do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Um dos principais eventos bedéfilos do nosso país e indiscutivelmente o melhor festival de BD que por cá se realiza.
 
Este ano celebra-se a 17º edição e já há cartaz (com arte de Susa Monteiro). Mais uma vez todo o festival acontece tendo como núcleo central a Casa da Cultura de Beja, e é logo no primeiro fim-de-semana, dias 27, 28 e 29  onde praticamente todo o programa do festival se esgota, ainda que as exposições permaneçam ainda abertas ao público até ao dia 12 de Junho.
 
As exposições e a lista dos autores convidados, já foram divulgados, como sempre com a devida antecedência. Aqui fica:
 
AS EXPOSIÇÕES
- AFONSO & CHICO - LES PORTUGAIS – França
- ANDREA FERRARIS & RENATO CHIOCCA – Itália 
- ANDREW SMITH – Inglaterra 
- ANTONIO ALTARRIBA & KEKO – Espanha
- ARTUR CORREIA – Portuga
- AVENIDA MARGINAL – Portugal 
- BERNARDO MAJER – Portugal 
- CHLOÉ WARY – França 
- CRISTÓBAL SCHMAL – Chile 
- DANIEL HENRIQUES – Portugal 
- DAVID RUBÍN – Espanha 
- JAYME CORTEZ – Portugal/Brasil 
- JEAN-LOUIS TRIPP – França 
- JOANA ROSA – Portugal 
- RODOLFO MARIANO – Portugal 
- TOUPEIRA – HÁ MOVIMENTO DEBAIXO DA TERRA – Portugal
 
OS AUTORES
- AFONSO & CHICO 
- ANDREA FERRARIS & RENATO CHIOCCA
- ANDREW SMITH
- ANTONIO ALTARRIBA & KEKO 
- BERNARDO MAJER 
- CHLOÉ WARY
- CRISTÓBAL SCHMAL
- DANIEL HENRIQUES
- DAVID RUBÍN
- JEAN-LOUIS TRIPP
- JOANA ROSA
- RODOLFO MARIANO 
- Autores da coletiva AVENIDA MARGINAL
- Autores da coletiva TOUPEIRA – HÁ MOVIMENTO DEBAIXO DA TERRA
 
Fica a faltar a programação completa, que inclui as novidades e os lançamentos que quando for divulgada, aqui darei nota. Até já!
 

08 setembro, 2021

Não há festa como esta!

Foi no passado fim de semana que a tribo bedéfila reuniu-se, finalmente presencialmente, após ano e meio, na "casa" do Paulo em Beja. O regresso a um convívio adiado traduziu-se em mais uma excelente celebração da BD. Este é o testemunho da minha passagem.

Deslocada no calendário, desafiando a pandemia, e competindo com as feiras do livro de Lisboa e Porto, é verdade que a edição deste ano do Festiva de Beja não recebeu as multidões a que nos habituamos em anos anteriores, mas mesmo assim, e atendendo às especiais circunstâncias, o evento esteve bem composto.

Poderia aqui discorrer sobre a qualidade das exposições patentes ou sobre a disponibilidade dos excelentes autores presentes, mas como devem adivinhar tudo manteve o nível a que nos habituamos em Beja. Mas desta vez prefiro aqui realçar a envolvência que caracteriza o festival, e que permite, por exemplo, que o espaço em frente à Casa da Cultura se transforme numa ampla "sala de estar", onde leitores, autores e editores se cruzam, e amenas cavaqueiras não tem horas para terminar. Confesso que foi o que privilegiei na edição deste ano. Após mais de um ano a trabalhar em casa, o que eu mais precisava era de estar com pessoas reais, em conversas sem fim, que só avançar das horas lhe colocavam um ponto final. Gosto do contacto humano (e sem máscara, finalmente).

Em consequência assisti apenas a três ou quatro apresentações, consegui apenas três ou quatro autógrafos, mas em compensação ganhei horas de conversa ao vivo com novos e velhos conhecidos que já não via há demasiado tempo, que me souberam pela vida. É por aqui que se contam histórias deliciosas dos bastidores do Amadora BD, onde os editores se abrem e falam do seu amor pela edição, onde futuras novidades são confidenciadas (aproveito para dizer que já vi algumas páginas do Amor de Perdição e que fazem esquecer Os Maias de Canizales, visualizei algumas pranchas da obra-mestra do Álvaro, e a coisa promete). O incansável Luís Louro continua a assinar fora de horas, mas vou esperar por ele no Amadora BD. Domingo de manhã, cruzo-me com Lele Vianello, sentado numa das mesas de café que se encontram na "sala de estar", a beber uma cerveja nacional. Abordo-o e provocador peço-lhe um "Corto". Ele torce o nariz. Desenha-me um índio. Grazie pela atenção.

Só neste ambiente único do festival de Beja é que é possível fazerem-se desaparecer as distâncias. E assim aconteceu durante o fim-de-semana passado. Provei de um oásis de normalidade dentro da anormalidade em que vivemos hoje os nossos dias. E foi perfeito. E eu precisava disso. Que me desculpe a malta da Atalaia, mas a verdade é que é nesta que "não há festa como esta!". Um grande obrigado a todos que fazem acontecer o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Até para o ano!

03 agosto, 2021

O regresso do Festival de Beja...

Agosto não podia ter começado da melhor maneira com este belo pontapé na pandemia que foi o anúncio por parte do Paulo Monteiro na confirmação da realização do XVI edição do Festival Internacional de BD de Beja. Este ano, o evento realiza-se, excepcionalmente, entre os dias 3 e 19 de Setembro.
 
Como é sabido, é no primeiro fim-de-semana do evento (nos dias 3, 4 e 5) que estarão presentes em Beja todos os autores (ou representantes) das exposições e os convidados especiais!
 
Este ano as exposições são assinadas por: ANTÓNIO JORGE GONÇALVES, BÁRBARA LOPES, JORGE MAGALHÃES, LUÍS LOURO, colectivo DITIRAMBOS, coletivo TOUPEIRA e colectivo UMBRA de Portugal, BARTOLOMÉ SEGUÍ de Espanha, CARLO AMBROSINI e LELE VIANELLO de Itália, NICOLAS BARRAL e VINCENT VANOLI de França e o Colectivo SHENNAWY, TOK TOK e COMPANHIA do Egipto. 
 
Em termos de convidados estrangeiros, aqueles cuja presença é uma surpresa  nos tempos que correm, destacava aqui autores como NICOLAS BARRAL, autor de «Ao Som do Fado», BARTOLOMÉ SEGUÍ, autor de «Histórias do Bairro» e CARLO AMBROSINI, autor de «Dylan Dog - O Imenso Adeus».
 
Além das exposições, o Festival, como habitualmente contará ainda com a apresentação de projetos, o lançamento de livros, conferências, oficinas, revisão de portfólios, sessões de autógrafos, etc. E com os famosos concertos desenhados.  
 
A imagem que ilustra o cartaz do festival é assinada por Susa Monteiro.


 

25 maio, 2021

Não há Beja em Maio

Hoje lembrei-me que em tempos normais e a 'tribo bedéfila' estaria já, por estas horas, em contagem decrescente e a preparar malas com livros e cadernos de autógrafos para rumar à acolhedora cidade de Beja, para participar no habitual primeiro fim-de-semana do evento, daquele que é provavelmente, não o maior, mas o melhor, festival de banda desenhada nacional, o FIBDB.
 
Mas a verdade é que vivemos tempos incertos, e a falta de noticias de Beja, dá para antever que, este ano não haverá romaria e a XVI edição do festival a acontecer, não será na tradicional data de fim de Maio.
 
É justo reconhecer que face a todas as limitações, algumas absurdas, decretadas pelas autoridades, mais os condicionalismos impostos nas deslocações aéreas, que forçosamente afastaria tudo o que é autor estrangeiro, não haveria condições na Casa da Cultura para um festival nos moldes a que estávamos habituados. Depois do cancelamento da edição do ano passado, resta-nos esperar que isto agora não seja um 'até para o ano' mas antes um 'até já'...
 
Olhando para o calendário, temos Portugal a atingir famosa imunidade de grupo em Agosto, e a Comic Con com o seu evento alterado para Dezembro, o que fazendo contas, abre aqui um espaço em Setembro.... mas isto sou eu, um optimista a falar!
 
A imagem, aqui à esquerda, que utilizei pela ilustrar esta nota, é a do cartaz, ilustrado por Susa Monteiro, que estava preparado para a edição do ano passado. Esperemos que possa ainda ser recuperado para este ano.
   

06 abril, 2020

Festival de Beja CANCELADO!

Era daquelas noticias que já sabíamos que vinha a caminho mas não a queríamos receber. Por força da tempestade que atravessamos não havia outra decisão a tomar senão a de cancelar a edição XVI do Festival Internacional de BD de Beja.

O Paulo Monteiro, director do festival, fez hoje ao anúncio nas redes sociais, com a promessa que a festa da BD voltará em 2021.

Não posso deixar de assinalar o pormenor de humor que ilustrou a noticia, na imagem do cartaz do festival em que a figura principal protagonizada por um boxista encarnado retirou-se (para quarentena)!

Podem conferir o cartaz original aqui.

13 fevereiro, 2020

E a juntar ao belo naipe de convidados de Beja, somam-se mais dois nomes


O espanhol MIGUELANXO PRADO (foto da esquerda) e o italiano GIAMPIERO CASERTANO (foto da direita) são os últimos nomes que se juntam à lista de confirmações da edição XVI do Festival Internacional de BD de Beja. Prado, que já nos tem visitado regularmente, têm uma vasta obra publicada no nosso pais, incluindo o seu mais recente «O Pacto da Letargia» (ed. Ala dos Livros). Casertano, faz a sua estreia no nosso país. Desenhador oriundo do universo Bonelli, sobretudo na personagem Dylan Dog, não obstante já ter desenhado igualmente o Tex Willer, ainda não tem qualquer obra publicada entre nós. Beja parece-me assim uma excelente oportunidade para se colmatar essa falta. O Festival de Beja abre as suas portas a 29 de Maio.

06 fevereiro, 2020

Novidades de Beja!


Paulo Monteiro, director do Festival de Beja, participou na passada Terça-feira na Tertúlia BD de Lisboa, onde fez a apresentação da 16ª  edição do festival. E estão aí as novidades. Autores e Exposições. Desde já fica um agradecimento ao João Gordinho, que para quem não conhece é o autor de uma das belas surpresas do último Amadora BD, o livro «O Filho do Führer» (ed. Escorpião Azul), e que disponibilizou as imagens que agora publico.

Assim preparem-se para receber nomes como Achdé (responsável pelas novas aventuras de Lucky Luke), R.M Guera (autor do magnifico «Os Malditos» da G.Floy), Rúben Pellejero  (o desenhador de novo Corto Maltese que tem sido publicado pela Arte de Autor), a dupla espanhola Fernando Llor e Pablo Caballo (do surpreendente «O Espírito do Escorpião» editado pela Escorpião Azul), Bartolomé Segui (que nos desenhou as «Histórias do Bairro» editado pela Levoir). Apenas para citar alguns da minha preferência. Da 'armada nacional' destaco Luís Louro e o seu "Corvo"(?) e Nuno Plati que acabou de publicar um álbum franco-belga, «Métanoïde» (ed. Glenat). Todos os autores convidados tem exposições dedicadas.

O festival decorre entre 29 de Maio e 14 de Junho, mas é no primeiro fim-de-semana (30 e 31) que os autores se concentram.