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08 março, 2020

Um Comic Jam com o Lino

Geraldes Lino foi um nome incontornável no panorama bedéfilo nacional, não sendo de estranhar ser provavelmente o português mais retratado de sempre na nossa banda desenhada. E assim sucedem-se as homenagens, e hoje trago aqui (mais) uma que se pode dizer que se trata de um "trabalho em curso".

Na página Lino, um Comic Jam e sob orientação do Álvaro encontramos aquilo que era para ser uma banda desenhada em formato comic jam (que ele popularizou na sua Tertúlia) feita por autores próximos do Geraldes Lino para lhe ser ofertada depois num livro único numa bonita homenagem. Não foi possível, mas a ideia não morreu e a banda desenhada continua a ser realizada, contando até à data com cerca de 21 contribuições.

Destas escolhi três pranchas para publicar aqui. Não seguem a ordem sequencial.  A primeira é assinada pelo Álvaro, a segunda pelo Hugo Teixeira, e a terceira pelo João Mascarenhas. Para ir acompanhando!





20 fevereiro, 2019

Geraldes Lino (1936-2019)


Dia preenchido, chego a casa e esta é daquelas noticias que dispensava bem. Dava conta do falecimento do Geraldes Lino. Confesso tristeza. O Geraldes era aquela personagem que nos habituamos a cruzar nos vários eventos bedéfilos espalhados por este país fora. De trato fácil e bastante atencioso, a sua militância pela banda desenhada (e pelos fanzines) é por demais reconhecida, e toda esta dedicação mereceu-lhe o enorme carinho de muitos dos nossos autores - deve ser das pessoas mais retratadas da banda desenhada nacional.

Quando há 14 anos atrás me iniciei nestas lides de blogger, o seu Divulgando Banda Desenhada era dos pouco blogues existentes sobre BD e uma referências neste mundo digital. Conheci-o mais tarde durante um dos seus encontros da Tertúlia BD de Lisboa. Fiquei-lhe grato pela atenção que teve em convidar-me para ser o homenageado no 349º encontro. A imagem que reproduzo em cima foi desenhada pelo João Sequeira e fechava o tradicional "cadáver esquisito" desse encontro. Coincidiu com a sua despedida da organização da Tertúlia.

A última vez que me cruzei com ele foi durante o Amadora BD. O que lhe começava a faltar em saúde sobejava em amor pela 9º arte. Terá sempre um lugar reservado nas bonitas páginas da Banda Desenhada nacional. Uma forte saudação bedéfila para o Geraldes!



 O Juan Cavia prestou-lhe esta bonita homenagem 

06 julho, 2014

Sessão de lançamento de Cidade Suspensa em Lisboa

Foi na passada Quinta-feira, no auditório do Instituto de Turismo de Portugal. que aconteceu  o lançamento em Lisboa da BD Cidade Suspensa. Assinalou o regresso, após uma ausência de 30 anos, do autor Penim Loureiro às lides bedéfilas. Tive disponibilidade para estar presente na sessão e devo dizer que foi das melhores apresentações a que já assisti.
Perante um auditório completamente lotado, intervieram Rui Brito, editor da Polvo, Geraldes Lino que procedeu à apresentação do autor e da obra e obviamente o autor Penim Loureiro que falou sobre o processo de criação da narrativa gráfica

Começo pela Polvo, que durante o Festival de BD de Beja lançou a centésima obra do seu catalogo. É uma marca importante se atendermos que falamos numa editora portuguesa de banda desenhada. Ficam (outra vez) os parabéns e votos de (mais) sucessos editoriais.
Geraldes Lino fez uma interessante apresentação do autor e da obra, dando a conhecer, como é seu hábito, pormenores quase desconhecidos da carreira do autor no mundo da BD.

E no final falou o autor. E deu quase uma aula. Uma apresentação onde falou de todo o processo de construção da narrativa gráfica centrando-se no desenho, realçando o processo de evolução dos elementos que compõem a vinheta, desde do esboço ao desenho final, da forma como o desenhador «engana» o leitor, da optimização da cor, e com isto tudo saciou completamente uma plateia interessada. Para um autor que assumiu a responsabilidade pelo argumento, desenho, cor e legendagem, obviamente não faltaram motivos de interesse na «aula». Seguiu-se a uma habitual sessão de autógrafos, onde os habituais desenhos foram substituídos com a oferta de originais de estudos de cor usados no livro. Gostei da originalidade. Digo-vos mais sessões houvessem assim.

Ficam algumas fotos, com a indicação que a pouca qualidade das mesmas se deve ao facto de terem sido tiradas através de telemóvel. Quanto ao livro, brevemente aqui no blogue deixarei as minhas «notas».




Fica uma nota final, para informar que estas e outras fotos podem ser vistas na página do facebook do FOTOBD (clicar aqui), que tem inclusive imagens da exposição do autor na edição deste ano do Festival de BD de Beja. Percam-se por lá!

07 julho, 2013

O dia em que o Geraldes não foi à Tertúlia foi...


Aconteceu na passada Terça-Feira, dia 2, um encontro que reúne habitualmente cerca de 30 de entusiastas de banda desenhada. Foi na Tertúlia BD de Lisboa (TBDLx). Foi o 349º encontro. Seria mais um jantar mensal, mas quis o destino que naquele em que compareci na qualidade convidado especial, no ciclo de bloguista da blogosfera da BD - fica desde já o meu agradecimento pelo convite - foi aquele marcou o afastamento (e a ausência) do Geraldes Lino, fundador da tertúlia. Foram 28 anos ininterruptos de organização por parte do Geraldes. Confesso que senti alguma estranheza. Afinal desde que frequento a tertúlia sempre o conheci no papel de anfitrião. Com o anúncio da sua retirada gradual da BD, torna-se justo destacar o importante papel de Geraldes Lino em prol da divulgação da BD em Portugal. Em várias vertentes. Como organizador, como editor, como estudioso, como critico, como autor, como bloguista, como fanzinéfilo. Definitivamente dos mais activos e reconhecidos em Portugal. Bem haja!

Geraldes Lino

Com outra organização, a tertúlia continuará o seu caminho - o Álvaro, a Inês, o Alberto e o Moreno assim o asseguram. Felizmente. A alternativa era acabar. A TBDLx é praticamente uma instituição. Espera-se que dure pelo menos mais 28 anos. A julgar pelo primeiro encontro que organizaram, a tertúlia ficou em boas mãos. E como tradições são para se manterem, em cima está a imagem do tradicional "cadáver esquisito" da tertúlia no qual participam vários autores, sendo da minha autoria (na qualidade de convidado e não de autor como facilmente se verifica) a primeira vinheta. Prestei uma homenagem a duas das minhas paixões: à BD simbolizada com a revista do Mundo de Aventuras, que marcou a minha juventude e ao Cinema com a imagem do filme Jaws, de Steven Spielberg, um dos meus favoritos. Os restantes autores que contribuíram, seguindo a ordem da esquerda para direita, foram o João Amaral, o Filipe Duarte, a Ana Saúde, o Álvaro e a fechar o João Sequeira.

E fica uma forte saudação bedéfila para o Geraldes!

06 junho, 2012

Lançamentos no Festival de Beja

Já devia ter publicado isto há mais tempo, até porque os lançamentos editoriais ocorreram durante o VIII Festival de BD de Beja. São quatro publicações, de autores nacionais, que merecem a devida divulgação aqui nas notas, ou não se tratasse aqui de banda desenhada portuguesa. Assim, seguindo a ordem de apresentação que foi dada no festival temos:

  • Hän Solo de Rui Lacas - edição Polvo
Depois do livro A Ermida lançado durante o 22º Amadora BD, Rui Lacas assina agora Hän Solo. Uma narrativa simples que segundo o autor foi construída motivada apenas pelo desejo de desenhar. A ideia inicial era contar uma grande história. Mas o processo implicava um grande argumento quando a intenção do autor era apenas desenhar. Uma conversa com o editor Rui Brito, e todo o trabalho foi recuperado para dar origem a uma historia de 60 páginas, que mostra um Rui Lacas num excelente trabalho gráfico.


















  • Efeméride n.º 5  de vários autores - edição de autor Geraldes Lino
Geraldes Lino assumido militante da BD e dos fanzines lança agora o quinto e último fanzine Efeméride desta vez dedicado à figura de Corto Maltese. São quarenta e cinco autores convidados que dão forma à ideia de Corto Maltese no Século XXI. As pranchas originais estão em exposição no Festival de Beja. Entre trabalhos muito bons, o meu preferido pela simplicidade da mensagem vai para o da autoria de Marco Mendes. Uma combinação de elementos, incluindo o famoso Nighthawks de Edward Hopper que dá um excelente retrato do século XXI com Corso incluído, naturalmente.























  • Sangue Violeta e Outros de Fernando Relvas - edição El Pep
Trata-se de uma edição que nasce da vontade do editor Pepe em recuperar parte da obra de Fernando Relvas há muito dada como perdida. O trabalho de recuperação e restauração completa-se nesta edição. São três historias num registo a preto e branco: Sabina, Tax Diver e Sangue Violeta que tinham sidos publicadas no extinto semanário SE7E, entre os anos de 1982 a 1988. Nas palavras do editor "são as BD's que mais marcaram a memória dos leitores do semanário. Um traço elegante e ágil, contrastado nas manchas negras num preto e branco nervoso e com um registo dinâmico do grafismo punk dos cartazes de concertos de música dos anos 80"














  • Manegas, O Indignado de Pedro Manaças - edição de autor
Depois da sua apresentação em Abril passado em Odivelas, assistiu-se agora ao lançamento desta edição, que se apresenta um registo quase biográfico em tons humorísticos e caricaturais do seu autor Pedro Manaças, que se  faz representar pelo seu alter-ego Manegas, num período de vida que vai desde dos seus três anos de idade até ao dia em que foi despedido do emprego de fiscal de parquímetros. O livro compila as histórias escritas e desenhadas entre 2008 e 2011 e serve essencialmente de apresentação do trabalho de Pedro Manaças.