Mostrar mensagens com a etiqueta Tardi. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tardi. Mostrar todas as mensagens

27 maio, 2023

Lançamento ALA DOS LIVROS: Elise e os Novos Partisans

Entre os lançamentos da ALA DOS LIVROS deste mês, encontramos o traço de Jacques Tardi na novidade ELISE E OS NOVOS PARTISANS, um relato sobre uma época de crucial importância para a história de França e da Europa do século XX. Uma viagem atípica que nos leva desde a guerra da Argélia até ao final da década de 1970. A história de uma jovem que se envolveu com convicção nas lutas sociais que atravessaram os anos 60 e 70.
 
O desenho de Jacques Tardi e o argumento da cantora Dominique Grange – sua companheira de há muitos anos – conta-nos o trajecto de Elise, uma jovem cantora que acaba por virar as costas ao mundo do espectáculo para se juntar aos grupos que, na época, lutam contra a exploração dos trabalhadores, a injustiça social e o racismo.
 
ELISE E OS NOVOS PARTISANS
No liceu, em Lyon, Elise é uma aluna como todas as outras. O encontro com uma professora de filosofia vai, no entanto, mudar-lhe a vida pois cada aula é um momento apaixonante onde ouve, pela primeira vez, falar de assuntos que lhe são estranhos: a colonização, a escravatura, a luta de classes, o marxismo… Quando em 1958 Elise chega a Paris, oriunda de Lyon, para se lançar no mundo da música e do espectáculo, a Guerra pela independência da Argélia dura há já 4 anos. E ao mesmo tempo que Elise descobre os bairros da lata de Nanterre onde, mantidos à distância, os trabalhadores argelinos (entre outros) permanecem invisíveis, as manifestações contra a guerra e a chegada de De Gaulle ao poder multiplicam-se nas ruas de Paris, antecedendo o movimento de Maio de 68. 
 
Ficha técnica:
Elise e os Novos Partisans
Argumento de Dominique Grange e desenho de Jacques Tardi
Capa dura, 235 x 310 mm, cores, 176 páginas.
ISBN: 978-989-9108-25-7
PVP: € 29,90
Edição ALA DOS LIVROS
 

20 junho, 2018

Colecção Novela Gráfica IV: Vol. 2 - Aqui Mesmo

Hoje saiu para as bancas o terceiro volume, mas por aqui ainda se recupera os lançamentos da semana passada.

Assim do criador de Barbarella, Jean-Claude Forest, em parceria com o nosso conhecido Jacques Tardi, chegou na semana passada às bancas uma das obras mais originais de toda a história da BD, publicada no segundo volume da colecção Novela Gráfica.

Aqui Mesmo, o título da obra, conta a história surreal e satírica de Arthur Même, que foi despojado das suas terras que lhe foram usurpadas pelos primos sem escrúpulos. Depois de numerosas disputas consegue recuperar os muros da propriedade onde passa a viver. E é ali, no alto daqueles muros que mantém a sua posição estratégica, possuidor das chaves que abrem e fecham todas as portas e portões da propriedade e, com a ajuda de um célebre e caro advogado, que espera recuperar a totalidade das suas terras.

Ficha técnica:
AQUI MESMO
Colecção Novela Gráfica (4ª série) - Volume 2
De Jean-Claude Forest e Jacques Tardi
Capa dura, formato 220x300 mm, p/b, 208 páginas.
PVP: € 10,90
Editora LEVOIR, Junho de 2018




10 outubro, 2015

Exposição A Guerra das Trincheiras

No âmbito do Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada e da exposição Portugal e a Primeira Guerra - organizadas pela Câmara Municipal da Amadora - inaugura este Sábado, às 16h30, a exposição “Putain de Guerre - A Guerra das Trincheiras”, de Jacques Tardi, na Bedeteca da Amadora - Biblioteca Fernando Piteira Santos . 

Considerado um dos mais importantes autores de Banda Desenhada franceses e um dos mais influentes do mundo, Jacques Tardi apresenta nesta exposição trabalhos de três álbuns do autor dedicados à Primeira Guerra Mundial: “Putain de Guerre”, “C’était la Guerra des Tranchées” e “Chansons contre la Guerre”.

A exposição de entrada gratuita pode ser visitada  até 8 de Novembro, último dia do Festival Amadora BD. 

A obra Foi Assim a Guerra das Trincheiras foi objecto de uma bela edição em Março deste ano na colecção Novela Gráfica, da Levoir (ver aqui).

19 março, 2015

Colecção Novela Gráfica: #4 Foi Assim a Guerra das Trincheiras


Saiu hoje para as bancas o quarto volume da colecção NOVELA GRÁFICA. Jacques Tardi é o autor desta semana, com a poderosa obra Foi Assim a Guerra das Trincheiras, um relato cru sobre um dos principais acontecimentos da história universal: A Primeira Guerra Mundial.

"O que interessa a Tardi, é mostrar o absurdo de um conflito e a confusão dos pobres coitados arrastados nesta máquina que os tritura sem perdão. Tardi fala da guerra, de todas as guerras. Com a angústia de a ver regressar um dia, em toda a sua loucura assassina."
Gilbert Jacques

Colecção Novela Gráfica #4 - FOI ASSIM A GUERRA DAS TRINCHEIRAS - Jacques Tardi
(Formato 21 x 27 cm, capa dura. 152 pgs a preto e branco)

Nascido em 1946, Jacques Tardi é um dos mais importantes autores de banda desenhada franceses, e um dos mais influentes no panorama mundial. Criador da célebre série das Aventuras de Adèle Blanc Sec - alguns dos álbuns já foram editados em Portugal no passado, e a série deu inclusive origem a um filme realizado por Luc Besson - a sua obra é um fresco rico e imaginativo da França, de Paris, da revolta e da pobreza, da miséria, e as escolhas que fez de histórias para contar fazem surgir da sua criação uma impressionante coerência imaginativa, afectiva e talvez mesmo política. Várias vezes premiado no Festival de Angoulême, foi também vencedor de três Prémios Eisner.

Tardi começa a sua carreira como ilustrador em 1969, e colabora em projectos de vários autores conhecidos (como Christin, um dos criadores de Valérian e Laureline), antes de lançar em 1976 a série Adéle Blanc-Sec e em 1982 a série policial Nestor Burma, com as quais atingirá uma grade fama. Mas a Primeira Guerra Mundial tornou-se no tema central da sua obra, ao ponto de ser conhecida a sua "obsessão" por ela. Ao longo dos anos, a Grande Guerra mudou de papel na sua obra, de simples pano de fundo, ou pretexto, para contar historias várias, passou a verdadeira personagem central, numa evolução que teve tanto de emocional, como intelectual ou política. Cada vez mais históricas - e muito apoiadas na colaboração frequente com o historiador Jean-Pierre Verney - as suas bandas desenhadas sobre o tema servem também cada vez mais como denúncia poderosa e crua da "der des ders" - a guerra que ia acabar com as guerras - e biografia dos homens comuns que foram apanhados na sua engrenagem terrível. Entre outros livros que têm a Primeira Guerra como tema central, poderemos mencionar Varlot Soldado (editado em português pela Polvo há uns anos atrás), ou Putain de Guerre.

Mas Foi Assim a Guerra das Trincheiras é de longe a mais popular e aclamada obra de Tardi. Homenagem ao seu avô, que lutou na Primeira Guerra Mundial, as histórias que a compõem começaram a ser publicadas na revista (A Suivre), a partir de 1982, e tiveram uma primeira edição em álbum sob o título de Le Trou d'Obus, em 1984 (que não incluía muitas das histórias deste volume, que ainda não tinham sido desenhadas). A primeira edição de C'Était la Guerre des Tranchées foi em 1994 e conheceu imediatamente um êxito crítico e comercial. A actual edição da Levoir/Público segue a mais recente edição integral da Casterman, lançada em 2014 por ocasião do Centenário do início da Grande Guerra, que inclui um caderno de mais de uma trintena de páginas, de esboços, ilustrações várias, posters que o autor realizou para eventos e exposições, estudos para capas, etc... da qual apenas foram retiradas três páginas de ilustrações na versão portuguesa, por serem a cores (bem como a filmografia e bibliografia sugeridas pelo autor).

Foi Assim a Guerra das Trincheiras não perdeu nenhuma da sua dolorosa acuidade desde o dia que foi lançado pela primeira vez, e continua a ser uma das obras de banda desenhada mais poderosas consagradas à Primeira Guerra Mundial. A versão americana do livro, publicada em 2011, venceu dois Prémios Eisner, como Melhor Obra inspirada na Realidade, e Melhor Álbum Estrangeiro. Jacques Tardi é também um dos galardoados com o Grande Prémio da Cidade de Angoulême, em 1985.

"Foi Assim a Guerra das Trincheiras não é o trabalho de um "historiador"... Não se trata de uma história da Primeira Guerra Mundial em banda desenhada, mas de uma sucessão de situações em ordem não-cronológica, vividas por homens que foram manipulados e arrastados para ela, visivelmente nada contentes de se encontrar onde estão, e que a coisa que mais querem no mundo é regressar a casa... ou seja, que a guerra acabe! Não há heróis, não há "personagem principal" nesta lamentável "aventura" colectiva que é a guerra. Só há um imenso e anónimo grito de agonia".
Jacques Tardi, por ocasião do lançamento da primeira versão do álbum

"Estando ferozmente comprometido com a minha liberdade de pensamento e de criação, nada quero receber, nem do poder actual, nem de qualquer outro poder, qualquer que seja. É por isso com a maior firmeza que recuso esta medalha. Não é obrigatório ficarmos contentes por sermos reconhecidos por gente que não estimamos."
Tardi, na ocasião em que recusou a medalha de Cavaleiro da Legião de Honra, atribuída pelo Estado francês.




23 março, 2011

Imagem do dia: Adèle Blanc-Sec

O Sábio Louco
No começo do ano de 1912, os habitantes de Paris tremem de frio num Inverno particularmente rigoroso. Mas o que a capital francesa ignora é que dentro de poucos dias irão tremer de medo quando o monstro da torre Eiffel surgir à luz do dia. Robert Esperandieu, homem de ciência, não descansa enquanto não consegue envolver Adèle Blanc-Sec nos acontecimentos extraordinários associados ao despertar de um pitecantropo com quase meio milhão de anos...


O Demónio dos Gelos
O navio Anjou, em rota de Murmansk para o Haver, cruza as águas geladas do Árctico em busca de uma passagem segura. Nas suas observações, o capitão do navio é confrontado com uma situação por demais insólita: uma embarcação praticamente intacta no topo de um enorme iceberg. Uma chalupa é arreada e um punhado de homens explora o navio, onde encontram os cadáveres intactos dos tripulantes. Dali assistem, impotentes, ao afundamento do Anjou.